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A violência nos gêneros: crônica e notícia

 

08/02/2010

Autor y Coautor(es)
Júlia Maria Cerqueira
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JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Maria Cristina Weitzel Tavela

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: léxico e redes semânticas
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Ensino Médio Língua Portuguesa Gêneros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

• Ler, compreender e interpretar o texto;
• Refletir sobre o tema da violência e suas implicações na vida cotidiana;
• Conhecer algumas especificidades linguísticas referentes a cada gênero.

Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

• Habilidades básicas de leitura.

Estratégias e recursos da aula

Etapa 1:

  • PROFESSOR:

Antes de iniciar a leitura do texto que se segue, pergunte aos seus alunos:
- se eles têm medo de ser vítimas da violência urbana que assola nosso país;
- quais são os riscos de violência que se corre ao andar na rua;
- se eles já foram vítimas de algum tipo de violência: assaltos, roubos, sequestros, etc.

Em seguida, comente que eles lerão um texto de Carlos Eduardo Novais, cujo título é: “O Estripador de Laranjeiras”. Pergunte a seus alunos:
- se eles já ouviram falar ou já leram algum livro desse autor;
- pelo título, o que eles imaginam encontrar na história;
- se eles sabem o que significa “estripador”. Caso a resposta seja negativa, explique que
estripador é “aquele que tira as tripas”.

Ler o texto abaixo com os alunos. É aconselhável que, primeiramente, os alunos façam uma leitura silenciosa. (Professor, atente para este fato, não lhes tire a oportunidade de construírem, primeiro, a própria interpretação do texto, por meio dessa leitura individual. Outros pontos de vista serão trabalhados através da interpretação de texto). Em seguida, os alunos podem fazer uma leitura dramatizada, isto é, em voz alta, interpretando o texto. Pode-se escolher um aluno para ler as falas de cada personagem: o narrador, a senhora/mãe do Rubens, Rubens, capitão e coronel. Nas falas da multidão, todos os demais alunos podem ler.

  • O texto pode ser encontrado:

Livro: NOVAES, Carlos Eduardo. A cadeira do dentista e outras crônicas. 7. ed. São Paulo: Ática, 1997. p. 9-14

Disponível também na internete:

Site: http://jornalistinha.blogspot.com/2007/05/o-estripador-de-laranjeiras.html


Etapa 2:

Após a leitura dramatizada , realize atividades de interpretação do texto, para serem respondidas, por escrito. Abaixo, há algumas sugestões de atividades que podem ser propostas:

1) Identifique os seguintes elementos da narrativa:

a) personagens:

b) espaço (local onde se passa a história):

c) narrador: ( ) personagem ( ) observador
Justifique com um trecho do texto.

2) Releia a primeira frase do texto: “As pessoas estão com medo”. De que as pessoas têm medo?

3) Pelo comportamento da senhora, sabemos que ela estava tensa. Como ela estava andando na rua?

4) Quando o narrador percebe que havia uma multidão correndo atrás dele, qual é a sua reação? Marque um X na opção correta:

a) pede proteção à polícia
b) tenta se explicar
c) entra no edifício de seu amigo Rubem
d) esconde-se atrás de um carro

5) Leia o trecho abaixo:

"- Socorro! Socorro! Me salvem! Ele me seguiu até aqui! Quer me matar com um caco de vidro!"

a) a quem se refere o termo grifado?

b) o que a senhora pensa quando vê o narrador em sua sala?

6) O que o narrador é obrigado a fazer para que a senhora pare de gritar?

7) De que o coronel acusa Rubem?

8) Por que o narrador decide se apresentar ao coronel?

9) Explique o humor desta crônica.

  • PROFESSOR: Reflita com seus alunos que o humor dessa crônica reside no medo exagerado da população, que "obriga" um inocente a aceitar a culpa de um crime. Ele o faz simplesmente por não ter como provar o contrário. A “verdade”, nesse caso, é tão absurda, que é mais fácil aceitar a “mentira” a ter de, em vão, explicá-la.

Etapa 3:

  • PROFESSOR: Con verse com seus aluno s sobre a possibilidade d e um fato parecido com esse acontecer na vida real. Seria possível?

Em seguida, pergunte aos alunos o que eles pensariam caso vissem uma mulher “pendurada” no terceiro andar de um prédio, como na foto abaixo. Levantar hipóteses: o que é possível que tenha acontecido com ela? Se preferir, anote as sugestões no quadro. Tanto a foto, quanto a notícia podem ser encontradas através do link abaixo:

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL41524-5598,00.html

Etapa 4:

Ler o seguinte texto com os alunos. Pode-se pedir uma leitura silenciosa e, logo após, uma leitura em voz alta.


Mulher fica pendurada no terceiro andar de prédio em Brasília

Luíza Aguiar disse que ouviu alguém forçar a porta e ficou com medo. A empregada doméstica estava sozinha no apartamento onde trabalha

A empregada doméstica Luíza de Sousa Aguiar, 24 anos, deu trabalho para o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal na tarde de quarta-feira (23). Ela ficou pendurada no terceiro andar de um prédio na Asa Norte, bairro nobre de Brasília, por volta de 16h.
De acordo com os bombeiros, Luíza disse ter ouvido um barulho na porta e imaginou que alguém estava tentando entrar. Assustada e sozinha em casa, ela resolveu fugir pela janela, mas ficou pendurada.
Uma pessoa que passava no local e viu Luíza na janela, do lado de fora do apartamento, avisou os bombeiros. Ela foi resgatada por meio de uma escada, já que a porta do apartamento estava trancada. Segundo os bombeiros, no momento do resgate, ela estava muito nervosa. A mulher não se machucou. Os bombeiros disseram que não havia sinais de que alguém teria forçado a porta.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL41524-5598,00.html

Etapa 5:

Após a leitura do texto, realize atividades de interpretação do texto, para serem respondidas, por escrito. Abaixo, há algumas sugestões de atividades que podem ser propostas:

1) Marque um X na resposta correta. O texto lido é:

a) uma fábula
b) um resumo de livro
c) uma poesia
d) um apólogo
e) uma notícia

2) Identifique o principal fato enfocado no primeiro parágrafo do texto.

3) Quando ocorreu esse fato?

4) Onde ocorreu esse fato?

5) Por que ocorreu esse fato?

6) Como Luíza foi resgatada?

7) Após ler o texto, preencha o quadro abaixo de acordo com os dados fornecidos sobre a mulher pendurada na janela:

Nome:
Idade:
Profissão:
Bairro onde trabalha:


8) Estabeleça comparações entre o texto lido “O Estripador de Laranjeiras” e “Mulher fica pendurada no terceiro andar de prédio em Brasília” (em relação ao tema, gênero, recursos utilizados pelo autor, etc.)

  • PROFESSOR: Explique aos alunos que, embora ambos os textos sejam narrativos, existem diferenças em relação à linguagem: na notícia há uma preocupação com a impessoalidade, com a clareza e a objetividade, bem como com a variedade padrão da língua. Na crônica, o autor tem a liberdade de reproduzir a coloquialidade na fala de alguns personagens:

“- Não sei, Rubem. Acho que estão perseguindo um assaltante aí na rua. Eu com medo. Posso ficar um pouco aqui em sua casa?”
“- lá o assaltante! - gritavam, apontando para mim.”

É interessante ressaltar que a notícia tem um compromisso com a “realidade”, enquanto outros textos narrativos, como os contos e certas crônicas, não necessariamente têm.

Avaliação

Produção de texto

Peça aos alunos para produzirem dois textos nos quais constem um mesmo fato que se enquadre nesta temática da violência (pode ser algum acidente, assalto ou qualquer outra notícia da qual tenham sido informados; ou algum acontecimento na família; ou ainda algo em destaque na mídia). No primeiro texto, peça para que se imaginem como um jornalista que escreve notícias, cujo propósito é informar, de maneira precisa e imparcial (tanto quanto seja possível), o fato ocorrido. No segundo, peça para que relatem o acontecimento sem o comprometimento com o rigor da informação. Aliás, pelo contrário, os alunos devem reelaborá-lo, dando vistas a imaginação, inserindo elementos inverossímeis, fantasiosos ou engraçados.
Após a produção dos dois textos, peça que cada aluno compartilhe sua produção com os demais, por meio da leitura. Não esqueça de enfatizar as diferenças de cada texto (espera-se que o primeiro seja, como já aludido, rigoroso quanto à informação e o segundo, explore o universo da imaginação).

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