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A Reforma Protestante

 

06/10/2011

Autor y Coautor(es)
Augusto Carvalho Borges
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Raissa Brescia dos Reis; Lígia Beatriz de Paula Germano

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Médio História Sujeito histórico
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Médio História Poder
Ensino Médio História Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 

O aluno poderá tomar contato com o embate que envolvia a Reforma Protestante, quando de seu início na primeira metade do século XVI, no Continente Europeu. O contato com as ideias e divergências que envolviam o conflito no interior da Igreja Católica e, posteriormente, levaria à sua divisão, dará aos alunos a perspectiva da imprevisibilidade em história e a noção da importância da ação e das escolhas que os agentes históricos tomam.

Duração das atividades
Quatro aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

 

- Idade Média. A forte presença da Igreja Católica e de seus dogmas na Europa. A instituição dava ao fragmentado continente seu fator de unidade, reunindo sob a alcunha da cristandade.

- O início de conflitos entre a autoridade papal e católica e as autoridades temporais, as monarquias, cujo poder crescia alimentado pelo aumento dos conflitos entre a nobreza e as populações de servos.

- As mudanças nas sociedades europeias não foram acompanhadas por mudanças nas estruturas e práticas da Igreja Católica. As missas continuavam a ser rezadas em latim, mesmo com o crescimento da importância das línguas vernáculas e a usura continuava a ser condenada, apesar do aumento das transações financeiras.

- Novas formas de pensar o mundo emergiam, em crítica à antiga instituição, muito beneficiadas pela modernização da imprensa.

Estratégias e recursos da aula

 

Introdução

A Reforma Protestante foi o ponto culminante de movimentos de contestação ao poder e à atuação da Igreja Católica. As modificações e as insatisfações pelas quais muitas comunidades europeias passaram, em fins do século XV e início do século XVI, batiam de frente com esses elementos. Ao fim da Idade Média, o aumento da população e as crises que envolviam revoltas camponesas na área rural fizeram com que os centros urbanos tivessem um crescimento. Nesses locais, favorecidos pela imprensa modernizada, a difusão de críticas e pensamentos contrários à Igreja se tornou mais fácil e mais fecunda.

Em 1517, o monge Martinho Lutero, na cidade de Wittenberg, localizada onde hoje está a Alemanha, afixou na porta da Catedral um conjunto de críticas às condutas da Igreja Católica e seus sacerdotes, que ficou conhecido como 95 Teses. O documento propunha reformas na Igreja Católica e, de forma alguma, o rompimento com esta. Perseguido pela instituição, que não acatou as suas críticas, Lutero foi convocado a desmentir suas posições em 1521, durante a Dieta de Worms, mas não o fez e apenas as reiterou diante das autoridades eclesiásticas.

Após o choque direto com a Igreja, o rompimento ocorreu por parte da instituição que condenou a conduta do antigo monge. A atitude de Lutero poderia ter tido final semelhante a outras dissidências da Igreja Católica, que foram classificadas como heresias e exterminadas pela força. No entanto, o religioso contou com o apoio e a proteção dos príncipes locais, bem como de grande parte da população. Na década de 1530, a nova religião, instituída pela Confissão de Augsburgo e pela Apologia da Confissão de Augsburgo, foi adotada como religião oficial em muitos desses principados. Outros movimentos protestantes tomariam lugar no continente, seguindo o precedente aberto pelo novo Cristianismo de Lutero.

Desenvolvimento

Aula 1

Os alunos deverão ser organizados em dois grandes grupos, que ficarão responsáveis pelas pesquisas abaixo.

- Grupo 1: “Igreja Católica”

Sugestões delinks e imagens:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Igreja_Cat%C3%B3lica

http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u20.jhtm

http://www.brasilescola.com/historiag/influencia-igreja-historia.htm

Cópia traduzida para o inglês da Confutatio Pontifícia, documento feito pela Igreja Católica em resposta à Confissão de Augsburgo, que afirmava os pontos do Luteranismo:http://www.projectwittenberg.org/pub/resources/text/wittenberg/concord/EckConfutatioPontificia.pdf

Basílica de São Pedro.

Basílica de São Pedro, construída entre 1506 e 1626 para representar o poder político e econômico da Igreja Católica no período. Autor: Antonio Joli, século XVIII. Fonte: http://viticodevagamundo.blogspot.com/2010/05/praca-e-basilica-de-sao-pedro-citta-del.html

Representação pictórica da Dieta de Worms.

Representação pictórica da Dieta de Worms, na qual Lutero foi chamado a se retratar diante do Imperador Carlos V e de membros oficiais da Igreja Católica. Fonte: http://www.martinus.com.br/cep/em_destaque/2009/Diversos/10_30DiaDaReforma/DiaDaReforma.php

A Contrarreforma

A Contra Reforma foi a resposta da Igreja Católica ao crescimento do movimento protestante. Ainda na primeira metade do século XVI, realizou-se o Concílio de Trento. Fonte: http://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/contra-reforma.htm

- Grupo 2: “Martinho Lutero e o Luteranismo”

Sugestões de links e imagens:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante

http://www.suapesquisa.com/protestante/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Lutero

http://www.brasilescola.com/historiag/ataques-igreja.htm

Cópia traduzida das 95 Teses de Martinho Lutero: http://www.espacoacademico.com.br/034/34tc_lutero.htm

Cópia traduzida da Confissão de Augsburgo, que confessa a fé luterana: http://www.teologia.org.br/estudos/confissao_de_augsburgo.pdf

Trecho das 95 Teses de Martinho Lutero.

Trecho das 95 Teses de Martinho Lutero. 1517. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante

Gravura que representa Martinho Lutero no momento em que este afixa as 95 Teses.

Gravura que representa Martinho Lutero no momento em que este afixa as 95 Teses na porta da Catedral de Wittenberg. Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0188n1.htm

Gravura que representa defesa das crenças Luteranas por ocasião da Conferência de Augsburgo.

Gravura que representa defesa das crenças Luteranas por ocasião da Conferência de Augsburgo, diante do Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Carlos V. Apresentação da Confissão de Augsburgo. Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0188n1.htm

 

Aula 2

Após a primeira atividade, os alunos deverão ser dispostos em um círculo, de modo que os dois grupos fiquem separados, mas de frente um para o outro. Cada grupo terá decidido, por meio de eleição, um conjunto de quatro alunos para defender suas posições e atuarem como debatedores, muito embora os outros alunos possam e devam aconselhar e passar informações a esses representantes.

A partir dessa organização, os alunos deverão discutir sobre:

- A situação da Igreja Católica em fins do século XVI;

- A legitimidade da reforma protestante no período.

A partir das ideias e pensamentos de cada um dos lados, com os quais os grupos tiveram contato durante a pesquisa, os alunos que representam o Grupo 2 deverão defender a legitimidade das reformas propostas por Lutero, enquanto o Grupo 1 apresentará uma posição baseada em sua pesquisa sobre o pensamento e as condições da Igreja Católica no período.

Aula 3

Após o debate, os oito alunos que atuaram como porta-vozes de seus grupos deverão reunir-se para propor uma solução para os conflitos. Eles redigirão um texto com suas propostas para as resoluções do embate entre as duas igrejas e a instauração de uma trégua. O texto deverá ter uma lauda.

O resultado deverá ser apresentado ao restante da sala, que, por meio de votação, deverá decidir se as resoluções criadas pelos representantes deverão ser ou não acatadas.

Aula 4

Durante a última aula, os alunos deverão participar de um debate. Dispostos em círculo, os alunos debaterão sobre as atividades realizadas. O professor iniciará a atividade com as seguintes perguntas-chave a serem respondidas, a partir dos conhecimentos construídos na pesquisa e principalmente no debate:

- Como se deu o início do movimento protestante? Tratava-se de um grupo que pretendia separar-se da Igreja Católica desde o início?

- De que modo as escolhas e decisões do monge Martinho Lutero e do grupo de pessoas que o cercavam, bem como dos altos cargos da Igreja Católica, foram decisivas para o início da Reforma Protestante?

Por fim, todos os alunos deverão redigir um texto de duas laudas sobre o processo trabalhado, seus embates e conflitos, e as suas percepções construídas sobre o período trabalhado.

Conclusão

Os alunos terão tomado contato com o processo da Reforma Protestante por um ângulo que favorece a percepção das mudanças e dos rumos não premeditados que caracterizam o momento no qual irrompe o movimento. A percepção da história como uma construção própria de uma temporalidade, e de certos homens e mulheres imersos em uma experiência e cultura, permite que os alunos vislumbrem sua atuação como agentes participantes da constituição da história como processo e conhecimento acerca dos homens no tempo.

Recursos Complementares
Avaliação

 

A primeira atividade será avaliada de acordo com o comprometimento dos grupos durante a pesquisa e, principalmente, pela segunda atividade. Esta será avaliada a partir da atuação dos alunos escolhidos como representantes, que deverão ser auxiliados pelo grupo durante o debate. Capacidade de síntese e de posicionamento argumentativo serão as principais habilidades avaliadas durante o debate. O texto elaborado após o debate em grupo, com as resoluções, deverá atender à discussão estabelecida em sala de aula e sua apresentação deverá explicitar o modo pelo qual os oito alunos chegaram, ou não, a um consenso e conclusão. Por fim, durante o debate final, os alunos deverão ser avaliados por sua participação e interlocução com os colegas, bem como por seu texto final e individual, que deverá apresentar coesão narrativa e percepção acerca da noção de agente histórico.

Opinión de quien visitó

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