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JORNAL

Seja um Professor

Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009

Edição 28

EDITORIAL - Seja um Professor

Em homenagem ao Dia do Professor, comemorado em 15 de outubro, o tema da 28ª edição de nosso jornal é Seja um Professor.

Nesta edição, você vai saber quais as principais características de um bom professor; qual é a diferença entre bacharelado e licenciatura e a importância desse último curso para quem quer se dedicar à carreira docente. Também terá esclarecimentos sobre a Lei nº 11.738, de julho de 2008, que instituiu o piso nacional de salários para os profissionais da educação.

Ainda nesta edição, você vai conhecer os programas que o Governo Federal oferece para quem quer fazer curso superior e ingressar no magistério: o Plano Nacional de Formação de Professores, o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino superior (Fies), e o Programa Universidade para Todos (ProUni).

A professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Zélia Granja Porto, integrante do Conselho Técnico Científico da Educação Básica da Capes, é a entrevistada deste número. O que é ser professor, principais características que devem ser encontradas nos bons professores, e o que é necessário para atrair mais interessados para a carreira de magistério, são alguns dos temas abordados por ela.

Ajude-nos a escolher o tema das próximas edições, votando na enquete colocada em nossa página. E aproveite para colaborar enviando sugestões, críticas, textos e músicas!

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Prazer em estudar e em ensinar é fundamental

Foto ilustrativa de professora e alunos da educação infantil.

A passagem do Dia do Professor, em 15 de outubro, provoca algumas reflexões sobre essa profissão que ocupa 1,8 milhão de brasileiros, apenas na educação básica, de acordo com dados do Censo Escolar de 2009, número ainda insuficiente para atender os mais de 52 milhões de alunos da educação infantil até o último ano do ensino médio.

Quais as principais características de um bom professor? Como se descobre a vocação para o magistério? O que os futuros professores esperam da carreira? Segundo especialistas, o fundamental para seguir esta carreira é gostar de estudar e de ensinar.

Para a psicóloga Lílian Rose Margotto, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), duas características fundamentais podem ser encontradas nos bons professores: gostar de aprender e ter vontade de ensinar. “Quando falo em gostar de aprender quero dizer que é preciso estar sempre pronto para encontrar com o inesperado, para os resultados imprevistos, para os efeitos que nos surpreendem, para as mais diversas atitudes diante dos fatos. Por mais que a sua aula esteja preparada, o resultado que ela produz é da ordem do inesperado”, acredita Lílian Rose, que é doutora em educação. Quanto a gostar de ensinar, explica, “é investir no outro, justamente para que ele possa superá-lo, para cultivar no outro uma autonomia progressiva que o leve, justamente, a prescindir de você.”

Ela conta que descobriu sua vocação para o magistério quando começou a dar aulas e foi “virando” professora aos poucos. “Exercer o ofício de ensinar me ensina. Aprendo, de verdade, a cada dia. Aprendi a ser professora com aqueles que foram meus professores e aprendo continuamente com os meus alunos”, salienta a professora.

Na visão do professor Marcelo Ricardo Pereira, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a profissão de professor é construída, palmo a palmo, a partir das impressões que a vida confere a cada um. “Prefiro pensar que não descobrimos em nós uma vocação para o magistério, bem à maneira essencialista; mas que construímos nossa vocação, a aprendemos e a experimentamos.”

De acordo com Pereira, que é formado em psicologia, com formação em psicanálise e doutor em psicologia e educação, há um caráter bastante circunstancial e contingente na profissão de professor, pois quem a exerce sabe que tem de lidar cotidianamente com incertezas, descontinuidades e subversões e, ao mesmo tempo, inventar saídas rápidas para isso. “É um exercício marcado por impasses, mas também por descobertas. A inventividade deveria ser o outro nome dessa profissão”, acredita.

Com atuação no magistério há mais de trinta anos, a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, acredita que os professores devem ser profissionais que gostem de estudar, sempre e muito, além de serem pessoas curiosas e que respeitem a curiosidade de seus alunos. “Os professores devem gostar de conviver com as novas gerações e com as inquietudes das novas gerações”, diz.

Em sua opinião, a carreira do magistério tem sofrido mudanças, como todas as outras profissões, mas destaca como transformação positiva que está ocorrendo, uma maior preocupação da sociedade em discutir temas como a educação, condições de trabalho, o papel da escola e o papel do professor. Ela defende uma política mais focada e dedicada ao professor, para que ele tenha uma carreira atraente, com boas condições de trabalho e uma remuneração compatível com a formação e com a importância estratégica do trabalho que desenvolve.

Faça a diferença – Mas quais são as expectativas dos jovens que ainda se preparam para ingressar na carreira de professor? “Minha maior expectativa é que meus alunos sejam pessoas melhores e lutem por aquilo que almejam”, afirma a normalista Juliane Módena, do Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, em Caxias do Sul (RS). Já sua colega Karen Pereira quer poder contribuir na mudança da sociedade, como educadora, auxiliando no processo de mudança comportamental das pessoas. Karen resolveu ser professora por volta dos dez anos, quando ouviu uma professora dizer a frase - faça o que fizer, faça a diferença. “Desde então eu decidi meu futuro profissional, percebendo que o melhor modo de fazer a diferença é atuar na formação dos cidadãos, ou seja, na educação”, lembra.

(Fátima Schenini)

Profissionais liberais são atraídos para o magistério

Foto do professor José Thiago da Silva Muniz.

“Um chamado da sociedade” fez o engenheiro José Thiago da Silva Muniz, 46 anos, tornar-se professor de física e matemática. Há 11 anos, a secretaria de Educação de Pernambuco convocou profissionais com bacharelado em cursos da área de exatas para suprir a carência de professores.“Os alunos estavam sem aula. Senti a responsabilidade de repassar algum aprendizado para aquelas pessoas tão carentes e que tinham todo o direito ao conhecimento, como eu tive um dia”, lembra Muniz.

Assim como ele, milhares de professores atuam na área por talento e vontade de fazer a diferença. Entretanto, uma parcela dessa classe não possui formação adequada. Para tornar-se um professor é necessário ter diploma de licenciatura nas áreas competentes ou em pedagogia para as séries iniciais. A doutora em educação e pesquisadora na área de formação de professores Kátia Augusta Cordeiro da Silva, da Universidade de Brasília, diz que não é apenas dom e técnica que forma um professor. “Um professor precisa ter um saber específico da sua área e deve saber como repassá-lo. Sua formação é a de um profissional capaz de mediar o saber”, afirma.

De acordo com Kátia, os cursos de licenciatura consistem em um conhecimento teórico e prático relacionado à construção do profissional no processo de ensino e aprendizagem. Entre as disciplinas básicas do curso estão a ética, a estética e as políticas para a educação. “É estudar a formação do sujeito, compreender as técnicas do processo pedagógico, adquirir competências técnica do seu campo de formação e proporcionar um prazer pelo conhecimento”, explica.

A coordenadora de pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ângela Soligo, diz que não basta conhecimento específico de matemática, física ou língua portuguesa para se tornar um professor, como nos cursos de bacharelado. “Para se tornar um professor, é preciso ter conhecimento da história da educação, das políticas da área, como elas interferem na vida de cada um. É preciso saber psicologia, sociologia, filosofia para entender como o conhecimento específico se relacionada com a sociedade com a organização do sistema educativo. Essa é uma formação que o bacharelado não dá”, diferencia.

Antigamente, o bacharelado era considerado um curso de formação de pesquisadores e a licenciatura de professores. Contudo, Ângela explica que a história mudou. “Hoje o professor também é um pesquisador da educação. A diferença é que ele também é um formador”, avalia.

O professor José Thiago sabe dessa diferença e pretende ingressar em um curso de licenciatura. “Sempre gostei de dar aulas. Reunia os colegas para ensinar no colégio e na universidade. Sei que tenho o dom, mas minha preocupação é apenas levar conhecimento e cidadania para essas crianças e adolescentes”, conta ele, que dá aulas em uma escola pública da capital pernambucana, Recife. Agora ele diz que precisa apenas de tempo para se dedicar a um curso de licenciatura, pois ainda se divide entre a sala de aula e o escritório de engenharia.

Segundo Ângela, o professor com formação adequada tem uma “visão mais ampla da escola e da sociedade”. “Ele conhece a relação entre professor e aluno, entre aluno e a vida da comunidade. Compreender tudo isso faz com que o profissional seja mais sensível às necessidades do aluno e mais engajado nas políticas educacionais”, conclui a coordenadora.

(Rafania Almeida)

Secretários enfrentam desafio de atrair bons professores

Foto mostra professora na frente do quadro.

Garantir condições de trabalho, progressão na carreira e remuneração aos profissionais que trabalham na educação básica e atrair novos talentos para o magistério são desafios que têm este ano os secretários de educação dos 26 estados, do Distrito Federal e dos 5.563 municípios.

A Lei nº 11.738, de julho de 2008, que instituiu o piso nacional de salários para os profissionais da educação, também fixou prazo para que governadores e prefeitos criem ou atualizem os planos de carreira e remuneração dos profissionais do magistério. O último dia para fazer isso é 31 de dezembro deste ano.

Nos municípios, Carlos Eduardo Sanches, secretário de educação da cidade de Castro (PR) e presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), estima que cerca de 70% têm planos de carreira, muitos deles desatualizados. Para criar um ambiente favorável à elaboração ou atualização dos planos, Carlos Sanches explica que a Undime nacional fez parcerias com as seções estaduais da entidade para realizar oficinas sobre o tema.

Campo Grande e Porto Alegre já promoveram oficinas, além de municípios do Piauí e do Ceará. Apesar do prazo curto, diz o presidente da Undime, os municípios devem fazer esforços para “transpor os obstáculos e começar resgatar a dignidade dos professores”.

Segundo Sanches, a base das oficinas são as Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira e Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica, fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), em maio deste ano. Na Resolução nº 2/2009, o CNE relaciona 13 princípios orientadores. Entre os princípios estão: acesso à carreira por concurso público; progressão salarial na carreira, por incentivos que contemplem titulação, experiência, desempenho, atualização e aperfeiçoamento pessoal; jornada de trabalho preferencialmente em tempo integral.

A resolução do CNE lista 22 diretrizes que devem ser observadas por estados e municípios. Fixar vencimento ou salário inicial de acordo com a jornada de trabalho; diferenciar os vencimentos iniciais da carreira por titulação (nível médio, graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado); assegurar revisão anual dos vencimentos, são algumas linhas que devem ser seguidas.

Estados – As 27 unidades da Federação têm planos de carreira e remuneração, informa a presidente em exercício do Conselho Nacional de Secretários de Educação, Maria Auxiliadora Seabra Rezende. Estados com dois ou três planos ou planos defasados, segundo Maria Auxiliadora, levaram a entidade a criar uma comissão de avaliação e análise que tem prazo até o final deste ano para fazer um diagnóstico. O Rio Grande do Sul, por exemplo, tem um plano de carreira criado nos anos 70.

A orientação do Consed é que os planos proponham salários atraentes desde o começo da carreira para motivar novos profissionais e que a avaliação tenha como foco o desempenho. Para Maria Auxiliadora, o piso salarial é um salto importante, mas sem o plano de carreira deixa de ser atrativo.

Funções – O secretário executivo adjunto do Ministério da Educação, Francisco das Chagas, explica que o plano de carreira e remuneração tem duas vertentes: a gestão do estado ou do município e a carreira dos profissionais da educação básica. No caso da gestão, é um instrumento que permite saber quantos são os profissionais, qual a remuneração e como as carreiras estão organizadas; para os profissionais, dá segurança do ingresso até o fim da carreira sob diversos aspectos, entre eles, salário, avaliação de desempenho, progressão funcional, tempo de serviço.

Francisco das Chagas cita um exemplo de como o plano de carreira pode servir a gestores e professores: o piso de R$ 950,00 é para docentes de nível médio com jornada semanal de 40 horas. Quanto vai ganhar o professor com licenciatura que trabalha 20 horas, 30 horas, 40 horas, qual será o salário do pós-graduado. Isso, explica, é o plano que vai dizer. Ao mesmo tempo, o plano orienta o gestor sobre os custos da folha do magistério e informa ao professor qual é o salário de hoje e quanto receberá ao concluir um mestrado ou no final da carreira.

Piso – O piso nacional dos professores da educação básica foi criado pela Lei nº 11.738/2008. O valor é de R$ 950,00 para docentes de nível médio na modalidade normal e que cumprem jornal semanal de 40 horas. A lei fixa reajuste no mês de janeiro de cada ano, tendo por base o aumento do valor anual mínimo do aluno das séries iniciais do ensino fundamental urbano, previsto na Lei nº 11.494/2007, que regulamentou o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

(Ionice Lorenzoni)

Bolsas de estudo facilitam acesso à carreira de professor

Ser um profissional da educação exige paixão pela área, dedicação, e boa formação. Apesar de gostar do que fazem, cerca de 600 mil dos 1,8 milhão de professores brasileiros não contam com um diploma de curso superior para atuar em sala de aula. Além disso, outros 127 mil possuem apenas bacharelado e não poderiam dar aula. Para facilitar a mudança desse cenário e garantir um maior número de profissionais qualificados nas escolas do país, o Governo Federal criou programas que facilitam o ingresso dos estudantes em uma universidade. Entre eles estão o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino superior (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Plano Nacional de Formação de Professores, que oferecerá 330 mil vagas em cursos superiores para docentes da rede pública de ensino do Brasil.

Estudante do curso de biologia, Karyne Baptista de Souza, 24 anos, quase desistiu do sonho de ser professora. Quando estava no final do segundo ano da faculdade, percebeu que não conseguiria mais arcar com os custos dos estudos. Para ajudar a família a pagar o curso, se dividia entre os empregos em supermercado, loja e na prefeitura de sua cidade, São José dos Pinhais (PR). A correria do dia a dia não lhe permitia maior dedicação à profissão e a impedia, inclusive, de fazer estágio na área. “Resolvi fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e minha nota garantiu uma bolsa no Prouni. Só continuei meus estudos por causa dessa oportunidade”, conta.

Hoje, Karyne está no sexto período na Pontifícia Universidade Católica de São José dos Pinhais, com bolsa integral. “É a realização de um sonho. Posso ter a carreira e a profissão que eu amo. Já estou dando aula em dois colégios da cidade. Biologia é a minha vida e eu não teria esse prazer se não fosse pela oportunidade de ganhar uma bolsa”, revela.

Criado em 2004, o Prouni concede bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e de cursos sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Em contrapartida, as instituições que aderem ao programa recebem isenção de tributos. Os candidatos ao ProUni devem ter renda familiar de até três salários mínimos por pessoa e atender condições como: ter cursado o ensino médio completo em escola pública ou em escola privada com bolsa integral da instituição; ter cursado o ensino médio parcialmente em escola pública e parcialmente em escola privada com bolsa integral da instituição; ser pessoa com deficiência; ser professor da rede pública de ensino básico, em efetivo exercício e estar concorrendo a vaga em curso de licenciatura, normal superior ou pedagogia. O programa realiza dois processos seletivos por ano, um em cada semestre. Para concorrer, os estudantes devem participar do Enem, na edição anterior ao processo seletivo do ProUni e obter a nota mínima no exame, estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC).

Já o Fies financia a graduação de estudantes sem condições de arcar integralmente com os custos de um curso superior em instituições provadas. Os que optarem por cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia têm prioridade, devido à política de incentivo de formação de professores. Bolsistas parciais do ProUni matriculados nos cursos de licenciatura, normal superior e pedagogia podem financiar até 100% do valor da mensalidade devida à instituição de ensino. Para os estudantes não bolsistas matriculados nesses cursos, o limite do financiamento é de 75% do valor da mensalidade total do curso. Para candidatar-se, o aluno deve estar regularmente matriculado em instituição privada, cadastrada no programa e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC. A ficha de inscrição está disponível no site da Caixa Econômica Federal.

Pagamento - O Fies funciona da seguinte forma: enquanto cursa a faculdade, o aluno paga, a cada três meses, um valor de até R$ 50,00 para o fundo. Nos seis primeiros meses após a conclusão do curso, o ex-aluno tem um período de carência de pagamento, para que possa recompor o financiamento feito. Durante a carência, o custo é apenas os R$ 50,00 por trimestre, como parte dos juros. No primeiro ano após o término da carência, o estudante paga ao Fies, mensalmente, o mesmo valor que já vinha pagando à faculdade enquanto estudava. Em seguida, o saldo devedor é dividido em prestações iguais, por um prazo de até duas vezes o período de utilização do empréstimo. A taxa de juros para o financiamento é de 3,5% ao ano para todos os cursos.

Desde o início do Fies, 531.601 estudantes já foram contemplados. Pelo ProUni, 593.399 estudantes receberam bolsas de estudos. Para 2009, o Fundo dispõe de, aproximadamente, R$ 1,2 bilhão para financiamentos. Considerando o valor médio de uma mensalidade em um curso de quatro anos, o aluno irá pagar cerca de R$ 24 mil durante toda a graduação. Essa é a economia de um bolsista integral que conseguiu o benefício logo no primeiro período. Já os bolsistas parciais economizarão cerca de 50% desse valor.

(Rafania Almeida)

Concursos públicos para professores

Veja abaixo algumas oportunidades para professores no país:

 

Prefeitura Municipal de Duque Bacelar (MA)

Inscrições: até 17/10/09

Local: Prefeitura Municipal de Duque Bacelar

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Alagoa (MG)

Inscrições: até 16/10/09

Mais informações: no site da Prefeitura Municipal

 

Prefeitura Municipal de Barão de Cocais (MG)

Inscrições: de 03 a 20/11/09

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (MG)

Inscrições: de 06 a 22/11/09

Mais informações: no site da Prefeitura Municipal

 

Prefeitura Municipal de Caiana (MG)

Inscrições: de 19/10/09 a 06/11/09

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Congonhas (MG)

Inscrições: 19/10/09 a 08/11/09

Mais informações: no site da Prefeitura Municipal

 

Prefeitura Municipal de Consolação (MG)

Inscrições: de 03 a 13/11/09

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Entre Folhas (MG)

Inscrições: 21/10/2009 a 19/11/2009

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Indaiabira (MG)

Inscrições: de 03/11/09 a 04/12/09

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Irai de Minas (MG)

Inscrições: 17/11/09 a 27/11/09

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Lagoa Dourada (MG)

Inscrições: de 28/10/09 a 26/11/09

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Madre de Deus (MG)

Inscrições: de 10 a 20/11/09

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Recreio (MG)

Inscrições: 03/11 a 03/12/09

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Rochedo de Minas (MG)

Inscrições: até 23/10/09

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Dormentes (PE)

Inscrições: até 23/10/09

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de São José do Belmonte (PE)

Inscrições: até 06/11/09

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Natividade (RJ)

Inscrições: até 15/10/09

Mais informações: acesse o site

 

Prefeitura Municipal de Atibaia (SP)

Inscrições: até 03/11/09

Mais informações: no site da Prefeitura Municipal

 

Prefeitura Municipal de Cotia (SP)

Inscrições: 13 a 30/10/09

Mais informações: no site da Prefeitura Municipal

 

Prefeitura Municipal de Presidente Bernardes (SP)

Inscrições: até 23/10/09

Mais informações: acesse o site

Da engenharia para a matemática

Foto do professor Vavá e alunos no Laboratório de Informática da escola.

Criado com professores, Valdir José Correa Júnior nunca imaginou que se tornaria um deles. Somente quando começou a cursar engenharia mecânica e precisou trabalhar é que teve sua primeira vivência como professor. “Gostei tanto que desisti da engenharia”, relembra.

Professor desde 1996, deu aulas em escolas públicas e privadas. Trabalha atualmente no Colégio Salesiano de Itajaí, em Santa Catarina.

Leia abaixo o texto que o professor Vavá, como é carinhosamente chamado por seus alunos, enviou para compartilhar com os leitores do Jornal do Professor.

 

Ler e escrever matemática

 

Valdir José Correa Júnior (Professor Vavá)

 

Se os alunos na sua grande maioria têm inquietações quanto ao aprendizado de matemática, imagine então o que passa na cabeça de um PROFESSOR DE MATEMÁTICA...

Por que os estudantes, em geral, “sofrem” tanto para realizar operações básicas com frações?

Esta é a pergunta que, ao longo do tempo, vinha ocupando meu “pensar-pedagógico”. Meu planejamento, alicerçado em referências e experiências diversas, atingia boa parte dos estudantes, mas não surtia o efeito sobre alguns deles. E como educador, esta situação me angustiava (mania de querer que todos compreendam e aprendam...). Os erros se repetiam.... “Meu Deus, Quantas vezes já disse para não somar os denominadores!”

Conversei com alguns estudantes (daqueles que “sempre” acertam as “continhas” e os “problemas”...) e percebi, para não dizer com certa perplexidade, que mesmo esses encontravam dificuldade em explicar o que faziam: simplesmente faziam (como se fosse assim...!). Nesse instante tive a “idéia”: vamos escrever um “livro sobre frações”.

Objetivos

Os objetivos foram se construindo aos poucos:

- Descobrir o por quê de alguns estudantes cometerem” sempre o mesmo erro”.

- Identificar os motivos pelos quais, em geral, os estudantes encontram grande dificuldade para expressar seu “fazer”.

- Partir das observações e registros para propor estratégias que sanem os problemas identificados.

Encaminhamentos

Cheguei na sala das sextas séries e fiz a seguinte proposta:

“Os estudantes das quintas séries estão começando a “operar” com frações e gostaria que vocês compartilhassem com eles tudo aquilo que sabem, de forma a ajudá-los no entendimento dos fatos e alertando-os para que não cometam os mesmos erros que vocês já cometeram, por isso, cada um irá escrever um livro que explique as quatro operações básicas envolvendo frações mais a potenciação.”

Todos toparam. Dirigimo-nos, então, para o laboratório de informática. Cada um pôs-se a trabalhar num computador. Para que escrevessem aquilo que pensam, disse-lhes que não poderia haver consulta a outros meios (livro, internet, caderno). Inicialmente mostrei-lhes como inserir uma fração dentro de um texto, o que aprenderam rapidamente.

Observações do professor

À medida que os alunos escreviam seus textos, percebi que:

- a maioria está “contaminada” com a linguagem do MSN;

- não têm o hábito de consultar dicionários (especialmente em matemática), consequentemente não percebem os crimes ortográficos que cometem;

- alguns alunos não conseguem, ainda, utilizar a terminologia própria da matemática – foi comum a seguinte referência ao numerador: “O número de cima”.

- outros descreviam processos de forma confusa ou errônea, demonstrando que os conceitos e os processos não foram compreendidos.

Avaliação

Após três aulas no laboratório de informática, cada estudante leu um texto produzido por seus colegas, atentando para os seguintes critérios de avaliação:

- existe clareza no texto escrito?

- os processos matemáticos descritos estão corretos?

- foi observada a norma culta da língua? Observando algum erro deve ser registrado e repassado ao autor.

- o que você acrescentaria no texto?

De posse do comentário do colega, e do professor, o autor realizou a revisão final e os textos foram publicados no site do colégio.

Zélia Porto (UFPE): carreira de magistério tem avanços e desafios

Foto da professora Zélia Granja Porto, da UFPE.

Professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Zélia Granja Porto atua no Núcleo de Pesquisa Formação de Professores e Prática Pedagógica da Pós-Graduação de Educação e no Núcleo de Pesquisa e Extensão em Educação Popular e Educação de Jovens e Adultos - Infância e Adolescência. Formada em psicologia, é doutora em Perspectivas Histórica, Comparada e Política Educacional pela Universidade de Salamanca, na Espanha. É membro do Conselho Técnico Científico da Educação Básica da Capes.

Em entrevista ao Jornal do Professor, Zélia Granja Porto responde a perguntas como o que é ser professor, quais as principais características que devem ser encontradas nos bons professores, o que é necessário para atrair mais interessados para a carreira de magistério, e o que é preciso fazer para ingressar na carreira.

Jornal do Professor – O que é ser professor?

Zélia Granja Porto – A docência, a escola, as aprendizagens dos alunos sempre ocuparam um lugar importante nas minhas reflexões. O que destacaria em primeiro lugar? O que o debate educacional vem pontuando nas últimas décadas: que todo cidadão tem direito à educação básica, obrigatória e universal, tal como vem sendo construída ao longo da historia da humanidade. Com isso estou querendo dizer que toda criança, jovem ou adulto tem direito a formar sua mente, seus valores, suas identidades, sua percepção de mundo, da realidade, de sujeitos humanos, concretos - sujeitos de direitos, de cultura em suas várias manifestações – providas pela ciência, pela técnica, pela estética, pela ética, pela prática social e cultural – sujeitos de pensar, de afetos – enfim, seres humanos em sua totalidade e em sua incompletude, capazes de atuar criticamente em todas as instâncias da vida social contemporânea.

Eu penso que a escola é este lugar de síntese e integração, de ampliação de horizontes culturais e sociais onde se vão formando estes sujeitos de modo mais sistematizado, planejado e profissional do que em outros espaços não escolares: na família, na rua, no trabalho, nos clubes, nos sindicatos, nos partidos políticos, nos movimentos sociais, por exemplo. No entanto, sem prescindir do diálogo e da problematização desses e outros universos das práticas sociais e culturais; do diálogo e da comunicação com os outros, do reconhecimento das diferenças, da solidariedade. Portanto, se faz necessária a construção de uma pedagogia, de uma intencionalidade didática que articule estes mundos- conhecimentos considerando-se o tripé: aluno-professor-conhecimentos. Falar do papel do professor implica reconhecer estas dimensões da prática pedagógica, da relação com os conhecimentos, das formas de educar, de ensinar e aprender na escola como um lugar de sínteses, de construção e de vivência de identidades sociais e culturais, de sistematização e de produção de conhecimentos.

JP - Quais as principais características que devem ser encontradas nos bons professores?

ZGP – No meu entendimento, o professor é este profissional cujo papel foi delegado pela sociedade e que destaco algumas características do seu pensar e fazer. Vou me acompanhar de Carlos Drumond de Andrade, salientando um trecho do poema Especulações em torno da palavra homem para explicar melhor o que estou querendo dizer sobre o papel do professor:

“Mas que coisa é o homem,

Que há sob o nome:

Uma geografia?

Um ser metafísico?

Uma fábula sem signo que a desmonte?

Como pode um homem

Sentir-se a si mesmo,

Quando o mundo some?”

O poeta nos instiga a refletir sobre a configuração humana que somos, na qual se articulam e se interpenetram o ser indivíduo – que percebe e sente o outro antes de si mesmo, construindo e constituindo-se como sujeito, como pessoa, com sua individualidade, suas identidades irrepetíveis, numa geografia, numa família, numa nação, num mundo. Mundos e conhecimentos que se dão e se constroem a partir de interrelações entre ações, signos, significados e o ambiente sócio cultural, portanto, as atividades humanas não existem no vácuo, são processos históricos, situados, datados historicamente. Ao selecionar este fragmento do poema de Drumond tive a intenção de focalizar através das metáforas – geografia do sujeito, signos, mundos – o papel do professor e da escola na mediação dos conhecimentos sistematizados na escola, destacando algumas:

· Saber ser mediador de sínteses entre conhecimentos - de articular estes mundos que falei anteriormente: da cultura que o aluno vive e traz para a sala de aula; de valorizar, reconhecer as práticas e experiências locais articulando com as globais, numa perspectiva dialética; de ajudar a organizar e desafiar a capacidade de pensar dos alunos, de relacionar fatos, fenômenos, cultura, afetos, de modos se ser, de saberes, de se expressar, de falar.

· Saber lidar com os tempos pedagógicos de forma que garanta a escolaridade, com sucesso, dos alunos que ingressam na escola: tempo curricular, tempo para ensinar e para aprender que darão conta do processo de sistematização das aprendizagens significativas: tempo de organização do fluxo dos conhecimentos históricos tal como se encontram no currículo escolar; tempo do professor, tempo didático que se expressa na organização do seu tempo para planejar e organizar aulas, de avaliar o processo de aprendizagens dos alunos; tempo ou ritmo de desenvolvimento do conhecimento do alunos alusivo ao desenvolvimento cognitivo, heterogeneidade e ritmos de aprendizagens.

· Reconhecer o que nos diz Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas:

“Digo: o real não está nem na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é o no meio da travessia. Conto ao senhor é o que sei e o senhor não sabe: mas principal quero contar é que não sei, e pode ser que o senhor saiba. Mestre não é quem ensina, mas quem de repente aprende”.

· Ficar atento ao que nos diz Cora Coralina: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”

JP – Em sua opinião, o magistério é uma profissão valorizada? Por quê?

ZGP – Poderia afirmar diante do que estamos construindo ao longo destes últimos trinta anos que alguns avanços estão sendo visíveis, mas alguns desafios ainda terão que ser enfrentados. Podemos listar alguns:

· Reconhecimento social da profissão, ainda em construção. Veja que em algumas regiões professora ainda são chamadas de “tias”, por exemplo. Qual é o salário de uma tia?

· Muitos municípios tem dificuldades para adotar as referências nacionais para a valorização do magistério – piso salarial, hora atividade, entre outros;

· alguns municípios contratam professores sem a qualificação mínima de formação para o magistério em nível médio, para atuarem nos anos iniciais e finais em nível superior.

· evasão de professores com licenciaturas nas áreas de biologia e matemática, para outras atividades por encontrarem melhores alternativas profissionais e salariais.

JP – O que é necessário para atrair mais interessados em seguir a carreira de magistério?

ZGP – O debate educacional já apontou alguns obstáculos a superar:

Agilidade na elaboração de programas de formação docente e de planos de cargos e carreiras; adequação dos currículos dos cursos de formação de professores, inclusive das universidades e faculdades de formação de professores que deveriam articular teoria e prática no processo de formação docente e tomar como foco os mais variados temas relativos à educação, tanto do ponto de vista do desempenho escolar como dos avanços e entraves à construção de conhecimentos conceituais nas áreas do desenvolvimento cognitivo, das aprendizagens da leitura, da escrita, da matemática e das ciências; ingresso nas redes públicas mediante concurso publico e titulação conforme legislação em vigor; adequar numero de alunos por professor; adequar estruturas físicas da escola; manter em funcionamento bibliotecas, laboratórios e conectividade; incentivar participação de professores e alunos em eventos de natureza cientifica; apoiar iniciativas pessoais de formação inicial e continuada; garantir reforma de prédios e provimento de material pedagógico, entre outros.

Algumas iniciativas de valorização e reconhecimento da carreira podem ser salientadas, a exemplo do recente Decreto 6.755, de 29 de janeiro de 2009, que institui a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica e que dá relevância à importância do docente no processo educativo e de sua valorização profissional. Este mesmo Decreto disciplina a atuação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no fomento a programas de formação inicial e continuada e concretiza a Política Nacional por meio de planos estratégicos formulados em fóruns permanentes de apoio à formação docente, instituídos em cada estado e no Distrito Federal.

JP – Você tem observado mudanças na carreira de magistério? Quais?

ZGP – Foi um privilégio para mim ter tido a oportunidade de participar de alguns momentos da construção deste debate educacional: ter iniciado como professora da rede estadual e depois como gestora desempenhando funções em gestão da política educacional de Pernambuco e hoje como professora universitária da UFPE e como conselheira do Comitê de Educação Básica da Capes. Destes lugares pude testemunhar, tecer reflexões, preocupações e convicções o que me leva a destacar alguns avanços, embora reconhecendo que temos muitos desafios pela frente. A formação de professores e valorização do magistério no campo da legislação apresenta ganhos:

• Dimensão profissional da docência é afirmada na Constituição Federal de1988 (art. 206- inciso V) como princípio (valorização dos profissionais do ensino);

• Plano Decenal de Educação para Todos -1993-2002 e o Pacto de Valorização do Magistério tematizam necessidades de aprendizagem do aluno e incluem formação inicial e continuada dos professores como pontos centrais, não deixando de lado condições de trabalho e salário condigno;

• LDB de 1996 denomina o docente de profissional da educação e cria o Curso Normal Superior e o Instituto Superior de Educação;

• Estabelecimento de Referências Nacionais para o Docente da Educação Básica – CNE 1996, com destaque para a sua formação e remuneração digna;

• Lei do FUNDEF – 1996 e Lei do FUNDEB – 2008;

• Diretrizes Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica em nível superior – 2002;

• Implantado em regime de colaboração e por adesão dos Estados, Distrito Federal e Municípios através do Plano de Ações Articuladas (PAR), um conjunto articulado de ações, segundo as metas e diretrizes do Compromisso Todos pela Educação, diagnóstico da educação básica do sistema local com vista à melhoria da qualidade, estruturado em quatro dimensões e entre elas uma sobre a formação de professores e dos profissionais de serviço e aApoio escolar.

• A instituição do Plano Nacional de Formação de Professores e a instalação da Plataforma Freire são iniciativas importantes que o Ministério da Educação, a Capes, em articulação com alguns estados e municípios e as instituições de ensino superior representam um esforço para construção do reconhecimento e de identidade do professor da educação básica. Veja que na Plataforma Freire o professor da educação básica tem agora um lugar para tornar visível sua trajetória formativa, além de ser o espaço para a inscrição nos cursos de formação inicial e continuada.

JP – Como alguém pode se tornar professor, ou seja, o que é preciso fazer para ingressar na carreira? Que cursos existem atualmente para formar professores?

ZGP – Diante do que fui comentando ao longo desta entrevista posso assegurar que as competências profissionais e acadêmicas para ser professor têm lugar. E um lugar institucional. Um percurso formativo que considera a experiência e saberes que adquiriu ao longo da vida, mas que precisa de um lugar de sistematização. Acho que este lugar é na universidade, mais particularmente, em um curso de licenciatura. Neste particular saliento o papel importante que as instituições de ensino superior desempenham e vão desempenhar nesta tarefa de formação inicial e continuada. A primeira condição seria, então, dotar o professor com esta formação inicial conforme o debate educacional foi pontuando ao longo das ultimas décadas e positivada mediante a legislação educacional própria – a constituição de 1988, a LDB de 1996, as emendas constitucionais, as normativas do Conselho Nacional de educação, para citar apenas alguns. Em caráter excepcional admite-se a formação em nível médio para professores que atuam na educação infantil. Podemos destacar o Proinfantil (MEC) – um curso que habilita o professor em serviço que atua na educação infantil e que ainda não possui, sequer, o nível médio.

Gostaria de destacar, mais uma vez, o Plano Nacional de Professores que se materializa nas instâncias estaduais e municipais através do Plano de Formação de Professores (PAR FOR), que tem como meta nacional ofertar formação inicial e continuada através da oferta de 331.607 vagas de cursos nos três formatos: Primeira Licenciatura Graduação – Curso especial para atender a formação de docentes que não possuem licenciaturas; Segunda Licenciatura Graduação – Curso Especial para a formação continuada de docentes que possuem licenciatura, mas atuam em área diferente de sua formação; e curso Especial de Formação Pedagógica para docentes graduados bacharéis não licenciados .

Na Plataforma Freire estarão disponíveis outros cursos que compõem a formação continuada de professores: cursos de especialização, atualização e aperfeiçoamento. O Proinfantil habilita o professor com formação de nível médio para atuar na educação infantil. Funciona em articulação com os municípios que ainda mantêm em seus quadros professores sem habilitação em nível médio.

JP – Você gostaria de acrescentar alguma coisa que não foi perguntada?

ZGP - Gostaria de acrescentar um comentário já que falei um pouco sobre política, formação e legislação. O que queria salientar é em relação à continuidade das políticas públicas da formação, da valorização e da profissionalização dos docentes. Que a mesma seja debatida com a sociedade, amplamente, para que tome a dimensão de política de estado, mas, sobretudo, de uma política de sociedade de forma que possibilite a construção de uma escola pública de qualidade para todos, como direito social.