• Tomar contato com a lógica aristotélica;

• Conhecer o silogismo;

• Identificar a presença de silogismos no cotidiano.

Não há necessidade de conhecimentos prévios.

Introdução

Ao usarmos as palavras lógico e lógica estamos participando de uma tradição de pensamento que se origina da filosofia grega. A área da Filosofia que se ocupa das questões que levaram os filósofos a indagar se o logos obedecia ou não a regras, possuía ou não normas, princípios e critérios para seu uso e funcionamento é a lógica. Essa área estuda conceitos, juízos e raciocínios visando demonstrar a validade ou ambiguidade, o duplo sentido dos termos e a falta de definições precisas.

A lógica é indispensável para qualquer estudo filosófico, além de necessária para a elaboração de raciocínios e argumentos coerentes e ajuda a entender proposições com maior clareza e distinção, em qualquer área do conhecimento.

Apresentar a imagem abaixo.

Explique que nessa sequência de aulas será estudado o fillósofo que primeiro se debruçou sobre essas questões.

Atividade 1

Os alunos assistirão a dois vídeos sobre a lógica aristotélica. Solicitar que durante os vídeos anotem palavras, frases ou ideias importantes para o entendimento do assunto.

Vídeo 1: "Aristóteles lógica"

Vídeo 2: "Aristóteles e a lógica"

Na sequência os alunos construirão mapas conceituais.

Passo a passo:

- Organizar a sala em grupos de 4 ou 5 membros.

- Explicação sobre Mapas Conceituais: o que são e como são estruturados.

- A partir do assunto abordado nos vídeos, cada grupo deverá escrever palavras relacionadas ao assunto em pedaços de papel.

- Em seguida, deverão organizar suas anotações sobre uma folha em branco, colar, e criar relações entre as palavras usando setas e novas palavras (verbos ou frases que contenham verbos), formando proposições.

- No laboratório de informática, utilizando os recursos do software Cmap Tools, deverão refazer o mapa criado em sala de aula. Se julgarem apropriado poderão acrescentar novos elementos.

O Cmap Tools é um software que, para alunos e professores, é um meio acessível e poderoso de se criar simulações, apresentações, gráficos, textos, jogos e animações. Acima de tudo, um recurso flexível, que permite a construção de mapas conceituais, programas, teste de hipóteses, manipulação de variáveis e possibilita a reflexão sobre os próprios processos de aprendizagem, pois estimula o desenvolvimento de estratégias de raciocínio. (www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tutoriais/cmap_tools.pdf) Manuais e tutoriais Disponíveis em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tutoriais/cmap_tools.pdf. Acesso em set de 2012 http://www.ufpel.edu.br/lpd/ferramentas/cmaptools.pdf . Acesso em set de 2012 http://penta2.ufrgs.br/edutools/tutcmaps/tutindicecmap.htm.   Acesso em set de 2012

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Na sequência os alunos deverão identificar como o lógica se manifesta nas situações diárias.

Se for necessário, retomar a explicação sobre o silogismo e sua estrutura. Explicar aos alunos que o termo silogismo pode ser identificado como uma expressão que conecta ideias.

Exemplo:

Todos os filósofos são seres humanos.
Todos os seres humanos são mortais.
Logo, todos os filósofos são mortais.

Uma forma comum de enriquecer essa explicação é abstraímos os significados das palavras as substituindo por símbolos:

Todo o A é B.
Todo o B é C.
Logo, todo o A é C.

Depois da retomada os alunos, organizados em grupos de 3 ou 4 membros utilizarão edições de jornais e revistas de grande circulação para pesquisar imagens diversas.

Com o material selecionado os alunos montarão um argumento lógico, no qual a combinação de imagens resulte em duas premissas e uma conclusão. As imagens deverão ser legendadas com a premissa que lhe corresponde.

Caberá ao professor orientar a atividade para garantir que os princípios da lógica expostos no vídeo e na aula expositiva sejam respeitados. O material produzido pelos alunos poderá ser exposto em local apropriado.

Princípio da não contradição

Um dos princípios importantes da lógica aristotélica diz respeito à contradição, isto é, segundo Aristóteles, é inadmissível logicamente que se afirme que A é A e B ao mesmo tempo. Este princípio garante a validade do argumento.

Atividade 2

Observar a imagem abaixo:

Disponível em http://liliacamposmartins.blogspot.com.br/2012/07/contracenso.html. Acesso em set de 2012.

Chamar a atenção para o título atribuído à imagem, onde  aparece a palavra contradição. Segundo o princípio da não contradição, não é lógicamente aceitavel afirmar duas coisas opostas sobre um mesmo objeto. Por exemplo, dizer que uma manga é uma manga e uma laranja ao mesmo tempo. Ora, se a manga é manga, ela não pode ser laranja. Na imagem, os manifestantes comparam o valor supostamente cobrado pelo SUS para realizar um procedimento cirúrgico com o valor supostamente recebido por escolas de surdos. Diante desse situação propor as seguintes questões aos alunos:

• Qual a contradição apontada pelos manifestantes?
• O argumento dos manifestantes obedece o princípio da não contradição?
• A contradição apontada pelos manifestantes é do mesmo tipo que se viu no vídeo?

Argumentação

Ler a reportagem “Efeitos de bebidas esportivas são questionados em artigos científicos”, disponível em http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1146686-efeitos-de-bebidas-esportivas-sao-questionados-em-artigos-cientificos.shtml

A leitura pode ser feita no laboratório de informática. Após a leitura os alunos deverão identificar os seguintes elementos:

a) Em que os lados do debate discordam?

b) Quais as teses de cada lado?

c) Quais as premissas de cada argumentação?

d) Em que se baseiam as premissas?

O objetivo é esclarecer que os discursos, de maneira geral, devem seguir a linha da argumentação lógica, evitando equívocos, como a contradição, para assim qualificar a discussão e permitir condições seguras para que aqueles que acompanham o debate possam tomar partido de um modo igualmente qualificado.

Atividade 3

Nesse momento a turma colocará em prática os conhecimentos adquiridos na organização e execução de um debate.

• O professor será o organizador e mediador do evento.

• Definir conjuntamente o tema, com preferência para temas atuais e polêmicos.

• Dividir a turma em dois grupos.

• Encaminhar os alunos ao laboratório de informática e/ou biblioteca para pesquisar sobre o tema.

• O evento poderá ser assistido pelos demais alunos da escola, caso assim se decida.

• Os debatedores deverão obedecer regras próprias de um debate, como evitar ofensas, palavras e expressões vulgares, observância de tempo de fala, e outras regras eventualmente acordadas entre as partes.

• Orientar para que os debatedores distribuam entre todos a responsabilidade das falas.

• O debate poderá ser filmado e divulgado em um blog criado especificamente para este fim, espaço que poderá ser alimentado com eventos semelhantes e outros materiais sobre o tema do debate e outros de igual alcance social. Professor, neste caso, não se esqueça de solicitar a autorização dos responsáveis pelos estudantes para veicular este vídeo na internet.

Vídeos

Lógica – Professor Decio Krause fala sobre o que é lógica. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=14707. Acesso em set de 2012.

A lógica de Alice. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=33084. Acesso em set de 2012.

Site

Para entender a história...  http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2011/10/introducao-logica-aristotelica.html. Acesso em set de 2012.

Imagens

A avaliação pode se dar a partir de alguns critérios previamente estabelecidos pelo professor:

1. participação durante as discussões e atividades;

2. comprometimento com o grupo;

3. argumentação durante o debate; respeito a opinião dos colegas;

4. empenho para problematizar e para buscar soluções para as situações propostas.

De acordo com a proposta desta aula, avalie se nas atividades realizadas pelos estudantes, eles:

• compreendem a estrutura básica do silogismo;
• relacionam a lógica com o cotidiano;

• compreendem a importância da utilização de argumentos lógicos;

• entendem a estrutura de um argumento lógico;

• conseguem utilizar estrutura lógica nas suas argumentações.