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Cor pigmento

 

01/09/2008

Autor y Coautor(es)
Juliana Gomes de Souza Dias
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CURITIBA - PR SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Eziquiel Menta

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Artes Arte Visual: Arte visual como produção cultural e histórica
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
O que é cor pigmento. Como é feita a cor pigmento. Sua aplicação na história da arte. Sua aplicação hoje.
Duração das atividades
3 aulas
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Cores primárias e secundárias
Estratégias e recursos da aula

Atividade 1:

O professor deve iniciar a aula relembrando como surgiu o pigmento e sua utilização na história da arte: Pigmento é o que determina a cor, isto é, é o que forma a cor, por exemplo, as plantas são verdes, pois possuem como pigmento a clorofila, a terra tem cores diferentes pois depende da composição mineral de cada local, a nossa pele também possui pigmento, é a melanina.
Na pré-história o homem já utilizava o pigmento para desenhar nas paredes das cavernas. Os materiais utilizados eram: plantas, terra, carvão, sangue dos animais, etc. Para melhorar a técnica, o homem primitivo descobriu que precisava misturar algum tipo de “cola”, para que a tinta durar mais. Sendo assim, passou a misturar aos pigmentos naturais: resina de árvore, água, clara e gema de ovos, goma laca, resina vinílica, ceras, caseína, etc. Que possuíam propriedades de aglutinantes.
Após a descoberta e aprimoramento da técnica, o homem que já registrava parte da sua história na parede da caverna, passou a experimentar outros suportes: peles de animais, madeira, etc. Na Antiguidade e até um pouco antes da Renascença só eram conhecidos como aglutinantes o carbonato de cálcio, para afrescos, e a gema de ovo, usada para pinturas normalmente sobre madeira. Este tipo de trabalho era conhecido como “têmpera de ovo”.
O Afresco é a pintura feita somente com pigmentos em pó e água sobre uma argamassa (intonaco) constituída de cal hidratada e areia, enquanto está em fase de secagem, ou seja, ainda está fresca. A técnica foi utilizada desde a Grécia Antiga, Idade Média e Renascimento. Muito utilizado nos murais das capelas, como por exemplo da Capela Sistina. Nesse período também começou a utilizar o óleo de linhaça, já então em painéis de madeira com linho esticado, que hoje conhecemos como a técnica de “óleo sobre tela”. Posteriormente, uma técnica que se tornou popular foi a aquarela, cujas pastilhas são feitas através da mistura de pigmentos com goma arábica (alguns dizem que em verdade é goma adragante). A partir do início do século XX começou-se a utilizar a resina acrílica como aglutinante, possibilitando o uso da tinta acrílica, tão popular hoje em dia.
Existem também os pigmentos inorgânicos, constituídos por pó, também conhecidos como pigmentos industrializados, isto é, o homem através de pesquisas científicas criou pigmentos sintéticos, cores artificiais, feitas em laboratórios. Os suportes pa ra aplicação também ampliaram-se: livros, jornais, revistas, embalagens, tatuagens, tintas para cabelo, tintas para pintar parede, carros, enfim tudo que puder ser colorido. O aglutinante utilizado para esse tipo de tinta é o dióxido de titânica, que funciona como uma cola, que pode ser mais ou menos pastosa, fixando a tinta por mais tempo no suporte.
Para contextualizar na prática, o professor pode discutir com a turma algumas obras e sua técnica.

Leonardo da Vince – Madona Litta – Disponível em:
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/2017
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/570/imagens/madona_litta_imagelarge.jpg

Michelangelo – Criação do homem – Disponível em: http://cgfa.sunsite.dk/michelan/index.html

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/570/imagens/michela7.jpg

Michelangelo – O profeta Zacarias – Disponível em: http://cgfa.sunsite.dk/michelan/index.html

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/570/imagens/michel12.jpg

Michelangelo – Teto da Capela Sistina
Disponível em: www.panoramio.com

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/570/imagens/3872335.jpg

Atividade 2:

Agora é hora dos alunos trabalharem, vamos confeccionar um afresco. Como o processo é trabalhoso, o professor deverá reservar no mínimo 2 aulas. Siga os passos propostos pelo artista Sérgio Prata no site: http://www.perfilcasa.com.br/site/05.html Caso o professor não tenha acesso a internet segue abaixo a instrução do artista.

AFRESCOS
O Afresco é a pintura feita somente com pigmentos em pó e água sobre uma argamassa (intonaco) constituída de cal hidratada e areia, enquanto está em fase de secagem, ou seja, ainda está fresca. A cal, sendo alcalina, exerce forte poder anti-séptico, garantindo a perenidade da pintura.
Por ser uma técnica trabalhosa, que exige enorme destreza do pintor, é pouco empregada na atualidade. O afresco é uma das técnicas mais resistentes ao tempo, às i ntempéries e pode ser executada no exterior dos imóveis, como o que ocorreu no sul da Alemanha. O afresco antigo era feito com três camadas: trusilar, arriciatto e intonaco. O afresco contemporâneo, feito sobre paredes com chapisco ou suportes removíveis é feito com duas camadas: o arriciatto (dois volumes de areia para um volume de cal) e o intonaco (um volume de cal para um volume de areia de rio peneirada). É importante utilizar areia de rio limpa e lavada. A água empregada, de preferência, não deve conter cloro.

PASSO-A-PASSO
1. QUEIMANDO A CAL

Você deve “queimar” a cal hidratada (cal de pintura) com alguma antecedência. Queimar significa colocar a cal sobre a água, em um recipiente estanque. No Renascimento queimava-se a cal por 6 meses a 2 anos, pois empregava-se cal viva. Hoje temos a cal extinta (hidratada) e a sua queima torna-se estável em 24 horas. Deixe a cal sempre imersa na água (abaixo de dois dedos de água). No momento de trabalhar, retire a água e utilize somente a pasta de cal queimada.

2. O ARRICIATTO
Coloque dois volumes de areia fina e um volume de cal queimada em um recipiente plástico. Macere com uma espátula de pedreiro. Você deve macerar bem, eliminando todo caroço de cal. A mistura deve ser homogênea. Aplique sobre o chapisco ou sobre um painel transportável, com o auxílio de uma espátula (colher de pedreiro) e uma desempenadeira. Desempene, deixando a superfície sem cavidades e protuberâncias. Deixe secar.

3. O PROJETO
Seu projeto deve ser feito em aquarela ou pigmento com cola à base d’água sobre papel, antes de fazer o seu intonaco. Você deve fazer uma transparência do desenho sobre outro papel para facilitar a transferência das linhas principais do seu estudo para o intonaco do afresco.

4. FAZENDO O INTONACO
O intonaco é feito com um volume de cal queimada e um volume de areia. Macere bem com uma espátula fina (colher de pedreiro língua de gato) e coloque sobre o arriciato, desempenando e alisando, enquanto a massa estiver úmida.

5. MÉTODOS DE TRANSFERÊNCIA
O desenho pode ser transferido por técnica de incisão ou por técnica de spolvo. A incisão é feita com um objeto pontiagudo que é passado sobre as linhas principais do papel transparente, criando um sulco sobre o intonaco. O spolvo é feito furando-se a transparência nas linhas da composiç ão e pulverizando com um saquinho de tecido sobre o desenho. Uma pintura sobre o arriciatto pode ser feita para delimitar as linhas gerais da composição, permitindo ao pintor o cálculo da quantidade de argamassa colocada por dia (giornatta).

6. A PINTURA
A pintura é feita com pigmentos em pó misturados com água, durante o período em que o intonaco ainda está úmido. Nenhuma cola ou aglutinante é adicionado ao pigmento, além da água, que deve ser livre de cloro, de preferência, uma água de poço ou destilada. A fixação é feita pela cristalização que ocorre durante a secagem do intonaco. O artista deve pintar com uma intensidade de contrastes e cores maior do que o resultado final desejado. Durante a secagem, o branco da cal exerce forte branqueamento em algumas cores. Todos os pigmentos devem ser testados sobre um pedaço de intonaco, para que o artista certifique-se de sua estabilidade no meio alcalino.

7. O ACABAMENTO
Alguns retoques podem ser feitos na técnica do afresco a seco, que emprega leite de cal e pigmentos. No entanto, o afresco a seco possui menor resistência, devido à sua porosidade. Na técnica do afresco úmido, mais tradicional e resistente, a pá (tipo língua de gato) é aplicada pelo pintor, em um procedimento cuidadoso, empurrando delicadamente o pigmento para dentro do intonaco e fechando a camada de cristalização. Um bom afresco tem a textura de um mármore. Pode receber chuva, mas deve ser protegido do sol, para que os pigmentos resistam longamente.

Os alunos poderão trabalhar em grupo, cada integrante do grupo cria uma cor e troca faz a troca entre os colegas. Cada um fará um afresco individualmente. Após a conclusão dos trabalhos, o professor fará uma discussão com o grande grupo, sobre os resultados apresentados, pontos positivos e negativos na produção. Os alunos deverão fazer um texto relatando como foi a experiência, as dificuldades encontradas na confecção e aplicação da técnica, pontos positivos e negativos.

Atenção: Caso o professor queira delimitar a terra como único pigmento a ser utilizado, pode propor para os alunos a seguinte pesquisa sobre os tipos de solo e suas cores: Colorteca: coleção de cores do solo, disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/10159/colorteca.pdf
 

Coleção de cores de solos: colorteca

 

Critérios Ótimo - 10 Bom - 8 Regular - 6 Refazer - 4
Participação Contribuiu com idéias úteis, participou da discussão e contribuiu consideravelmente para o grupo. Um líder e esforçado. Geralmente participa das atividades práticas, não participa das discussões, contribui de forma moderada com o grupo. Algumas vezes participa das discussões, mas não propõe nada e sente dificuldades para trabalhar em grupo. Não participa das discussões, não contribui para o grupo, muito disperso.
Qualidade no trabalho Trabalho bem acabado, utilizou as cores certas, aplicação da técnica correta Trabalho bem acabado e utilizou as cores certas, a técnica pode ser melhorada Utilizou as cores certas mas precisa melhorar a técnica Não utilizou as cores certas e o trabalho esta mal acabado, não conseguiu desenvolver a técnica


 

Recursos Educacionais
Nome Tipo
Coleção de cores de solos: colorteca Experimento prático
Recursos Complementares
http://www.perfilcasa.com.br/site/05.html - Como realizar um afresco http://www.pitoresco.com.br/art_data/afresco/index.htm Afrescos e a História da Arte; Simuladores de cores para ambientes, acesse os sites: Tintas coral: http://www.tintascoral.com.br/internas/cores/simulador/simulador.shtm Rejuntabras: http://www.rejuntabras.com.br/simulador.php
Avaliação
A avaliação deve ser pensada em conjunto, professor e aluno, contribuindo para o processo de ensino-aprendizagem, onde professor e alunos constroem juntos cada etapa do conhecimento. Para isso sugerimos dois critérios de avaliação durante a atividade: participação do aluno durante a aula e elaboração das atividades e a qualidade do trabalho apresentado. Veja a tabela de sugestão nas Estratégias e Recursos da aula.
Opinión de quien visitó

Três estrelas 4 calificaciones

  • Cinco estrelas 2/4 - 50%
  • Quatro estrelas 1/4 - 25%
  • Três estrelas 0/4 - 0%
  • Duas estrelas 0/4 - 0%
  • Uma estrela 1/4 - 25%

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Opiniones

  • Sandra Luzia, E. M. Otto de Brito Guerra , Rio Grande do Norte - dijo:
    sandra.paxx@yahoo.com.br

    19/03/2012

    Uma estrela

    Estava procurando uma aula para sexto ano de escolaridade, encontrei sobre o pigmento achei um bom começo para o ano, mas achei falha a abordagem prática que deveria começar pelas primeiras obras, as mais primitivas, as rupestres ou uma outra menos rebuscada introduziu um afresco renascentista, trabalho que ao meu ver não é seguro por trabalhar com cal pondo em risco a saúde de todos envolvidos. Produção também pouco prática em se tratando de fazer um mural.


  • IVONETE MARIA DE OLIVEIRA IBIAPINA, E E E F RAMIRO OLAVO R DE CASTRO , Pará - dijo:
    neteoi@ig.com.br

    24/03/2010

    Cinco estrelas

    gostei muito da proposta. Nela você fundamenta e experiemta,. Achei apenas um pouco complexa para ser praticada nem algumas escolas pelo tempo e falta de estrutura, porém, é possivel, basta boa vontade e colaboração. Parabéns


  • Reginaldo da Silva, COL EST HERMINIO RODRIGUES LEAO , Goiás - dijo:
    regisprofdasilva@hotmail.com

    24/03/2010

    Quatro estrelas

    otimo


  • Marcel A Moura, Casa das águas , São Paulo - dijo:
    marcelamourat@hotmail.com

    24/03/2010

    Cinco estrelas

    Parabens pela aula! Esse curso é muito difícil de se obter, pois além de ser muito caro não encontra-se nada teorico na internet com tamanha quantidade de informação sobre o assunto. As informaçoes aqui obtidas poderão ser aplicadas no uso imediato do processo manual sem a necessidade de maiores informações, toda a essência do trabalho encontra-se aqui. Obrigado! O conhecimento e a informação é um dom e deve ser transmitido a todos a quem interessar.


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