01/10/2008
Cristina Leite
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
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Ensino Fundamental Inicial | Geografia | Transformando a natureza: diferentes paisagens |
A cartografia ,dentro dos conteúdos que compõem a Geografia, é muitas vezes um assunto é desprezado pelos professores do Ensino Fundamental que parecem desconsiderar sua importância. É tarefa do professor de Geografia apresentar aos seus alunos o espaço, as dinâmicas que nele ocorrem e as variadas formas de representá-lo. Considera-se que ao saber ler e interpretar uma carta ou um mapa, o aluno passa a ter uma visão mais concreta do espaço e o conhecimento que é adquirido teoricamente pode ser aplicado à realidade do aluno com maior facilidade.
Entretanto no ensino fundamental, se faz uma introdução, um preparatório para a cartografia, pois o professor deve trabalhar de maneira que possa construir o conceito de espaço com os alunos. Esses conhecimentos devem ser desenvolvidos e aprofundados desde a 1ª série, pois são essenciais ao entendimento dos conceitos que possibilitam ao aluno realizar a análise geográfica.
Aula 01 e Aula 02 – A Construção da Maquete
Professor desenvolva em sua sala a proposta de trabalhos em grupo para a construção de uma maquete detalhada da sala de aula, com a localização e a quantidade exata de seus elementos. A maquete deve levar em conta as características do lugar onde vivem utilizando-se assim o material disponível e necessário. Costuma-se usar sucata, coisas já utilizadas, ou material barato: caixas de sapato, caixas e palitos de fósforo, papelão, revistas velhas, sementes, retalhos, barbante, cola, tesoura, tampinhas de refrigerante, papel, lápis de cor, etc. A diversidade de material talvez estimule a criatividade, facilitando o aparecimento de soluções bem diferentes, que são discutidas durante a apresentação dos trabalhos dos grupos. Conforme a sua realidade de trabalho, utilize uma ou duas aulas para esse trabalho de construção da maquete.
A maquete ainda permite experiências que envolvem questões de ponto de vista e projeção. Com esse trabalho lance perguntar como:
• variando a posição de onde a observam, o que acontece?
• porque alguns alunos vêem algumas coisas, mas não conseguem enxergar outras?
• existe algum ponto de vista de onde seja possível observar, ao mesmo tempo, todos os objetos e seus diversos lados?
Trabalhe a idéia do conceito de perspectiva ou visão. Explique que esse é um aspecto da percepção visual do espaço e dos objetos nele contidos pelo olho humano. Depende de um determinado ponto de vista e das condições do observador. A perspectiva, neste caso, corresp onde a como o ser humano apreende visualmente seu ambiente, sendo as vezes confundida com a ilusão de óptica. Por exemplo, as linhas paralelas de uma estrada, relativamente a um observador nela situado, parecerão afunilar-se e tenderão a se encontrar na linha do horizonte.
Aula 3 – A Construção da Planta
Cobrindo a maquete com plástico incolor transparente (ou papel celofane), solicite a seus alunos que olhem cada objeto da maquete exatamente de cima (ponto de vista vertical) e copiando seus contornos (incluindo aí as paredes), levando-os ào conceito de planta da maquete (por conseqüência, da sala de aula). E, para chegar à planta, os objetos foram projetados sobre o plástico de uma mesma maneira, o que resultou num único ponto de vista.
Faça na sala perguntas como:
• é preciso dar um título à planta?
• é preciso dizer o que significam seus vários elementos? (Aqui entra a construção da legenda.)
A construção de uma planta em escala da sala de aula exige que os comprimentos de todos os elementos da sala sejam reduzidos um mesmo número de vezes. Vários métodos são utilizados, vamos descrever resumidamente um deles.
Material necessário: papel pardo ou cartolina colorida (uma folha por grupo), papel branco, tesoura, cola, um rolo de barbante, caneta hidrocor ou pincel atômico.
O primeiro passo é medir o comprimento do lado maior da sala, para isso basta esticar o barbante junto à parede e cortá-lo. Em seguida, dobra-se o barbante ao meio, ou seja, o comprimento da parede é reduzido duas vezes (dividido por dois). Novamente, dobra-se o barbante ao meio: ele fica dividido em quatro partes iguais, o que significa que o comprimento da parede é reduzido quatro vezes (dividido por quatro).
O processo continua, até que o barbante caiba na folha de papel pardo ou cartolina. Então, risca-se o comprimento final do barbante nessa folha e verifica-se a redução. Os comprimentos das outras paredes e de todos os elementos da sala (carteiras, portas, lousa, janelas, etc.) devem ser reduzidos esse mesmo número de vezes, sempre usando barbante.
Com relação às carteiras, basta medir e reduzir os lados da parte de cima de uma delas. Recortar as carteiras e outros móveis em papel branco garante um destaque sobre o fundo de papel pardo ou cartolina colorida. Num canto da planta é importante anotar a redução, por exemplo: “comprimentos reduzidos 16 vezes”.
Ao menos na medição e redução da primeira parede, o trabalho precisa ser conjunto, com professor e alunos em permanente diálogo, que envolve, a cada passo, questões como:
• em quantas partes iguais o barbante foi dividido?
• o que aconteceu com o comprimento original da parede?
• que operação matemática é necessária para voltar ao comprimento original?
• por que reduzir todos os comprimentos um mesmo número de vezes?
Essas atividades, aparentemente simples são de enorme valia para que as crianças comecem a apreender os conceitos relacionados à localização, espaço e sua expressão visual, mediante os desenhos, que evoluirão para o estudo de material cartográfico.
Ao planejar as aulas, o professor precisa refletir a respeito dos “problemas” que os alunos enfrentam em cada produção, porque aí reside grande parte do que é interessante discutir. Trabalhar com a questão da redução e manutenção das proporções, correspondência entre localização dos objetos na sala e no desenho, escolha do ponto de vista e uso de símbolos. Eles experimentam, basicamente, a realização de uma projeção.
Três estrelas 4 calificaciones
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12/08/2010
Cinco estrelasé muito boa a idéia e já a executei em parte, excelente para desenvolver a prática para do assunto de escalas e agora que obtive o conhecimento do projeto por completoestou iniciando-o com osalunosdo 6° ano. obg
22/06/2010
Quatro estrelasmuito interessante, parabés e muito obrigada professor. Agora, meu maior desafio é desenvolvê-la em uma turma com 48 alunos pré adolescentes.
24/03/2010
Duas estrelasUma proposta de aula interessante, mas muito cansativa, prejudicando a aprendizagem porque os alunos geralmente ficam impacientes.
24/03/2010
Três estrelasParabéns muito bom seu trabalho.