O sistema de avaliação da Escola Estadual Melquíades Vilar, no município de Taperoá, localizado na microrregião do Cariri Ocidental, na Paraíba, vem sofrendo transformações. Aos poucos, a avaliação tradicional, realizada bimestralmente por meio de atividades escritas, vai tendo a companhia de novas atividades avaliativas como a observação de atitudes e procedimentos dos alunos na sala de aula e na escola, com colegas e professores.

O procedimento é incentivado pela coordenação da escola, que tem à frente a diretora Maria Sônia Costa Barreto. “O sistema de avaliação merece mais mudanças, porém é um processo lento e que exige perseverança”, diz. Ela acredita que as inovações estão apresentando resultados satisfatórios, pois alguns professores já utilizam esses métodos nas suas práticas, embora outros ainda reajam mal a inovações.

Um dos maiores desafios da escola, centenária, que tem 1.150 alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio, são as taxas de reprovação. “Temos melhorado bastante, mas ainda não alcançamos o ideal”, diz a diretora. Ela informa que o percentual de reprovados no ensino fundamental era de 18,96%, em 2004, passando para 16,67%, em 2007. Os índices de reprovação melhoraram também no ensino médio, passando de 9,62% para 6,20%, no mesmo período.

Segundo Maria Sônia, a escola já atingiu a projeção determinada pelo MEC para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb): de 2,4 em 2004 passou para 2,5 em 2007. “Não é excelente, mas estamos tentando aumentar os índices, a cada ano, em um esforço conjunto. Nossos alunos têm aumentado sua auto-estima e temos observado que isso também tem contribuído, e muito, para que eles se sintam importantes e prazerosos em permanecer na escola”, ressalta.

Os resultados da aprendizagem são constantemente analisados em reuniões docentes, quando os professores avaliam o que está sendo feito e traçam metas para solucionar problemas. A escola também incentiva a presença da família na instituição, tanto em eventos quanto em reuniões. Um empenho especial foi dedicado, em 2008, às reuniões de conselhos de classe. Elas foram realizadas por séries, separadamente. Nas reuniões, os pais eram informados sobre os aspectos em que seus filhos precisavam melhorar, tanto em relação à aprendizagem quanto ao comportamento. “Deu muito trabalho, mas valeu a pena”, acredita a diretora. (Fátima Schenini)