Refletir sobre os padrões de distribuição dos seres vivos.

Conhecer sobre a tectônica de placas e como ela influenciou a distribuição de fauna e flora.

Identificar os fatores que levaram a estes padrões.

Sucessão ecológica. Comunidades e ecossistemas. Seleção Natural. Fatores Bióticos e Abióticos.

Quando falamos na preservação de fauna e flora, existe espécies que precisam de mais proteção que outras? Por quê? Pergunte aos alunos se conhecem o que é espécie introduzida e nativa.

Estimule a leitura com os alunos, acessando a matéria disponível no sítio do Terra, “Espécies exóticas podem estimular a diversidade”, disponível no endereço: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3178818-EI8147,00.html (Acessado dia 13/09/09).

Indicação de algumas questões para discussão sobre o texto:

1 O texto trata da flora e fauna da Nova Zelândia. Mas será que ocorreu fato semelhante na colonização do Brasil? Que espécies foram trazidas para cá?

2 Qual o problema de existir mais plantas estrangeiras que nativas na Nova Zelândia?

3 O texto aponta para um estímula à diversidade pela inserção de espécies exóticas. Todavia, isso pode não ser via de regra. Que problemas a inserção de espécies exóticas podem trazer?

4 Por que os pesquisadores podem afirmar que as espécies exóticas na Nova Zelândia estimularam a diversidade?

O fenômeno de introduzir espécies estrangeiras sempre é benéfico? Discuta com os alunos sobre alguns exemplos de espécies introduzidas no Brasil e se elas beneficiaram ou não o meio ambiente.

Sugira aos estudantes que investiguem junto aos órgãos competentes da sua cidade, seja da Prefeitura Municipal ou órgãos Estaduais, Federais responsáveis por Parques Ambientais, em instituições que cuidam da mata ciliar e áreas de preservação, questionando sobre as espécies nativas da região e as que foram introduzidas pelo homem, analisando as consequências deste fato para a região.

Saber como as espécies exóticas se estabeleceram no território nacional é interessante. Encomende uma breve pesquisa sobre um exemplo de espécie exótica e, como foi trazida ao Brasil, os motivos e as conseqüências ao meio ambiente que ela causou.

Esta reportagem traz alguns exemplos em território brasileiro, é do sítio Fauna Brasil, e pode ser encontrado acessando: http://www.faunabrasil.com.br/sistema/modules/wfsection/article.php?articleid=121 (Acessado dia 13/09/09).

E as espécies nativas, como se dá a sua distribuição? Existe um padrão, fatores que dimensionaram que a espécie “X” se encontra apenas em determinado local?

O padrão de distribuição dos seres vivos é um dos assuntos que a biogeografia aborda. Ela estuda os fatores que determinam as diferenças encontradas entre faunas e floras de locais distintos, como Brasil e Austrália. E também as diferenças entre os seres vivos encontrados em biomas diferentes dentro de um mesmo continente ou país. Que fatores são esses?

Como explicar a ocorrência de preguiças apenas no Brasil e cangurus apenas na Austrália? E por quê existe elefantes na África e na Índia, mas nos países que fazem a ligação entre África e Índia eles não ocorrem? E mesmo assim, os elefantes encontrados nestes dois países mostram certas diferenças, por quê elas ocorrem?

Um dos fatores que determina a atual distribuição dos seres vivos é a teoria de tectônica de placas. Ela explica o porquê de encontrar fósseis de vida marinha em locais que hoje não são banhados pelo mar (como o interior do Paraná e Minas Gerais).

Exemplifique este conhecimento a partir da leitura da reportagem que a Agência FAPESP, “Ligação com o pa ssado”, disponível em:  http://www.agencia.fapesp.br/materia/9958/especiais/ligacao-com-o-passado.htm (Acessado dia 13/09/09).

Como explicar que o fóssil encontrado também existiu em continente africano, uma vez que hoje existe um oceano separando os dois continentes?

Será que não só a vida é dinâmica, mas que a geografia do planeta também sofreu modificações?

A teoria hoje conhecida co mo Tectonica de Placas explica esta distribu ição (antigamente este processo era conhecido como Deriva Continental). Apresente aos alunos a animação, em inglês,  que explica a Tectônica de Placas, disponível no Portal do Professor:

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Para explorar melhor o recurso sugerimos os seguintes comandos: Na caixa que se abre vê-se texto em inglês e um mapa mundi que apresenta a disposição dos continentes na Pangea. O texto refere-se às pistas que os cientistas encontraram que suportam a teoria da Pangea e Deriva Continental.

1 Continental Puzzle: Ou Quebra Cabeça dos Continentes. Ao clicar sobre este recurso, abre-se uma janela com informações em inglês sobre a Teoria da Tectônica de Placas. Segue uma livre tradução do que está contido. É o histórico da Deriva Continental, teoria desenvolvida pelo alemão Alfred Weneger, no início de 1900. Ele noticiou que o contorno leste da costa da América do Sul encaixava-se com a costa oeste da África. Além disso, foram encontrados registros fósseis e geológicos que suportam esta teoria.

2 Fossilized Plants: Ou Plantas Fossilizadas - Muitos registros fósseis de plantas e animais encontrados na Antártica são próximos de espécies encontradas no Sul de outros continentes. Por estas e outras pistas, os cientistas concluem que o sul dos continentes eram contínuos, formando um supercontinente chamado de Gondwana.

3 Fossilized Bones: ou Ossos Fossilizados - Fósseis encontrados na Antártica indicam que o agora frígido continente já abrigou árvores e sementes, foi casa de dinossauros, anfíbios e depois marsupiais. Isto indica que a posição que a Antártica ocupa hoje nem sempre foi assim.

4 Tilite: ou Tilitos - Geólogos encontratam tilitos (rochas formadas de depósitos de gelo glacial ancestral) no solo da Antártica. Esses depósitos de rochas datam de 286 milhões de anos, semelhantes com outros depósitos encontrados no sul da África, por exemplo.

5 Andes Montain - Montanha dos Andes - A formação de terras na Antártica sugere que ela uma vez esteve acoplada a outros continentes. Por exemplo, montanhas do oeste da Antártica são parecidas com as montanhas dos Andes na América do Sul. Estas forasm formadas quando duas placas continentais convergiram, há aproximadamente 170 milhões de anos.

Abaixo dos links, o professor poderá ver uma linha do tempo. Ao clicar com o mouse na seta e movimentá-lo, a animação da tectônica de placas ocorre, mostrando como os continentes se moveram ao longo dos milhões de anos da Terra.

A teoria de tectônica de placas não explica apenas a distribuição dos seres vivos, mas também o porquê de ocorrerem certos fenômenos geológicos como terremotos e vulcanismos. Para entender um pouco mais, acesse o sítio do IBGE, e clique sobre o link “Formação dos continentes”. Está disponível em: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/index.shtm ou direto em http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/apresentacoes/formacaodoscontinentes.swf (Acessado dia 13/09/09),

Questione junto aos alunos sobre o tempo que levou para os continentes se separarem e como isto influenciou na diferenciação dos seres vivos. No intervalo de tempo, o que ocorreu com a vida terrestre? Qual o continente que se separou primeiramente? Que conseqüências houve para a fauna e flora deste local? Como os fatores abióticos estão relacionados nestas situações?

A distribuição dos seres vivos também ocorre pelo isolamento geográfico de ilhas e na sucessão ecológica. O que há em comum destas situações com a teoria de tectônicas de placas? De que forma estes conhecimentos podem ser úteis ao homem?

Peça aos alunos que elaborem um mapa conceitual interligando a teoria de tectônica de placas com os demais conhecimentos abordados na aula.

Retome a discussão inicial com os alunos. De que maneira se relacionam as espécies nativas e introduzidas no ambiente? Como a biogeografia pode ajudar a ecologia?

Existe uma explicação que mostre a importância de maior proteção às espécies nativas do que às introduzidas? De que forma as espécies exóticas podem interferir no ambiente?

Como podemos contextualizar as discussões iniciais sobre a região em que você mora, diante dos estudos realizados?

Peça aos alunos que as contribuições feitas nesta discussão sejam adicionadas ao mapa conceitual anteriormente confeccionado.

Se o professor entender que as contribuições foram ricas e pertinentes, poderá propor que os alunos se organizem em trios e elaborem uma página da internet, abordando o tema ecologia – biogeografia e a importância de conhecer e proteger a fauna e flora nativa.

Uma atividade interessante seria um processo de conscientização junto aos familiares da comunidade escolar, no sentido de desistimular a aquisição de espécies da flora e fauna exóticas, para as suas residências, tais como plantas de outros biomas, pássaros e demais animais.

Professor, para apronfundar os conhecimentos sobre o tema, acesse e peça aos alunos que pesquisem nos sítios indicados nos Recursos Complementares.

Há explicações sobre a tectônica de placas e os fenômenos que ela pode causar, além de explicações sobre o ramo da biologia chamado de Biogeografia.

Sítio Brasil Escola – Tectônica de Placas: http://www.brasilescola.com/geografia/tectonica-placas.htm (Acessado 13/09/09)

Sítio Ambiente Brasil – Biogeografia:

http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./natural/index.html&conteudo=./natural/artigos/biogeografia.html (Acessado 13/09/09)

Instituto Fio Cruz – Biogeografia:

http://www.fiocruz.br/chagas/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=106 (Acessado 13/09/09)

Revista Nova Escola: O que são terremotos?

http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/como-se-mede-forca-terremotos-abalos-sismicos-489737.shtml (acessado 13/09/09)

USP - Departamento de Geografia: Elaboração de Maquete:

http://www.geografia.fflch.usp.br/carta/exemplos/Elab_maquete_2_Larissa.htm (acessado 13/09/09)

Professor! Estimule os alunos anotarem as atividades realizadas em seu caderno, desde o início da aula, as sínteses das discussões, suas opiniões e descobertas, pois desta forma ele poderá ter uma referência tanto na construção do mapa conceitual, como para uma atividade de auto-avaliação.

Avalie a produção dos mapas conceituais elaborados pelos alunos. Atente para o fato de estarem incompletos ou com ligações incorretas. Caso isto ocorra, retorne o conteúdo com os alunos, de modo que fique claro o conhecimento.