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Tema: Bullying: a violência nas escolas.

 

27/10/2009

Autor y Coautor(es)
Júlia Maria Cerqueira
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JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Maria Cristina Weitzel Tavela

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: léxico e redes semânticas
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Objetivos:

a) Refletir sobre Bullying e suas consequências na vida dos estudantes
b) Sistematizar as características do gênero reportagem

Duração das atividades
Duração: 4 aulas
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Habilidade de leitura e conhecimento sobre o gênero reportagem

Estratégias e recursos da aula

ETAPA 1:

  • PROFESSOR: Antes de iniciar as atividades, pergunte aos seus alunos:
    • É do seu conhecimento a existência de algum tipo de violência dentro da escola?
    • Vocês já presenciaram alguma cena de violência dentro da escola?
    • Vocês já foram vítimas de algum tipo de violência na escola?
    • A violência ocorre somente quando há agressão “física” ou também se pode “agredir com palavras”?


ETAPA 2:


Assistir ao vídeo com a turma e, em seguida, responder oralmente as seguintes questões:

1) O que aconteceu com o boneco verde?

2) Qual foi a sua reação?

3) O que aconteceu com o boneco amarelo?

4) De acordo com o vídeo, quais são as consequências do bullying?

5) De acordo com as imagens, construa um significado para o termo bullying.

Para assistir ao vídeo, acesse: http://www.youtube.com/watch?v=yDzZ4Eucv-0

ETAPA 3:

Leia o fragmento de texto abaixo:

Comportamento
Bullying, um crime nas escolas

Crianças e adolescentes isolam, insultam, agridem colegas e expõem uma realidade alarmante: pais e colégios não sabem como lidar com agressões que começam cada vez mais cedo


O termo é estranho, mas o significado é bem conhecido. A palavra bullying se refere às agressões e humilhações praticadas por um grupo de estudantes contra um colega, algo até comum no dia-a-dia escolar, mas que está longe de ser considerado normal. São xingamentos, ofensas, constrangimentos ou agressões físicas que geram angústia, sofrimento e podem causar danos psicológicos imensuráveis nas vítimas. Essas agressões, que costumavam aparecer na adolescência, estão sendo detectadas entre crianças, cada vez mais cedo. Tanto nas escolas públicas quanto nas particulares, onde os altos muros que as separam do mundo externo, em vez de protegê-las dos perigos “de fora”, muitas vezes alimentam atos ainda mais violentos cometidos do lado “de dentro”, uma vez que os pais não costumam levar as ocorrências às delegacias.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia) revela que 28% das crianças brasileiras já foram vítimas de bullying nas escolas e 15% sofriam agressões todas as semanas. Dados do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar, que acompanha pesquisas em ao menos oito cidades do País, revela que 45% dos estudantes de ensino fundamental do País já foram vítimas, agressores ou ambos. Nos Estados Unidos, segundo levantamento da instituição Health and Human Services, 30% das crianças entre seis e dez anos sofrem bullying a cada ano. No ano passado, um grupo de 30 pesquisadores europeus lançou um documento de alerta para autoridades e cientistas, apontando que atualmente 200 milhões de crianças e jovens são vítimas da prática em todo o mundo. A expressão, que significa tiranizar, amedrontar e brutalizar, nasceu do termo inglês ‘Bull’ (valentão, tirano e brigão). Pode começar com um tapa na orelha, um xingamento ou uma piada de mal-gosto, e partir para tapas, socos na barriga, pontapés e todo o repertório de agressões comuns às gangues de bairro.
O fenômeno, típico das escolas americanas, se tornou uma realidade no Brasil a partir da década de 90 no ensino privado. A prática, considerada por muitos diretores de escola como “briguinha de criança” expõe a crueldade precoce dos menores e a omissão dos dirigentes da instituição, professores e pais no trato com o problema. A escola finge não ver para preservar a imagem dos alunos, das famílias ou o nome do colégio. A falta de informação colabora com a perpetu ação das “pequenas” cr ueldades. Normalmente, os pais são os últimos a saber que o filho está sendo agredido na escola, local onde ele deveria estar seguro.
Muitas escolas particulares abafam os casos p or medo de perder cl ientes. Outro aspecto preocupante é que muitas instituições de classe, ao sugerir apoio psicológico, tentam reforçar a tese de que crianças agredidas podem ter uma propensão a isso – como se o problema estivesse na vítima e não na instituição. É um mecanismo sutil de os colégios se distanciarem do problema. “As escolas tendem transferir a culpa para a família e vice-versa. Não adianta os pais colocarem a culpa nas más companhias e o colégio dizer que é o aluno que não sabe se defender e que a culpa é dos pais”, pondera a psicopedagoga Maria Irene.
Mesmo que a prática seja coibida nas escolas, os danos podem ser irreversíveis à criança. “O trauma permanece e gera uma baixa auto-estima no menor, que leva cerca de três anos para se recuperar. Algumas nem se recuperam”, alerta Maria Irene. Entre as conseqüências do pós-bullying, estão danos à capacidade de aprendizado, que pode se tornar superficial, dificuldades de concentração nas tarefas escolares – a criança pode ficar preocupada com a abordagem de agressores a qualquer momento – e um permanente complexo de perseguição, que pode se expandir para todas as áreas da sua vida. A omissão das escolas na solução dos problemas torna os casos cada vez mais graves. E, quando eles explodem, são erupções vulcânicas que causam um efeito perturbador em toda a instituição. Abalam as famílias das vítimas e também dos agressores.
Com as novas tecnologias, outra modalidade de bullying está se popularizando. Os agressores mandam torpedos e e-mails ofensivos para a vítima, fazem trotes, colocam vídeos no YouTube com imagens dela sendo espancada na escola e lançam calúnias no Orkut e em blogs. Como não é fácil serem identificados, os agressores se sentem livres para praticar a crueldade online. Em novembro do ano passado, o YouTube ganhou o Beatbullying, um canal de combate à prática. A página tem vídeos de celebridades, jovens e escolas que falam sobre o assunto. Nos Estados Unidos, um projeto de lei da Califórnia prevê a expulsão dos alunos que praticarem o cyberbullying contra os colegas. Assim como o bullying tradicional, o cyber também deve ser denunciado às autoridades nas delegacias tradicionais ou nas especializadas em crimes eletrônicos. Com autorização judicial, os agressores podem ser identificados. É preciso dar um basta para que os agressores juvenis de hoje não se tornem os criminosos de amanhã.

FONTE: RABELO, Carina. Bulliyng, um crime nas escolas. Isto é independente, n. 2026. set 2008.

Disponível em: http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2026/imprime100431.htm (Acesso em: 1 set 2009.)

ETAPA 4:

As questões abaixo devem ser respondidas por escrito no caderno:

1) Explique, com suas palavras, o que é bullying.

2) De acordo com o texto, o que a prática do bullying traz como consequência para as vítimas?

3) Por que as escolas fingem não ver a prática do bullying? E no caso das escolas particulares?

4) Releia a frase abaixo:

"Mesmo que a prática seja coibida nas escolas, os danos podem ser irreversíveis à criança."

Substitua o termo grifado por outro, sem alterar o sentido da frase. Se preciso, consulte um dicionário.

5) Explique, com suas palavras, o que é cyberbullying.

6) Como é o combate ao cyberbullying na Califórnia?

7) Explique o que é e como funciona o Beatbullying.

8) No último parágrafo, a autora defende sua opinião sobre o tema. Transcreva esse trecho.

9) Segundo o texto, como o bullying e o cyberbullying devem ser combatidos?

ETAPA 5:

 Leia o texto abaixo:

Brincadeira sem graça

Apelidos e implicâncias entre colegas fazem parte da vida escolar. O que preocupa os especialistas é quando esse tipo de atitude descamba para a agressão física e moral, com um bode expiatório definido e por longo período. A essa prática dá-se o nome de bullying, pa lavra importada do inglês que designa um fenômeno bastante presente em escolas dos Estados Unidos. No Brasil, a pesquisa mais recente sobre o assunto foi feita pela Abrapia – associação voltada para estudos sobre a infância e a adolescência – em escolas do Rio de Janeiro. O trabalho concluiu que 40% dos entrevistados praticam ou sofrem bullying no ambiente escolar. Entre os colégios ouvidos por VEJA, alguns já têm programas para enfrentar o problema. No Neo Planos, do Recife, os professores recebem treinamento para lidar com casos de bullying. No Colégio Porto Seguro, em São Paulo, pais e alunos participam de palestras informativas sobre o tema.
A especialista Cleo Fante, autora do livro Fenômeno Bullying, formulou um manual que reúne os sinais observados com maior freqüência nas vítimas desse tipo de prática. Eis alguns:
• O estudante prefere ficar trancado no quarto a sair com os amigos
• Ele raramente é convidado para uma festa da escola
• Seu desempenho escolar apresenta piora
• Pede ao pais que o troquem de escola sem uma razão convincente
• Antes de ir ao colégio, sua muito e tem dores de barriga ou de cabeça
• Ele manifesta o desejo de mudar algo em sua aparência

O cyberbullying


Esse é o nome dado ao tipo de agressão praticado por meio de artefatos tecnológicos, como blogs na internet e mensagens no celular. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos chegou a um número impressionante sobre o assunto: 20% dos estudantes americanos de ensino fundamental são vítimas do cyberbullying. Outra pesquisa, essa realizada na Inglaterra, quantificou o número de meninas que são alvo de agressões via celular. Isso ocorre com 25% das inglesas.

Eles eram alvo de implicância

MAÍLSON DA NÓBREGA, economista
Apelido na escola: Mané Perua (pela atribuída semelhança com um senhor, notório pela feiúra, que residia em sua cidade natal)
Como reagia ao ser importunado: ficava calado.
"A brincadeira deixava de ter graça"

FERNANDO MELIGENI, tenista
Apelido na escola: Móbile (por sua magreza)
Como reagia ao ser importunado: discutia com os colegas, embora não surtisse nenhum efeito.
"Isso me fez desenvolver um espírito de autodefesa"

EDUARDO PAES, deputado federal
Apelido na escola: Cabeça de Ovo
Como reagia ao ser importunado: ouvia em silêncio.
"Aprendi a desprezar as críticas desimportantes"

ANA HICKMANN, modelo
Apelido na escola: Ana Banana
Como reagia ao ser importunada: ficava triste e permanecia calada.
"Entendi com o tempo que a chacota não tinha o menor valor"

FONTE: WEIBERG, Monica. Como ajudar na rotina escolar. Veja n. 1942, 8 fev 2006. Disponível em: http://veja.abril.com.br/080206/p_098.html Acesso em: 1 set 2009.



ETAPA 6:

Responda às seguintes questões, por escrito, em seu caderno:

1) Em quantas partes o texto está dividido?

2) As partes do texto estão interligadas pelo assunto, mas cada uma desempenha uma função diferente. Escreva, com suas palavras:

a) função da primeira parte:

b) função da segunda parte:

c) função da terceira parte:

3) Relacione o título “Brincadeira sem graça” ao conteúdo do texto.

4) Descreva a imagem que ilustra a primeira parte do texto. Com que intenção ela foi usada?

5) O que a pesquisa realizada pela Abrapia concluiu?

6) De acordo com o texto, há escolas em São Paulo que têm programas para lidar com o bullying. Como é a prevenção:

a) no colégio Neo Planos:

b) no colégio Porto Seguro:

7) Explique a imagem que ilustra a segunda parte do texto.

8) Releia os depoimentos usados na terceira parte do texto:

a) qual das celebridades se sentia mais afetado(a) com o apelido escolar?

b) qual a palavra que ele(a) utiliza para demonstrar tal sentimento:
( ) triste ( ) contente ( )indiferente ( ) eufórica

c) você concorda com a maneira como Fernando Meligeni reagia às agressões? Justifique.

9) A reportagem apresenta alguns sinais observados com maior freqüência nas vítimas de bullying. Para quem essas dicas são úteis? Por quê?

  • PROFESSOR: Esta é uma ótima oportunidade para sistematizar no quadro as características do gênero Reportagem:
    • Desenvolve, de maneira mais aprofundada, fatos de interesse do público-alvo da revista;
    • Contém amplos recursos, como fotografias, dados estatísticos, boxes informativos, etc;
    • Apresenta versões e opiniões diferentes de um mesmo fato;
    • Demonstra, no que se refere à linguagem utilizada, uma preocupação com a impessoalidade, embora seja possível frequentemente, perceber a opinião do repórter.
    • Expressa-se por meio de uma linguagem clara, objetiva, de acordo com a variedade padrão da língua.
Avaliação

Avaliação: Produção de texto

Com base nos conhecimentos adquiridos na aula sobre bullying e cyberbullying, peça aos alunos para criar um pequeno texto narrativo abordando a rotina de uma vítima de agressões dessa natureza.

Opinión de quien visitó

Quatro estrelas 5 calificaciones

  • Cinco estrelas 2/5 - 40%
  • Quatro estrelas 2/5 - 40%
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