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Edição 122 - Educação Financeira
24/02/2016
 
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Vovó Rufina conta histórias e leva emoção aos estudantes

A vovó passou a ser um ídolo dos alunos

A vovó passou a ser um ídolo dos alunos

Autor:Foto extraída do blogue da escola


Há 31 anos no magistério, a professora Maristela Carvalho Barbosa, da Escola Municipal Maria Rufina de Almeida, em Manaus, gosta de trabalhar com projetos pedagógicos. Segundo ela, todo projeto tem um tema, uma programação a ser seguida e precisa ser sistematizado. “Assim fica mais fácil desenvolver as atividades, porque fica claro quais as etapas a serem seguidas e que resultados poderemos alcançar”, justifica.

Em 2015, Maristela fez parte do grupo dos 30 ganhadores da nona edição do Prêmio Professores do Brasil, com o projeto Histórias da Vovó Rufina, desenvolvido com alunos de todas as turmas do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental.

“A premiação representou um estímulo para continuarmos realizando nossas atividades com o mesmo compromisso social que sempre tivemos com o ensino. Sabemos que estamos atuando com vidas em formação, que nunca podem ser negligenciadas”, revela Maristela, que tem graduação em normal superior e comunicação social.

O projeto se propõe a resgatar a arte de contar histórias, desenvolvendo a imaginação, a observação e as linguagens oral e escrita dos alunos. Além disso, pretende estimular o interesse dos alunos pela leitura, desenvolver o prazer pela arte e a habilidade de dar lógica aos acontecimentos.

O projeto foi criado coletivamente pela equipe pedagógica da escola, em 2011, tendo como personagem a vovó Rufina: uma senhora que conta histórias aos estudantes, de forma lúdica e atrativa. A ideia central era enriquecer a rotina escolar, estimulando a leitura e a produção de textos. O projeto deu tão certo que continua até hoje, com acréscimo de novas leituras e novos sentidos e significados a cada ano. Contos de fadas, apólogos e fábulas da Amazônia são alguns dos temas já desenvolvidos.

No início, a personagem da vovó era interpretada por diferentes professoras, em sistema de rodízio. Todas tinham oportunidade de dar vida à vovó. Com o passar do tempo, no entanto, foi decidido que o papel caberia a Maristela, por ser a que mais se encaixava no perfil da personagem.

Ela explica que costuma receber convites para participar de ações solidárias. “Vamos sem nos fazer de rogados. Nesses momentos rebemos muitos afetos, sorrisos entristecidos pelas doenças, mas estimulantes”, justifica. “Esse trabalho tem me dado muitas alegrias”, ressalta.

De acordo com Maristela, a vovó passou a ser um ídolo para os estudantes. “Onde eles a veem, a cumprimentam, tomam a benção”. Ela diz que até ex-alunos, que já saíram da escola, gritam chamando pela vovó, tão logo a enxergam.

O projeto, bastante amplo, inclui diversas atividades. Assim, depois que ouvem as histórias contadas pela vovó, os alunos trabalham os textos na sala de aula, seja em forma de leitura, reescrita, desenhos ou jornal mural. A cada nova história, uma turma fica responsável pela sua dramatização. Isso tem contribuído para uma maior aproximação entre os alunos, um maior desenvolvimento na escrita, na capacidade verbal, na arte de dramatizar além de uma melhoria nos episódios de violência.

Idosos – O projeto aproveita o fato de que as histórias são contadas por uma vovó para trabalhar a valorização dos idosos. Uma de suas atividades é uma visita ao asilo São Vicente de Paulo. Nesse dia, a vovó conta histórias e as crianças fazem apresentações de balé, dança folclórica, música e poesia. Na ocasião, é servido um lanche doado pelos professores. Os pais dos alunos colaboram com a doação de gêneros alimentícios em falta no asilo.

Durante a realização do projeto, desenvolvido ao longo de todo o ano letivo, cada turma da escola apadrinha um idoso e fica responsável pela doação de uma cesta personalizada de produtos de higiene pessoal no dia da visita ao asilo. (Fátima Schenini)

Conheça o blogue da escola

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