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A formação do movimento operário brasileiro na Primeira República: práticas e ideários

 

16/05/2011

Autor y Coautor(es)
LEONARDO SOUZA DE ARAUJO MIRANDA
imagem do usuário

BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Carlos Eduardo Frankiw de Andrade, Ligia Beatriz de Paula Germano

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Médio História Trabalho
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Migrações, cultura e identidades
Ensino Médio História Processo histórico: nações e nacionalidades
Ensino Médio História Poder
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Trabalho e relações sociais
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Cidadania e cultura contemporânea
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Os alunos irão aprender sobre “A formação do movimento operário brasileiro na Primeira República: práticas e ideários”: quais são os elementos que configuram os principais meios de atuação política e social do movimento operário brasileiro durante as três primeiras décadas da Primeira República (1889 – 1921); identificar as principais correntes revolucionárias atuantes em meio ao operariado brasileiro durante este período; estabelecer um paralelo entre a atuação sindicalista deste período e a atuação dos sindicatos contemporaneamente.

Duração das atividades
Seis aulas de cinquenta minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • O Segundo Império Brasileiro (1842 - 1889);
  • O abolicionismo e o republicanismo no Segundo Império Brasileiro (1871 - 1889);
  • A proclamação da República no Brasil (1889);
  • A estrutura política e social da Primeira República no Brasil (1889 - 1930);
  • A imigração europeia para o Brasil (1880 - 1930);
  • A história dos ideários e práticas do movimento operário europeu (séc. XIX).
Estratégias e recursos da aula

INTRODUÇÃO AO TEMA PARA OS PROFESSORES

 

O desenvolvimento dos primeiros parques industriais em solo brasileiro nas décadas finais do século XIX e iniciais do século XX teve como consequência direta o fomento de políticas imigratórias de braços qualificados por parte da nascente República no Brasil. Concomitantemente à instalação dos primeiros parques industriais nas grandes cidades brasileiras de então, nasceu nestas cidades um novo ator político: o operariado urbano. Dos trabalhadores que imigraram nestes anos para o Brasil, muitos deles traziam consigo um histórico de lutas, de ideários e de práticas vivenciado em suas pátrias pregressas. Este histórico em muito auxiliou na organização dos trabalhadores brasileiros enquanto atores políticos e sociais a reagirem ante uma realidade pautada pelos baixos salários, pelas precárias condições de alimentação e moradia e pelo completo descaso dos poderes públicos então instaurados perante sua situação. Procurando inspirar-se em um arcabouço de ideias que perpassava elementos do anarquismo e do sindicalismo revolucionário, tais trabalhadores foram fundamentais na configuração de uma estrutura de movimento operário no Brasil pautado pela rejeição à participação nas instituições políticas tradicionais, pela organização dos trabalhadores em jornais, sindicatos e ligas de resistência e pela adoção de práticas políticas de ação direta visando concretizar o atendimento de suas reivindicações.

 

Na organização do movimento operário brasileiro em seus primeiros anos, a adoção de uma tática de ação política pautada pela rejeição aos meios institucionais de participação e reivindicação política existentes no Brasil da Primeira República singularizou sua configuração como ator político. Longe de ser uma negação da necessidade da atuação política, a preferência pela organização dos trabalhadores por meio de suas associações e sindicatos instaurava no Brasil um novo conjunto de ação política: a ação direta. Pautada pela ideia da autonomia do agir político operário diante das instituições tradicionais de participação política, a noção de ação direta trazia consigo a ideia de construção de práticas visando ao bem-estar e à emancipação do trabalhador como resultado direto de sua própria organização, independentemente de quaisquer legislações ou políticas públicas a regular seus direitos. Nesse sentido, a ação direta, base tanto do sindicalismo revolucionário quanto do anarquismo, principais ideologias presentes neste período em meio aos operários, pressupõe o exercício e a construção de direitos como conquista do trabalhador por meio de sua atuação política independente.

 

Visando a um melhor aprendizado dos alunos, em particular no que tange ao compartilhamento do aprendizado obtido nas aulas, as atividades propostas (seminários, pesquisas, coleta de imagens e redação de artigos) deverão resultar num blog elaborado pelos próprios alunos na aula 5.

 

DESENVOLVIMENTO

 

AULA 1

 

Contextualização

 

O professor deverá fazer uma breve introdução sobre o Primeiro Congresso Operário Brasileiro: marco do crescimento da organização do operariado no Brasil durante a Primeira República, realizado no Rio de Janeiro em 1906. Este Congresso definiu todo um conjunto de diretrizes a serem adotadas pelas nascentes associações operárias no que tange à sua atuação política. Da organização ao posicionamento do operariado ante os diversos temas, o Primeiro Congresso, em suas resoluções, traduziu muito das concepções políticas predominantes em meio à militância revolucionária de então no movimento operário brasileiro.

 

Desenvolvimento

 

A partir da leitura da primeira resolução deste Congresso, os alunos, divididos em dois grupos, deverão fazer uma interpretação descritiva oral em seminário das implicações práticas do modelo e das finalidades de organização do operariado aprovados nesta resolução:

 

"RESOLUÇÕES

 

Estando, pois, constituído o Congresso, passou-se à discussão dos temas, ficando resolvido o que se segue.

Sobre Orientação:

Tema 1: A sociedade operária deve aderir a uma política de partido ou conservar sua neutralidade? Deverá exercer uma ação política?

Considerando que o operariado se acha extremamente dividido pelas suas opiniões políticas e religiosas;

que a única base sólida de acordo e de ação são os interesses econômicos comuns a toda a classe operária, os de mais clara e pronta compreensão;

que todos os trabalhadores, ensinados pela experiência e desiludidos da salvação vinda de fora da sua vontade e ação, reconhecem a necessidade iniludível da ação econômica direta de pressão e resistência, sem a qual, ainda para os mais legalitários, não há lei que valha;

o Congresso Operário aconselha o proletariado a organizar-se em sociedades de resistência econômica, agrupamento essencial e, sem abandonar a defesa, pela ação direta, dos rudimentares direitos políticos de que necessitam as organizações econômicas a pôr fora do sindicato a luta política especial de um partido e as rivalidades que resultam da adoção, pela associação de resistência, de uma doutrina política ou religiosa, ou de um programa eleitoral."

 

A íntegra dasresoluções do Primeiro Congresso Operário Brasileiro, realizado em 1906, encontra-se no seguinte link:

http://pt.scribd.com/doc/48450691/BASES-DE-ACORDO-DA-CONFEDERACAO-OPERARIA-BRASILEIRA-APROVADAS-PELO-PRIMEIRO-CONGRESSO-OPERARIO-BRASILEIRO-1906

 

A partir da leitura da primeira resolução do Congresso Operário Brasileiro de 1906, o professor deverá trabalhar, em um debate orientado em um seminário com os alunos, as implicações práticas do modelo e das finalidades das organizações operárias propostas nesta resolução. Para tanto, o professor deverá dividir a sala em dois grupos, cada qual responsável por discutir e responder a duas das quatro perguntas. Ao GRUPO 1, deverá ser pedido que discuta entre si e elabore respostas orais para as perguntas 1 e 2. Ao GRUPO 2, deverá ser pedido que discuta entre si e elabore respostas orais às perguntas 3 e 4. As perguntas seguem abaixo:

 

1) O que significa a rejeição aos instrumentos institucionais de participação política presentes na Primeira República? (Diante das condições excludentes de participação política consagradas durante a Primeira República e da negligência dos poderes públicos diante da situação econômica e social dos operários neste período, rejeitar os instrumentos de participação política institucionalmente existentes indicava uma percepção de materialização dos direitos e reivindicações dos trabalhadores como fruto de sua organização cidadã autônoma e do exercício constante da ação política visando à conquista de seus direitos.)

2) Como se dava o uso dos direitos políticos nas concepções de atuação política dos operários de então? (Tendo em vista a rejeição da arena da política institucional como campo de luta, a preferência pela ação política no espaço da produção não envolvia somente a reivindicação de melhores salários e de melhores condições de trabalho, mas também a prática e a defesa constante de direitos constitucionalmente assegurados como o de liberdade de expressão e de manifestação na atuação política operária, vendo estes direitos como arcabouços que garantiam a continuidade e a legitimidade de sua atuação na esfera do trabalho.)

3) Qual o objetivo de se rejeitar uma doutrina dominante nos sindicatos e na atuação dos operários? (Longe de significar a negação das nuances e dos distintos ideários em concorrência em meio ao movimento operário brasileiro de então em favor de sua luta no plano do espaço de produção, a rejeição ao predomínio doutrinário nas associações autonomamente constituídas significava o desejo de transformação das sociedades de resistência em foro de permanente e plural debate de diferentes formas de atuação política, de acordo com as especificidades do contexto de uma determinada luta, tendo por pano de fundo comum a igualdade da situação de exploração econômica vivenciada pelos operários.)

4) Por que do uso das sociedades autônomas de resistência como forma de organização? (A ideia da associação autônoma dos operários se embasava na visão de uma relação direta e permanente destas com o cotidiano de seus associados, entendendo esta relação horizontal como forma única de legitimidade dos sindicatos em representar os anseios dos operários. A visão da associação operária como espaço de atuação do trabalhador envolvia não somente sua configuração como organização voltada ao amparo do trabalhador em situações de disputa na esfera produtiva, como no caso das greves, mas também sua condição de espaço de amparo diante das consequências de sua realidade econômica, tornando assim as associações lugares de intercomunicação entre organizações operárias e promoção de aspectos da cultura operária, por meio da construção nestes espaços de bibliotecas, da produção de jornais, de cursos de educação e de apresentações musicais e teatrais.)

 

AULA 2

 

Contextualização

 

O professor deverá fazer uma breve introdução, procurando associar as resoluções do Congresso Operário Brasileiro de 1906, bem como dos subsequentes Congressos de 1913 e de 1920, a um conjunto de ideários revolucionários desenvolvidos por duas das correntes predominantes em meio à militância operária brasileira nestes anos: o anarquismo e o sindicalismo revolucionário. Apesar da perspectiva tática comum da ação direta como instrumento político revolucionário, anarquistas e sindicalistas revolucionários se diferiam no que tange à preponderância dos campos de luta (economia, cultura, política) que seriam instrumentos ideais de emancipação dos trabalhadores.

 

Desenvolvimento

 

Tendo em vista a vasta influência do sindicalismo revolucionário e do anarquismo nas concepções de militância e organização do operariado brasileiro nas primeiras décadas da Primeira República, o professor deverá manter a divisão da sala em dois grupos para realizarem uma pesquisa acerca destes dois ideários.

 

Ao GRUPO 1 deverá ser pedido que pesquise textos, colete imagens e redija conjuntamente um artigo acerca das formas de organização, esferas de atuação e de militância próprias do sindicalismo revolucionário. Ao GRUPO 2 deverá ser pedido que pesquise textos, colete imagens e redija conjuntamente um artigo acerca das formas de organização, esferas de atuação e de militância próprias do anarquismo. Os links abaixo são sugestões de pesquisa. Se necessário, os alunos deverão expandir as fontes de pesquisa para além das sugestões.

 

Links:

http://www.nodo50.org/insurgentes/textos/autonomia/02sindicalismorev.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anarquismo

 

AULA 3

 

Contextualização

 

O professor deverá fazer uma breve introdução enfatizando que, enquanto ator político, a militância operária brasileira desenvolveu um singular conjunto de atividades visando melhorar suas condições de vida, de trabalho e de acesso à cultura durante a Primeira República. Buscando o apoio e a participação dos trabalhadores, suas diversas atividades no espaço produtivo, nas ruas e nos sindicatos procuravam promover cultural e politicamente um conjunto de ideários disseminados pela militância, horizontalmente, por intermédio dos jornais confeccionados por associações e agrupamentos de militância. Dentre estas formas, se encontram uma singular forma de afirmar sua presença no espaço público das grandes cidades, assim como a inclinação à execução de um conjunto plural de atividades em suas manifestações culturais visando conscientizar o trabalhador brasileiro acerca de sua situação e de suas perspectivas de transformação da realidade que vivenciavam.

 

Desenvolvimento

 

Mantendo a divisão dos alunos em dois grupos, estabelecida nas aulas anteriores, os alunos deverão fazer uma interpretação descritiva oral em um seminário das imagens abaixo, de acordo com a seguinte estruturação de grupos quanto aos temas:

 

- GRUPO 1: “As formas de ocupação do espaço público por parte do movimento operário brasileiro durante a Primeira República”;

- GRUPO 2: “As manifestações culturais do movimento operário como meios de conscientização dos trabalhadores”.

 

Ao GRUPO 1 deverá ser cedido o seguinte conjunto de imagens:

 

Figura 1:

Greve operária

Legenda: Manifestação de rua de operários grevistas em São Paulo durante os anos 1910. Fonte: TOLEDO, Edilene. Anarquismo e sindicalismo revolucionário: trabalhadores e militantes em São Paulo na Primeira República. São Paulo: Perseu Abramo, 2007.

 

Figura 2:

Festa operária de rua

Legenda: Cenas de festivais operários em favor do jornal anarquista Voz do Povo, no Rio de Janeiro, nos anos 1920. Fonte: HARDMAN, Francisco Foot. Nem pátria, nem patrão! – Memória operária, cultura e literatura no Brasil. São Paulo: Ed. UNESP, 2002.

 

Com este grupo, o professor deverá trabalhar as formas de ocupação do espaço público pelo movimento operário no Brasil durante a Primeira República, a partir de duas características presentes nestas imagens, que devem ser desenvolvidas nas interpretações orais dos alunos em suas discussões a partir das seguintes perguntas temáticas:

 

- Qual era a configuração tanto das manifestações operárias quanto dos trabalhadores nelas presentes? (Por meio da promoção de comícios e da montagem de piquetes nas ruas nas proximidades das fábricas, os operários procuravam fazer do espaço público um lugar de autônoma deliberação política de suas atividades por meio de assembleias, procurando nestas atividades incluir todos os trabalhadores envolvidos, caso de crianças e de mulheres.)

- Por que do uso das ruas para as suas atividades? (Ao organizarem com recursos próprios pequenos festivais em parques e praças em favor de sindicatos ou jornais operários, a militância operária transformava sua ocupação dos espaços públicos para uso recreativo em demonstrações públicas de valores disseminados em suas atividades, como a solidariedade e a autonomia de suas manifestações diante da permanente ameaça de repressão às suas atividades.)

 

Ao GRUPO 2 deverá ser cedido o seguinte conjunto de imagens:

 

Figura 1:

Folheto operário

 

Legenda: Capa de folheto da série “Biblioteca Dramática Popular”, distribuída em São Paulo no início do século XX. Fonte: HARDMAN, Francisco Foot. Nem pátria, nem patrão! – Memória operária, cultura e literatura no Brasil. São Paulo: Ed. UNESP, 2002.

 

Figura 2:

Anúncio de jornal operário

Descrição: Anúncio de festa operária em São Paulo no início do século XX. Fonte: HARDMAN, Francisco Foot. Nem pátria, nem patrão! – Memória operária, cultura e literatura no Brasil. São Paulo: Ed. UNESP, 2002.

 

Com este grupo, o professor deverá trabalhar as manifestações culturais da militância operária como formas de conscientização dos trabalhadores a partir de duas características presentes nestas imagens, que devem ser desenvolvidas nas interpretações orais dos alunos,em suas discussões, a partir das seguintes perguntas temáticas:

 

- Por que a temática da literatura sugerida aos trabalhadores era de cunho social? (A disseminação de literatura de cunho social visava aproximar os trabalhadores de suas associações de classe, buscando em obras culturais que tratavam da temática social a construção de um elo entre o que a obra representava em conteúdo e a situação cotidiana do trabalhador como forma de conscientizá-lo.)

- Quais eram os objetivos da construção de espetáculos culturais nas associações operárias? (O uso de conferências educacionais, espetáculos teatrais e apresentações musicais nas festas operárias denotavam a configuração do festival como um espaço plural de manifestações, buscando, deste modo, aliar à perspectiva pedagógica de conscientização destas festas um conjunto variado de atividades visando incentivar à participação direta dos operários no processo de tomada de consciência de sua situação e dos meios potenciais de transformar sua realidade.)

 

De modo a melhor fixar o conteúdo da interpretação das imagens cedidas aos dois grupos, o professor deve pedir a cada um dos grupos que redija um resumo de suas interpretações para futuro uso no blog a ser confeccionado pelos alunos. 

 

AULA 4

 

Contextualização

 

O professor deverá fazer uma breve introdução acerca da politização de diversas camadas do nascente operariado brasileiro neste período como resposta às condições de vida enfrentadas pelos mesmos nas fábricas e nas grandes cidades brasileiras da Primeira República. Oriundos de diversos países, no mais das vezes, estes operários vinham ao Brasil para trabalhar em lavouras, migrando para as grandes cidades em virtude das dramáticas condições de vida encontradas nos campos. Dos baixos salários às jornadas exaustivas, passando por precárias condições de moradia e do uso de crianças nos espaços de trabalho, a situação do operariado de então se caracterizava pela completa ausência de qualquer preocupação por parte dos Poderes Públicos com a sua sorte.

 

Desenvolvimento

 

Nesta aula, os alunos, ainda divididos em dois grupos, deverão assistir ao documentário Os Libertários (direção de Lauro Escorel Filho; Brasil, 1976). A partir das informações trazidas pelo documentário, o grupo 1 deverá redigir um artigo relatando a formação do operariado no Brasil e as origens dos trabalhadores que compunham as primeiras massas operárias brasileiras. Já o grupo 2 deverá redigir um artigo relatando as condições de subsistência e trabalho vivenciadas por estes trabalhadores a partir das informações trazidas pelo documentário. Os links para este documentário, dividido em três partes de dez minutos, seguem abaixo:

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=qh3H8mtFe6U

Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=LuyozCk93VM&feature=related

Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=6wTNxqBbsCc&feature=related

 

AULA 5

 

Contextualização

 

O professor deverá fazer uma breve introdução, colocando em cena que parte essencial para o desenvolvimento e a disseminação dos ideários organizacionais vigentes em meio aos operários da Primeira República e contemporaneamente se encontra na confecção de seus meios próprios de comunicação de suas ideias, bem como de sua realidade e de suas reivindicações. Nesse sentido, a organização e o funcionamento de meios independentes de imprensa, tanto na Primeira República quanto atualmente, é essencial para a configuração da autonomia do operário como ator político portando uma agenda de reivindicações próprias.

 

Desenvolvimento

 

A partir das informações trazidas pelo professor nas aulas anteriores, bem como das atividades realizadas pelos alunos a partir das temáticas das aulas (texto, documentário, imagens das pesquisas e das discussões e artigos redigidos pelos dois grupos), os mesmos deverão trabalhar conjuntamente para construir um blog mural tendo por tema: “O movimento operário na Primeira República: Práticas e Ideários”.

 

Tendo em vista a praticidade de criação de conta, bem como a facilidade de manuseio dos recursos do blog, recomenda-se hospedar o blog no domínio do sítio worldpress. Se os alunos já estiverem familiarizados com a confecção de blogs hospedados em outros domínios, deve-se recomendar que o façam nos mesmos. O link para a confecção de conta em domínio worldpress segue abaixo:

 

https://pt-br.wordpress.com/signup/

 

O professor deve estimular os alunos ao compartilhamento do blog aos colegas de outras turmas através do uso de seus perfis em redes sociais como o orkut ou o facebook, visando deste modo incentivar a socialização dos conhecimentos entre os demais estudantes da escola.

 

AULA 6

 

Contextualização

 

O professor deverá fazer uma breve introdução sobre a importância fundamental da formação de uma militância operária no Brasil da Primeira República para o desenvolvimento posterior das lutas reivindicativas, visando a melhores condições de subsistência e trabalho por parte dos trabalhadores brasileiros nas décadas seguintes. Sua organização resultou tanto na confecção de leis que lhe assegurassem direitos quanto de legislações que limitassem e controlassem o seu funcionamento. Herança das lutas práticas por direitos políticos e sociais desenvolvidas neste período, o sindicalismo contemporâneo surgido no Brasil nos anos finais da Ditadura Civil-Militar (1964 – 1985) ainda traz consigo os anseios de transformação das estruturas políticas e sociais portadas por milhões de trabalhadores brasileiros.

 

Desenvolvimento

 

A partir das informações contidas na entrevista realizada com o historiador Guilherme Marques Soninho, presentes no link abaixo, que traz informações acerca do desenvolvimento do sindicalismo no Brasil contemporâneo, o professor deverá promover um debate orientado com os alunos acerca das semelhanças e diferenças entre as concepções de militância operária na Primeira República e a militância operária nos dias atuais, a partir da seguinte pergunta temática: “O que permaneceu e foi modificado nas concepções de organização e atuação do operariado da Primeira República para o Novo Sindicalismo surgido nos anos 1970?”. Nesta última atividade, voltada à comparação entre os movimentos sindicais contemporâneos e os existentes durante a Primeira República, o professor deve estimular a discussão oral dos alunos da questão, a partir da elaboração de respostas individuais para a pergunta temática.

Link: http://www.piratininga.org.br/artigos/2005/65/soninho-entrevista.html

 

CONCLUSÃO

 

Os alunos deverão ser incentivados a perceber a relação entre a existência de uma vida política democrática e socialmente inclusiva e a constituição de formas de militância dos trabalhadores visando conquistar e assegurar direitos sociais e trabalhistas. A partir das aulas e das atividades propostas, o aluno deverá ser levado a perceber a importância de sua participação política no espaço de trabalho para a conquista de direitos, benefícios e transformações na realidade em que vive.

Recursos Complementares
Avaliação

Os alunos deverão ser avaliados na sua capacidade de compreensão dos conceitos, na sua capacidade de leitura e interpretação oral e escrita dos textos e imagens cedidas e adquiridas em pesquisa, assim como na sua atividade de prática de pesquisa, elaboração e compartilhamento do conjunto de conhecimentos apreendidos durante as aulas.

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