1. Reconhecer que as perguntas são importantes para o desenvolvimento do pensar sobre si e sobre as coisas do mundo.
2. Conhecer a história de seu nome como fortalecimento da identidade.

Não são necessários conhecimentos prévios.

Comentários para o professor:
Professor, as perguntas devem estar presentes também na sala de aula, pois elas nos surpreendem, nos desafiam a pensar, a questionar os valores éticos e morais presentes em nossa cultura, a buscar respostas que abrem para novas perguntas, despertando curiosidade e desejo em aprender, em conhecer. Assim sendo, a sala de aula, espaço de manifestações sociais e culturais, torna-se um lugar de questionamento, de descobertas, de desenvolvimento pessoal, de trocas e de (re)construção de conhecimentos.

Momentos da aula:

1º Momento: O professor iniciará a aula lendo em voz alta um pequeno texto como estratégia de aquecimento para a temática a ser desenvolvida:

O BICO
Regina Célia Trevisan Cunha

O grão-de-bico tem bico? Não.
Então por que ele tem este nome?
O grão-de-bico, bica? Não.
Fico sem entender.
Pois, se ele não tem bico e não bica, não deveria ter este nome.
O bico do bule, bica? Não.
Novamente fico sem entender.

(Professor, a referência bibliográfica deste texto é: OLIVEIRA, P. R. de. Um Mundo de Histórias. Petrópolis, RJ : Vozes, 2004, p. 137).

Após a leitura, o professor deverá lançar o seguinte questionamento: Por que vocês acham que eu comecei a aula lendo este pequeno texto? Que relação este texto pode ter com a nossa aula de hoje? Após ouvir os alunos, o professor poderá contribuir com o debate, destacando a importância das perguntas curiosas, que nos levam a pensar sobre nós mesmos e sobre coisas que não havíamos pensado antes.

2º Momento: Em seguida, o professor convida os alunos a se sentarem confortavelmente, para ouvir uma história bastante interessante sobre o personagem Marcelo que vivia fazendo perguntas.
Professor, ao acessar o sítio http://www.scribd.com/doc/5308703/Marcelo-Marmelo-Martelo-Ruth-Rocha você encontrará a história intitulada ”Marcelo, marmelo, martelo” de Ruth Rocha, que deverá ser lida para os alunos.

3º Momento: Terminada a leitura da história, o professor deverá instigar os alunos a comentar sobre as perguntas feitas por Marcelo, aquelas que consideram como curiosas, interessantes, divertidas, que levam a pensar e também poderá solicitar que socializem as perguntas que eles têm formulado ao longo do tempo.

4º Momento: Destacando as perguntas curiosas de Marcelo acerca de seu próprio nome, o professor retoma para leitura a seguinte parte da história:

Uma vez, Marcelo cismou com o nome das coisas:
- Mamãe, por que é que eu me chamo Marcelo?
- Ora, Marcelo foi o nome que eu e seu pai escolhemos.
- E por que é que não escolheram martelo?
- Ah, meu filho, martelo não é nome de gente! É nome de ferramenta...
- Por que é que não escolheram marmelo?
- Porque marmelo é nome de fruta, menino!
- E a fruta não podia chamar Marcelo, e eu chamar marmelo?

Após reler os questionamentos de Marcelo a respeito de seu nome, o professor pedirá aos alunos que compartilhem com o grupo o que sabem acerca da história de seus nomes. Em seguida, deverá propor a construção de um livro com as histórias do nome de cada aluno da sala. Para a realização desta atividade, os alunos deverão pesquisar junto às suas famílias: quem escolheu o seu nome e o porquê desta escolha, o significado do nome, a origem, a tradição ou não deste nome n a família. De posse destas informações, ca da aluno deverá produzir um pequeno texto relatando a história de seu nome, acrescentando ao final se gosta ou não do nome escolhido para ele, se gostaria de ter outro nome e por quê.

5º Momento: Na aula seguinte, o professor convidará os alunos a socializar os textos produzidos por eles, que reunidos farão parte do livro “Nossos nomes têm histórias!” (ou outras sugestões de títulos propostos por eles) a ser organizado pelos alunos com a mediação do professor. O professor poderá organizar uma exposição para lançamento do livro, com participação de toda comunidade escolar, sobretudo das famílias.

A avaliação deverá ser contínua, processual, diagnóstica.

Auto-avaliação dos alunos (oral ou por escrito): Participação individual nos momentos da aula e na realização da pesquisa para a construção do livro com as histórias dos nomes dos alunos.

Avaliação dos alunos pelo professor: Envolvimento e participação dos alunos durante a aula. Respeito aos momentos de fala e escuta e às opiniões dos colegas. Cumprimento e responsabilidade dos alunos em relação às tarefas a serem realizadas por eles. O professor deverá verificar se os alunos foram capazes de compreender a importância das perguntas que possibilitam o pensar sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos cerca; de realizar a pesquisa e produzir um texto coerente a partir das informações coletadas.

Referências bibliográficas:

ROCHA, R. Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias. São Paulo: Moderna, 1999.

OLIVEIRA, P. R. de. Um Mundo de Histórias. Petrópolis, RJ : Vozes, 2004.