Reconhecer diferentes reações pessoais para o estresse, identificar o os “Tipos de Stress” e conhecer estratégias para superá-los.

Não são necessários conhecimentos prévios.

Aula 1

Estudantes não só falam de ESTRESSE, mas também o sentem.

Inicie a aula propondo uma dinâmica que leva os alunos a refletirem sobre os sintomas presentes em situações de estresse.

Divida a turma em grupos e distribua para cada grupo um cartaz (de aproximadamente 30cm X 50cm) com o desenho de um contorno humano. Distribua também pequenos papéis autocolantes e pincéis atômicos.
Simule que nesse momento os alunos estarão em uma situação de ESTRESSE, como por exemplo uma prova final que determinará sua aprovação.
Cada grupo deverá escrever nos papéis autocolantes todos os sintomas que podem perceber em si próprios nessa situação, como por exemplo: mãos suadas, coração acelerado, dor de estômago, tontura, falta de ar, diarréia, etc.
Os sintomas escritos deverão ser colados no contorno humano.
Em seguida cada grupo apresenta para a turma seu cartaz, comentando sua produção. (veja foto)

A partir dos dados apresentados na prática social inicial lance as seguintes questões:

• Todos nós temos os mesmos sintomas quando estamos ESTRESSADOS?
• Quais os diferentes tipos de ESTRESSE nas pessoas?
• Que fenômenos biológicos desencadeiam os sintomas do ESTRESSE?

Após a atividade anterior e a discussão sugerida na problematização, explique para os alunos os conceitos a seguir.

Os fatores que desencadeiam o ESTRESSE serviam originalmente para preparar o organismo para uma resposta rápida frente a uma situação ambiental: ataque ou fuga instintiva (isso desde o homem primitivo).
Para dar essa resposta imediata e possibilitar a sobrevivência, o organismo apresenta reações como:

• Liberação abrupta do hormônio adrenalina;
• Aumento da pressão arterial pela mudança na atividade do coração;
• Dilatação dos brônquios e maior atividade respiratória;
• Aumento da glicemia por meio da gliconeogênese (produção de glicose) no fígado e músculos;
• Aumento da temperatura corporal;
• Diminuição da atividade do trato digestivo.

Essas reações duram o tempo que os fatores estressantes durarem ou enquanto as reservas do organismo forem suficientes. Assim que for alcançada uma situação favorável novamente, as funções do organismo tendem a voltar ao normal. Mesmo as disfunções psicossomáticas como dor de cabeça, de estômago e agressividade, tendem a desaparecer.
Entretanto, se a situação que desencadeia o estresse permanece, a resistência do organismo pode perecer. Como consequência surgem os problemas de saúde. Esses problemas podem ser desde uma simples caspa até uma depressão do sistema imunológico.
Hoje em dia, dificilmente o homem consegue se livrar dos fatores estressantes por uma simples fuga. Mesmo assim, as reações do corpo permitem uma resposta rápida e mais forte nas decisões em situações de estresse – como, por exemplo, em profissões como pilotos de avião e cirurgiões.
Estudiosos afirmam que, em situação de estresse, participam dois hormônios importantes produzidos pelas glândulas supra-renais: a adrenalina e o cortisol.
Assim podem ser identificados dois “tipos de indivíduos” para o ESTRESSE: o tipo 1 (Tipo ADRENALINA – ativo, impaciente, com risco de desenvolver doenças cardiovasculares) e o tipo 2 (Tipo CORTISOL – indefeso, sujeito a infecções e de senvolvimento de cân cer)

Quem consegue identificar em si próprio um “tipo” de estresse, pode desenvolver formas pessoais para combatê-lo, como por exemplo: gerenciar melhor o seu tempo (para o tipo Adrenalina) ou praticar um esporte (para o tipo – Cortisol).

(Adaptado de: Unterricht Biologie, Abril – 2002)

Após explicar os conceitos acima, apresente a tabela a seguir e descreva os dois tipos de ESTRESSE de acordo com o tipo de hormônio produzido pelo organismo.

Aula 2

Divida a turma em dois grupos.
Oriente para que um dos grupos pesquise sobre a ADRENALINA e outro grupo sobre o CORTISOL.
Cada grupo deverá preparar uma apresentação para a turma destacando os pontos a seguir:

• Qual a ação da ADRENALINA / CORTISOL no organismo?
• Qual a relação desse hormônio com o ESTRESSE?

GRUPO 1 - ADRENALINA

Inicialmente deverão navegar nos recursos imagem e animação do Portal do Professor, nos links e endereços abaixo:

Adrenalina

 http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/10727/adrenalina.jpg

Dica! – A imagem da molécula de adrenalina disponível no portal permite uma visualização em 3D. Em outro momento os alunos poderão visualizá-la nesse formato utilizando um óculos de fácil confecção com cartolina, papel celofane vermelho e azul. Solicite que seus alunos criem em casa, óculos 3D, tais como o modelo disponível em http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL25699-5603,00.html

Adrenalina 1: visão geral

 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/10245/adrenalina.swf

Em seguida poderão explorar os sítios sugeridos abaixo ou outros através de navegadores de busca.

Revista eletrônica do Departamento de Química – UFSC (acessada em 12.09.09)
ADRENALINA - a molécula da ação
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/adrenalina.html

Infoescola – ADRENALINA (acessada em 12.09.09)
http://www.infoescola.com/hormonios/adrenalina/

Superinteressante online – Abril (acessada em 12.09.09)
Adrenalina: Lutar ou amarelar
http://super.abril.com.br/saude/adrenalina-lutar-ou-amarelar-442996.shtml

GRUPO 2 - CORTISOL

Inicialmente deverão navegar nos recursos de animação do Portal do Professor, nos links e endereços abaixo:

Cortisol 2: ação no músculo

 http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/10452/cortisol_musculo.swf

Cortisol 1: ação no fígado

 http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/10453/cortisol_figado_musculo.swf

Em seguida poderão explorar os sítios sugeridos abaixo ou outros através de navegadores de busca.

Estadão online (acessado em 12.09.09)
Deu branco? A culpa é do cortisol
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,deu-branco-a-culpa-e-do-cortisol,423930,0.shtm

Notícia Online (acessado em 12.09.09)
O STRESS E O CORTISOL! CUIDADO
http://www.noticiadamanha.com.br/capa/lecoluna.asp?ID=44840

CORTISOL COMO VARIÁVEL EM PSICOLOGIA DA SAÚDE (acessado em 12.09.09)
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/psd/v7n2/v7n2a02.pdf

Clínica Masci (acessada em 12.09.09)
O estresse e seu cérebro
http://www.masci.com.br/si/site/0307

Aula 3

Organize a turma para a realização das apresentações sobre os temas pesquisados.

Proponha que os alunos realizem um teste semanal de estresse.
Para cada dia da semana os alunos consideram 15 itens de uma lista e marcam “X” em uma tabela para aqueles que estiverem sentindo. Cada marca vale um ponto. Ao final de uma semana deverão somar todos os pontos e verificar o resultado.

Quando chega o fim do dia você conclui que
1. sente que dormiu pouco de noite.
2. se aborreceu no caminho da escola.
3. se aborreceu na escola.
4. precisou trabalhar sob pressão.
5. teve que suportar barulho.
6. teve pouco tempo para fazer as tarefas e outras atividades.
7. praticamente não se movimentou.
8. comeu alimentos gordurosos e doces.
9. teve problemas com seus colegas de classe.
10. teve que trabalhar muito.
11. se aborreceu com pais, irmãos ou outros familiares.
12. duvidaram das suas habilidades.
13. sentiu dor de estômago ou de cabeça.
14. teve que apresentar um trabalho e responder uma prova.
15. se sentiu responsável pelos outros.

Modelo da tabela:

Resultados:

1 – 20 pontos: Parabéns! Mas em que planeta você vive para ter tão pouco estresse? Ou talvez você nem percebe que está em uma situação de estresse. Talvez ainda um pouco de estresse possa melhorar seu desempenho.
21 – 44 pontos: Comparando com muitas outras pessoas você desenvolve relativamente pouco estresse. Cuidado para essa situação não piorar.
45 – 64 pontos: Atenção! Você já deve procurar reduzir o estresse, senão há grande chance de ficar doente.
Mais de 65 pontos: Cuidado! Você já está bem afetado pelo estresse. Mude logo seu estilo de vida. Com certez a existem fatores de estresse na tabela que você deve conseguir reduzir ou eliminar. Se você já se sente doente deveria buscar ajuda médica logo.

(Adaptação de: Unterricht Biologie – abril de 2002)

A partir dos resultados do teste promova uma breve discussão:

• Quantos alunos tiveram um resultado que indica alto estresse?
• Por que reagimos de maneira distinta frente a situações de estresse?
• O que podemos fazer para reagir positivamente evitando o estresse?

IMPORTANTE: na verdade não é objetivo principal desta aula identificar “seu tipo de estresse”, considerando que existem tipos intermediários dos que foram apresentados. Importante é que o aluno reconheça em si “sintomas” do estresse ou que podem desencadear o estresse, buscando assim, meios de evitá-lo ou superá-lo.

Solicite que os grupos elaborem um MAPA CONCEITUAL a partir da palavra ESTRESSE, relacionado os tipos de estresse, os hormônios envolvidos, as suas consequências e prevenção.

Veja mais em: http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapasconceituais  (acessado em 12/08/2009)

Estresse diminui resistência a infecções e reduz criatividade
http://www.cecm.usp.br/~lburatto/Folha/Estresse/estresse.html

As apresentações realizadas na aula 3 sobre os temas pesquisados permitirão avaliar o grau de compreensão sobre os conhecimentos adquiridos. Combine antecipadamente com os alunos os critérios que serão avaliados nessa apresentação, como por exemplo: domínio do conteúdo, clareza no desenvolvimento do tema, objetividade, adequação ao tempo, entre outros que podem ser estabelecidos antes das apresentações.
O mapa conceitual produzido pelos grupos com os conceitos trabalhados também poderá ser útil para demonstrar o desempenho dos alunos na realização das atividades propostas.