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“Imperialismo na África e na Ásia”

 

19/09/2013

Autor y Coautor(es)
LEONARDO SOUZA DE ARAUJO MIRANDA
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Anna Flávia Arruda Lanna; Mauro Mendes Braga; Artur Navarro

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Relações de poder e conflitos sociais
Ensino Médio História Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade
Ensino Médio História Processo histórico: nações e nacionalidades
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 

O aluno já deve ter observado que, constantemente, aparecem nos jornais notícias de guerras civis, catástrofes sociais, alguma organização lutando por causas humanitárias na África e, até mesmo, filmes sobre a temática, como: Diamante de Sangue, Hotel Ruanda, O último rei da Escócia, entre outros.

Ele, também, já deve ter ouvido falar sobre a situação de pobreza e de conflitos étnicos nos países asiáticos, como, por exemplo, a questão da região da Caxemira, na fronteira entre o Paquistão e a Índia, que estourou durante o processo de descolonização da Índia, antiga colônia inglesa.

Diante dos fatos acima, ele já deve se ter perguntado qual o motivo de tantos problemas nos países dos Continentes Africano e Asiático.

O objetivo desta aula é trazer ao aluno as respostas a essa pergunta e lhe dar uma nova perspectiva sobre a história desses continentes, e fazê-lo entender como a interferência das nações europeias durante o período imperialista, também chamado de Neocolonialismo do século XIX, afetou e afeta as nações africanas e asiáticas, mostrando a complexidade desses problemas e quão difícil é solucioná-los.

Duração das atividades
6 aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Os alunos já deverão ter entendimento sobre a primeira e a segunda revolução industrial na Europa, deverão saber sobre as expansões marítimas e o colonialismo europeu no século XV e os processos de unificação alemã e italiana.

Estratégias e recursos da aula

O professor deverá dividir esta aula em duas partes: uma falará sobre o Imperialismo na África e a outra, sobre a Ásia.

Primeiramente, deve-se criar uma definição para o que é imperialismo. Pode-se chamar de imperialismo o ato de ampliação do poder de uma nação sobre outras. Esse ato pode assumir diversas formas: fisicamente, ou seja, uma expansão territorial, dominando totalmente ou parcialmente outra nação; politicamente, utilizando outra nação como marionete, moldando seu desenvolvimento de acordo com o interesse da nação imperialista; ou por via econômica, tornando a nação mais fraca dependente da mais forte economicamente, como, por exemplo, tornar o comércio dependente.

INTRODUÇÃO

O professor deverá introduzir o tema relembrando aos alunos alguns eventos importantes ocorridos no século XIX na Europa, como a unificação alemã e italiana, a Guerra Franco-Prussiana, a Primavera dos Povos e a segunda Revolução Industrial. Esses eventos são importantes, pois mostram um novo quadro na Europa no qual a burguesia ascende ao poder e é visível o acirramento da competição entre as nações. Dessa forma, eles poderão situar-se no contexto das nações europeias, facilitando assim sua compreensão sobre o tema.

Nesta introdução será importante que o professor relembre algumas das principais inovações da segunda Revolução Industrial (aço, telégrafo, motor a combustão, corantes sintéticos, entre outras), mostrando que essas inovações não só abriram as portas para novos mercados, como também aceleraram o ritmo de produção industrial, aumentando assim o lucro de seus empreendedores. Inclusive, essas inovações passaram a atrair muito trabalhadores rurais para a cidade em busca de qualidade de vida e empregos, mas, ao mesmo tempo, elas exigiam menos operários para funcionar, o que acabou por causar desemprego em massa, já que o contingente de trabalhadores era muito maior que a demanda.

Com o aumento da pobreza, diminuiu-se o poder aquisitivo da população. Logo, tinha-se uma grande produção de mercadorias e, ao mesmo um tempo, um baixo consumo. Desse modo configurou-se a chamada “Grande Depressão”, crise que faliu diversas pequenas e médias empresas.

Para que as grandes empresas pudessem salvar-se e, ao mesmo tempo, manter seu ritmo de produção e lucro, assim como a demanda por matérias-primas que essa produção exigia, as nações europeias foram obrigadas a procurar novos mercados consumidores e locais de extração de minérios. Logo elas foram atrás de continentes não industrializados. Deu-se assim o início ao processo conhecido como Neocolonialismo, que aqui abrangerá a África e a Ásia.

Ao terminar a explicação, o aluno já estará apto a entender o processo. Abaixo, seguem alguns exemplos de imagens interessantes que o professor poderá lançar mão para ilustrar o tema durante a aula.Partilha da África

Mapa da África partilhada pelos colonizadores europeus. 

http://revistaescola.abril.com.br/img/historia/216-africa-colonizacao.gif

Partilha

  Charge satiriza as nações europeias partilhando a China como se fosse uma grande pizza.

http://4.bp.blogspot.com/_5qKGUsqkIAw/TVLfbhiuzPI/AAAAAAAAAA4/G1datOQpG6c/s320/Imperialismo+-+Disputa+pela+China+%2528caricatura%2529.jpgRuanda

Uma das consequências da partilha da África, o genocídio em Ruanda, que deixou mais de 800 mil mortos em 1994. 

http://www.bbc.co.uk/portuguese/images/2001/010821_ruanda300.jpg

DESENVOLVIMENTO

1ª. AULA – A partilha da África

Após iniciar a aula com a introdução acima, o professor deverá falar um pouco sobre a África. Aqui é importante lembrar que já havia colônias europeias na África, sendo basicamente o Sul composto de colónias britânicas e holandesas e o norte, de francesas e britânicas novamente, além da presença portuguesa, que tinha como colônias, por exemplo: Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau. Além disso, havia também muitos povos nativos africanos vivendo sem a influência do europeu, inclusive um dos motivos da partilha foi para facilitar o reconhecimento e a exploração posterior do território. Eles viviam de acordo com suas próprias leis e costumes e conviviam com outros povos tendo sua própria diplomacia e demarcação de território.

Para explicar o processo de partilha, deverá ser ressaltado o motivo já mencionado na introdução, porém, desta vez, acrescentando a descoberta de joias e matérias-primas pelo território africano, pois foi isso que chamou a atenção do estrangeiro, que passou a ver a África com importância econômica e estratégica. Por isso as potências europeias passaram a disputar o território, tentando exercer dominação sobre as regiões de diversos modos, que podiam envolver desde negociações políticas com os líderes das regiões a intervenções militares.

Como ápice desta disputa, o professor poderá apresentar o Congresso de Berlim, que dividiu a África em 50 Estados, explicando o que foi e quais suas consequências para o Continente Africano. Deverá ressaltar, também, que essa divisão não respeitava as demarcações antes estabelecidas pelas etnias locais.

É interessante observar que a maioria dessas colônias não recebia investimentos para que se desenvolvessem, pois, na maioria dos casos, o objetivo da metrópole era apenas a extração dos recursos estratégicos. A justificativa dos colonizadores na época era a de que a cultura do homem branco europeu era superior a do homem negro africano e que era necessária a presença do branco ali, para civilizá-los.

O professor deverá concluir a aula, explicando as principais consequências que o Continente Africano sofre nos dias de hoje. Poderá chamar, ainda, a atenção para a extrema pobreza em que vivem alguns países africanos, as guerras étnicas consequentes da divisão territorial entre os europeus e a ideia que se propagou na África de que o homem branco é superior. Para isso, poderá ser citado o exemplo do Apartheid, regime de segregação racial que vigorou até 1994.

2ª. e 3ª. AULAS

Nestas aulas, para ilustrar os conflitos étnicos consequentes do imperialismo, o professor poderá passar o filme Hotel Ruanda, que trata do conflito étnico entre Tutsis e hútus que culminou em um genocídio que causou a morte de mais de 800 mil pessoas em 1994, em Ruanda.  A contemporaneidade do fato exemplificará para os alunos o quão extenso são os problemas causados pela partilha do Continente Africano e como esses problemas ainda o afetam nos dias de hoje.

4ª. AULA - Imperialismo na Ásia

O professor deverá fazer uma breve introdução sobre o colonialismo europeu na Ásia antes do século XIX, lembrando ao aluno as grandes navegações, como, por exemplo, a colônia de Portugal em Nagasaki e a Companhia das Índias Orientais.

Aqui o professor deverá explicar o processo de partilha da Ásia entre os europeus, lembrando-se de que aqui a partilha se diferencia da ocorrida na África, ou seja, não houve um acordo entre as nações europeias, pois, no caso, a Ásia foi sendo conquistada, como no caso da Índia, que sofreu uma série de conquistas para os ingleses.

Entre as consequências do neocolonialismo na Ásia, o professor deverá citar algumas revoltas e é essencial que ele explique cada uma; entre elas, temos: a Revolta dos Cipaios na Índia, a Guerra dos Boxer e a Guerra do Ópio, na China.

Além das consequências citadas acima, existem algumas que são sentidas até hoje, como a questão da disputa da Caxemira, região da Índia que pertencia ao Império Britânico e que, em 1947, com a descolonização britânica da Índia, passou a ser disputada entre a Índia e o Paquistão e, até hoje, é palco de conflitos sangrentos.

Há, também, consequências econômicas visíveis nos dias de hoje, já que vários países asiáticos se encontram em situação de pobreza, pois tiveram seus meios económicos destruídos durante o período imperialista.

5ª. AULA

Com base no que os alunos aprenderam em sala de aula, eles deverão dividir-se em  dois grupos. Cada grupo deverá elaborar uma pesquisa sobre as consequências do imperialismo nos tempos atuais, deverão procurar saber de revoltas e guerras civis que tenham sido consequência desse processo. Cada grupo deverá ficar com um continente, ou seja, um com a África e outro com a Ásia.

6ª. AULA                                                         

Os alunos deverão apresentar as pesquisas em um seminário e debater sobre o que encontraram. Deverão fazer a ligação entre o que ocorreu durante o período neocolonial, visto em aula, e as guerras e revoltas que encontraram e, posteriormente, discutir sobre o que mudou com relação à influência das nações europeias nos dias de hoje nesses países.

Recursos Complementares

O aluno poderá acessar os seguinte sites para a pesquisa: http://www.mundoeducacao.com/historiageral/imperialismo-na-africa.htmhttp://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/imperialismo-africa.htm ou http://www.infoescola.com/historia/imperialismo/.

Também poderá encontrar outros filmes que ilustram o assunto como: Gandhi, filme de 1982 de Richard Attenborough ou os já citados a cima Tiros em Ruanda e o Ultimo Reis da Escócia.

Avaliação

AVALIAÇÃO

Deverá ser avaliada a pesquisa feita pelos alunos, bem como o seu desempenho e argumentação nos debates anteriores,ou seja, a capacidade do aluno de relacionar a aula com o que foi pesquisado e o entendimento dele ao assistir o resultado das pesquisas dos outros colegas e a capacidade de defender sua opinião durante o debate. Deverá ser avaliada, também, a participação do aluno durante o seminário.

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