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ARTE CONTEMPORÂNEA: A INSTALAÇÃO NA ESTÉTICA DO COTIDIANO ESCOLAR

 

15/09/2009

Autor y Coautor(es)
Soraia Cristina Cardoso Lelis
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Elizabet Rezende de Faria

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Cultura e diversidade cultural
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 Construir individualmente objetos artísticos para composição plástica coletiva;
 Trabalhar coletivamente na construção de uma proposta artística na linguagem da instalação;
 Aplicar os conhecimentos teórico-plásticos acerca da arte contemporânea.

Duração das atividades
•Cinco aulas de 50 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

• Incursões pelo Banco de Dados/Acervo da sala ambiente de artes, onde estão livros de arte, portifólios de artistas, reprodução de imagens de obras, folders e catálogos de exposições – para apreciação e apropriação teórico-plástica;
• Trabalhos de campo em museus e galerias que contemplam a Arte Contemporânea na linguagem plástica das Instalações;
• Aulas teóricas sobre conceitos de Arte Contemporânea e obras desse contexto;
• Exercícios de leitura/recepção de obras e imagens de obras;
• Diálogo com artistas da cidade que trabalham com a linguagem da instalação - em seus ateliês ou na visita destes à escola.

Estratégias e recursos da aula

Aula 1

 Mostrar aos alunos algumas obras de outras épocas, previamente selecionadas, para que reflitam como os artistas produzem arte com enfoque no corpo humano, nas diferentes linguagens artísticas. Ex:


*Obras para referencial teórico-plástico com enfoque na poética do CORPO:

CELSO ANTÔNIO DE MENEZES, Nu, 1930, Escultura em gesso, s/m
Fonte: BARDI, P. M. O Modernismo no Brasil. Banco Sudameris Brasil S.A., São Paulo, 1982, p. 69.

VICENTE DO REGO MONTEIRO, Tenistas, 1928, óleo sobre tela (Acervo do Palácio de Verão do Governo do Estado de São Paulo, Campos do Jordão, SP).
Fonte: BARDI, P. M. O Modernismo no Brasil. Banco Sudameris Brasil S.A., São Paulo, 1982, p. 53.

ANTÔNIO GOMIDE, Nu, 1930, Escultura em madeira escurecida, 170 cm altura.
Fonte: BARDI, P. M. O Modernismo no Brasil. Banco Sudameris Brasil S.A., São Paulo, 1982, p. 33.

CÂNDIDO PORTINARI, Crianças, s/d, Desenho a aquarela/papel, 9 x 18 cm
Fonte: MONTEIRO, Salvador e KAZ, Daniel. Portinari – O Menino de Brodósqui. Livroarte Editora Ltda, Rio de Janeiro 1979, p. 92 (Obra publicada em benefício da PRONAV – Programa Nacional do Voluntariado da LBA – Legião Brasileira de Assistência).

 Ressaltar os diferentes materiais e técnicas usados pelos artistas nas referidas obras, os títulos, a dimensão, o período em que foi realizada – contrapondo às produções artísticas contemporâneas;

 Comentar sobre silhueta ou contorno, introduzindo um conceito, neste sentido:
(Sugestão de texto)


Silhueta
Imagem de contornos de uma figura, matizada em uma única cor sólida e plana, dando a impressão de uma sombra projetada pela figura em questão. O termo aplica-se em particular a retratos de perfil, em cor preta contra fundo branco (ou vice-versa), pintados ou recortados em papel, que foram extremamente populares no período compreendido entre 1750 e 1850. A palavra “silhueta” é derivada do nome de Etienne de Silhouette (1709 – 1767), que cortava silhuetas como passatempo. Na Inglaterra os retratos em silhueta foram geralmente chamados “sombras” ou “perfis” até o final do século XVIII. Lotte Reiniger, artista alemã, fez interessantes experimentos na década de 30, com silhuetas animadas gravadas em película cinematográfica. (CHILVERS, Yan. Dicionário Oxford de Arte. São Paulo: Martins fontes, 2001, p.492-3.)

 Com auxílio de um retroprojetor, usar o corpo e partes dele para produzir sombras refletidas na parede através da luz, de forma que os alunos diferenciem desenho do corpo (cheio de detalhes) com a silhueta do corpo, compreendendo a linha que tem seu início e seu fim, sem interrupção, marcando as partes do corpo, figurino, feições, etc.
• Convidar os alunos, um a um para criar uma silhueta projetada na parede, de modo que não se repita os movimentos e as silhuetas apresentadas, formando um vasto repertório de imagens e expressão corporal.

Aula 2

 Propor exercícios de sensibilização/expressão corporal – Dinâmica da Estátua (para movimentação corporal e congelamento da imagem): Em ambiente mais amplo do que o da sala de aula, convidar os alunos a fazerem uma roda e ao som de música de diferentes ritmos, criar movimentos corporais diversos/dançantes e, à paralisação do som, cristalizar a expressão corporal construída e fotografar mentalmente o colega mais próximo, observando o corpo estático. Fazer uma rodada de pelo menos quatro parada s para a movimentação e criação da expressão corporal em forma de silhueta;

 Continuar a dinâmica, só que a cada interrupção da música, será eleita uma estátua, sendo que os demais deverão registrar a imagem desta, a silhueta (linha que contorna o corpo), do ângulo onde estiver com o seu material (lápis e papel sulfite). Desenhar quatro ou cinco imagens/silhuetas de colegas em posição de estátua.


Aula 3

 Pedir que escolham as três melhores imagens de silhuetas produzidas na aula anterior, ampliem e repitam cada uma como clichê (molde) em um papel mais encorpado (retalhos de cartolina, papelão);

Processo criativo – aluno 5º Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

 Entregar papéis variados: jornal, revista, retalhos de papel craft, papel cartão, papel foto e solicitar a reprodução das silhuetas quantas vezes desejar em variedade de papéis e cores, usando os clichês;

Processo criativo – aluno 5º Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

 Usando tesoura, os alunos recortarão as silhuetas em dupla face (duas a duas), colando-as em palitos roliços, construindo objetos.

Processo criativo – aluna 5º Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

Processo criativo – alunos 5º Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

Processo criativo – aluna 5º Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

Aula 4

 Conversar com os alunos sobre a construç ão de uma instalação coletiva, visando a Pesquisa Poética na Expressão Tridimensional, usando os objetos construídos com as silhuetas corporais (alguns alunos produziram uma silhueta de cada tipo de papel (6 tipos diferentes, porém, outros foram além, chegando até 13 silhuetas, sobrepondo papéis, repetindo forma e cor...

Processo criativo – alunos 5º Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

De posse dos objetos construídos individualmente, os alunos buscarão um lugar no espaço escolar para a criação da instalação coletiva na perspectiva da transformação do ambiente escolar. Aqui o local escolhido foi um canteiro localizado próximo à horta e ao parque, adaptando/distribuindo os objetos no espaço físico - A instalação mostrada aqui através das fotos foi composta por 600 silhuetas corporais em papel.

Montagem Instalação – alunos 5º Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

Instalação Corpus Poiésis – Alunos 5º Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis

Instalação Corpus Poiésis – Alunos 5º Ano 2007/ESEBA-UFU
Profª. Marileusa Reducino (à esquerda) e eu (Soraia Lelis)
Fonte: Acervo e autoria ESEBA-UFU

 Concluindo a montagem da instalação, pedir que dêem um nome/título para o trabalho e rapidamente fazer a votação das propostas Essa instalação (foto) intitulou-se Corpus poiésis e foi realizada no ano de 2007.


Aula 5

 Revisitar a instalação, observando os efeitos/desgastes trazidos pela ação do tempo (sol, chuva, vento, poeira) no intervalo de uma semana, bem como aqueles provocados pelas crianças menores que, por curiosidade, retiram do local, tocam, tomam para si.

 Aproveitar para refletir sobre essa característica da arte contemporânea: a efemeridade.

 Para referendar teoricamente a proposta executada no projeto de se construir uma instalação coletiva com a contribuição de objetos criados individualmente, propor a apreciação de imagens de obras de artistas que trabalham com silhueta corporal em sua poética. Discutir com os alunos a poética dos artistas ou artista eleito, aqui como exemplo trazemos Jonathan Borofsky em cuja pesquisa traz as silhuetas corporais em prioridade. (Sugestão de texto)


Jonathan Borofsky

Disponível em

<http://www.koreatimes.co.kr/upload/news/081031_p26_walk.jpg>

Acesso em : maio/2009

Borofsky nasceu em Boston, Estados Unidos e é um artista conceitual cujos desenhos ecléticos, esculturas e instalações de som e luz são politicamente orientadas e profundamente pessoais. O artista fez desenhos detalhados de seus sonhos e numerou seu trabalho em sequência para melhor focalizar seu pensamento. Suas esculturas monumentais retratam silhuetas corporais, geralmente mecanizadas, feitas à mão com fibra de vidro sobre aço e demonstram seus próprios medos e ansiedades.

(Disponível em http://www.allaboutarts.com.br/default.aspx?PageCode=12&PageGrid=Bio&item=1205P2 >Acesso em: maio/2009)

Abaixo, algumas imagens de obras do seu vasto repertório plástico.

http://blog.mlive.com/grpress/entertainment_impact/2009/01/large_JONATHAN-BOROFSKY-30.jpg

http://www.community-arts.org/images/flying%20man.jpg

http://www.denvergov.org/Portals/539/images/TA_dancers.jpg

http://www.publicartinla.com/CivicCenter/moleculeman.jpeg

Disponível em

http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=Jonatan+Borofsky+obras&btnG=Pesquisar+imagens&gbv=2&aq=f&oq=

Acesso em> maio/2009

 Apreciação estética
- Como você recebe as obras de Borofsky?
- Há uma aproximação das obras do artista com a produção poética visual construída por vocês?
- Das obras apresentadas, qual promove maior diálogo com a produção poética Corpus poiésis construída pelo grupo?
- As obras de Borofsky são efêmeras? Por que?
- Você conhece algum lugar na sua cidade que tenha ou que abrigue uma escultura monumental como as obras deste artista?

Recursos Complementares

 Arte Conceitual – perspectiva artística que teve seu início na década de 60, sendo depois sistematizada pelo crítico nova- iorquino Clemente Greenbergdefine-se como movimento artístico moderno ou contemporâneo que defende a superioridade das idéias veiculadas pela obra de arte, deixando os meios usados em segundo lugar.
“Em arte conceitual, a idéia ou o conceito da obra é o aspecto mais importante.” (Sol Lewitt )
Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_conceptual Acesso em: julho 2009


 Efêmero(a) – De pouca duração; passageiro, transitório.
“Todas as formas se mudam, decaem e perecem ou se transformam, são todas efêmeras e caducas, ao passo que a idéia é sempre viva, verde, eternal.” (RIBEIRO, João. Páginas da Estética. 2ª Ed., Livraria São José: 1963 p. 87.)

 Estética – contemplação do objeto de arte; A educação estética busca a formação de um novo e crítico olhar. Privilegia a educação (do) sensível. (LELIS, Soraia Cristina Cardoso, Poéticas visuais em construção – o fazer artístico e a educação (do) sensível no contexto escolar, Dissertação de Mestrado, UNICAMP, 2004, p. 14).

 Instalação – A instalação procura criar um ambiente que traduza a idéia artística, utilizando-se, para isso, muitas vezes, de recursos cênicos (A Metrópole e a Arte, São Paulo: Prêmio/ Banco Sudameris, 1992, p.120).

• Poética ou Poiésis – palavra grega que se refere à poética; ao saber fazer; habilidade principalmente manual associada ao conhecimento da produção. (Mila Chiovatto – VII Encontro de Ações e Reflexões no Ensino de Arte, Uberlândia, 24/10/2007).
- Dimensão poética das produções em Artes Visuais. (Soraia Lelis)

Avaliação

• Acredita-se que em um processo contínuo, as trocas e reflexões acerca da fruição e da produção artística pelo viés da História da Arte, atribuem mérito à produção do conhecimento em arte e contribuem para a construção do repertório e vocabulário plásticos. Neste sentido, o ensino de arte deve buscar a educação estética, entendendo a avaliação em Arte como processual e qualitativa, não visando apenas a um resultado final.


Recursos educacionais
Nome                                                               Tipo                               
Apreciação de imagem de obras                       Teórica 
Desenho de observação                                   Prática
Recorte e Colagem                                          Prática
Montagem de Instalação                                   Prática

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