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Projeto iniciação científica – Uma lupa na língua – O romance de aventura: aspectos linguísticos na construção do espaço narrativo

 

19/04/2012

Autor y Coautor(es)
LAZUITA GORETTI DE OLIVEIRA
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Conhecer as características do gênero romance de aventura.
  • Verificar, por meio de análise de textos, a função do léxico (substantivo, adjetivo e verbo) na configuração do espaço do enredo na narrativa de aventura.
Duração das atividades
04 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Elementos da estrutura narrativa.
  • Classes morfológicas: substantivo, adjetivo e verbo.
Estratégias e recursos da aula
  • utilização do laptop UCA;
  • utilização de vídeos do Youtube;
  • atividades realizadas em grupo de alunos;
  • utilização de textos, imagens e vídeos veiculados na internet.

 

lupa1

Imagem disponível em:

http://wilsongrandeamigo.blogspot.com.br/

A organização do trabalho escolar em torno de projetos apresenta, dentre outras características, a possibilidade de realizar uma mudança de paradigma em que o foco de interesse deixa de ser, exclusivamente o ensino e passa a ser a aprendizagem.  Isso significa dizer que se preocupa mais em entender como o sujeito é capaz de construir seus saberes.

De acordo com essa visão e também por acreditar que esse procedimento metodológico facilita o aprendizado, ao aproximar o fazer científico da realidade do aluno, é que está sendo desenvolvido um projeto de iniciação científica, intitulado “ Uma lupa na língua” do qual faz parte esta proposta, qual seja: tomar o gênero discursivo romance de aventura como objeto de estudo, com o objetivo de levar o aluno a conhecer as características desse gênero, reconhecer os elementos  da estrutura narrativa, focalizando principalmente o espaço, considerado um dos elementos fundamentais na narrativa de aventura.

Atividade 1

Primeira etapa do projeto: análise e avaliação da situação inicial

1. Para apresentar  o gênero discursivo romance de aventura aos alunos, o professor deverá exibir para eles, no K-presenter, a imagem abaixo que ilustra  a história de Robson Crusoé de Daniel Defoe. 

robinsonesextafeira

Disponível em:

http://outros300.blogspot.com.br/2011/12/as-inesperadas-aventuras-de-robinson.html

2. O professor deverá conversar com os alunos sobre a cena exposta na gravura, perguntando a eles:

 

a. Descreva as personagens presentes na cena. Como elas estão vestidas? O que elas estão fazendo?

b. Onde se encontram as personagens? Justifique sua resposta.

c. O espaço e as personagens desta cena caracterizam que tipo de história?

d. Com base nas características do espaço e das personagens, você diria que esta história se passa no dias atuais? Por quê?

d. Observando os elementos que compõem a cena, você acredita que as duas personagens são os vilões ou heróis da história?

e. A cena  acima ilustra a história de Robson Crusoé escrita por Daniel Defoe. Você já a conhece ou já ouviu falar sobre ela? Comente.

3. A seguir, o professor exibe para os alunos a sinopse da história de Robson Crusoé.

Robinson era um jovem marinheiro inglês. Ao viajar para a África, seu navio é colhido por uma tempestade e naufraga. Toda a tripulação morre, com exceção do jovem, que se refugia numa ilha deserta do Caribe. Lá, ele defronta-se com as dificuldades de uma existência primitiva. A coragem, a paciência e a habilidade de Robinson eram as qualidades que o mundo 'civilizado' de então acreditava necessárias para subjugar a 'barbárie'.

Disponível em:

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=3119049&sid=1875211011422429754488118&k5=22DA5EB7&uid=

4. Após a leitura oral da sinopse da história – feita pelo professor -  os alunos, em dupla, deverão acessar a página seguinte para assistirem ao  vídeo sobre o filme Robson Crusoé.

Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=tBfOwXVrXzI

5.  O professor conversa com os alunos sobre o vídeo, perguntando a eles:

a. Em romances de aventuras, geralmente, apresentam-se ações extraordinárias de personagens fictícias diante de grandes perigos.

Qual foi a grande aventura vivida por Robson Crusoé? Que perigos ele enfrenta?

b. Para  vencer grandes desafios, as personagens de narrativas de aventura são marcadas pela coragem, força e determinação. Robson Crusoé apresenta essas características? Comente.

c. A narrativa no vídeo é  produzida por meio de uma linguagem verbo- visual- sonora. A sequência das imagens é responsável, por exemplo,  pelo encadeamento das ações na progressão da narrativa.

Como se dá essa sequência no texto escrito?

d. Na narrativa escrita, quais seriam os elementos linguísticos responsáveis pelos efeitos de suspense e caracterização dos espaços?

6. A partir dessa exploração sobre a linguagem  utilizada no vídeo em comparação com a narrativa escrita, juntamente com os alunos, o professor define os passos  para realização do subprojeto, quais sejam:

a. Delimitação do tema:  a função do léxico ( substantivo, adjetivo e advérbio) na configuração do espaço do enredo da narrativa no gênero discursivo romance de aventura.

b. Pergunta de pesquisa: Qual é a função do léxico (substantivo, adjetivo e verbo) na configuração do espaço do enredo na narrativa de aventura?

c. Justificativa:

Na comunicação humana, a interação verbal se dá de diferentes formas,  estabelecendo  relações que se diversificam conforme uma série de fatores, dentre eles, os papéis sociais, a relação interpessoal, a situação de comunicação, os propósitos e o gênero de discurso. Nessa perspectiva, o presente estudo, em que se toma o gênero romance de aventura, propiciará ao aluno-pesquisador não só conhecer as características do gênero romance de aventura, mas também reconhecer os elementos da narrativa e analisar, de forma especial, o espaço, considerando-o como um dos elementos fundamentais da narrativa de aventura, visto que sua construção contribui para o estabelecimento de um clima de suspense.

d. Cronograma: 05 aulas de 50 minutos

c. Metodologia: os alunos serão divididos em grupos de cinco elementos cada, para realizar a leitura do livro  Robinson Crusoé de Daniel Defoe, adaptação de Marcelino Freire.

FREIRE, Marcelino. Robinson Crusoé / Daniel Defoe. Ilustrações Lúcia Brandão. São Paulo: Escala educacional, 2005. (Série Reviver)

Observação:

Após a leitura do romance, os alunos deverão analisar o capítulo apresentado na atividade 2 – juntamente com as questões para ser respondidas. Eles terão liberdade para  escolher  outro capítulo do livro para ser analisado.

 

Atividade 2

Segunda etapa: desenvolvimento do tema -  momento privilegiado de construção de conhecimento e elaboração de questionários para responder a perguntas das pesquisas.

Esta  etapa  é o momento de desenvolver atividades que possibilitem o aprofundamento do tema em estudo, preparando os alunos para a etapa seguinte, quando eles trabalharão de forma autônoma. 

Preparando para a leitura:

1. O professor deverá combinar com os alunos uma data em que todos devem ter o livro em mãos.

2. Antes de lerem o livro, os alunos deverão pesquisar sobre:

  • o autor da obra Robinson Crusoé - Daniel Defoe.

Disponível em:

http://educacao.uol.com.br/biografias/daniel-defoe.jhtm

 

3. Características do gênero discursivo romance de aventura.

Disponível em:

http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/1028497

 

4. O professor deverá ler o primeiro capítulo da história com os alunos  e marcar uma data para  o término da leitura do livro.

5. O professor  apresenta aos alunos  um trecho da obra que deverá ser analisado por eles, respondendo às questões propostas, visando responder às perguntas  de pesquisas já elaboradas.

 

Robinson Crusoé

 

Celebrei o vigésimo sétimo aniversário da minha vida na ilha de modo especial. Tinha muito a agradecer a Deus, agora mais do que antes, já que os três últimos anos foram particularmente agradáveis ao lado de Sexta-Feira. Tinha também o estranho pressentimento de que este seria o último aniversário comemorado na ilha.

O barco estava guardado, em lugar seco e protegido, esperando a época das chuvas terminar para empreender a viagem até o continente.

Enquanto aguardava tempo bom para lançar-me ao mar, eu preparava todos os detalhes necessários ao sucesso da jornada: armazenar milho, fazer pão, secar carne ao sol, confeccionar moringas de barro para transportar água...

Sexta-Feira andava pela praia, à procura de tartarugas. Voltou correndo, apavorado.

— Patrão, patrão! Três canoas estão chegando com muitos inimigos! Já estão muito perto...

Também me assustei. Não contava com o inesperado: os selvagens não vinham à ilha no tempo das chuvas. Espiei-os do alto da paliçada com os binóculos. Desembarcavam muito próximos do meu castelo, logo depois do ribeirão. O perigo nunca fora tão iminente...

— Não são gente do seu povo, Sexta-Feira?

— Não, patrão. São inimigos. Eu vi direitinho...

— Assim de tão longe? Como é que você sabe?

— Eu sei. São todos inimigos. Talvez, o objetivo de todos eles seja me pegar!

Acalmei-o. Claro que não tinham vindo até a ilha por causa dele! Já se passara muitos anos... Mas, de qualquer forma, o perigo era grande. Estavam tão próximos que poderiam descobrir-nos facilmente. Se quiséssemos ter alguma chance de sobrevivência, precisávamos atacá-los primeiro, quando não esperassem. Era fundamental fazer da surpresa nosso terceiro guerreiro!

— Você pode lutar? — perguntei ao meu companheiro.

— Sexta-Feira pode guerrear sim, patrão! Basta dizer o que devo fazer...

Carreguei duas espingardas e quatro mosquetes com chumbo grosso para dar a impressão de muitas balas. E preparei ainda duas pistolas. Reparti as armas de fogo com Sexta-Feira e rumamos para o acampamento dos antropófagos. Eu levava também a espada, presa à cintura, e meu companheiro, seu inseparável machado.

 Protegidos pelas árvores, chegamos a menos de quarenta metros do inimigo.

Na hora, não pude contá-los todos. Posteriormente, somando os mortos e os fugitivos, descobri que eram vinte e um. As chamas da fogueira já ardiam, como línguas vorazes à espera da gordura humana, que pingava de membros e partes cortadas para alimentar sua gula.

Eu relutava em atacá-los. Estava mesmo disposto a aguardar o máximo possível, escondido no meio do bosque. E, se descobrisse que iriam embora sem andar muito pela ilha, deixá-los-ia voltar sem importuná-los.

O grupo todo encontrava-se ocupado em soltar as cordas que prendiam mãos e pés de um prisioneiro. Por fim, desmancharam a roda que ocultava o condenado à morte e o arrastaram para perto do fogo. Meu Deus, o prisioneiro era um homem branco! Não, não iria aguardar os acontecimentos. Um homem cristão como eu estava prestes a ser devorado por selvagens antropófagos... Na minha ilha. Eu não podia deixar aquela bestialidade prosseguir!

Fiz sinal a Sexta-Feira. Estava pronto? Então que atirasse com a espingarda, que seguisse meu exemplo...

— Agora, Sexta-Feira! — berrei.

Os dois tiros ecoaram simultaneamente. Por um instante, o mundo parou. Horrorizados, os selvagens viram vários dos seus guerreiros caírem sem vida. Não conseguiam compreender de onde vinha a morte. As espingardas, carregadas com chumbo grosso, provocaram um enorme estrago entre os inimigos: cinco caíram mortos, três outros feridos. [...]

O mundo então pareceu vir abaixo: a praia virou um enorme pandemônio. Tínhamos sido descobertos, mas ainda assim os selvagens não se atreviam a atacar-nos. Gritos de guerra e raiva misturavam-se aos de dor dos feridos.

Corri ao encontro do inimigo, Sexta-Feira seguiu atrás de mim. No meio do caminho, já na areia da praia, paramos para garantir a pontaria do tiro do último mosquete carregado. Mais alguns mortos e feridos caíram ao chão. Os que ainda se mantinham em pé não sabiam se corriam ou se lutavam. Fomos ao seu encontro.

Ao passar pelo homem branco, entreguei-lhe minha pistola: podia precisar dela para defender-se. A luta prosseguia, agora, em um combate corpo a corpo. Matei mais dois, três, quatro — não posso precisar quantos — com a espada. [...] Ainda assim, três inimigos conseguiram saltar dentro de um dos barcos e fugiram para o mar. Dois pareciam ilesos; o outro sangrava, estava gravemente ferido. [...]

Corremos para a outra canoa, encalhada na areia da praia. Antes de fazê-la navegar, descobrimos, deitado no seu fundo, mais um prisioneiro amarrado. De repente, a máscara de guerra, em que se transformara o rosto de Sexta-Feira, tornou-se doce e suave ao avistar o velho homem, imóvel no chão do barco.

Sexta-Feira tratou-o com muito cuidado, dedicação e carinho. Soltou o velho, sentou-o, abraçou-o, apoiou sua cabeça contra seu forte peito, enquanto afagava com mão de criança seus cabelos... Sem o saber, Sexta-Feira acabara de salvar da morte o seu próprio pai.

Os fugitivos já iam longe no mar. Era inútil persegui-los.

[...]

Daniel Defoe. Robinson Crusoé: a conquista do mundo numa ilha. Adaptação para o português: Werner Zotz. São Paulo: Scipione, 1990. p. 85-9. Texto adaptado para fins didáticos

Disponível em:

http://blog.educacional.com.br/quartavalinhos/files/apostila-de-recuperacao-paralela-continua-lp-1-per-2011.pdf

 

Questões sobre o texto:

1. Faça um resumo da história de Robinson Crusoé.

2. De acordo com o que você pesquisou sobre o gênero romance de aventura, responda:

 

Considerando o desfecho do romance lido, podemos afirmar que ele é, de fato, um romance de aventura? Justifique sua resposta.

. Em relação ao trecho que está  sendo analisado, responda:

a. Quem Robinson e Sexta-Feira iriam enfrentar? Qual era o plano de Crusoé?

b. Por que os selvagens habitualmente iam à ilha de Crusoé?

c. O que levou Crusoé a agir violentamente contra os selvagens?

3. Crusoé precisou aprender a viver em um espaço diferente  daquele ao qual estava acostumado. Volte ao texto para responder às questões abaixo, apontando as características  da ilha  e do que ele precisou construir para lá sobreviver.

a. Como era a vegetação da ilha?

b. Quais eram as características do mar  da região da ilha?

c. Como Robinson se alimentava?

d. Que instrumentos Crusóe precisou  fabricar para obter alimentos e armazená-los?

e. Observe as palavras que você  retirou do texto para caracterizar o ambiente.  Houve predominância de adjetivos, substantivos ou verbos. Por quê?

4. As histórias de aventura são desenvolvidas, geralmente, em espaços que oferecem grande desafios às  personagens.

Transcreva do texto, uma passagem que exemplifica a afirmação acima.

5. A caracterização do espaço compõe a ambientação do enredo da narrativa. Observe a passagem abaixo:

Protegidos pelas árvores, chegamos a menos de quarenta metros do inimigo.

Na hora, não pude contá-los todos. Posteriormente, somando os mortos e os fugitivos, descobri que eram vinte e um. As chamas da fogueira já ardiam, como línguas vorazes à espera da gordura humana, que pingava de membros e partes cortadas para alimentar sua gula.

a. Identifique os elementos que caracterizam o cenário acima.

b. Caracterize o ambiente acima usando apenas um adjetivo.

6. Observe a passagem seguinte:

Os dois tiros ecoaram simultaneamente. Por um instante, o mundo parou. Horrorizados, os selvagens viram vários dos seus guerreiros caírem sem vida. Não conseguiam compreender de onde vinha a morte. As espingardas, carregadas com chumbo grosso, provocaram um enorme estrago entre os inimigos: cinco caíram mortos, três outros feridos. [...]

Que impressões provoca no leitor essa descrição detalhada do espaço em que se desenvolverá  a ação de aventura?

7. Nas narrativas de aventura, o suspense prende o leitor ao texto, e a caracterização do espaço  pode contribuir para isso. Comente essa afirmação a partir do trecho seguinte:

O mundo então pareceu vir abaixo: a praia virou um enorme pandemônio. Tínhamos sido descobertos, mas ainda assim os selvagens não se atreviam a atacar-nos. Gritos de guerra e raiva misturavam-se aos de dor dos feridos

8. Faça um levantamento dos adjetivos e verbos  empregados no trecho seguinte:

Os dois tiros ecoaram simultaneamente. Por um instante...  até o final.

a. Semanticamente, o que essas palavras sugerem?

b. Conclua: Qual é a função do léxico (substantivo, adjetivo e verbo) na configuração do espaço do enredo na narrativa de aventura?

 

Atividade 3

Terceira etapa:  aplicação e tabulação dos dados coletados.

Nesta etapa, os alunos deverão responder às questões  propostas, com base nas pesquisas realizadas  sobre o gênero, buscando responder à pergunta de pesquisa.

 

Atividade 4

Quarta etapa: finalização do projeto

Nesta etapa, os alunos deverão proceder à redação do projeto, de acordo com as normas da ABNT.

Disponível em:

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/estrutura-de-um-trabalho-academico/trabalho-escolar.php

 

A seguir, o grupo deverá preparar a apresentação  do projeto desenvolvido, a ser exposta no K-word.

Recursos Complementares

1. Os alunos poderão assistir, ainda, aos vídeos sobre a história de Crusoé:

Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=LgXmgv9jBWk&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=5lBIL--EhZo&feature=related

2. Os alunos poderão fazer um estudo comparativo  entre a aventura de Robson Crusoé e a história vivida pela personagem do  filme  "O náufrago", disponível em locadoras.

http://www.youtube.com/watch?v=KzXiTxnuNSo

Avaliação

Após a apresentação dos trabalhos, o professor deverá abrir espaço para que os alunos possam  refletir sobre as ações bem-sucedidas, as dificuldades encontradas, os conhecimentos adquiridos referentes ao tema abordado no projeto. Para a avaliação formal, os alunos deverão ser orientados pelo professor a redigir o trabalho final escrito, de acordo com as normas da ABNT.

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