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A Expansão Ultramarina Portuguesa

 

29/06/2012

Autor y Coautor(es)
LEONARDO SOUZA DE ARAUJO MIRANDA
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Débora Cazelato de Souza; Lígia Beatriz de Paula Germano

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Médio História Tempo: transformações e mentalidades
Ensino Médio História Poder
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Trabalho e relações sociais
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Nesta aula, busca-se trazer aos alunos as causas da expansão portuguesa e, também, da europeia. Os motivos para tal empreendimento eram diversos; entretanto, Portugal foi uma das pioneiras nessa “aventura marítima”. Navegar por mares nunca antes navegados e ter contato com o desconhecido (por exemplo, os índios) despendia conhecimento e instrumentos para tal feito. Portanto, o uso de mapas, bússolas e construção de boas caravelas era necessário para tal empreendimento. Além disso, os alunos deverão compreender como se estruturaram as relações entre os homens portugueses e americanos, sobretudo o resultado do encontro entre as duas culturas.

Duração das atividades
Quatro aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Para esta aula, o aluno necessita de um conhecimento prévio acerca da transição do feudalismo para o capitalismo, assim como sobre a consolidação das monarquias europeias. Deve-se saber, também, um pouco sobre o mercantilismo e o fortalecimento da burguesia.

Estratégias e recursos da aula

AULAS 1 e 2

Tanto a primeira como a segunda aulas serão um breve introdução ao tema.  

Observação: Será importante que o professor utilize um Mapa-múndi nestas aulas.

O professor abordará a conjuntura europeia nos séculos XV e XVI, já que esta, consequentemente, resultou na necessidade de se descobrir novas rotas, focando principalmente o pioneirismo português.

1- Quadro geral da Europa na época da expansão

Brevemente, o professor destacará que a ampliação da influência da burguesia perante os governantes, o território europeu cortado por rotas comerciais das mais diversas e a necessidade de se descobrir novos caminhos para as Índias foram alguns dos fatores da expansão ultramarina. Além disso, a Europa estava tomada pela peste e a fome que solapou o campo (esgotamento do solo) e ocasionou o “inchaço” das cidades.

O Comércio pelo Mar Mediterrâneo estava dominado pelos italianos. Como era rota obrigatória de passagem de produtos – principalmente, as especiarias (noz-moscada, pimenta, cravo, gengibre, etc.) – provenientes do Oriente, isso fez com que esses produtos encarecessem. Além disso, em 1453, houve a tomada dos turcos em Constantinopla, o que impediu o caminho para o Oriente e impulsionou ainda mais o desejo de expansão. Não havia alternativa a não ser a busca por novos caminhos que levassem às Índias e fizessem com que Portugal tivesse maior controle sobre os produtos que os italianos comercializavam.

Além disso, havia no imaginário europeu a existência de narrativas lendárias da existência de tesouros no além-mar, da existência de paraísos terrestres, o que aumentava a cobiça dos europeus; contudo, o medo de monstros marítimos, a falta de mapas e de instrumentos náuticos limitavam a descoberta de novas terras e/ou caminhos. Destaca-se, também, a necessidade de se buscar novos mercados para a venda de produtos e a de encontrar novas minas de ouro e prata para a cunhagem de moedas. Por fim, mas não menos importante, a propagação da fé cristã era outro elemento ligado à expansão ultramarina.

2- Pioneirismo Português

Em linhas gerais, Portugal foi pioneiro na expansão ultramarina por diversos motivos. Destacam-se, por ora:

- A formação do Estado-Nação: Portugal foi o primeiro a conhecer um governo politicamente centralizado na Europa; posteriormente, foi a vez da Espanha;

- A instabilidade de outras potências: outras fortes concorrentes de Portugal estavam em luta com outros países (por exemplo: os ingleses e os franceses lutavam entre si e os espanhóis contra a presença dos mouros);

- A posição geográfica: Portugal está localizado em frente ao Oceano Atlântico e muito próximo da África; esses fatores foram, sem dúvida, condicionantes do pioneirismo de Portugal;

- As conquistas patrocinadas pelo Rei e pelos Burgueses: de maneira geral, a expansão ultramarina foi feita com o apoio do Rei, que tinha, como interesse, encontrar novas fontes de renda e catequização dos povos; a burguesia nascente, por seu turno, obter o alargamento do comércio. A primeira conquista de Portugal foi, em 1415, a cidade marroquina de Ceuta (norte da África). Em 1498, foi a vez de Vasco da Gama chegar aCalicute (costa da Índia);

- A Escola de Sagres/ Investimento e técnicas: a construção de navios e instrumentos de orientação e a Escola de Sagres (Centro Náutico sob o comando de D. Henrique).

Entre esses instrumentos de auxílio na navegação, podem ser mencionados: o Astrolábio (instrumento circular ou esférico para determinar a altura do sol), a Bússola e os Quadrantes (para medir a altura dos astros) e osPortulanos: espécie de diários, roteiros descritivos das viagens.

ATIVIDADE:

O professor deverá pedir aos alunos que se dividam em dois grupos e façam uma busca, em sites da Internet, sobre tais instrumentos e os mapas utilizados no período. O segundo grupo ficará responsável pela busca sobre os itens de navegação utilizados nos dias de hoje. Os alunos deverão trazer imagens e a descrição de cada objeto. Se houver tempo, essa atividade poderá ser feita em sala de aula.

AULA 3

Nestas aulas, o aluno aprenderá sobre os Tratados de Partilhas e o encontro entre os portugueses e os americanos.

1- Tratados de Partilhas

As descobertas marítimas que estavam ocorrendo no final do século XV fizeram com que Portugal e Espanha recorressem a petições para assegurar “seus novos achados”. Em 1493, destacou-se a Bula Inter Coetera, dada pelo Papa Alexandre XVI e que determinava que a terra a 100 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde seria da Espanha e a leste, seria de Portugal. Essa partilha não agradou a Portugal. Sendo assim, em 1494, foi feito o Tratado de Tordesilhas.

Dica: O professor poderá assistir ao videoaula sobre a “Expansão ultramarina europeia”. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=t6KQShTakaY&feature=related. Poderá conferir, também, o Power Point disponível em: http://www.slideshare.net/carolambar/expanso-martima-cp2.

2. Encontro das culturas

Antes de iniciar este tópico, o professor deverá passar aos alunos o vídeo disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=hzGAcqGiV0g. Trata-se de um trecho do documentário “Povo Brasileiro”, com depoimento de Darcy Ribeiro e a narração de um pequeno trecho da “Carta de Caminha’, feita por Tom Zé.

Encontro das culturas

Disponível em: http://wallacemelobarbosa.blogspot.com.br/2011_07_01_archive.html

A imagem acima demonstra, de forma jocosa, o encontro entre o português e o índio. O relato do vídeo do encontro entre o Português e o Índio e a leitura da “Carta de Caminha” revelam o espanto do Português diante do encontro. Marc Ferro mostra-nos um fator interessante:

Professor, repasse esse trecho fotocopiado aos alunos:

“Naquele tempo, não havia doenças, nem febres, nem doenças de ossos ou de cabeça [...] Naquele tempo, tudo estava em ordem. Os estrangeiros mudaram tudo quanto chegaram. De fato, por mais saudosismo que possa expressar esse lamento, parece mesmo que as doenças do Velho Mundo foram mais frequentemente mortais nas Américas do que na Europa. Um missionário alemão chegou inclusive a escrever, no finalzinho do século XVIII, que ‘os índios morrem tão facilmente que só a visão ou o cheiro de um espanhol os fazem passar deste para o outro mundo’. Umas quinzes epidemias dizimaram a população do México e do Peru.” (FERRO, Marc. História das colonizações – das conquistas às independências – séculos XIII a XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. Apud MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, 2005.)

Os índios eram considerados seres inferiores (inocentes/“bárbaros”) e esta foi a alegação para que fossem catequizados. Com a chegada dos portugueses no Novo Mundo e o seu posterior interesse pelas terras da América, pode-se dizer que houve um deslocamento do eixo econômico, desviando as rotas do Mediterrâneo para o Atlântico no século XVII. Houve, também, a introdução de uma série de animais e plantas advindas de outras localidades.

ATIVIDADE:

Depois de ouvir a explicação do professor, assistir ao vídeo e ler ao trecho acima, os alunos deverão escrever em seu caderno dois parágrafos (texto dissertativo) acerca do tema aprendido. Essa atividade é de extrema importância para a montagem da peça de teatro (última avaliação). Feito isso, os alunos irão reunir em grupos e "juntar" os textos para a composição da atividade final.

AULA 4

Esta última aula será dedicada à avaliação. Ela consistirá em uma atividade que deverá ser feita em sala de aula. É importante frisar que esta avaliação poderá ser feita em duas aulas, caso seja necessário.

Os alunos deverão reunir-se em, no máximo, dois grupos e montar uma pequena peça de teatro (ou um diálogo simples), no qual, de um lado. estarão “os portugueses” e, de outro, os índios. Os alunos, por meio de pesquisa e trabalho em equipe, deverão demonstrar os instrumentos “tecnológicos” (atividades das primeiras aulas) que os portugueses tinham em mãos para o feito da expansão ultramarina e, também, expor o relacionamento que eles tiveram com os índios. A peça (ou o diálogo) deverá ser representada na própria sala de aula. Caso não seja possível a realização desta atividade, os alunos poderão desenvolver histórias em quadrinhos, charges ou diálogos (em forma dissertativa) sobre o encontro dos portugueses com os indígenas ou sobre o momento da expansão portuguesa e a conjuntura europeia.   

Por último, é importante destacar que o professor, também, poderá efetuar esta tarefa em conjunto com os demais educadores de outras áreas, como Português (na montagem da peça), Biologia (conhecimento de natureza do período), Sociologia e Filosofia (imaginário do período), Artes, entre outros.

Recursos Complementares

Material de apoio ao professor:

- MENDONÇA, Ana Teresa Pollo. Por Mares nunca dantes cartografados: A permanência do imaginário antigo e medieval na cartografia moderna dos descobrimentos marítimos ibéricos em África, Ásia e América através dos oceanos Atlânticos e Índico nos séculos XV e XVI. (Dissertação de Mestrado). Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: http://www2.dbd.pucrio.br/pergamum/biblioteca/php/mostrateses.php?open=1&arqtese=0510839_07_Indice.html

- Artigo: “Marócolo”, de Aline Pereira. As viagens de Jean de Mandeville e o imaginário medieval. I Congresso Internacional do Curso de História da Universidade Federal de Goiás. Jataí-GO, 2010. Disponível em:

http://www.congressohistoriajatai.org/2011/anais2010/doc%20(5).pdf

- Site http://www.slideshare.net/gibiteca/absolutismo-mercantilismo-grandesnavegaes-4489506. Nesse site, encontram-se várias aulas sobre a expansão ultramarina.

- Filme 1492: A descoberta do Paraíso. Filme completo disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=4h8ZdA7PC5M&feature=related

Portal do Professor (algumas referências):

- Aula: “A formação do mundo moderno: expansão marítima e comercial europeia”. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=34410

- Aula: “Expansionismo português e espanhol nos séculos XV e XVI”. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=34483

- Aula: “A conquista da América pelos europeus: o (des)encontro de dois mundos”. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28659

Avaliação

Durante a aula, o professor deverá ter notado que a avaliação possui duas atividades. Uma será sobre a busca de instrumentos para a navegação, usados pelos portugueses, e a última é Peça de Teatro ou a confecção de material icnográfico sobre o período. A avaliação, portanto, será a realização dessas atividades por parte do aluno.

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