20/12/2011
Leide Divina Alvarenga Turini
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Final | História | Relações de trabalho |
Ensino Fundamental Final | História | Nações, povos, lutas, guerras e revoluções |
Apontar os principais aspectos que configuram o contexto político, econômico, social e cultural da sociedade brasileira nas primeiras décadas do século XX;
Refletir sobre o cotidiano dos operários nas primeiras indústrias brasileiras, identificando as suas precárias condições de vida e de trabalho;
Caracterizar as condições de moradia dos operários no período analisado, refletindo sobre os significados da emergência dos bairros/vilas operárias e cortiços.
A instauração do regime republicano no Brasil.
As origens do processo de industrialização na sociedade brasileira.
Professor, para o desenvolvimento das atividades desta aula os alunos devem ter acesso a um computador e à internet. Portanto, a aula poderá acontecer no Laboratório de Informática ou na sala de aula, no caso de escolas vinculadas ao Projeto UCA (Um Computador por Aluno).
Professor, a proposta é iniciar a aula propondo aos alunos que assistam ao vídeo "Século XX: Os primeiros Tempos - Panorama Histórico Brasileiro", para que retomem o contexto social, político, econômico e cultural do período que será focalizado nesta aula.
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=RKlGUQOKP7g&feature=relmfu
Orientações para a atividade:
1. Acessar o vídeo no link indicado e, depois de assisti-lo, fazer um resumo no caderno com as ideias centrais.
2. Promover entre os alunos um debate das ideias centrais do vídeo, como por exemplo:
3. Solicitar aos alunos que anotem no caderno as principais ideias discutidas no debate.
Fábrica de Tecidos Crespi. Os operários da fábrica: homens, mulheres e crianças.
Fonte: http://www.assis.unesp.br/folquito/foto_bras_g02.jpg
Professor, para trabalhar as condições de trabalho dos operários nas primeiras fábricas brasileiras, colocamos a você duas sugestões:
1. O livro "Indústria, Trabalho e Cotidiano - Brasil 1889 a 1930", de Maria Auxiliadora Guzzo, da Coleção História em Documentos, Atual Editora.
2. O texto "As condições de trabalho e de vida dos operários brasileiros, 1850 – 1930", de Cláudia Márcia Rudek. No texto, a autora apresenta depoimentos de trabalhadores citados por estudiosos do tema. Confira um excerto abaixo, o qual "destaca um depoimento a respeito do trabalho infantil, dado pelo operário Jacob Penteado, trabalhador na fábrica de vidros Cristalina Itália, em São Paulo" e que permite observar as precárias condições de trabalho nas primeiras fábricas brasileiras:
"O ambiente era o pior possível. Calor insuportável, dentro de um barracão coberto de zinco, sem janelas nem ventilação. Poeira micidial, saturada de miasmas, de pó de drogas moídas. Os cacos de vidro espalhados pelo chão representavam outro pesadelo para as crianças, porque muitas trabalhavam descalças ou com os pés protegidos por alpercatas de corda, quase sempre furadas. A água não primava pela higiene nem ela salubridade [...] Os meninos deviam estar na fábrica uma hora antes dos oficiais, porque tinham que encher de águas os latões e tinas, onde os vidreiros mergulhavam as canas e os ferros de fazer bocas, quando 14 necessitavam arrefecê-los, e, também, deviam ascender os forninhos onde as peças eram reaquecidas para acabamento. Assim, em dias normais, as horas de trabalho dos meninos eram dez e, quando a fusão do vidro retardava, aumentavam para onze, doze, e até quinze [...] Os latões de água ou tintas pesavam, em geral, de vinte a trinta quilos. Os pobres meninos levavam-nos junto ao peito, com a orla do recipiente colada ao rosto. Devido ao peso, andavam a passos incertos, tropeçando a cada instante, e a água, então, sacudida, transbordava e ensopava as míseras roupinhas, que acabavam secando no corpo [...] Fazia-se fila junto à torneira, na maior aflição. Cada qual ansiava por desobrigar-se quanto antes, porque, ao chegarem os vidreiros, se a água não estivesse no lugar apropriado, os meninos apanhavam feio. Havia sempre uns infelizes, os menores, de 7 ou 8 anos, que ficavam por último, pois não podiam enfrentar os maiores, que empregavam a força, tomando-lhes a dianteira na bica. Era a lei do mais forte. Os meninos sempre foram indispensáveis, nas fábricas de vidro. Muitas tarefas auxiliares só eles podiam executar, sem contar que representavam mão de obra a preços dos mais vis. Ganhávamos apenas setecentos réis pó dia.” (LUCA, 2001, p. 26) Fonte: Cláudia Márcia Rudekhttp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/762-4.pdf . As condições de trabalho e de vida dos operários brasileiros, 1850 – 1930 . Link para acesso ao texto completo: |
Professor, este e outros depoimentos podem ser lidos e interpretados pelos alunos para, posteriormente, socializarem na turma as suas conclusões a respeito das condições de trabalho nas primeiras indústrias brasileiras.
Cortiço no Rio de Janeiro no começo do século XX. Fonte: http://acertodecontas.blog.br/wp-content/uploads/2008/01/tipico-cortico.gif
A proposta para esta aula é um seminário de textos a partir dos quais os alunos possam aprofundar as suas reflexões e socializar as suas conclusões com os colegas, a respeito do cotidiano dos primeiros operários brasileiros. O Seminário é uma dinâmica muito rica porque tem como uma de suas principais finalidades a socialização de informações e conclusões em torno de um tema de estudo.
Orientações para a realização do Seminário:
a. Dividir os alunos em 4 grupos e atribuir a cada grupo a responsabilidade pelo estudo e apresentação, para a turma, de um texto relativo ao tema em discussão.
b. Os textos devem ser entregues com antecedência para que os grupos tenham tempo de estudar o conteúdo e preparar a apresentação. Portanto, a divisão da turma em grupos, a definição do texto de cada grupo e as orientações para a apresentação devem preceder a execução da atividade proposta.
c. Nas orientações aos alunos, o professor deve destacar que as ideias centrais do texto devem ser discutidas e apresentadas pelo grupo. Em hipótese alguma os alunos devem ler o texto para a turma durante a apresentação. Apenas um ou outro parágrafo mais significativo pode ser lido. O grupo deve evidenciar a sua compreensão sobre o texto estudado e também o seu posicionamento em relação às questões propostas pelo autor. Desta forma, é imprescindível que os alunos compreendam as ideias estudadas e as apresente numa fala espontânea.
d. Na preparação do Seminário, os alunos devem procurar solucionar possíveis dúvidas em relação ao conteúdo dos textos com o professor.
e. Sugestão de textos para o Seminário e seus respectivos links:
Cortiço e Vila Operária. Ana Rita Corrêa. http://anaritacorrea.blogspot.com/2010/11/cortico-e-vila-operaria.html
Trabalho e vida operária no final século XIX no Brasil. Rodrigo Janoni Carvalho. http://www.ceedo.com.br/agora/agora9/trabalhoevidadaoperaraianofinaldoseculoXIXnobrasil_RodrigoJanoniCarvalho.pdf
Vilas significaram distância entre patrões e operários. http://www.comciencia.br/reportagens/cidades/cid17.htm
Bairros Operários. http://www.aprenda450anos.com.br/450anos/vila_metropole/2-3_bairros_operarios.asp
Habitação e modos de vida em vilas operárias. Mônica Peixoto Viannahttp://www.eesc.usp.br/nomads/SAP5846/mono_Monica.pdf
.Casas e vilas operárias paulistanas. Eudes Campos. http://www.arquiamigos.org.br/info/info19/i-estudos.htm
f. Professor, acima foram indicados textos disponíveis na internet. Mas, evidentemente, os alunos também podem e devem consultar livros e revistas que tratem do tema do Seminário. Após o trabalho de leitura e interpretação das fontes, cada grupo deverá preparar a apresentação para o restante da turma. Para tanto, poderão utilizar o aplicativo do Netbook do Projeto UCA (no caso de escolas vinculadas ao projeto) ou o aplicativo para apresentação de slides correspondente ao sistema operacional do computador ao qual terão acesso.
Apresentação do Seminário |
g. Na organização da apresentação, o grupo poderá apresentar dados numéricos e/ou estatísticos, áudio, vídeos, etc. As ideias centrais contidas nas fontes pesquisadas, bem como as conclusões do grupo, ficarão mais claras (e mais interessantes) para a turma se outros recursos, além da fala e do texto escrito, forem utilizados.
Pesquisa no Livro Didático de História |
A proposta é que os alunos façam uma investigação sobre se e como é tratado, no livro didático, o tema desta aula: as condições de vida e de trabalho dos primeiros operários brasileiros. Para tanto:
1- Dividir os alunos em grupos. Cada grupo ficará responsável pela análise de um livro didático.
2- Questões norteadoras do trabalho de análise/investigação a ser realizado pelo grupo:
Inicialmente os grupos devem observar: o livro didático investigado menciona esta temática? Há uma discussão específica sobre o assunto? Em caso afirmativo, devem prosseguir com a análise, de acordo com o roteiro abaixo:
3- Cada grupo deve apresentar as suas conclusões para os colegas, anotando-as posteriormente no caderno de História.
Produção de Texto Dissertativo |
4- Na culminância das atividades realizadas, o professor pode solicitar que os alunos elaborem um texto dissertativo, no qual exponham as suas conclusões sobre o tema desta aula.
Atenção, professor! Esta aula pode ser trabalhada conjuntamente com o professor de Português, que poderá auxiliar os alunos na elaboração do texto dissertativo, apontando as principais características deste tipo de texto.
Texto para o professor:
"Lugares de Memória": Habitações operárias no início do século XX. Vivian da Silva Paulitsch. http://www.unicamp.br/chaa/rhaa/downloads/Revista%207%20-%20artigo%202.pdf
Texto para alunos e professor:
MUNDOS DO OPERARIADO NO BRASIL (1889-1930). Juvenal Martins Neto. http://www.webartigos.com/artigos/mundo-do-operariado-no-brasil/36598/
A ação avaliativa deve permear toda a prática pedagógica do professor dando-lhe constantemente elementos que lhe possibilitem auxiliar o estudante no seu desenvolvimento. Desta maneira, o professor poderá avaliar os alunos a cada etapa do trabalho, por meio das atividades desenvolvidas a partir dos recursos utilizados: atividades de interpretação de textos e vídeo, debates, seminário, pesquisa em livro didático, sistematização de informações e de conclusões no caderno, elaboração de texto dissertativo, entre outras. A avaliação deve permitir ao professor observar se os objetivos propostos para a aula foram efetivamente alcançados pelos alunos.
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