Entender o ciclo de vida do mosquito da dengue.

Conhecer as limitações das larvas quanto ao ambiente e as recentes adaptações das mesmas. 

Noções de ecologia e sistemática.

Apresente aos alunos algumas imagens de campanhas contra a dengue.

fonte: http://uruocaonline.blogspot.com/2010_10_01_archive.html (acessado dia 26/03/2011).

Por que tanto se fala sobre a dengue? Qual a razão de tantos informes e programas de prevenção a esta doença? Inicie a aula com estes questionamentos aos alunos. Incentive que eles participem com o que conhecem e já ouviram falar sobre a dengue. Ao final desse questionamento, solicite que os alunos reúnam as informações trocadas em um mapa conceitual.

ATIVIDADE 1

Mapas Conceituais são representações gráficas semelhantes a diagramas, que indicam relações entre conceitos ligados por palavras. São ferramentas de grande valia para a ordenação e a sequenciação hierarquizada de conteúdos de ensino, de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno. O aluno tem a liberdade de escolher de que maneira o conhecimento que ele tem sobre determinado tema está estruturado. Também a partir do mapa conceitual o aluno pode ver a abrangência do conteúdo que está aprendendo e verificar dificuldades. Ao trabalhar com mapas conceituais, dificilmente haverão mapas idênticos, pois cada aluno irá esquematizar a sua maneira como entendeu o conteúdo.

Os mapas em geral tem os conceitos destacados em caixas de texto. A relação entre dois conceitos é representada por uma linha ou seta, contendo uma "palavra de ligação" ou "frase de ligação".

Solicite aos alunos que eles desenvolvam o mapa conceitual a partir de uma palavra-chave, por exemplo, dengue, e o que eles conhecem sobre este tema. Ao colocar o vetor, que é o mosquito, os alunos devem fazê-lo usando as caixas de texto, e para ligar a palavra dengue à palavra mosquito, devem fazê-lo usando linhas e verbos que dêem sentido ao esquema. Devem repetir este processo até usarem todos os conceitos e conhecimentos desenvolvidos em sala de aula.

Depois deles esboçarem o mapa conceitual no caderno, podem se reunir em equipes de até 3 integrantes para trocarem informações. O grupo deve ir ao laboratório de informática e sistematizar o mapa conceitual no software Cmap Tools.

Assista um vídeo narrando o uso do Software Cmap Tools em http://magregina.blogspot.com/2008/05/mapas-conceituais-e-o-cmap-tools.html (acessado dia 21/03/2011).

Apresente aos alunos dados atuais sobre a dengue (dê preferência a estatísticas locais).

Um ótimo material encontra-se no sítio do Jornal "O Estadão", disponível em: http://www.estadao.com.br/especiais/a-dengue-no-brasil,93307.htm (acessado dia 26/03/2011).

Explore este material com os alunos. Visualize seu Estado e questione se o número de casos aumentou ou diminuiu. Qual o porquê dessa modificação? Compare com outros estados e estimule a argumentação dos alunos para as mudanças nos dados apresentados. (Tem relação com o clima, chuvas, espaço territorial, população, educação, campanhas, etc?). Solicite aos alunos que anotem suas hipóteses no caderno (tanto para seu Estado como também para os outros).

Agora mostre aos alunos o vídeo institucional da FIOCRUZ sobre o mosquito da dengue, disponível em: http://www.ioc.fiocruz.br/pages/informerede/corpo/hotsite/dengue/Aedes_video/Aedes_baixa.html (acessado em 20/03/2011).

fonte: http://www.ioc.fiocruz.br/pages/informerede/corpo/hotsite/dengue/Aedes_video/Aedes_baixa.html (acessado dia 20/03/2011).

QUESTÕES SOBRE O VÍDEO:

1. Qual a razão do mosquito picar animais de sangue quente?

2. Por que a água é necessária para o ciclo de vida do mosquito?

3. Qual a duração do ciclo de vida do mosquito da dengue?

As respostas dos alunos deverão ser registradas nos cadernos individualmente.

ATIVIDADE 2

Solicite aos alunos que pesquisem sobre os locais da escola e das proximidades que podem ser criadouros do mosquito da dengue. Os alunos poderão apresentar os resultados em um desenho de planta baixa ou uma maquete. Para incrementar o trabalho, sugiram que os alunos usem do Google Maps para localizar sua escola e domicílio. Os alunos poderão usar do sítio http://maps.google.com.br/maps?ct=reset (acessado dia 36/03/2011) e digitar no campo em branco o nome da rua e cidade que moram. A partir desse dado, a página irá carregar o mapa com a rua desejada. Se clicar sobre o botão à direita, nomeado de "Satélite", abrirá um novo quadrado, chamado "Earth". Clique sobre este botão e instale o aplicativo. Após a instalação recarregue a página com o endereço. Aparecerá o mapa com fotografias via satélite e os alunos poderão analisar a redondeza onde moram com mais facilidade. Após a visualização ficará mais fácil desenhar ou desenvolver a maquete. Entretanto, enfatize que a observação deles é muito importante, para identificar possíveis focos do mosquito da dengue.

Após a apresentação dos trabalhos, discuta como estes focos podem ser minimizados e qual a importância deste trabalho de prevenção.

Os alunos a esta altura devem estar familiarizados com os focos tradicionais de desenvolvimento das larvas do Aedes aegypti. Apresente aos alunos a reportagem a seguir, podendo apresentá-la no projetor multimídia e estimular a leitura em voz alta dos alunos, variando os participantes desta tarefa.

O mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, está se desenvolvendo em ambientes sujos e até em água salgada. A conclusão é da pesquisadora Marylene de Brito Arduino, da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) de São Paulo.

Marylene diz, porém, que ter encontrado larvas do Aedes em água com sal não significa que o inseto possa se reproduzir no mar. Ela está testando, no entanto, qual o limite de salinidade que as larvas suportam.

"É importante ressaltar que o sal mata as larvas do Aedes e continuamos recomendando seu uso no combate aos criadouros."

Estudo realizado por ela em São Sebastião mostrou que larvas do mosquito foram encontradas em recipientes com água com resíduos de sal e até em outros com produtos como graxa, tinta, cal e óleo combustível.

Dos 1.325 pontos com larvas de Aedes analisados por Marylene na pesquisa, 323 estavam em água com algum tipo de salinidade --ou seja, resíduos de sal ou outros produtos químicos.

Segundo a pesquisadora, o resultado mostra que é preciso se preocupar com possíveis criadouros antes ignorados, como latas de tinta e pneus com resto de óleo.

"O mosquito está evoluindo. Todas as espécies tentam manter sua população. Se não encontram o ambiente que preferiam antes, acabam se adaptando ao que existe."

O virologista da Unifesp Celso Francisco Hernandes Granato, especialista em dengue, diz que não se surpreende com a possibilidade.

"O conceito que tenho é que ele [Aedes] prefere água limpa e parada. No entanto, trata-se de um mosquito de grande facilidade de adaptação, o que certamente possibilita que procure novos locais de reprodução."

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/870722-mosquito-da-dengue-ja-se-desenvolve-em-agua-suja-diz-pesquisa.shtml (acessado dia 26/03/2011).

A reportagem pode ser acessada no endereço:

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/870722-mosquito-da-dengue-ja-se-desenvolve-em-agua-suja-diz-pesquisa.shtml (acessado dia 26/03/2011).

PERGUNTAS:

1. Quais os locais que o Aedes aegypti normalmente desova seus ovos e quais os novos locais descobertos pelos cientistas?

2. Ao que se atribui esta mudança no comportamento dos mosquitos?

3. De que forma estas adaptações afetam a saúde pública?

4. Qual teoria que explica o comportamento relatado na reportagem? Quais indícios que podem comprovar a teoria?

As respostas podem ser registradas no caderno, individualmente.

ATIVIDADE 3

De posse de todas as informações obtidas até o momento, os alunos deverão se agrupar em equipes de até 4 integrantes. A tarefa de cada equipe é desenvolver um programa de áudio de até 3 minutos que instrua os ouvintes quanto à dengue, e às adaptações que o mosquito desenvolveu ao longo do tempo na escolha dos locais de sua proliferação. Os programas poderão ser publicados na internet, em sítios próprios para programas de áudio (sequenciais, chamados de Pod Cast) ou em um blog que aceite a inserção de áudio.

Um programa muito útil para os alunos (e professores) utilizarem é o Audacity, é gratuito e é um software livre, além disso é de muito fácil aplicação. O programa pode ser instalado a partir do sítio http://audacity.sourceforge.net/ (acessado dia 26/03/2011).

Os sítios abaixo se referem a tutoriais do programa:

Audacity, controles básicos, disponível em: http://www.escolabr.com/projetos/podescola/tutorial/videoaulas/audacity/controles_basicos.htm  (acessado dia 26/03/2011).

Editor e conversor de áudio, disponível em: http://programaslinux.com.br/html/modules/smartsection/item.php?itemid=197 (acessado dia 26/03/2011).

Após a apresentação em classe dos programas de áudio desenvolvidos pelos alunos, o professor poderá fazer algumas considerações a fim de melhorar o conteúdo e o formato apresentado. Depois, poderão publicar na internet a fim de divulgar ao maior número possível de pessoas os conhecimentos adquiridos nestas aulas. Além de veicular estes programas na rádio escolar (se a escola tiver - se não tiver é um bom momento para fomentar a construção de uma junto ao grêmio estudantil) e também chamar a comunidade escolar para ouvir a produção dos alunos.

Precisa de mais material sobre a Dengue? Acesse o blog da Dengue no Portal do Professor, disponível em: http://dengueportalprofessor.wordpress.com/10-2/ (acessado dia 20/03/2011).

Aulas que usam Podcast, disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25466 (acessado dia 20/03/2011).

Podcast (arquivo PDF), disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012621.pdf (acessado dia 20/03/2011).

Tutorial para publicar áudios na internet, disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000014531.pdf (acessado dia 26/03/2011).

A avaliação poderá ser realizada pelas produções dos alunos, bem como pelas participações dos mesmos nas atividades orais como debates iniciais do assunto.

O professor poderá lançar mão de alguns critérios que orientem a avaliação das atividades. Sugerimos a seguir alguns critérios.

Para os mapas conceituais, o professor poderá avaliar: a quantidade e qualidade dos conceitos relacionados, se os conceitos estão corretamente ligados, a profundidade com que o aluno abordou o tema, a ortografia e gramática dos textos.

Para as maquetes ou desenhos de plantas baixas o professor poderá analisar: a pontualidade da entrega dos trabalhos, o uso da criatividade na confecção, a profundidade com que o aluno observou sua redondeza e a própria apresentação oral do trabalho.

Para os programas de áudio o professor poderá avaliar: a pertinência e profundidade da abordagem ao tema, se obedeceram as regras de gramática e a criatividade.