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Edição 126 - Prêmio Viva Leitura-8ª Edição
30/06/2016
 
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A música é um dos melhores estímulos para a mente, diz professora do DF

Andrea desenvolve seu trabalho de forma lúdica

Andrea desenvolve seu trabalho de forma lúdica

Autor:Cristiano Costa- Sistema Fibra


Professora de música há 11 anos, Andrea Rodrigues Fernandes França D’Andria acredita que o ensino musical possibilita o trabalho das emoções, o desenvolvimento da sensibilidade e da percepção auditiva, além de estimular a sociabilidade, o raciocínio, a concentração e a memória. “A música ativa várias áreas do cérebro quase que simultaneamente e, por isso, é um dos melhores estímulos para a mente”, diz a professora, que leciona no Centro de Ensino do Serviço Social da Indústria (Sesi), em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal.

Andrea dá aulas de flauta doce, canto coral e musicalização infantil a estudantes do ensino fundamental, com idades de 6 a 12 anos, que participam do turno integral. “Nosso desafio é fazer com que esse grupo heterogêneo seja capaz de transformar um trabalho de equipe em harmonia, em música, respeitando o que cada um traz dentro de si”, explica. Ela revela que o trabalho é desenvolvido de forma lúdica, com jogos e brincadeiras musicais, a fim de conjugar teoria e prática, de forma simultânea.

Andrea parte do princípio de que a música não seleciona, inclui. “A música tem pluralidade, une diversos estilos, abrange não só o tocar e o ritmo, mas a expressão corporal, a dança, o canto”, destaca. Isso, segundo ela, permite que os alunos se encontrem, mesmo aqueles que pensam não ter uma vocação para a música. “A forma pela qual abordamos o ensino da música vai além do componente curricular”, explica. “Busca-se que a música seja algo do cotidiano do aluno, que ele perceba no dia a dia o contexto da música, em atitudes simples como assoviar, ouvir uma canção, dançar ou bater o pé.”

Segundo a professora, o aluno deve perceber que a música entremeia seu cotidiano e que é uma companheira de viagem nessa vida.

Andrea também participa do projeto Doce Som, desenvolvido no Serviço Social da Indústria (Sesi) há três anos, em atendimento à proposta da diretora da escola, Luci Costa, de realização de um trabalho com a flauta doce. O projeto, que despertou o interesse dos alunos e das famílias, deu origem ao Grupo Doce Som (orquestra de flauta doce), que participa de apresentações na escola e fora dela. Por sugestão dos alunos foi criado ainda o Coral Doce Som. “Com tais eventos, os alunos sentem-se valorizados, com vontade de aprender músicas novas e de evoluir, deixando os pais orgulhosos”, destaca a professora.

Na escola há diversos instrumentos musicais, como violinos, violoncelos, trompas, violas, teclados, violões, guitarras e pianos, usados tanto nas aulas de Andrea quanto nas dos professores de outras modalidades musicais. Quanto à flauta doce, cada aluno adquire a própria, por questões de saúde e higiene e por se tratar de instrumento de baixo custo.

Sustentabilidade — Andrea ensina os alunos de musicalização infantil a criar instrumentos a partir do reaproveitamento de materiais. “É uma oportunidade de mostrar ao estudante a sustentabilidade, reaproveitando materiais que ele descartaria na hora do lanche, como uma garrafinha, um potinho de iogurte, por exemplo.”

De acordo com a professora, a música contribui para o autoconhecimento do aluno, pois ele tem de superar as próprias limitações, e estimula a generosidade, pois ele faz parte de um grupo — para que a equipe se destaque, ninguém pode aparecer individualmente. Outro benefício do ensino de música, segundo ela, é a contribuição para que o estudante mantenha a concentração. “Ele aprende a respeitar as diferenças porque são vários instrumentos, e cada um tem um timbre e hora certa para tocar.”

Andrea também participa de trabalho voluntário de música da Igreja Cristã Maranata, o projeto Aprendiz Júnior, realizado no Brasil, na Venezuela, em Angola e em Moçambique. “Por meio de capacitação presencial e via internet, ensinamos monitores, que se dividem em cada igreja e ensaiam com as crianças”, revela. “Nossa alegria com esse trabalho é resgatar famílias destruídas, pessoas e crianças depressivas”, diz. “Através do tocar, elas resgatam a alegria nos corações.”

A professora destaca que a música, no contexto evangélico, é uma das formas de expressar a espiritualidade. “De motivar e entender o mundo em que vivemos, a descortinar um mundo que nós não enxergamos, um mundo que o homem precisa conhecer para que a vida tenha um sentido”, afirma.

Com graduação em pedagogia e pós–graduação em educação musical, além de diversos cursos de formação profissional na área da música, Andrea faz o curso de licenciatura em música. (Fátima Schenini)

Saiba mais sobre o Centro Educacional Sesi em Taguatinga

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