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Aprender, Brincar, Ler e Escrever com os Escravos de Jó

 

26/11/2013

Autor y Coautor(es)
VANEIDE CORREA DORNELLAS
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Ana Maria Ferola da Silva Nunes, Denize Donizete Campos Rizzotto

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Concepção de texto
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Concepção de ensino e aprendizagem
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de produção de textos
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Evolução da escrita alfabética
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Gêneros de texto
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Concepção de alfabetização
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Processos de leitura
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Ortografia
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Resgatar e ampliar o repertório de cantigas tradicionais brasileiras;
  • Conhecer várias versões da música e do jogo Escravos de Jó;
  • Utilizar o texto instrucional para aprender as regras do jogo;
  • Brincar, colaborar e respeitar as regras do jogo;
  • Exercitar a memorização, concentração e coordenação motora;
  • Associar a linguagem oral ao código linguístico;
  • Ajustar o texto falado à escrita;
  • Refletir sobre o Sistema de Escrita Alfabético;
  • Avançar no processo de leitura e escrita;
  • Desenvolver a capacidade de revisar textos;
  • Desenvolver a linguagem oral;
  • Desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupos.
Duração das atividades
Aproximadamente 180 minutos – 3 atividades de 60 minutos cada uma.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Para que esta aula seja realizada é necessário que os alunos tenham habilidades de leitura e de escrita.

Estratégias e recursos da aula

Professor, esta aula objetiva contemplar ações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Este é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios de assegurar que todas as crianças sejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do Ensino Fundamental.

De acordo com os documentos do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa aos oito anos de idade, as crianças já precisam ter o entendimento e a compreensão do funcionamento do sistema de escrita e o domínio das correspondências grafofônicas, mesmo que não dominem todas as convenções ortográficas irregulares. Elas também precisam ter a fluência de leitura e o domínio de estratégias de compreensão e de produção de textos escritos.

Dentro da visão de alfabetização do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa o professor alfabetizador tem a função de auxiliar na formação para o bom exercício da cidadania. Para isso, precisa entender a alfabetização para além de uma visão tradicional em que considera a aprendizagem da leitura e a produção de texto como uma aprendizagem de habilidades individuais e de simples codificação e decodificação.

Essa aula se justifica dentro da visão do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, porque considera alguns direitos de aprendizagem dos conteúdos de Língua Portuguesa, entre eles, segundo Brasil (2012, p. 32 -37) o aluno deve:

- “Apreciar e compreender textos do universo literário (contos, fábulas, crônicas, poemas, dentre outros), levando-se em conta os fenômenos de fruição estética, de imaginação e de lirismo, assim como os múltiplos sentidos que o leitor pode produzir durante a leitura”- ( p. 32)

- “Ler textos (poemas, canções, tirinhas, textos de tradição oral, dentre outros), com autonomia. ”- ( p. 33)

- “Revisar os textos após diferentes versões, reescrevendo-os de modo a aperfeiçoar as estratégias discursivas. ”- ( p. 34)

- “Relacionar fala e escrita, tendo em vista a apropriação do sistema de escrita, as variantes linguísticas e os diferentes gêneros textuais. ”- ( p. 35)

- “Valorizar os textos de tradição oral, reconhecendo-os como manifestações culturais”- ( p. 35)

- “Reconhecer gêneros textuais e seus contextos de produção. ”- ( p. 36)

- “Identificar semelhanças sonoras em sílabas e em rimas. ”- ( p. 36)

- “Ler, ajustando a pauta sonora ao escrito. ”- ( p. 36)

- “Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a escrever palavras e textos. ”- ( p. 37)

BRASIL. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: A organização do planejamento e da rotina no ciclo de alfabetização na perspectiva do letramento.  Ano: 2  unidade 2. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional.  Brasília: MEC, SEB, 2012.

É importante que o professor, conheça os direitos de aprendizagem dos alunos que estão contemplados em sua prática na sala de aula, para que ao final de cada etapa seja concretizado o trabalho desenvolvido com os alunos no processo de aprendizagem. Eles estão disponibilizados no sítio: “MEC: Destaques e Documentos Informativos: Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa”. Disponível em: < http://pacto.mec.gov.br/>. Clique em "Cadernos de Formação".   Acesso em: 06 de nov. 2013. 

Essa aula ainda tem como finalidade desenvolver uma proposta de trabalho, reflexão e prática relacionada ao programa da TV Escola - Série: LETRA VIVA - PGM. 7: PARA SER CIDADÃO DA CULTURA LETRADA

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Fonte: Sítio: “TV Escola. Série Letra Viva. Para ser cidadão da cultura letrada”. Disponível em:

<http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=4276>. Acesso em: 07 de nov. 2013.

 

De acordo com o vídeo, as atividades de transcrição de textos de memória (que sabem de cor) permitem ao aluno conhecer mais sobre o valor sonoro convencional, fazer as relações entre a fala, leitura e escrita. Na medida em que os alunos vão reconhecendo as palavras na transcrição de textos de memória, demonstram uma satisfação ao perceber que estão aprendendo ou já sabe ler e escrever. Nesse sentido, eles sentem vontade de se arriscarem na sua tentativa de escrita. Ao reescrever um texto conhecido os alunos aprendem a escrever e produzir um texto com apoio, o que permite que eles ganhem autonomia gradativa, de modo que, vão, aos poucos adquirindo confiança de escrever textos de sua própria autoria.

 

1ª Atividade – Aproximadamente 60 minutos.

Conhecendo a brincadeira e jogando “Escravos de Jó”

 

Professor, inúmeras são as possibilidades de trabalho com escrita e reescrita de textos de memória. A escolha das atividades mais adequadas vai depender do nível de desenvolvimento e da aquisição do sistema de escrita alfabética em que seus alunos se encontram. Portanto, antes de elaborar sua aula você deve levar em consideração esse aspecto para planejar intervenções que favoreçam o avanço da escrita de seus alunos. É necessário planejar situações de aprendizagem que mobilizem o saber dos alunos e o desejo de se arriscarem na construção de sua escrita.

·         Convide seus alunos a assistirem ao vídeo da música “Escravos de Jó” do DVD da Galinha Pintadinha, disponível em:

<http://www.youtube.com/watch?v=2RBVi4b3dQw>, acesso em: 07 de nov. 2013.

 

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Fonte da imagem disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=2RBVi4b3dQw >. Acesso em: 07 de nov. 2013.

 

Você deve utilizar um projetor multimídia para projetar o vídeo para os alunos assistirem.   Se não for possível você poderá utilizar o Laboratório de Informática ou se os alunos possuírem laptop do Projeto Um Computador por Aluno - UCA conectado à internet, poderá sugerir que o utilizem, a partir do caminho:  Mozilla Firefox (Metasys > Favoritos > Navegador de Internet) ou (Área de Trabalho > Navegador de Internet).

 

  • Organize os alunos em roda de conversa. 

A roda de conversa é um espaço privilegiado de troca de ideias, e deve sempre, ser utilizado pelo professor, lembrando que é fundamental oferecer a oportunidade de participação para todos os alunos e valorizar a sua fala, pois esta é uma excelente maneira de desenvolver a oralidade e a autoconfiança. Ouça a opinião dos alunos e faça a mediação ao debate. Reforce a importância da participação de todos e do respeito às diferentes opiniões.

  • Pergunte aos alunos se conhecem essa canção e se já brincaram;
  • Certamente a maioria dos alunos responderá que conhecem a música, mas é provável que muitos deles não conheçam a brincadeira de fato;
  • Conte que você explicará a brincadeira para que possam brincar juntos, mas, antes, explique que os alunos vão brincar em duplas;
  • Convide seus alunos a assistirem à um vídeo que ensina jogo em dupla, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=aiaPcnQKruA>.  Acesso em: 07 de nov. 2013.

 

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Fonte da imagem disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=aiaPcnQKruA>. Acesso em: 07 de nov. 2013.

 

Você deve utilizar um projetor multimídia para projetar o vídeo para os alunos assistirem.   Se não for possível você poderá utilizar o Laboratório de Informática ou se os alunos possuírem laptop do Projeto UCA conectado à internet, poderá sugerir que o utilizem, a partir do caminho:  Mozilla Firefox (Metasys > Favoritos > Navegador de Internet) ou (Área de Trabalho > Navegador de Internet).

 

  •  Explique que existem diferentes versões dessa cantiga, com pequenas variações, dependendo da região onde é cantada. Exemplos:

Escravos de Jó (tira, põe)

Escravos de Jó jogavam caxangá.

Escravos de Jó jogavam caxangá.

Tira. Põe. Deixa ficar...

Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá.

Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá.

Escravos de Jó (Zé Pereira)

Escravos de Jó, jogavam caxangá

Escravos de Jó jogavam caxangá.

Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar...

Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá

Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá.

Escravos de Jó (Zambelê)

Escravos de Jó, jogavam caxangá

Escravos de Jó jogavam caxangá.

Tira, bota, deixa o Zambelê ficar...

Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá

Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá.

Escravos de Jó (Cão Guerreiro)

Escravos de Jó, jogavam caxangá

Escravos de Jó jogavam caxangá.

Tira, bota, deixa o cão guerreiro entrar...

Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá

Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá

Escravos de Jó (vamos a Belém)

Escravos de Jó jogavam caxangá.

Escravos de Jó jogavam caxangá.

Tira, bota, vamos a Belém, que vai que vem

Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá;

Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá

 Fonte: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Escravos_de_J%C3%B3>. Acesso em: 07 de nov. 2013.

 

  • Escolha uma das versões para você trabalhar com eles, no caso dessa aula, foi escolhida a versão “tira, põe”.

 

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Fonte: imagem da autora

 

  • Explique como é o jogo.
  • Leia as regras para eles. Mostre as regras escritas para que entendam a função de um texto instrucional.

 

VÁRIOS JOGADORES SE DISPÕEM AO REDOR DE UMA MESA OU EM RODA, NO CHÃO.

CADA UM DEVE TER NAS MÃOS UM OBJETO, QUE É IGUAL PARA TODOS, COMO UMA PEDRA OU CAIXA DE FÓSFOROS.  

OS JOGADORES DEVEM SEGURÁ-LO COM A MÃO DIREITA. AO RITMO DO SOM DA MÚSICA “ESCRAVOS DE JÓ”

O JOGADOR PEGA O OBJETO À SUA FRENTE E COLOCA-O NA FRENTE DO SEU COLEGA DA DIREITA.

QUEM ERRA A DISPOSIÇÃO DAS PEÇAS É ELIMINADO DO JOGO.

 

  • Conte também que da mesma forma que há diferentes versões para a letra da música, há outras versões para a forma de brincar e passar os objetos. Na medida do possível, tente executar as versões diferentes e, ao final, escolha com a turma qual será realizada por todos.

             Exemplos:

1)      A música inicia-se e os objetos são passados para o colega do lado direito.

No trecho “tira, põe”, os alunos devem levantar o objeto e colocá-lo novamente, à sua frente.

No trecho seguinte “deixa ficar”, os alunos devem pegar o objeto e batê-lo no chão ou na mesa até a frase terminar.

A partir de “guerreiros com guerreiros”, os objetos voltam a ser passados para o jogador do lado.

No trecho “zigue-zigue zá”, o objeto é passado para o lado na sílaba “zi” de “zigue”, retornado pelo mesmo aluno que passou na sílaba “zi”, da segunda palavra “zigue” e passado novamente, dessa vez de maneira efetiva, ao colega do lado.

O movimento fica dessa forma, caso os objetos sejam passados no sentido anti-horário: direita – esquerda – direita.

2)      A música inicia-se e os objetos são passados para o colega do lado direito.

No trecho “tira, põe”, os alunos devem levantar o objeto e colocá-lo novamente, à sua frente.

No trecho seguinte “deixa ficar”, os alunos devem fazer um gesto com as duas mãos, como se estivessem mandando alguém ir embora, até a frase terminar.

A partir de “guerreiros com guerreiros”, os objetos voltam a ser passados para o jogador do lado.

No trecho “Zigue-zigue zá”, o objeto é passado para o lado na sílaba “zi” de “zigue”, retornado pelo mesmo aluno que passou na sílaba “zi”, da segunda palavra “zigue” e passado novamente, dessa vez de maneira efetiva, ao colega do lado.

O movimento fica dessa forma, caso os objetos sejam passados no sentido anti-horário: direita – esquerda – direita.

3)      A mesma orientação desses dois jeitos de jogar, porém, ao invés de colocar o objeto na frente do colega da direita, coloca-se na frente do colega da esquerda.

 

  • Escolha uma das formas de jogar e apresente aos alunos, ou escolham juntos. Existem muitas outras aqui não mencionadas.

Nessa atividade, os alunos deverão jogar com caixinhas de fósforo. Mas, antes de começar, prepare as caixinhas de fósforo com uma surpresa. Coloque dentro das caixas fichas com as letras das palavras da música.

 

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Fonte: Imagem da própria autora.

 

Faça as fichas de cada palavra com cores diferentes para não haver confusão, caso as fichas se misturem na hora da brincadeira. Os alunos deverão formar as palavras no final de cada jogada.

Se você quiser, pode também fazer fichas de palavras que não estão na música, de acordo com a realidade e nível de desenvolvimento de seus alunos.

 

Fonte: Imagem da própria autora.

 

  • Para iniciar, organize os alunos em duplas e deixe que joguem. Depois em trios. E finalmente, todo o grupo. 

Certamente, na primeira vez que o grupo for jogar surgirão muitos erros e talvez alguns conflitos. Faça a mediação das situações.

 

Depois que os alunos aprenderam a jogar e puderam brincar um pouco, conte sobre as palavras dentro de cada caixinha.

 

2ª Atividade – Aproximadamente 60 minutos.

Lendo a cantiga “Escravos de Jó”

  • Apresente um cartaz para os alunos com a letra da cantiga “Escravos de Jó” e leia para que possam perceber a entonação, a sonoridade, as pausas, a musicalidade. Logo depois, chame alguns alunos na lousa para que possam fazer a leitura, passando o dedo na palavra para que os colegas acompanhem com eles. Ajude se for necessário.

 

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Fonte: Sítio: “TV Escola. Série Letra Viva. Para ser cidadão da cultura letrada”. Disponível em: <http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=4276>. Acesso em: 07 de nov. 2013.

  • Organize os alunos em duplas.
  • Retire o cartaz da visão deles.
  • Entregue tiras (fora da ordem) contendo os versos da cantiga. Solicite que coloquem as tiras na ordem e colem em uma folha de papel fornecida por você com os espaços para a colagem. Solicite que coloquem as tiras na ordem e colem na folha de papel.

 

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  • Recoloque o cartaz.
  • Peça que comparem com o texto original.
  • Faça a correção.

Dependendo do nível de aquisição do sistema de escrita alfabética dos alunos você pode variar a atividade distribuindo as palavras dos versos em substituição aos versos completos.

 

  • Organize os alunos em nova dupla.
  • Entregue para os alunos uma cópia da cantiga e solicite que leiam juntos, passando o dedo por cima da escrita e conversem entre eles sobre as possibilidades de leitura.

 

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Fonte: Sítio: “TV Escola. Série Letra Viva. Para ser cidadão da cultura letrada”. Disponível em: <http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=4276>. Acesso em: 07 de nov. 2013.

 

3ª Atividade – Aproximadamente 60 minutos.

 

Escrita e reescrita da cantiga “Escravos de Jó”

 

Professor, é interessante trabalhar com reescrita de músicas levando em consideração que o aluno não precisa criar o que vai escrever, pois ele já tem memorizado. Então, precisa focar apenas em como vai organizar o seu pensamento para se apropriar do discurso escrito, pensando nas letras e sílabas que deverá usar.

A escrita de textos conhecidos pelos alunos dá a eles a impressão de que estão brincando, o que torna a atividade prazerosa e lúdica, ao mesmo tempo em que ajudam na reflexão sobre a escrita e no desenvolvimento dos procedimentos de leitura.

 

  • Organize os alunos em novas duplas de forma que tenham saberes diferentes a serem compartilhados.

Cuide para que nos agrupamentos os alunos estejam em níveis diferentes de aquisição da língua escrita, como, um no nível silábico e outro no nível silábico-alfabético para que um possa ajudar o outro em suas hipóteses. Dessa forma eles podem discutir o que pensam e conversar sobre as possibilidades de escrita.

 

  • Instrua a colaborarem um com o outro na dupla, por exemplo, um dita enquanto o outro escreve.

Todos os alunos devem fazer essa atividade de escrita, inclusive os que ainda não leem e escrevam convencionalmente. Quando o aluno conhece um texto de cor e tenta escrevê-lo é como se fizesse um ditado para si mesmo. Quando o professor acredita que os alunos são capazes de escrever textos de seu cotidiano pode planejar atividades significativas para eles. Além disso, é possível prever intervenções a serem feitas enquanto os alunos trabalham.

O professor não pode esquecer que saberes diferentes precisam de interferências diversas. É preciso ajustar as necessidades dos alunos às intervenções adequadas. Em uma mesma atividade deve-se variar os encaminhamentos, dependendo do conhecimento do aluno ou em qual momento do processo de aquisição da escrita alfabética ele se encontra.

  • Corrija os textos e faça as interferências necessárias individualmente.
  • Peça aos alunos que reescrevam o texto com as devidas correções, se achar necessário.

Socializando

Professor, combine com seus alunos um dia para apresentarem a música “Escravos de Jó” e a coreografia, para os alunos de outras turmas, ou proponha que ensinem aos colegas na hora do recreio, com certeza vão gostar da ideia, além de valorizarem o trabalho realizado.

Recursos Complementares

Você pode explicar para os alunos o significado dessa cantiga. Quando eles sabem sobre o que estão escrevendo e sabem o que significa o interesse parece ser maior. Conta-se que era uma estratégia de fuga para os escravos dos quilombos na época da escravidão. Jó era grande fazendeiro e possuía muitos escravos. Eles não podiam conversar durante a colheita e também na senzala, à noite. As cantigas entoadas durante o trabalho era uma forma de combinarem suas fugas em um dialeto que os vigias não compreendessem. Observe um pequeno vocabulário da cantiga:

Caxangá– tipo de jogo com pedrinhas para tirar a sorte de quem seria o escolhido a fugir do quilombo.

Tira– os escravos que seriam tirados da senzala naquela noite de fuga.

Põe– seria colocado na rota de fuga.

Deixa ficar– ao jogar essas pedrinhas, as que sobravam seriam os escravos escolhidos para vigiar durante a fuga e despistar os senhores.

Guerreiros com guerreiros– escravos guerreiros filhos do pai José, reprodutor e guerreiro que lutava pela liberdade dos filhos e irmãos.

Fazem zigue-zigue-zá– andavam e corriam em zigue-zague para escapar e confundir os capitães do mato durante a caçada aos escravos fugitivos.

Fonte disponível em:<http://luzdeluma.blogspot.com.br/2008/10/importando-o-folclore.html>, acesso em: 07 de nov. 2013.

 

No vídeo “Variação da Brincadeira – Escravos de Jó”, do sítio do Youtube, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=jpvOqJWgQqo>, acesso em: 07 de nov. 2013, há uma apresentação muito interessante dos alunos dos 2º e 3º anos da Escola Estadual Capitão Egídio Lima na Festa da Cultura Brasileira em Timóteo - MG. Vale a pena ver e tentar reproduzi-la para os alunos.

 

No vídeo “Escravos de Jó com alunos SESI Boituva”, do sítio do Youtube, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=3LN4x1WT0Jc>, acesso em: 07 de nov. 2013, há também uma apresentação de uma atividade realizada com alunos do SESI Boituva onde  são divididos em grupos e brincam com a música com o próprio corpo, desenvolvendo várias coreografias.

Avaliação

A avaliação deve ser compreendida como parte do processo da educação escolar. Tem como finalidade acompanhar o desenvolvimento e desempenho do aluno durante o processo de aprendizagem. Sua prática cria condições para que o professor possa adequar suas intervenções às necessidades de cada aluno e analisar os resultados obtidos em relação aos objetivos propostos. Nesse sentido, você deve observar no decorrer dessa aula se o aluno: leu e acompanhou a leitura da cantiga “escravos de Jó”, associou a linguagem oral à sua escrita, ou seja, conseguiu ajustar o texto falado à escrita. Observe se brincou e respeitou as regras do jogo. É necessário, nessa aula que o aluno também demonstre avanços na sua escrita e reescrita e no desenvolvimento de sua linguagem oral e atitudes de interação entre seus colegas. Durante todo processo registre a participação dos alunos e anote quais foram as intervenções para elas avançarem sobre o sistema da escrita.

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