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DIARIO
Edición 98 - Aulas no Exterior
21/02/2014
 
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Xadrez contribui para mudar a realidade de escola

As aulas de xadrez fizeram tanto sucesso que o projeto teve que ser ampliado

As aulas de xadrez fizeram tanto sucesso que o projeto teve que ser ampliado

Autor:Luciana Dotto


Professor de educação física e xadrez na Escola Municipal Jardim das Palmeiras, em Campo Novo do Parecis (MT), Cleiton Marino Santana foi um dos vencedores da sétima edição do Prêmio Professores do Brasil. Seu projeto, Xadrez como Ferramenta de Inclusão Social, foi premiado na categoria Temas Livres, subcategoria Séries ou Anos Finais do Ensino Fundamental.

Segundo Cleiton, o projeto foi criado para tentar mudar a realidade da escola, inserida em um complexo de desigualdade e vulnerabilidade social. Com recursos da Fundação André Maggi, foram adquiridos móveis, computadores, impressora, lousa digital, 70 peças de xadrez escolar, dez peças de xadrez oficial, seis livros e 45 relógios específicos do jogo, entre outros equipamentos. “Nosso objetivo era criar a melhor sala de ensino de xadrez do Brasil”, diz o professor.

Além dos alunos que participam das aulas, o projeto conta com alunos-monitores, que ajudam na organização da sala, no ensino da modalidade e em outras atividades. Cada monitor é responsável por uma área do projeto e recebe treinamento semanal sobre os conceitos técnicos do jogo e de suas metodologias de ensino. De acordo com Cleiton, isso contribui para a evolução do aluno-monitor quanto a itens como cumprimento de horários, responsabilidade, organização, respeito, paciência, autocontrole e demais habilidades necessárias à futura inserção no mercado de trabalho.

As aulas de xadrez fizeram tanto sucesso que logo ultrapassaram o horário da educação física. O projeto foi ampliado e, hoje, a sala de xadrez fica aberta de segunda a sexta-feira, das 7 às 11 e das 13 às 17 horas. Aos sábados, das 7 às 11 horas, com atendimento a mais de 750 alunos por semana.

Com a repercussão, outras escolas mostraram interesse. Isso levou Cleiton a preparar alunos integrantes do projeto para atuar como professores-monitores nas demais instituições.

Com graduação em educação física e pós-graduação em docência do ensino superior, Cleiton considera o xadrez uma grande ferramenta escolar, pois a prática colabora para a concentração do aluno em sala de aula. Entre os bons resultados do projeto, ele cita a melhoria no rendimento, como a obtenção de notas médias melhores entre os alunos que praticam o jogo em relação aos demais.

Os estudantes convidados a participar de competições em eventos municipais, regionais ou nacionais tiveram a oportunidade de conhecer localidades e de entrar em contato com outras culturas. Para o professor, que está no magistério há 12 anos, a atividade contribui, assim, para ampliar os horizontes e as perspectivas dos alunos. Ele afirma ainda que a oportunidade de participar de torneios e fazer viagens é um estímulo para que os alunos não integrantes do projeto passem a se dedicar ao xadrez.

O desenvolvimento do projeto Xadrez como Ferramenta de Inclusão Social possibilitou, ainda, a integração entre pais e alunos, a aprendizagem de tecnologias (computador e lousa digital), a criação da Associação de Xadrez de Campo Novo e o destaque dos monitores do projeto na segunda fase das Olimpíadas Brasileiras de Matemática, entre outros pontos. (Fátima Schenini)

Assista ao vídeo sobre o projeto

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