Portal do Governo Brasileiro
Início do Conteúdo
VISUALIZAR CLASE
 


Os tipos de discurso nas fábulas

 

01/12/2011

Autor y Coautor(es)
Karen Alves de Andrade
imagem do usuário

BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Prof. Dr. Luiz Prazeres

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: processos de interlocução
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: organização estrutural dos enunciados
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 

·         Conhecer os diferentes modos de se reportar um discurso;

·         Utilizar diferentes tipos de discurso para contar uma história;

·         Utilizar de maneira eficiente a pontuação indicativa de diálogo;

·         Utilizar de maneira eficiente os tipos de discurso.

Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

 

  • Noções de tipos de discurso (direto e indireto)
  • Elementos do texto narrativo
Estratégias e recursos da aula

 

·         Computador/ internet (sala de informática)

·         Data show, ou vídeo e TV

·         Caixas de som

 

Aula 1:

 

Professor, iniciaremos esta sequência didática exibindo para os alunos o desenho baseado na fábula A cigarra e a formiga, disponível no endereço a seguir:

 

http://www.youtube.com/watch?v=9v8VjXkhZdo.

 

 

Fábulas

 

Em seguida, em equipe, os alunos deverão preencher o seguinte formulário:

 

Personagens

Situação Inicial

Complicação

Desfecho

Moral da história

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Peça, também, que eles discutam e registrem as respostas:

 

  1. Você gostou da fábula? Por quê?
  2. O que mais lhe chamou atenção na história?
  3. Em que outras situações da vida real vemos situações parecidas com a vivida pela formiga?
  4. Que sugestão você daria para as “cigarras” que você conhece?
  5. E para as “formigas”?

 

Agora, leia mais algumas versões da fábula A cigarra e a formiga:

 

 

Texto  1

A formiga boa

 

Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.

Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.

A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.

Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu: tique, tique, tique...

Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalinho de paina.

"Que quer?", perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.

"Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu..."

A formiga olhou-a de alto a baixo.

"E que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?"

A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse.

"Eu cantava, bem sabe..."

"Ah!", exclamou a formiga recordando-se. "Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?"

"Isso mesmo, era eu..."

"Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraia e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre amiga, que aqui, terá cama e mesa durante todo o mau tempo."

A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol. (Monteiro Lobato - Fábulas, São Paulo, Editora Brasiliense, 1966)

 

Texto  2

A cigarra e as formigas

 

Num belo dia de inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho para secar suas reservas de trigo. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham ficado completamente molhados. De repente aparece uma cigarra:

“Por favor, formiguinhas, me dêem um pouco de trigo! Estou com uma fome danada, acho que vou morrer.”

As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra os princípios delas, e perguntaram:

“Mas por quê? O que você fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?”

“Para falar a verdade, não tive tempo”, respondeu a cigarra. “Passei o verão cantando!”

“Bom... Se você passou o verão cantando, que tal passar o inverno dançando”, disseram as formigas, e voltaram para o trabalho dando risada.

Moral: Os preguiçosos colhem o que merecem

("Fábulas de Esopo" - São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2004)

 

Texto 3

A cigarra e a formiga

 

Aquele que trabalha
E guarda para o futuro
Quando chega o tempo ruim
Nunca fica no escuro

Durante todo o verão
A cigarra só cantava
Nem percebeu que ligeiro
O inverno já chegava
E quando abriu os olhos
A fome já lhe esperava

E com toda humildade
À casa da formiga foi ter
Pediu-lhe com voz sumida
Alguma coisa pra comer
Porque a sua situação
Estava dura de roer

A formiga então lhe disse
Com um arzinho sorridente
Se no verão só cantavas
Com sua voz estridente
Agora aproveitas o ritmo
E dance um samba bem quente.

 

(Cordel: Severino José, São Paulo: Editora Hedra, 2004)

 

Respondam:

1.      O que as 4 versões da fábula (filme e demais versões) têm em comum?

2.      Em que elas se diferem?

3.      Agora é sua vez! Crie uma versão moderna dessa fábula. Mantenha, como os outros autores fizeram, elementos em comum com outras versões, mas seja criativo e adapte a história para a realidade da nossa vida hoje. Lembre-se, a moral da fábula deverá ser a mesma, assim como os personagens.

 

 

Aula 2:

http://www.soportugues.com.br/secoes/portuguesinho/ler%20aprender%20solpinho.jpg

 

Proponha que os alunos leiam o seguinte texto sobre os sinais de pontuação:

 

Pontos de Vista

Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português quando estourou a discussão.

— Esta história já começou com um erro — disse a Vírgula.

— Ora, por quê? — perguntou o Ponto de Interrogação.

— Deveriam me colocar antes da palavra "quando" — respondeu a Vírgula.

— Concordo! — disse o Ponto de Exclamação. — O certo seria:

"Os sinais de pontuação estavam quietos dentro do livro de Português, quando estourou a discussão".

— Viram como eu sou importante? — disse a Vírgula.

— E eu também — comentou o Travessão. — Eu logo apareci para o leitor saber que você estava falando.

— E nós? — protestaram as Aspas. — Somos tão importantes quanto vocês. Tanto que, para chamar a atenção, já nos puseram duas vezes neste diálogo.

— O mesmo digo eu — comentou o Dois-Pontos. — Apareço sempre antes das Aspas e do Travessão.

— Estamos todos a serviço da boa escrita! — disse o Ponto de Exclamação. — Nossa missão é dar clareza aos textos. Se não nos colocarem corretamente, vira uma confusão como agora!

— Às vezes podemos alterar todo o sentido de uma frase — disseram as Reticências. — Ou dar margem para outras interpretações...

— É verdade — disse o Ponto. — Uma pontuação errada muda tudo.

— Se eu aparecer depois da frase "a guerra começou" — disse o Ponto de Interrogação — é apenas uma pergunta, certo?

— Mas se eu aparecer no seu lugar — disse o Ponto de Exclamação — é uma certeza: "A guerra começou!"

— Olha nós aí de novo — disseram as Aspas.

— Pois eu estou presente desde o comecinho — disse o Travessão.

— Tem hora em que, para evitar conflitos, não basta um Ponto, nem uma Vírgula, é preciso os dois — disse o Ponto e Vírgula. — E aí entro eu.

— O melhor mesmo é nos chamarem para trazer paz — disse a Vírgula.

— Então, que nos usem direito! — disse o Ponto Final. E pôs fim à discussão.


Conto de João Anzanello Carrascoza, ilustrado por Will.

Revista Nova Escola - Edição Nº 165 - Setembro de 2003

Para responder:

 

1.      Baseando-se no texto e em seus conhecimentos, responda para que serve

 

·         o ponto final?

·         o ponto de interrogação?

·         o ponto de exclamação?

·         os dois pontos?

·         as aspas?

·         o travessão?

·         a vírgula?

·         o ponto e vírgula?

·         as reticências?

 

2.      Dentre esses pontos, quais são os que nos auxiliam a reportar um diálogo?

3.      Retire do texto um fragmento de diálogo que exemplifique sua resposta anterior.

 

Professor, para auxiliar os alunos a responder as questões, leve-os à sala de informática e peça que pesquisem as respostas no site: http://www.escolakids.com/os-sinais-de-pontuacao.htm.

4.      Retorne às fábulas. De que maneira o diálogo foi representado nelas?

5.      Escolha uma das fábulas e reescreva-a usando outra forma de marcação de diálogo.

 

Professor, o discurso reportado é uma enunciação feita em uma enunciação ou uma enunciação sobre uma enunciação. É dizer novamente o que foi dito por outro interlocutor. Para saber mais, leia o artigo disponível em: http://www.revistaaopedaletra.net/volumes/vol%2010.2/vol10.2-Marnei_Consul.pdf

 

Aula 3:

 

Reproduza para os alunos cópias das seguintes fábulas e peça que eles façam uma leitura silenciosa delas.

 

.

O mosquito e o touro

http://sitededicas.uol.com.br/gifs/novos_gifs/mosquito_e_touro.jpg

 

Um Mosquito que estava voando, a zunir em volta da cabeça de um Touro, depois de um longo tempo, pousou em seu chifre, e pedindo perdão pelo incômodo que supostamente lhe causava, disse: "Mas, se, no entanto, meu peso incomoda o senhor, por favor, é só dizer, e eu irei imediatamente embora!"

Ao que lhe respondeu o Touro: "Oh, nenhum incômodo há para mim! Tanto faz você ir ou ficar, e, para falar a verdade, nem sabia que você estava em meu chifre."

Com frequência, diante de nossos olhos, julgamo-nos o centro das atenções e deveras importantes, bem mais do que realmente somos diante dos olhos do outros. 

Autor: Esopo


Moral da História: Quanto menor a mente, maior a presunção

 

Disponível em: http://sitededicas.uol.com.br/o_mosquito_e_o_touro.htm

 

Os Viajantes e a Árvore

 

http://sitededicas.uol.com.br/gifs/novos_gifs/viajantes_e_arvore.jpg

 

Dois viajantes, exaustos, depois caminharem sob o escaldante sol do meio dia, decidiram descansar à sombra de uma frondosa árvore.

 

Após deitarem-se debaixo daquela refrescante e oportuna sombra, um dos viajantes, ao reconhecer que tipo de árvore era aquela, disse para o outro:

 

"Como é inútil esse Plátano![1] Não produz nenhum fruto, e apenas serve para sujar o chão com suas folhas." 

"Criaturas ingratas!", disse uma voz vindo da árvore."Vocês estão aqui sob minha refrescante e acolhedora sombra, e ainda dizem que sou inútil e improdutiva?" 
 

Moral da História: Alguns homens menosprezam os melhores benefícios que recebem apenas porque nada tiveram que pagar por estes.


Nota[1]: Espécie de árvore ornamental de grande porte. 

Autor: Esopo

Disponível em: http://sitededicas.uol.com.br/os_viajantes_e_a_arvore.htm

 

O avarento

http://sitededicas.uol.com.br/gifs/novos_gifs2/o_avarento.jpg

 

 

Um avarento tinha enterrado seu pote de ouro num lugar secreto do seu jardim. E todos os dias, antes de ir dormir, ele ia até o ponto, desenterrava o pote e contava cada moeda de ouro para ver se estava tudo lá. Ele fez tantas viagens ao local que um Ladrão, que já o observava há bastante tempo, curioso para saber o que o Avarento estava escondendo, veio uma noite, e sorrateiramente desenterrou o tesouro levando-o consigo.

 

Quando o Avarento descobriu sua grande perda, foi tomado de aflição e desespero. Ele gemia e chorava enquanto puxava seus cabelos.

 

Alguém que passava pelo local, ao escutar seus lamentos, quis saber o que acontecera. 

"Meu ouro! Todo meu ouro!" chorava inconsolável o avarento, "alguém o roubou de mim!"

"Seu ouro! Ele estava nesse buraco? Por que você o colocou aí? Por que não o deixou num lugar seguro, como dentro de casa, onde poderia mais facilmente pegá-lo quando precisasse comprar alguma coisa?"

 

"Comprar!" exclamou furioso o Avarento. "Você não sabe o que diz! Ora, eu jamais usaria aquele ouro. Nunca pensei de gastar dele uma peça sequer!"


Então, o estranho pegou uma grande pedra e jogou dentro do buraco vazio.


"Se é esse o caso," ele disse, "enterre então essa pedra. Ela terá o mesmo valor que tinha para você o tesouro que perdeu!"

 

Moral: Uma coisa ou posse só tem valor quando dela fazemos uso.

 

Disponível em: http://sitededicas.uol.com.br/fabula_o_avarento.htm

 

 

 

Agora, divididos em 3 equipes, os aluno deverão escolher uma das fábulas para representar. Eles podem elaborar um cenário, criar fantasias... Usar a imaginação! Porém, para que a fábula se retextualize em uma peça teatral, eles deverão utilizar dois pontos e travessão para marcar os diálogos. O teatro será apresentado para a turma e entregue, por escrito, ao professor

 


 

Agora, divididos em 3 equipes, os aluno deverão escolher uma das fábulas para representar. Eles podem elaborar um cenário, criar fantasias... Usar a imaginação! Porém, para que a fábula se retextualize em uma peça teatral, eles deverão utilizar dois pontos e travessão para marcar os diálogos. O teatro será apresentado para a turma e entregue, por escrito, ao professor.

Recursos Complementares
Avaliação

 

Professor, avalie seus alunos ao longo de todo o processo. Considere a participação nas discussões, a interação com a equipe, a qualidade das respostas dadas, além do uso do discurso reportado e da pontuação nas produções escritas (Fábula moderna e Texto teatral).

Opinión de quien visitó

Quatro estrelas 3 calificaciones

  • Cinco estrelas 1/3 - 33,33%
  • Quatro estrelas 2/3 - 66,67%
  • Três estrelas 0/3 - 0%
  • Duas estrelas 0/3 - 0%
  • Uma estrela 0/3 - 0%

Denuncia opiniones o materiales indebidos!

Opiniones

  • Lucas Andrade Dantas, Instituto Eros Gustavo , Minas Gerais - dijo:
    andradedantaslucas@gmail.com

    25/03/2014

    Cinco estrelas

    Essa é uma boa aula para se dar em uma sala de aula. As fábulas são muito lindas.


  • Marilene de Moura Rosa, E.E. de Ens. Médio Americo dos Santos , Rio Grande do Sul - dijo:
    marilene.m.r@hotmail.com

    05/02/2012

    Quatro estrelas

    Aula com ampla significação, traz para um contexto real de vivências do educando e ao mesmo tempo qualifica a produção textual e implementa a clareza sobre a utilização da pontuação.


  • lucimara rocha, colégio , São Paulo - dijo:
    lucimararmonteiro@hotmail.com

    23/01/2012

    Quatro estrelas

    ótimas sugestões, textos maravilhosos, entretanto o tempo previsto não é realista, seriam necessárias mais aulas.


Sem classificação.
INFORMAR ERRORES
¿Encontraste algún error? Descríbelo aquí y colabora para que las informaciones del Portal estén siempre correctas.
CONTACTO
Deja tu mensaje al Portal. Dudas, críticas y sugerencias siempre son bienvenidas.