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A tradição republicana e o tema da terra no Brasil.

 

13/05/2011

Autor y Coautor(es)
LEONARDO SOUZA DE ARAUJO MIRANDA
imagem do usuário

BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Lígia Beatriz de Paula Germano

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Médio História Processo histórico: nações e nacionalidades
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Trabalho e relações sociais
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Cidadania e cultura contemporânea
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Ensino Médio História Poder
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- A forma como a tradição republicana brasileira abordou a questão da propriedade da terra.

- Os antecedentes do encontro entre a questão agrária e a tradição do republicanismo nos séculos XVIII e XIX, em nomes como Manuel Inácio da Silva Alvarenga e Ezequiel Corrêa dos Santos.

- A visão do republicanismo de extração francesa sobre a questão agrária, recorrendo ao projeto do republicano mineiro João Pinheiro.

Duração das atividades
Seis aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

- Crise do sistema colonial na América Portuguesa.

- Independência política do Brasil em 1822.

- Formação do Estado Imperial nacional.

- Proclamação da República no Brasil.

Estratégias e recursos da aula

Introdução

O propósito é de mapear como a tradição republicana brasileira tratou o tema da propriedade da terra em diferentes períodos. Em um primeiro momento, vamos mobilizar a figura do poeta Silva Alvarenga, no século XVIII. Na primeira metade do século XIX, a questão da reforma agrária será discutida por intermédio das ideias do jornalista e agitador Ezequiel Corrêa dos Santos. O estudo das conexões entre a questão da distribuição da terra e o republicanismo brasileiro de filiação à matriz francesa ficou reservado para o final do século XIX.

 

Aula 1

 

Contextualização

O primeiro encontro entre ideias republicanas e o tema na terra no Brasil se dá com a figura de Manuel Inácio da Silva Alvarenga, no século XVIII. Sua imaginada República do Tagoahy oferece o mote necessário para pensar a questão.

Desenvolvimento

De início, é importante que o personagem seja apresentado à turma por meio de pesquisa da sua biografia. O site a seguir traz informações sobre a sua vida e obra e deverá ser consultado pelos alunos: http://www.brasiliana.usp.br/node/496

Após o contato com a vida do poeta, os alunosirão iniciar a leitura, individual, de um trecho de artigo que trata da utopia de Silva Alvarenga: a “República do Tagoahy”. Os estudantes deverão destacar dois pontos do texto: o primeiro refere-se ao tipo de relações homens e natureza que Silva Alvarenga propõe; e o segundo, ao tipo de comunidade imaginada.

No seu projeto político cabiam muitos versos, idéias francesas proibidas e a criação da república do Tagoahy: uma comunidade rural capaz de combinar harmonicamente homens e bichos, onde a verdade está na Natureza, a miséria não é de ordem fatal, os corações permanecem límpidos, o trabalho cotidiano na terra e o contato imediato com os animais protege seus habitantes da angústia de viver. Sem dúvida, Silva Alvarenga levou a sério seu projeto político: repetidas vezes chegou a cogitar de abandonar o Rio de Janeiro, meter-se pelo sertão e, sobretudo, requerer uma sesmaria “nas cabeceiras ou no sertão do rio Itaguaí,” cujo leito de argila amarela terminaria por batizar sua república – no vocabulário tupi a expressão Tagoahy resulta da articulação de dois termos (tagoa, amarelo; hy, água) e está na origem do nome do rio. Na república do Tagoahy Silva Alvarenga evocava traços de um modelo de comunidade [...] que se guiava pela vontade de mudar os homens para que possam existir como pessoas autônomas e livres. Na paisagem liberta do sertão do Tagoahy, afirmava o poeta, era “melhor viver entre os bichos do que entre os homens maus”. É certo que Silva Alvarenga jamais conseguiu concretizar a requisição de uma sesmaria – sua república permaneceu para sempre um lugar não destinado, uma espécie de não lugar – u-topos.

(STARLING, Heloisa M. Murgel. Texto “Sentimento de Reforma Agrária, Sentimento de República”. [s.d.], p.2. Mimeografado.)

 Tendo como base a frase: “Melhor viver entre os bichos do que entre os homens maus”,de Silva Alvarenga, os alunos deverão realizar uma pesquisa documental e iconográfica sobre a preservação do meio ambiente. A turma poderá ser dividida em seis grupos encarregados de seis temas: Água, Poluição e clima, Fontes alternativas de energia, Biodiversidade, Alimentos e Reciclagem. A proposta é que o professor use 30 minutos desta aula para a pesquisa. Abaixo links de sites sobre o assunto:

-  http://aquecimentoglobalportal.wordpress.com/

-   http://webeduc.mec.gov.br/enchentes/index.php

-  http://meioambienteportalprofessor.wordpress.com/

-   http://www.estadao.com.br/

-   http://www.folha.uol.com.br/

 

Aula 2

 A aula número dois será uma continuação das atividades da aula anterior.  Escolhidos, divididos e pesquisados os temas, cada grupo irá dividir as tarefas: editor, redator, responsável pela parte gráfica, etc. Em seguida, os alunos iniciarão a construção de um jornal, com duas notícias baseadas nas imagens e informações coletadas. O jornal da turma poderá ser impresso – mimeografado, impresso em gráfica ou feito em cartolina, conforme as possibilidades da realidade local – ou virtual. O jornal deverá ser distribuído na escola, colado no mural externo ou divulgado por e-mail.

 

 Aula 3

 

Contextualização

 Nesta terceira aula, o encontro entre sensibilidade republicana e questão agrária será discutido tendo como base o grande Plano do Grande Fateusim Nacional, projeto de distribuição da terra de autoria de Ezequiel Corrêa dos Santos, redator do jornal Nova Luz Brasileira, liberal exaltado, rebelde das ruas do Rio de Janeiro, republicano e boticário.

 Desenvolvimento

 Primeiramente cabe a compreensão do projeto do Grande Fateusim Nacional. Para tanto é importante a leitura, feita individualmente, do texto disponível no site   http://r1.ufrrj.br/esa/art/199804-095-117.pdf, em especial a citação da página 99, com atenção ao seguinte roteiro:

 - O critério de distribuição das terras;

- As relações entre pobres e ricos; e

- A política de impostos.

Para enriquecer a aula, o professor poderá compartilhar a imagem de Ezequiel Corrêa dos Santos junto com os alunos.

 

 Ezequiel Corrêa dos Santos.

 

Depois da volta às origens da tradição da luta pela reforma agrária no Brasil com o projeto de Ezequiel Corrêa dos Santos, é importante que os alunos percebam os novos significados dessa tradição hoje. Para tanto, o professor irá usar dois recursos:

 - O curta-metragem Por Longos Dias, no site “Curta na Escola”. Documentário de 13 minutos sobre os sem-terra, adaptação de um texto de José Saramago. O professor deverá conduzir um diálogo entre os alunos em torno do filme, que pode ser localizado no sitehttp://portacurtas.com.br/curtanaescola/pop_160.asp?cod=1036&Exib=2575.

- Júri simulado. Agora a ideia é que os estudantes preparem uma simulação de julgamento do evento que entrou para a história recente do Brasil como Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1996, no Estado do Pará. Para tanto, na aula seguinte, a sala deverá ser dividida em: júri, advogados de defesa, promotoria e juiz. Nos 25 minutos restantes desta aula, os alunos deverão iniciar a pesquisa sobre o evento, consultando sites, blogs, revistas, jornais e vídeos. Esses recursos, além de informarem sobre o tema, fornecendo material para que o julgamento ganhe vida, também poderão ser usados durante o julgamento. Seguem algumas indicações de sites úteis para a pesquisa:

- Jornais, revistas e blogs:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Eldorado_dos_Caraj%C3%A1s 

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2007/04/16/295378699.asp

http://www.mst.org.br/especiais/27/destaque

http://www.dhnet.org.br/dados/relatorios/dh/br/jglobal/redesocial/redesocial_2001/cap_massacre.htm 

http://veja.abril.com.br/acervodigital/

http://www.reformaagraria.blog.br/2010/04/17/14-anos-do-massacre-de-eldorado-de-carajas/

 

- Vídeos:

http://www.direitos.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1195&Itemid=2

http://www.youtube.com/watch?v=k-w-j0b0dH8

 

Aula 4

 A aula 4 deverá ser uma continuação da anterior. O tempo da aula será dividido em 10 minutos para a acusação apresentar a sua tese e 10 minutos para a defesa dos acusados do massacre apresentar a sua posição. Seguem mais 10 minutos de réplica da acusação e 10 minutos de tréplica da defesa, restando 10 minutos finais para a decisão do Júri e a sentença do Juiz.

 

Aula 5

 

Contextualização

 A figura de João Pinheiro, nascido no Serro, Minas Gerais, em 1860, permite discutir as bases da relação entre o republicanismo de matriz positivista e o tema da terra, na transição do século XIX para o século XX, em razão das suas ideias para uma política de desenvolvimento agrícola.    

 Desenvolvimento

 O primeiro passo será apresentar as linhas gerais das ideias adotadas por João Pinheiro, ou seja, o positivismo, por meio da leitura do artigo disponível em: http://www.brasilescola.com/sociologia/positivismo.htm.

 Em seguida, os alunos irão ouvir e ler a letra da canção “Positivismo”, do sambista Noel Rosa (1910-1937), prestando atenção nos princípios básicos do positivismo.  A canção está no link:   http://letras.terra.com.br/noel-rosa-musicas/1002911/

Após o contato com o positivismo, via texto e canção, o professor deverá trabalhar com os alunos a maneira como João Pinheiro pensava o progresso do País: por intermédio da modernização da agricultura. Também, foi a partir do binômio educação e trabalho que ele construiu seus projetos de escolas agrícolas. Os alunos deverão fazer uma descrição detalhada de cada imagem abaixo, anotando espaços, tipos sociais, ações e comportamentos. Eles deverão elaborar, a partir de uma interpretação das imagens, como João Pinheiro pretendia realizar o progresso da nação.

Instituo João Pinnheiro (Gameleria)  

 

Fazenda Modelo Gameleira

 

Instituto João Pinheiro.

A proposta é trabalhar com os alunos as transformações das visões em torno do tema da modernização da agricultura na história, a partir da questão da modernização da agricultura no Brasil contemporâneo: o agronegócio.  Em primeiro lugar, deverá ser feita uma pesquisa individual sobre o agronegócio. Os sites abaixo poderão auxiliar na pesquisa:

-  http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000011893.pdf

- http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/agronegocios/index.html

-  http://portal.mda.gov.br/portal/saf/

- http://carosamigos.terra.com.br/index/index.php/artigos-e-debates/1551-agronegocio-nao-garante-seguranca-alimentar

-  http://www.reporterbrasil.org.br/clipping.php?id=1245

 

Aula 6

 

Desenvolvimento

A aula será uma continuação da aula anterior. O professor deverá reunir a turma em um seminário no qual sejam discutidos os resultados obtidos na pesquisa, O seminário será pautado nos seguintes pontos: o que significa agronegócio, os seus objetivos; prós e contras e alternativas.

Recursos Complementares
Avaliação

Os alunos deverão ser avaliados em: sua capacidade de interpretação de documentos históricos, de textos e iconografias; seu rendimento e participação na realização da pesquisa; sua capacidade de trabalhar em grupo; sua atuação no julgamento (capacidade de argumentar, criticar e defender ideias); e sua capacidade de interpretar a canção como suporte de ideias e valores políticos.

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