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Republicanismo no Brasil, séculos XVIII e XIX.

 

19/05/2011

Autor y Coautor(es)
Rafael da Cruz Alves
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Leonardo de Souza Miranda; Lígia Beatriz de Paula Germano.

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Ensino Médio História Poder
Ensino Médio História Processo histórico: nações e nacionalidades
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Compreender o conceito de República no Brasil nos séculos XVIII e XIX.

- Entender as características da ideia de República no século XVIII, por intermédio da Guerra dos Mascates (1710) e da Inconfidência Mineira (1789).

- Identificar os principais grupos políticos que lutavam contra e a favor do republicanismo no século XIX.

- Analisar o conceito de República no século XIX, por meio da Confederação do Equador (1824).

Duração das atividades
Oito aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

- A montagem da colônia portuguesa no Brasil.

- Crise do sistema colonial na América Portuguesa.

- Independência política do Brasil em 1822.

- Formação do Estado Imperial nacional.

Estratégias e recursos da aula

 

Introdução

 O objetivo é trabalhar as diversas facetas da ideia de República no Brasil, entre os séculos XVIII e XIX, a partir de determinados eventos históricos como a Guerra dos Mascates (1710-1711), a Inconfidência Mineira (1789) e a Confederação do Equador (1824).

 

Aula 1

 

Contextualização

 O professor deverá fazer uma breve introdução sobre o culto ao modelo veneziano de República, cuja participação política era restrita à aristocracia, e o seu papel importante na Guerra dos Mascates (1710-1711). O mito do modelo veneziano de República atuou por intermédio do senhor de engenho, parte de uma nobreza da terra que se empenhou em limitar o exercício do poder real na capitania e o acesso do comerciante reinol de Recife ao poder local, encarnado na Câmara Municipal de Olinda.

 

Desenvolvimento

 O primeiro passo é a leitura individual do texto disponível no site a seguir,que oferece um panorama geral sobre a Guerra dos Mascates: grupos sociais, recorte espacial, assim como as razões políticas da revolta: http://www.brasilescola.com/historiab/guerra-dos-mascates.htm. (acesso em: 31 mar. 2011).

 

Em seguida, os alunos irão ler o capítulo 16, intituladoMito de Veneza no Brasil” (páginas 156-160), do livro Um Imenso Portugal, de Evaldo Cabral de Mello, cujo link se encontra abaixo:

http://books.google.com.br/books?id=0mJujg9uyRcC&printsec=frontcover&dq=evaldo+cabral+de+mello&hl=pt-BR&ei=TzuTTen-EY2Q0QHtkd3MBw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=5&ved=0CEcQ6AEwBA#v=onepage&q=mito%20de%20veneza&f=false (acesso em: 31 mar. 2011).

 

 Os alunos deverão ler o texto, atentos ao seguinte roteiro:

- Qual o significado do Mito de Veneza para o pensamento republicano dos séculos XVI e XVII?

- Como o Mito de Veneza chegou a Pernambuco e foi adaptado à realidade local?

 

A atividade a seguir será a análise das pinturas abaixo, de autoria do holandês Franz Post, que viveu em Pernambuco no século XVII. A proposta é que seja feita a análise do ambiente, da arquitetura, dos personagens e das ações, ligando os quadros às respectivas cidades e atores envolvidos na Guerra dos Mascates.  

 

Engenho.

 

 

Vista da cidade Maurícia e Recife

  

Com base em pesquisa a ser realizada no blog abaixo, os alunos deverão conceituar, analisar e debater a Guerra dos Mascates, conforme os seguintes critérios: definição do tipo de guerra, modalidade quanto à intensidade, abrangência, desenvolvimento e impacto. A questão que vai conduzir o debate será: a chamada Guerra dos Mascates foi uma Guerra ou um levante político? Uma sublevação?

Link: http://guerrasportalprofessor.wordpress.com/ (acesso em: 31 mar. 2011).

 

Aula 2

 

Desenvolvimento

 Esta aula será uma extensão da primeira aula. O componente essencial da Guerra dos Mascates foi a questão da reivindicação por parte dos comerciantes de Recife de maior participação política na Câmara de Olinda, sede do poder político pernambucano. Dessa forma, o professor poderá trabalhar o tema da participação na realidade de hoje, visando aguçar o senso crítico dos alunos, aproximando passado e presente. Os alunos deverão ser divididos em três grupos e realizar uma pesquisa sobre a participação política, seus limites, suas formas e alcance no Brasil contemporâneo. O resultado da pesquisa poderá ser apresentado em forma de relatório (poderão ser feitos vídeo, fotos, entrevistas, etc.).

1º.  GRUPO: será encarregado de pesquisar como ocorre a participação na gestão da escola onde estudam.

- Como está organizada a estrutura de mando na escola: existem eleições? Quem participa? Quem pode ser eleito e para que cargos?

- A comunidade e os pais participam da vida da escola? De que forma?

- Qual a participação dos alunos na vida da escola: existe grêmio? Ocorrem eleições para o grêmio? Existe um representante de turma? Como esse representante foi eleito?

Os alunos poderão registrar com fotos e filmagens a coelta de informações sobre o tema da pesquisa.

 

2º.  GRUPO: irá preocupar-se com a participação política no bairro ou região onde os alunos residem. Existem associações de bairro? Como funcionam? Quem são os líderes? Como são escolhidos? Quais as suas funções? Caso não existam associações de bairro na cidade ou região, os alunos poderão pesquisar associações de outros locais.

Link: http://www.aultimaarcadenoe.com/artigo39.htm

 

3º. GRUPO: irá ocupar-se da participação política na cidade, pesquisando Organizações Não Governamentais (ONGs) locais. Alguns sites interessantes sobre ONGs e que poderão ajudar na pesquisa:

- http://www.abong.org.br/quem_somos.php;

- http://www.guiademidia.com.br/ongs.htm (acesso em: 31 mar. 2011).

 

Aula 3

 

Contextualização

 A proposta é trabalhar alguns conceitos atrelados à tradição republicana presentes no movimento da Inconfidência Mineira (1789), como a ideia de liberdade e de bem comum.

 

Desenvolvimento

Como o objetivo é trabalhar alguns conceitos dentro da tradição republicana brasileira, tal como ela se configurou no século XVIII, é importante que os alunos tenham contato, em um primeiro momento, de forma individual, com as causas, os objetivos, os atores envolvidos e as consequências desse movimento sedicioso. Um panorama da Inconfidência Mineira é oferecido no vídeo Segredos da Inconfidência. Episódio do Brasil 500 anos: o Brasil-Colônia na TV.

 

 

 

 

Em seguida, os alunos deverão escutar a canção: “Ah, se eu me apanho em minas”, integrante do álbum Conspiração dos Poetas, composta por Tavinho Moura e Fernando Brant. Os estudantes deverão fazer o download da música, acessando o link:

http://www.4shared.com/audio/u_EMEnup/03_03_03_Faixa_3.html.  (acesso em 31 mar. 2011).

 

Letra da canção “Ah, se eu me apanho em minas”

Ah se eu me apanho ali

Vivendo a conjuração

Ah se eu estivesse lá

Dentro da rebelião

Ah se eu me pegasse aí

Na Minas que disse não

Ah se eu dissesse sim para minas cidadã

Ah se eu estivesse assim republicano

Ah se eu me visse enfim independente

Ah se eu encontrasse em mim o solidário

Ah se eu realizasse ali o sonho louco

Ah se estivesse ali naquele dia

Ah se eu me encontrasse lá naquela estrada

Ah se eu conhecesse já aquela Minas

Hoje tão distante lá

Ah se eu me apanho ali

Vivendo pisando aquele chão

Que o Alferes percorreu

E o Padre botou fé

Ah queria ser também um visionário

Que navega o tempo em busca da utopia

Que sobe a forca e sofre o calvário

Pela liberdade pela poesia.

 

O próximo passo será a leitura do artigo “Liberdade ainda que Tardia”.

Link: http://www.brasil.gov.br/sobre/historia/republica/liberdade-ainda-que-tardia (acesso em: 31 mar. 2011).

 

Após as duas atividades acima (canção e texto), o professor deverá estimular e organizar o debate entre os alunos sobre a ideia de liberdade, lançando as questões: que concepção de liberdade fazia parte do horizonte dos inconfidentes? Que valores a canção associa à Inconfidência Mineira? Que ideia de liberdade se pode deduzir da canção? O que cada um dos estudantes entende por liberdade?

 

Aula 4

 

Contextualização

 A aula será uma extensão do conteúdo da aula anterior. O professor deverá desenvolver a ideia de bem comum por meio da crítica da corrupção dos costumes presente no contexto, usando como recurso os poemas da obra Cartas Chilenas, de autoria atribuída a Tomás Antônio Gonzaga, escrita provavelmente nos anos próximos à Inconfidência. As Cartas Chilenas tinham a intenção de desmascarar as práticas administrativas de D. Luís da Cunha Meneses, governador da Capitania de Minas. A crítica se dirige contra as ações do governo, pautadas na corrupção e contrárias aos princípios da justiça, da razão e do bem comum.

 

Desenvolvimento

 A turma será dividida em três grupos.  Os alunos deverão ler, no link abaixo, as cartas números 2, 8 e 10 e identificar: os personagens, as práticas de corrupção e as críticas feitas ao governo. Após a leitura do texto clássico, os alunos irão selecionar determinados eventos, fatos e práticas de corrupção representadas em cada uma das três cartas que formam o poema para encená-los para o restante da turma. Cada equipe deverá organizar-se, dividindo as funções entre os membros: direção, atores e figurinistas. A apresentação das peças poderá ser conteúdo para uma próxima aula.

Link do livro Cartas Chilenas: http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/0093490 (acesso em: 31 mar. 2011). 

 

Poderá ser interessante o professor tentar articular história e literatura, fazendo um contato com o professor de Literatura, que trabalharia simultaneamente o estilo literário em que se enquadra o poema Cartas Chilenas: suas características, a forma, os temas, as figuras de linguagem...

 

Aula 5

 A aula cinco será uma continuação da aula anterior. Durante a aula cinco, os alunos realização a apresentação teatral criada, dirigida e encenada por eles.

 

Aula 6

 

Contextualização

 O imaginário teve papel fundamental na construção da identidade dos grupos políticos que lutavam contra e a favor do republicanismo no século XIX.  Assim sendo, eram atribuídos aos grupos políticos nomes que pretendiam informar sobre suas ideias, práticas e princípios. Era o caso dos chamados Liberais Moderados e Liberais Exaltados.  

 

Desenvolvimento

 A proposta é que os alunos pesquisem individualmente o significado dos termos: partido, liberal, exaltado e moderado, exaltação e moderação, usando como fontes históricas dicionários da época e também dicionários contemporâneos. Abaixo estão os links do Dicionário Vocabulário Portuguez e Latino, de Raphael Bluteau, 1712-1728, e do Dicionário Michaelis

 

- Dicionário Bluteau: http://www.ieb.usp.br/online/dicionarios/bluteau/formBuscaDicionarioPlChave.asp (acesso em: 31 mar. 2011); 

- Dicionário Michaelis: http://michaelis.uol.com.br/ (acesso em: 31 mar. 2011).

 

Em seguida, os alunos deverão pesquisar sobre as formas de governo reivindicadas por ambos os grupos e nomes de pessoas ligadas aos partidos. Depois, os alunos deverão responder: qual a ligação entre o significado do termo que nomeava os grupos políticos e suas ideias e propostas políticas? Abaixo os links contendo informações sobre os grupos dos liberais moderados e exaltados:

- http://www.marcillio.com/rio/hiimiirt.html;

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Moderado_(Brasil);

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Exaltado (acesso em: 31 mar. 2011).

 

Aula 7

 

Desenvolvimento

 A aula 7 será um desenvolvimento da aula anterior. O professor irá usar o tema “Partidos” para associar história e realidade social, vinculando um aspecto estudado no passado com a pesquisa do tema no presente. A turma realizará uma pesquisa em sites de partidos políticos brasileiros da atualidade, com o fim de analisar o significado da sigla, do nome do partido, assim como o programa e o estatuto do partido, seus ideais, objetivos e propostas. Por fim, cada aluno deverá apresentar aos colegas e ao professor o elo entre o nome do partido e suas ideias e propostas políticas. Abaixo segue uma longa lista com partidos políticos brasileiros, tanto registrados, como em processo de legalização e até mesmo sem registro. A partir da lista, irão pesquisar as páginas do partido escolhido via Internet. No site do Tribunal Superior Eleitoral, existe um link para acessar as páginas dos partidos registrados.

 

- Link com a lista de partidos políticos brasileiros: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_partidos_pol%C3%ADticos_no_Brasil (acesso em: 31 mar. 2011). 

 

- Link com partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral:

http://www.tse.gov.br/internet/partidos/index.htm (acesso em: 31 mar. 2011). 

 

Aula 8

 

Contextualização

A Confederação do Equador, em Pernambuco, 1824, forjou uma concepção nativista de pátria. Por ocasião dos debates em torno da dissolução da Constituinte pelo Imperador D. Pedro I e da outorga da Constituição de 1824, Frei Caneca e os confederados argumentavam que, diante de um Império inconstitucional – em que a Constituição fosse jurada por decreto pelas províncias –, cada província podia escolher a forma de governo que fosse mais apropriada.

 

Desenvolvimento

 O professor deverá apresentar o vídeo abaixo, que fornece um panorama sobre as causas, as ideias e os acontecimentos relacionados à Confederação do Equador e sobre a atuação de Frei Caneca na sublevação. O vídeo, com duração de 7 minutos, foi realizado pela TV Câmara e narra a vida de Frei Caneca e está disponível em:

 

 

 Em um segundo momento, a leitura dos textos, por meio do link abaixo, funcionará como uma ferramenta que permitirá a compreensão da ideia de pátria própria ao horizonte político da Confederação do Equador. Os alunos deverão ler as páginas 35 e 36 do artigo sobre os conceitos de República e Republicanismo.

Link:

http://books.google.com.br/books?id=hdeh6PlKGnsC&printsec=frontcover&dq=l%C3%A9xico+da+hist%C3%B3ria+dos+conceitos+pol%C3%ADticos+no+brasil&source=bl&ots=cFmawjof6H&sig=3r60vrisBbXlBU4BYIjhMAQptYM&hl=pt-BR&ei=iD-VTaDfMeXo0gHE7eyIDA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CCUQ6AEwAg#v=onepage&q&f=false (acesso em: 1º. Abr. 2011). 

 

O professor deverá trabalhar em um seminário a historicidade do conceito de pátria, visitando um contexto diferente do estudado anteriormente. Poderá usar a linguagem da música como suporte pedagógico que permite a compreensão de diferentes visões sobre a pátria: a canção “Lugar Nenhum”, do grupo Titãs (1987), oferece o mote para se pensar uma outra identidade para o tema. Se os pernambucanos, no século XIX, pensavam pátria como autonomia local, a canção brasileira do século XX revela o questionamento de pátria como não lugar, a rejeição da ideia de pátria.

Link: http://letras.terra.com.br/titas/91649/ (acesso em: 1º. abr. 2011)

Recursos Educacionais
Nome Tipo
Segredos da inconfidência Vídeo
Frei Caneca [Construtores do Brasil] Vídeo
Recursos Complementares

- Sobre a Confederação do Equador e Frei Caneca:

http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/caneca_nosso_primeiro_padre_guerrilheiro_imprimir.html. (acesso em: 31 mar. 2011). 

 

- Sobre a obra Cartas Chilenas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cartas_Chilenas (acesso em: 31 mar. 2011).

 

- Sobre os acontecimentos em Pernambuco entre 1817 e 1824, tratando do conceito de pátria esboçado naquela situação:

http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=654&pagina=1 (acesso em: 1º. abr. 2011).

  

Avaliação

Os alunos deverão ser avaliados na sua capacidade de interpretação de textos e iconografias; no seu rendimento na realização da pesquisa; na capacidade de trabalhar em grupo; quanto à organização e apresentação das informações no relatório; na sua capacidade de interpretar a canção como suporte de ideias e valores políticos; pela participação nos debates do seminário (capacidade de argumentar, criticar e defender ideias); na sua capacidade de interpretação de um texto histórico e poético; na criatividade ao criar uma peça de teatro; pela sua interpretação da mídia audiovisual.

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