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DIARIO
Edición 57 - Sociologia na Escola
06/07/2011
 
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Professora ensina história por meio de trabalho interdisciplinar

A professora Sandra procura fazer a diferença no pensar crítico dos estudantes

A professora Sandra procura fazer a diferença no pensar crítico dos estudantes

Autor:Arquivo pessoal


Professora da rede municipal de ensino de Contagem (MG), há 25 anos, Sandra Regina Silva dá aulas de história na Escola Carlos Drummond de Andrade (Caic) e na Escola Pedro Pacheco de Souza. Seus alunos são do 3º ciclo, que corresponde ao ensino fundamental II.

Sua experiência no magistério inclui escolas da rede particular e cursos pré-vestibulares. Sandra também trabalhou na equipe de Memória e Patrimônio da Secretaria de Educação e Cultura do município, no período de 1998 a 2005.

Para ela, o ensino de história não ocupa o espaço que deveria nos horários escolares. Frente a essa constatação, ao invés de ficar se lamentando, ela decidiu encontrar estratégias que possibilitassem o alcance de seu objetivo, que é o de fazer a diferença no pensar crítico dos estudantes.

Assim, começou a buscar e a utilizar ferramentas como a literatura e filmes. Essas práticas se intensificaram, gerando desde 2010, um trabalho interdisciplinar que, segundo ela, tem sido muito proveitoso. “Novas idéias já estão se tornando projetos concretos, como interdisciplinaridade em trabalhos de campo, Memória e Patrimônio e por aí vamos educando...”, conta.

Ela diz que a interdisciplinaridade não é fácil, na prática. Venho tentando desde 2007. Conseguirmos adeptos na prática com a literatura, fontes visuais e trabalhos de campo, e só de 2010 para cá é que os frutos têm aparecido”, explica Sandra. Segundo ela, as parcerias que têm despertado mais participação dos alunos são as realizadas com as professoras Ana Márcia, de inglês; Tereza Cristina, de geografia; e Ângela Resende, de Ciências.

“O falar sobre uma mesma temática, com olhares múltiplos, dinamiza as discussões ao longo do processo”, salienta a professora Sandra. Em sua opinião, em um mundo cada vez mais especializado, essa interdisciplinaridade promove o diálogo, a reflexão, a abstração e a elaboração de conclusões, o que não ocorreria se ela estivesse trabalhando apenas na “sua ilha”.

Sandra acredita que o manual didático, quando bem escolhido, é um bom aliado nas mãos do professor, que poderá utilizá-lo como ponto de partida e incentivador na busca de outras fontes, pois muitos já trazem informações e sugestões de filmes, livros e sites.

Ela cita, ainda, a importância da utilização de recursos didáticos como: filmes com abordagens históricas claras, compatíveis à faixa etária; visitas a espaços como museus, exposições de artes plásticas, centros de memória, parques ecológicos; pesquisas orientadas, planejadas pelo professor junto com os estudantes; entrevistas , principalmente quando trabalhamos a temática da memória ou do patrimônio cultural, do entorno da escola, e da cidade; esquetes de teatro, para concretizar passagens de livros ou para representar assuntos discutidos em sala; releituras de obras das artes plásticas dos mais variados autores com o devido cuidado de levantar dados do pintor e do contexto em que o mesmo viveu , as circunstâncias que o levaram a retratar a obra com aquele olhar.

Visitas monitoradas - A professora Sandra também tem utilizado em suas aulas o recurso das visitas monitoradas. Um exemplo é a visita realizada no segundo semestre de 2010, com seus alunos da Escola Carlos Drummond de Andrade, aos instrumentos culturais da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte: a igreja, com seus murais e painéis, A Casa do Baile e o Museu de Arte. Também foram abordados os aspectos ambientais do lugar. As áreas envolvidas foram: história, inglês, ciências e artes.

“Ao retornarmos, montamos um instrumento por escrito, dissecando a visita, olhar e lugares sob a perspectiva de cada área envolvida” , explica Sandra. Em paralelo, os alunos montaram pequeninas maquetes dos bens culturais visitados, utilizando materiais recicláveis. “A culminância foi a exposição dos trabalhos e portfólios na Feira de Cultura, no mês de novembro.”

(Fátima Schenini)

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