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Alunos em transformação: mudanças durante a puberdade

 

14/12/2009

Autor y Coautor(es)
Maria Cordeiro de Farias Gouveia Matos
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RIO DE JANEIRO - RJ INST DE TECNOLOGIA ORT

Mariana Lima Vilela

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ser humano e saúde
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Esta aula está inserida em um bloco de seis aulas denominado “Os sistemas nunca funcionam sozinhos: puberdade, sistema reprodutor e sistema endócrino”. Este bloco de aulas tem como objetivo principal o ensino/aprendizagem de conceitos relacionados ao sistema endócrino e ao sistema reprodutor humano a partir da discussão sobre puberdade no ensino de Ciências. Pretendemos abordar este conteúdo de forma integrada, estabelecendo relação entre os órgãos que compõem estes sistemas, além de permitir que os alunos possam compreender as transformações que estão ocorrendo no seu corpo. Caso você tenha interesse em conhecer o bloco como um todo, as aulas estão organizadas na seguinte sequência: 1- "O que os alunos sabem sobre o prórpio corpo?"; 2- "Alunos em transformação: mudanças durante a puberdade"; 3- "Por que o corpo muda durante a puberdade?"; 4- "Mudanças no corpo dos meninos: sistema reprodutor e algumas preocupações masculinas"; 5- "Desevendando o Ciclo Reprodutivo Feminino"; 6- "Conhecendo melhor as transformções da puberdade, o sistema endócrino e sistema reprodutor".

No caso específico desta segunda aula do bloco, temos como objetivo permitir que os alunos reconheçam as principais mudanças que ocorrem no corpo das meninas e no corpo dos meninos durante a puberdade. Pretendemos também estimular uma reflexão sobre outras mudanças que ocorrem nesta fase da vida: emocionais, psicológicas e comportamentais. Acreditamos que desta forma, os alunos podem criar uma identificação ainda maior com o conteúdo abordado nas aulas. Nesta aula, os alunos terão um primeiro contato com conceitos como puberdade, hormônios, glândulas, tecidos, hipotálamo, hipófise, entre outros. Esses conceitos estão relacionados tanto à puberdade como aos sistemas reprodutor e endócrino que iremos abordar e aprofundar.

Duração das atividades
50 minutos (1 tempo de aula)
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Essa aula é a segunda aula do bloco “Os sistemas nunca funcionam sozinhos: puberdade, sistema reprodutor e sistema endócrino”, que foi iniciado pela aula “O que os alunos sabem sobre o próprio corpo?”. Essa aula não depende de conhecimentos prévios trabalhados pelo professor em sala, já que é uma aula que irá trabalhar com os conhecimentos que os alunos têm sobre as mudanças e transformações do próprio corpo. No entanto, para que os alunos possam compreender melhor as questões relacionadas à puberdade, conceitos como célula, órgãos e tecidos podem ajudar bastante. Mas ressaltamos que esses conhecimentos não são indispensáveis para a realização da atividade proposta nesta aula.

Estratégias e recursos da aula
Estratégias                    

- Leitura e interpretação de uma música.
- Debate e discussão coletiva.

Recursos
- Letra da música “Não Vou Me Adaptar” de Nando Reis e Arnaldo Antunes.
- Aparelho de som para que os alunos possam ouvir a música.
- Caixa de Perguntas, elaborada na primeira aula do bloco, onde serão depositadas perguntas dos alunos referentes à puberdade, sexualidade e reprodução.
- Estudo Dirigido (http://www.cap.ufrj.br/materialdidatico/BIOCIENF14.pdf)

- Dicionário e/ou livros didáticos que contenham conceitos relacionados ao sistema endócrino e à puberdade, tais como:
“Nosso corpo” de Fernando Gewandsznajder. Editora Ática.
“Ciências – o corpo humano” de Carlos Barros e Wilson Paulino. Editora Ática.
“Ciências – entendendo a Natureza. O Homem no Abiente” de Cesar, Sezar e Bedaque. Editora Saraiva.
“Ciências e Educação Ambiental – o corpo humano” de Daniel Cruz. Editora Ática.

Ou qualquer outro livro didático ou paradidático que contenha conceitos corretos relacionados a estes temas.

Atividades
Nesta aula propomos a realização de duas atividades. Uma delas envolve a escuta da música “Não vou me adaptar”, leitura e interpretação e debate sobre a letra. A outra atividade será realizada a partir de imagens sobre as transformações no corpo durante a puberdade e terá um Estudo Dirigido como material de apoio. Além disso, continuaremos utilizando a Caixa de Perguntas que foi confeccionada na primeira aula “O que os alunos sabem sobre o próprio corpo?” deste bloco.

Atividade 1 – Não vou me adaptar

Para esta primeira atividade, se a escola dispuser deste recurso e se for possível, o professor deve levar um aparelho de som para a sala de aula.

No primeiro momento da aula o professor deve entregar uma folha com a letra da música “Não Vou me Adaptar” para os alunos da turma. Esta estratégia é fundamental para garantir a concentração dos alunos na atividade. O professor deverá explicar a atividade, ressaltando que apesar de ser uma atividade prazerosa, não deve ser encarada como uma brincadeira pelos alunos.

Em seguida, o professor deve colocar a música para a turma ouvir. A música “Não Vou me Adaptar" pode ser encontrada nos seguintes álbuns do grupo Titãs:
- Televisão (1985)
- Go Back (1988)
- Volume 2 (1998)

Caso o aparelho de som não seja um recurso disponível, o professor pode realizar esta atividade a partir da letra da música, exclusivamente.

Não Vou Me Adaptar
(Letra de Nando Reis e Música de Arnaldo Antunes)

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar (3x)
Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
É que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar
Não vou me adaptar!
Me adaptar!

O professor, pode ainda exibir um vídeo do grupo Titãs tocando essa música.

Esse vídeo está disponível no sítio:http ://www.youtube.com/watch?v=0ga61TgdxG4

Após ouvir a música, a companhando com a letra, o professor poderá propor as seguintes questões para reflexão (Os alunos não precisam responder essas perguntas na forma escrita, as questões são para sensibilização e devem ser debatidas oralmente).

Ao ouvir a música “Não vou me adaptar”, o que você sente?
Comentário: O aluno pode responder livremente. O professor deve aproveitar para conhecer melhor os alunos, suas preferências musicais e como se comportam quando ouvem música. Pode perceber os que se sentem a vontade com atividades de sensibilização e os que resistem a elas. Essa forma de começar uma atividade é bem interessante, pois muitas vezes iniciar a aula ouvindo uma música e lendo a letra, faz com que os alunos se concentrem e relaxem. Mas para ajudá-los a se concentrarem é bom pedir que escutem a música acompanhando com a leitura da letra. Assim, a música não apenas introduz o tema, como também acaba por se constituir em uma estratégia de concentração no tema da aula.

Preste atenção na letra da música. Sobre o que o autor da letra está se expressando, para você?
Comentário:
A resposta também é livre, mas espera-se que com o debate seja possível chegar a uma idéia de mudança, de transformação do corpo, de “não se reconhecer mais no espelho”. O professor pode destacar trechos da música que ajudem a explicitar essa idéia. Por exemplo “No espelho essa cara já não é minha”. Caso as respostas fiquem muito gerais para se chegar a essa idéia, o professor pode elaborar questões secundárias para o debate a partir dessas respostas, destacando os vários trechos da música. Por exemplo:

Primeiro trecho:

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia

Sobre o que autor está falando nesses versos?
Comentário: O professor deve conduzir as respostas do debate para a noção do crescimento do corpo. Questionar aos alunos se eles também se sentem assim. Se eles acham estranho não caber mais nas roupas. Se os alunos já viveram situações em que não são mais vistos como crianças. O professor pode dar um tempo para os alunos narrarem experiências cotidianas sobre isso.

Segundo trecho:

Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
É que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava deste tamanho

Sobre o que autor está falando nesses versos?
Comentário: O professor deve ouvir as respostas dos alunos e conduzir o debate para a noção de transformações físicas. No caso do autor da música, é do sexo masculino, então a transformação mais evidente é do crescimento da barba. O professor deve perguntar se as meninas também poderiam achar algo a dizer sobre as transformações que seu corpo está sofrendo. O professor pode debater com os alunos sobre o que significam essas transformações na vida e no dia a dia deles. O autor da música diz que achou “tão estranho”. Se eles já pararam para pensar nisso, quais seriam as causas dessas transformações?

Além das transformações físicas, o professor também pode usar alguns versos da música para debater as transformações que ocorrem nas relações pessoais

Por exemplo:
Trechos:
Eu não encho mais a casa de ale gria
E quem eu queria bem me esquecia

O que será que o autor quis dizer com esses versos?
Comentário:
O professor pode explorar essa questão conduzindo o debate sobre os sentimentos que são despertados e as “confusões” que podem se dar na escola, na família e em outros espaços quando as pessoas do convívio dos adolescentes deixam de vê-los e tratá-los como crianças e passam a cobrar deles posturas mais maduras. Pode-se perguntar se os alunos nunca se sentiram assim como o autor da letra da música. O professor pode discutir o que significa deixar de ser criança e como tanto as emoções, quanto o corpo se modificam nessa fase.

Você acha que a letra da música tem algo a ver com algum momento da vida que todos nós passamos?
Comentário:
Com este questionamento o professor deve introduzir o conceito de puberdade propriamente dito e deve comentar que neste momento da vida vários hormônios começam a ser produzidos pelo nosso corpo e que são eles que comandam muitas das transformações pelas quais passamos. Essa questão é uma ótima ligação para a próxima atividade.

Cabe ressaltar que estas questões propostas para debate são particulares e dependem de cada turma, de cada contexto cultural. Esta é apenas uma sugestão para o professor se inspirar para a introdução do tema puberdade e mudanças no corpo.

Atividade 2 – Transformações no corpo
Em seguida ao debate realizado a partir da música “Não Vou Me Adaptar”, o professor deve expor para a turma imagens que mostram as mudanças que ocorrem no corpo dos meninos e das meninas durante a puberdade e pedir que os alunos percebam e citem as principais mudanças observadas no corpo dos meninos e das meninas. Exemplos de imagens que podem ser utilizadas estão no estudo dirigido que se encontra no linkhttp://www.cap.ufrj.br/materialdidatico/BIOCIENF14.pdf

Comentário:
Com essas imagens o professor deve esperar que os alunos percebam e citem as seguintes mudanças:
Mudanças nos meninos:
1- Crescimento em altura
2 – Desenvolvimento dos pêlos pubianos
3 – Alargamento dos ombros
4 – Crescimento e engrossamento do pênis e da bolsa escrotal
5 – Aparecimento do “pomo de adão” ou “gogó”
Pode ainda comentar: engrossamento da voz e capacidade de ejaculação.

Mudanças nas meninas:
1- Crescimento em altura
2 – Desenvolvimento dos pêlos pubianos
3 – Alargamento dos quadris
4 – Desenvolvimento das glândulas mamárias
Pode ainda comentar: modificação da voz e início da menstruação.

Caso essas mudanças não sejam citadas, o professor deve conduzir a discussão para que os alunos possam percebê-las. Há mudanças que são muito perceptíveis, mas que não podem ser identificadas nas imagens, como a mudança da voz, por exemplo. O professor pode estimular os alunos a reconhecerem essas mudanças também.

Em seguida a essa discussão o professor deve entregar o Estudo Dirigido disponível no link http://www.cap.ufrj.br/materialdidatico/BIOCIENF14.pdf para que os alunos formalizem a discussão através da expressão escrita. Além disso, esse Estudo Dirigido traz uma atividade de busca no dicionário ou no livro didático deles de algumas palavras como: puberdade, glândula, tecidos, hormônios, hipófise, hipotálamo, hereditariedade. A busca tem como objetivo fazer com que o aluno se aproxime e tenha contato com conceitos que serão trabalhados nas próximas aulas.

Atividade 3 – Caixa de Perguntas: finalizando a aula
Como a puberdade é um tema que pode gerar muitas dúvidas e polêmicas, trazemos c omo sugestão a estratégia da Caixa de Perguntas, que começou a ser con feccionada na primeira aula deste bloco ("O que os alunos sabem sobre o prórpio corpo?").

Essa é uma estrat égia bastante difund ida entre os professores de Ciências. E este é um bom momento para utilizá-la. Você já conhece esta estratégia? Se ainda não conhece vale a pena conferir.

Se você já conhece essa estratégia, o que acha de utilizá-la mais uma vez, complementando a atividade com a música que estamos sugerindo? Esta é uma atividade rápida que pode nos orientar e a judar a conhecer as dúvidas dos nossos alunos. Se aproveitarmos estas dúvidas, podemos tornar nossa abordagem dos conteúdos mais significativa para eles.

O professor deve explicar o que será realizado com a caixa confeccionada na aula anterior, dizendo que os alunos podem escrever suas dúvidas sobre a puberdade, a sexualidade e as transformações do corpo e inseri-las na caixa. O professor pode reforçar que os alunos não precisam se identificar.

O comando da atividade pode ser o seguinte:
Em uma folha separada, faça perguntas que você gostaria de saber sobre a puberdade, que não foram respondidas na aula de hoje, que você tem vergonha de perguntar pessoalmente, e deposite-as na caixa. (Não precisa por seu nome, se você preferir).

Estas perguntas serão respondidas ao longo do ano, na medida em que formos estudando a matéria de Ciências.


Comentário:
Neste momento podem aparecer as mais variadas dúvidas. Veja alguns exemplos que apareceram em uma turma de oitavo ano da rede municipal de Teresópolis:


- Por que os meninos se desenvolvem depois das meninas?
- Por que os meninos da mesma idade das meninas são nanicos?
- O que são espermatozóides?
- Por que os meninos não ficam menstruados?
- O que é orgasmo?
- O que é ejaculação precoce?
- Como é que a menina sabe que está no tempo fértil?
- Por que as garotas menstruam? Por que criam pêlos?
...

Como você pode perceber, as perguntas acima estão todas relacionadas com conteúdo de sistema reprodutor e sistema endócrino. Então, por que não aproveitar as dúvidas dos nossos alunos para tornar nossas aulas mais interessantes?

Se essa estratégia for adotada, é importante que o professor vá realmente retomando as perguntas e respondendo-as na medida em que desenvolve o conteúdo junto à turma, já que as perguntas e, sobretudo, as respostas geram expectativas nos alunos.

Recursos Complementares

- Volume 11 da coleção Ciência Hoje na Escola, que pode trazer textos interessantes para o professor trabalhar com os alunos relacionados ao tema puberdade e sistema endócrino. A coleção Ciência Hoje na Escola é indicada para o aprofundamento ou complementação aos conteúdos curriculares ao longo do 3 o e 4 o ciclos do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano). Os livros são compostos pela reunião de artigos escritos por pesquisadores de laboratórios, institutos e universidades brasileiras e cada volume apresenta um tema específico. O Volume 11 apresenta como tema central a sexualidade, explorando diversos aspectos relativos a ele. Entre estes, a questão dos hormônios.
- Livro que discute várias questões sobre a puberdade e as mudanças do corpo:
“O que está acontecendo comigo? – Guia para a puberdade, com respostas às perguntas mais embaraçosas do mundo” de autoria de Peter Mayle, Arthur Robins e Paul Walter. São Paulo: Editora Nobel, 1984. 56 p.

Avaliação

Nesta aula o professor pode recolher os questionários dos alunos para avaliação e pontuação das questões. Se o professor tiver realizado uma correção coletiva com a turma, pode avaliar também se os alunos corrigiram seus questionários corretamente, levando em consideração os pontos discutidos em sala. O professor pode avaliar, ainda, a participação e o envolvimento dos alunos nas atividades propostas.

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