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A quem dedicarei o meu primeiro livro como autor?

 

29/05/2015

Autor y Coautor(es)
IZABEL CASTANHA GIL
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ADAMANTINA - SP EUDECIO LUIZ VICENTE PROF ETE

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Orientações didáticas para alfabetização
Ensino Fundamental Inicial Geografia Conservando o ambiente
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral
Ensino Fundamental Inicial História Localidade
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Evolução da escrita alfabética
Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Concepção de texto
Ensino Fundamental Inicial História Organização histórica e temporal
Ensino Fundamental Inicial Geografia Lugar e paisagem
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Exercitar a escrita criando narrativas a partir de temas inspirados em sua experiência de vida, registradas em imagens feitas com aparelhos de telefonia móvel, câmera fotográfica, publicadas em redes sociais ou fotos reveladas.

- Selecionar imagens, a partir dos registros pessoais e seguindo uma temática de livre escolha, para elaboração de um pequeno livro.

- Participar de todas as etapas da elaboração de um livro, verificando as características de cada uma delas.

- Reconhecer referenciais para seleção e análise de imagens anteriormente capturadas sem critérios pré-definidos, exercitando competências e habilidades como escolha, organização, e sistematização.

Duração das atividades
10 horas aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Noções básicas de alfabetização

Estratégias e recursos da aula

Os professores de Geografia, Língua Portuguesa, História, Artes e Informática deverão interagir para o desenvolvimento desta aula. Se ela for desenvolvida com crianças, o apoio dos pais ou de alguns voluntários é fundamental para que se obtenha êxito.

A coordenação de área e a direção da escola devem ser contatadas previamente para que avalizem o trabalho, uma vez que serão necessários recursos financeiros para a confecção dos livros. Por se tratar de material simples, talvez seja possível valer-se da impressora da própria escola. Caso haja opção pelos serviços de uma gráfica, recomenda-se uma projeção inicial de custos.

 

Olá, colega professor/a

A proposta desta aula visa dar significado ao processo de alfabetização de crianças e adultos, buscando inspiração em sua própria experiência de vida, a partir de um vasto banco de dados, que, provavelmente, eles possuem armazenado na memória de seus aparelhos de telefonia móvel, de suas câmeras fotográficas ou até mesmo já postado nas redes sociais.

Diversificando as propostas impessoais de construção de narrativas, o ponto de partida são as imagens que os alunos já possuem na memória desses aparelhos eletrônicos e que, provavelmente, nem mesmo a família sabe como sistematiza-las.

Há a possibilidade da edição eletrônica da obra final, utilizando para isso o blog da turma ou o site da escola. Essa opção não implica em custos financeiros, porém é necessário que o professor providencie uma autorização de uso da imagem, quando se tratar de alunos menores de idade. A versão impressa requer planejamento, incluindo essencialmente uma conversa com a coordenação de área, a direção da escola, os pais, e ou os patrocinadores.

O papel do professor será auxiliar o aluno na identificação de um tema gerador (que norteará a seleção das imagens), coordenar e supervisionar o andamento do trabalho. Uma das características do tempo presente é a facilidade para se gerar imagens e a intensidade com que isso é feito. Falta, no entanto, um ordenamento para as mesmas. Falta também a formação do espírito crítico para captura-las e, inclusive, para descarta-las.

O professor contribuirá na instrumentalização dos alunos para a construção da narrativa, tanto no aspecto formal quanto no aspecto subjetivo, uma vez que eles terão que dar um significado para a história a ser construída.

Valendo-se dos recursos da era digital, que favorecem a obtenção e a fugacidade das imagens, o pequeno livro proposto poderá ser editado no laboratório de informática da escola. Com algum esforço e com recursos financeiros acessíveis, os alunos deverão vivenciar todas as etapas da elaboração de um livro, desde a concepção, criação, diagramação, impressão, montagem, até a distribuição final.

Não se espera a criação de uma obra prima ou uma produção esmerada. Trata-se de um recurso didático-pedagógico com grande potencial para despertar entusiasmo entre os alunos, contribuindo diretamente na melhora da qualidade da escrita. Além disso, proporciona o desenvolvimento de competências e habilidades voltadas à construção de referenciais que permitem o estabelecimento de critérios na geração das imagens e informações coletadas, dando-lhes significado. A fugacidade, portanto, dá lugar à criticidade.

A proposta visa a produção de um livro por aluno, materializando a pedagogia da autonomia, proposta por Paulo Freire, cujo objetivo é a construção de sujeitos críticos, independentes, pensantes. Assenta-se também nas concepções de Freinet, quando defende a pedagogia da vida (a vida do aluno ganha o centro do processo pedagógico) e a pedagogia do trabalho (considerando o processo de composição da obra).

A interação, que se constitui no princípio central da sociabilidade dos alunos, acontecerá durante o processo de produção do livro, quando trocarão ideias sobre os temas selecionados, a construção da história, a escolha da forma de apresentação do livro, e, quando o material estiver pronto, socializando e explorando os resultados pedagógicos da obra.

Ao longo da aula você verá sugestões sobre como conceber e criar um livro, como definir um tema gerador, como consorciar narrativas e propostas de interatividade com o leitor, entre outras nuances do universo literário e da comunicação.

 

 

Atividade 1. Concepção. De onde surge a ideia para se escrever um livro?

 

Passo 1. Apresentação da proposta aos alunos

O professor deverá reunir a turma num único círculo para colocar a sua proposta, que consiste no estímulo e no desafio de levar cada aluno a criar o seu próprio livro. Muito provavelmente, será o primeiro livro a ser produzido pela maior parte deles.

É certo que a ideia despertará entusiasmo e dúvidas na mesma proporção. Passada essa fase, o professor introduzirá sua ideia com mais clareza. Algo do tipo:

 

 

 De onde partiremos para a criação do livro? Sugiro começar do que já temos: as imagens armazenadas em seus aparelhos de telefonia móvel, câmeras fotográficas ou já postadas nas redes sociais. Poderão usar também algumas fotografias já reveladas, que fazem parte do acervo familiar. Vocês têm essas imagens?

 

 Provavelmente, dois grupos serão formados: os que têm muitas imagens e os que têm muito pouca ou nenhuma. Rapidamente, o professor esclarece que o fato de não ter muitas imagens pode ser superado com a geração de imagens específicas para a produção do material. Para isso, será providenciada uma forma para obtenção de uma câmera fotográfica ou um aparelho de telefonia móvel. As imagens serão transferidas diretamente para um computador e isso não gerará custos.

Acalmado os ânimos, inicia-se a fase de definição dos temas geradores.

 

Passo 2. Definição dos temas geradores

Alimentando o diálogo, o professor deverá solicitar que os alunos comentem sobre as imagens que já possuem: se foram capturadas por eles mesmos ou por familiares; as circunstâncias em que são coletadas; as preferências de cada um ao selecionar cenas para serem fotografadas; as formas de arquivamento das mesmas, entre outros itens.

Deverá ser dada orientação para que, a partir daquele momento, eles não deletem (apaguem) as imagens que já possuem, nem capturem outras. Para a segunda condição (não gerar novas imagens), sugere-se que os arquivos existentes sejam transferidos para uma pasta virtual específica. A ideia é congelar o acervo existente para facilitar o trabalho. Novas imagens serão obtidas caso sejam necessárias na composição do futuro livro.

Em meio a um emaranhado de imagens livres e desconexas, propõem-se alguns temas geradores para o início da criação do livro.

 

 

Para crianças da primeira fase do ensino fundamental

 

- Meus esportes favoritos

- Meu animal de estimação

- Eu, na casa da vovó/vovô

- O trabalho dos meus pais

- Diversão entre amigos

- Meus passeios e viagens

- Aventuras inesperadas

- Aventuras programadas

- Minha família

- Pagando o mico

- Outros temas

 

Para adultos em fase de alfabetização

 

- Meu trabalho

- Minha família

- Meus passeios e viagens

- Meu animal de estimação

- Meus esportes favoritos

- Diversão entre amigos

- Pagando o mico

- Minha cidade

- Minha saúde

- Meu(s) amor(es)

- Outros temas

 

 

Os alunos deverão ter um tempo para conversarem entre si ou para refletirem sobre as suas escolhas. Para facilitar essa reflexão, o professor deverá fazer alguns questionamentos, como sugerido no destaque abaixo.

 

 

- Por que esse tema me atrai?

- Há motivos suficientes para a geração de uma história real ou fictícia?

- Possuo boas imagens sobre o tema escolhido? Há um número razoável de imagens?

- Onde elas estão guardadas, arquivadas ou postadas?

- Caso necessite, poderei contar com o apoio de algumas pessoas para o desenvolvimento do meu trabalho, sem que elas se sintam incomodadas com a minha história?

- A quem dedicarei o meu livro?

- Um exemplar do meu livro será enviado para alguém que mora distante. A quem o enviarei?

 

 

Atividade 2. Criação. Como criar uma história, a partir de imagens?

 

Passo 1. Manuseando as imagens para escrever o livro

No passo 1 da atividade 1, citamos a possibilidade de termos dois grupos na sala de aula: um deles com muitas imagens e outro com pouca ou nenhuma imagem.

Alunos com pouca ou nenhuma imagem: o professor deverá orientá-los para a seleção de um tema da sua preferência. A partir do tema, eles deverão pensar numa história real ou fictícia, que possa ser ilustrada com imagens captadas por aparelhos de telefonia móvel ou câmeras fotográficas. Poderão também aproveitar fotografias reveladas que eles ou seus familiares possuem. Nesse caso, a história definirá as imagens.

Observação: o professor será o mediador na obtenção do equipamento para captura das imagens. Esse fato sugere que a história deva ser simples e acessível, considerando a possibilidade de empréstimo junto a algum colega de sala ou a algum familiar do aluno.

 Alunos com muitas imagens: o professor deverá solicitar que manuseiem o acervo existente, com o objetivo de identificar um fio condutor para o início da história, facilitando a seleção das imagens. Nesse caso, as imagens definirão a história.

 

Observação: Essa condição (existência de muitas imagens) constitui a proposta da aula, uma vez que o objetivo é a contribuição para o desenvolvimento de referenciais para a seleção, arquivamento, sistematização e significado das mesmas.

Propõe-se a criação de uma oportunidade pedagógica para se refletir sobre a importância e o significado das imagens no momento em que vivemos.

 

O tema gerador dará pistas para a seleção das imagens. Mesmo considerando-as como condição inicial para a composição da narrativa, é importante que os escritores construam prévia e mentalmente uma história (real ou fictícia). Isso ajudará na filtragem das mesmas.

Com base nas imagens pré-selecionadas e na historia esboçada, cada autor inicia a sua criação. Considerando o impacto das imagens, sugerem-se apenas pequenos textos abaixo das mesmas. Essa estratégia (pequenos textos) facilita o trabalho do professor e favorece a participação dos alunos, em fase de alfabetização.

 

                 Busca-se uma forma simples, criativa e ágil de estímulo à escrita.

 

Com o apoio do professor de Informática, dos pais ou de outros voluntários, as imagens serão transferidas do aparelho de telefonia móvel ou da câmera fotográfica para o computador. As fotografias reveladas ou impressas deverão ser escaneadas ou fotografadas com equipamentos eletrônicos. Os alunos indicarão a sequência das fotos, dando sentido às histórias.

Duas situações poderão influenciar a redação do livro: o uso de letras cursivas, no papel, ou a digitação no computador. No primeiro caso, o professor deverá providenciar uma cópia (inicialmente em preto e branco, para reduzir os custos) para que os alunos escrevam seus textos.

 

Sugere-se que os alunos recortem as imagens impressas para que possam manuseá-las com mais flexibilidade, favorecendo a construção da história.

 Após a definição da sequência, as imagens deverão ser numeradas e coladas em folhas de papel sulfite. Essas folhas deverão ser grampeadas, dando a ideia inicial de um livro.

 Se a opção for pela montagem do material em formato de álbum seriado, sugere-se que as imagens sejam coladas numa cartolina recortada em tiras (na largura desejada) e dobradas de modo sanfonado. (ver foto no destaque abaixo)

 

Após a revisão do professor (ver orientação mais adiante), os textos serão digitados em meio eletrônico. No segundo caso, os alunos digitarão diretamente no computador.

O professor poderá agendar uma visita a uma gráfica existente na cidade (caso haja) para que os estudantes conheçam as etapas que marcam a elaboração de um livro ou de outro material impresso. Como em todas as etapas da atividade, a experiência deverá ser registrada com fotos, tanto pelos alunos quanto pelo professor. Esses registros serão aproveitados no encerramento da atividade, como sugerido mais adiante.

 

G1  G2

Foto 1. Maria Júlia Gil Lermem, em idade de alfabetização, visita uma gráfica, em Adamantina/SP. Na foto 2, ela passa cola no dorso do papel, formando bloquinhos a serem utilizados como pequenos cadernos. Os bloquinhos foram confeccionados com sobras de papel, despertando o compromisso com o meio ambiente. Funcionários que colaboraram com a visita: Foto 1. Designer gráfico Aluízio Itamar Costa. Foto 2. Operador de guilhotina e acabamento Paulo Sérgio Alves de Lima

 

 

 Considerando a complexidade da coordenação do trabalho (para o professor), a inexperiência dos alunos e o efeito pedagógico que se pretende obter, as histórias devem ser curtas.

Há várias formas de se pensar no formato do livro. A praticidade, os objetivos pedagógicos, e os custos, são critérios fundamentais para a definição do tamanho e da forma. O professor de Artes dará grande contribuição nesse aspecto.

Sugestões quanto ao formato e à quantidade de páginas.

a) Para trabalhos em forma de livro: 1 folha (4 páginas) para capa e contracapa, mais 2 folhas (8 páginas para o miolo). Considerando papel sulfite (A4) dobrado ao meio, na forma horizontal, serão necessárias 3 folhas de papel, que comporão 12 páginas.

 

b) Para trabalhos em forma de folder ou de álbum seriado: usa-se uma folha de papel A3 dobrada verticalmente em 3 partes. Dessa forma, serão 6 faces com áreas longas para preenchimento. É possível cortá-lo ao meio e dobrar horizontalmente, diminuindo a área e aumentando as páginas para a disposição das imagens, dos textos e das atividades interativas a serem propostas (caça-palavras, cruzadinhas etc.).

 

Observações: O papel com gramatura 90 é mais resistente que o de gramatura 75, este convencionalmente utilizado nas impressões.

       papel1 papel2 papel3

Da esquerda para direita: Figura 1. Papel A4 dobrado ao meio. Figura 2. Montagem de um livro em formato convencional. Fotos da autora.

Figura 3. Formato alternativo do tipo folder ou álbum seriado. Fonte: http://luanaracquel.blogspot.com.br/2010/10/como-fazer-um-fantoche-de-papel.html

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O livro deve ter uma breve introdução, onde o autor apresenta o seu projeto e comenta como o trabalho foi desenvolvido, bem como a sua percepção em relação à experiência vivida. O professor de Artes poderá orientar quanto ao designer ou lay-out da capa. Sugere-se que seja colocada a biografia do autor (aluno). Deverá também ter uma dedicatória.

Para promover a interatividade entre o autor e o leitor, bem como para estimular aspectos formais da escrita, complementar o aprendizado ou preencher espaços, o professor poderá introduzir atividades, como caça-palavras; cruzadinhas; charadas; ligar os pontos, pintura de imagens mudas etc. As palavras ou o conteúdo a serem explorados nessas atividades devem ter a história dos alunos como referência. O professor de Informática, os pais ou outros voluntários poderão colaborar na elaboração desses recursos complementares.

 

Durante o processo, o professor deverá estar atento ao interesse de todos os alunos. Estudantes estigmatizados pelo fracasso escolar podem ver o desafio de participar de uma experiência desse porte com angústia e insegurança. O professor deverá dar atenção especial a esses alunos, uma vez que a atividade tem potencial para trazê-los à centralidade do processo de ensino e aprendizagem. Além disso, pode constituir-se numa oportunidade de ele ser elogiado e valorado por familiares e amigos, melhorando a sua autoestima.

 

Informações sobre como escrever um livro podem ser acessadas em

Oficina

http://www.editoraibep.com.br/oficinadeescritores/fundamental1.html

 

A etapa que antecede a versão final da obra consiste na revisão textual. Durante a leitura feita pelo professor, ele deverá anotar, em cada trabalho, as palavras ou outros aspectos que considerar relevantes para o aprimoramento da escrita.

A motivação e o entusiasmo dos alunos constituem-se em condições altamente favoráveis a esse aprimoramento. Eles devem sentar-se em duplas ou em grupos de três ou quatro estudantes para fazerem a revisão. Esse trabalho coletivo facilita a compreensão de que todos têm algo a melhorar e que a escrita se constitui num processo contínuo de aperfeiçoamento. Outro ganho dá-se em relação à ampliação do aprendizado, uma vez que ocorrem imprecisões de várias naturezas.

Nesse momento, os alunos deverão consultar o dicionário (físico ou virtual) ou o livro didático para observar e aplicar a norma culta da língua portuguesa.

 

 A revisão, portanto, deve ser vista com um momento vivo de apreensão individual e coletiva do conhecimento e não de punição ou de ironias em relação às falhas cometidas.

 

 

Passo 2. Impressão e montagem final dos livros

Como dito no início da aula, este é o momento principal dos custos. Com apoio da coordenação de área, direção da escola, pais, pessoas voluntárias ou patrocinadores, o material deverá ser impresso e concluído.

A impressão feita na escola proporciona condições favoráveis para que os próprios alunos façam a montagem do material. Se a impressão necessitar de uma gráfica e o professor priorizar a participação dos alunos nessa etapa, é importante organizar previamente a edição, prevendo essa possibilidade.

 

 

 Para dimensionar os custos, é importante que os alunos definam quantos exemplares serão impressos. Essa definição requer uma conversa com os pais, com a direção da escola e ou com os patrocinadores.

 

Uma vez impresso, os alunos devem participar da montagem da versão final. Se o formato escolhido foi o de livro convencional, será necessário colocar as páginas na sequência desejada, dobrá-las ao meio e fixar dois grampos para dar resistência à brochura. Se o formato escolhido foi o de folder ou de álbum seriado, será preciso dobrá-los na forma pré-definida.

O professor de Artes dará grande contribuição, uma vez que orientará os alunos com alguma dificuldade de coordenação motora e de estética.

 

Passo 3. O material está pronto. Uso pedagógico da obra e ampliação do conhecimento sobre o universo da comunicação

Agora que o material ficou pronto, o professor deverá organizar condições especiais para a entrega.

a) Convite aos pais e a outras pessoas pré-selecionadas para receberem a obra. Esse convite deverá ser redigido e entregue pessoalmente pelos alunos. O professor de Artes poderá sugerir formas criativas de se elaborar um convite. A redação do texto constitui-se em mais um exercício de escrita.

O evento deverá ocorrer na escola, com ampla cobertura fotográfica e “jornalística”. Sob a orientação do professor, os próprios alunos poderão tirar as fotos e redigir as notícias para postagem no blog da turma, no site ou no jornalzinho da escola e nos jornais locais.

Considerando a agitação desse momento, sugere-se a indicação prévia de alguns alunos para essas tarefas. Alguns deverão fotografar o evento, enquanto outros fazem entrevistas com os convidados. Posteriormente, o professor orientará o uso dessas informações na produção dos textos utilizados como “matérias jornalísticas”.

Poderá ser convidada uma rádio local (ou a rádio da escola, se houver) para que os alunos deem entrevistas, constituindo-se em mais uma experiência de comunicação. Se possível, recomenda-se a realização de visita a uma rádio ou a um jornal local, com o intuito de que os alunos conheçam uma parte da estrutura das comunicações, tão presentes em nossas vidas.

b) Deverá ser reservado um exemplar para uma pessoa distante (de livre escolha dos alunos) para envio pelo correio. Para isso, deverá ser agendada uma visita da turma à agência local. Assim, eles conhecerão outra forma da estrutura das comunicações. Para o envio do material, eles deverão preencher o envelope, compreendendo como se constitui o endereçamento postal: destinatário, remetente, selo, CEP etc.

 

Correio1

Foto 1. Maria Júlia Gil Lermem, em idade de alfabetização, visita a agência dos Correios de Adamantina/SP. Foto da autora. Agente de atendimento Sidnéia A. Ferreira da Silva Spirandeli efetua a selagem de uma carta social escrita pela garota e enviada a familiares. 

 

correio2

Foto 2. Agentes de distribuição explicam à pequena Maria Júlia as características do setor. Da esquerda para a direita: Jair Antonio de Cezare Gonçalves; Reginaldo Paulino da Silva e Aleixo Ramos das Neves. Foto da autora.

 

 

 

Uso pedagógico das obras produzidas

ler

http://revistaguiafundamental.uol.com.br/professores-atividades/98/imprime264287.asp

 

A experiência vivenciada contém inúmeras possibilidades de abordagem, cuja descrição não se limita a este espaço. Entre as sugestões podem-se relacionar

 

- leitura das histórias. Dispostos em um único círculo ou distribuídos livremente pela sala, cada estudante lê a sua história em voz alta, enquanto os demais a ouvem. Além do exercício da leitura, a atividade favorece a construção do hábito da audição respeitosa, prestigiando a história de cada um.

 

- troca do material. Os livrinhos poderão ser trocados entre os colegas, para que leiam e conheçam melhor a história de seus amigos.

 

- latência. O professor poderá fazer uso de frases, imagens, palavras, e situações presentes nas narrativas para lincagem (conexões) com conteúdos previstos no currículo escolar.

 

- noções de biblioteconomia. Um exemplar deverá ficar na sala de aula, para uso sempre que necessário. Assim, deverá ser providenciado um local adequado e os alunos farão a disposição dos mesmos seguindo a ordem alfabética dos nomes dos autores, dos títulos, ou outra forma de ordenamento proposto pelo professor.

 

 

Encerramento da atividade de autoria

O encerramento da atividade proposta nesta aula poderá ocorrer de maneira lúdica e visual. O professor deverá montar um painel na sala de aula, fixando fotos sequenciamente desconexas das várias etapas da elaboração do livro. Os alunos deverão observar e propor o ordenamento correto. Além da revisão das etapas vivenciadas, essa prática ajuda a reforçar a ideia lógica de sequência.

 Um aluno indicado por eles irá até o painel e mudará a sequência, de acordo com as indicações dos colegas. Para facilitar o manuseio, as fotos deverão ser fixadas com pinos, percevejos ou alfinetes de ponta arredondada.

 

 

perc1

perc2

perc3

http://pt.depositphotos.com/10121830/stock-illustration-pins-thumbtack.html; http://www.kwc.com.br/produto/acc-percevejos-latonados-dourados-cx-c-100-und-.html#axzz3Pktq55PF

 

Em local paralelo, o professor deverá montar um segundo painel para fixação de fotos espontâneas colhidas pelos alunos, durante o processo, demonstrando suas impressões sobre a experiência. Essas imagens poderão ser impressas na secretaria da escola. A seleção das mesmas poderá ocorrer da seguinte maneira: o professor deverá formar grupos de quatro alunos para que, no laboratório de informática, acessem as imagens colhidas. Cada grupo deverá selecionar três fotos de sua preferência e enviá-las ao e.mail do professor, que fará um único arquivo para impressão.

O professor deverá distribuir tiras de papel com tamanho de 3 cm X 10 cm, onde os alunos registrarão, por meio da escrita, as suas impressões pessoais sobre a experiência vivenciada. Os títulos dos painéis também deverão ser sugeridos e até mesmo escritos e fixados por eles, usando-se uma tira maior de cartolina. Sugere-se o uso de rascunhos e descartes para o recorte das tiras, como forma de exercitar a responsabilidade ambiental.

 

 O universo da comunicação e da criação artística e literária é inesgotável. Além das sugestões elencadas nesta proposta didática, tantas outras poderão surgir. Cabe ao professor, a partir da sua criatividade e dos recursos de que dispõe, bem como do envolvimento da turma, dar asas à imaginação.

Bom trabalho.

Recursos Complementares

Célestin Freinet, o mestre do trabalho e do bom senso: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/mestre-trabalho-bom-senso-423309.shtml

 

 Dispositivo e imagem: o papel da fotografia na arte contemporânea:http://www.studium.iar.unicamp.br/27/01.html

 Ensino híbrido e o projeto primeiro livrohttps://www.youtube.com/watch?v=rdMMYjHp0a4&feature=youtube_gdata

Leitura de imagens, cultura visual e prática educativa:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742006000200009

Oficina de escritores. Ensino fundamental I: http://www.editoraibep.com.br/oficinadeescritores/fundamental1.html

 Paisagens climatobotânicas: diversidade, recursos e impactos ambientais: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=50534

 Paulo Freire. Pedagogia da autonomia: http://destaquedu.blogspot.com.br/2013/08/livro-completo-e-resumo-pedagogia-da.html

 Por uma antropologia do visual contemporâneo:http://www.ufrgs.br/ppgas/ha/pdf/n2/HA-v1n2a09.pdf

Portal do jornal escolar: http://www.jornalescolar.org.br/2011/06/jornal-escolar-primeiras-letras/

Avaliação

O professor deverá estar atento ao interesse, participação, responsabilidade, companheirismo e domínio do conhecimento formal, demonstrados ao longo de todas as etapas do trabalho.

Opinión de quien visitó

Cinco estrelas 3 calificaciones

  • Cinco estrelas 3/3 - 100%
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Opiniones

  • Rosana de Oliveira Santos, Clarindo Carlos Miranda , Minas Gerais - dijo:
    rosanadeoliveira84@hotmail.com

    23/01/2016

    Cinco estrelas

    Esse projeto além de ser lúdico e de grande relevância para o desenvolvimento do aluno na leitura e escrita, na discriminação de gênero textual, como também da percepção cultural e social. Gostei muito!


  • ELZA OLIVEIRA GOMES, PEQUENO PRINCIPE ESCOLA MUN DE ENS INFANTIL ENS FUNDAMENTAL , São Paulo - dijo:
    oliveiragomes1966@bol.com.br

    13/09/2015

    Cinco estrelas

    Adorei !!! Achei o projeto muito criativo e acredito que vai despertar o interesse de todos os alunos.


  • Marcelo de Toledo, Centro Universitário SENAC , São Paulo - dijo:
    marcelo@mrtoledo.com

    28/06/2015

    Cinco estrelas

    SENSACIONAL. Parabéns a professora Izabel pelo excelente trabalho e obrigado por compartilhar. Forte abraço de seu novo fã; Marcelo de Toledo


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