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DNA e Hereditariedade - Árvore Genealógica

 

16/11/2009

Autor e Coautor(es)
Marina Silva Rocha
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ser humano e saúde
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

O aluno aprenderá sobre a hereditariedade e transmissão de características de pai para filho.

Duração das atividades
2 horas aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Os alunos deverão conhecer o conceito de célula e saber que os seres vivos são formados por elas. Deverão também ter noções de reprodução humana.

Estratégias e recursos da aula

Professor, atualmente são ainda mais comuns diversas configurações das famílias. Por isso, é importante ter calma para lidar com crianças que vivem com padrastos ou são adotadas, por exemplo. A atividade propõe que as crianças pesquisem suas raízes genéticas, por isso é importante retratar pais e avós genéticos. Entretanto isso não impede que em outro exercício a nova configuração familiar seja mostrada.

Inicie a aula perguntando por que cada aluno é diferente do outro. De onde vem as características que os diferenciam uns dos outros. Alguns vão dizer que tem o cabelo da mãe, outros que têm a cor dos olhos, etc. Se algum disser que tem uma característica dos avós pergunte como isso é possível (se ninguém disser use você mesmo como exemplo) que uma característica da avó, por exemplo, os olhos ou cabelos, pode estar em nela (ou em você) mas não estar em sua mãe/pai?

Atividade 1: Apresente o texto a seguir


DNA, nosso código secreto


Imagine que você pudesse ter nas mãos uma célula e abrir o núcleo dela como se abre um baú. Lá dentro, você encontraria uma seqüência de códigos secretos que os cientistas chamam de DNA. Em português, a sigla significa ácido desoxirribonucléico. Mas este é um nome muito complicado. O importante é você saber que o tal código secreto, o DNA, é responsável pelas características físicas de todos os seres vivos e que isso pode render uma história com capítulos muito interessantes! Aceita um convite para conhecermos juntos o DNA?!?

Qual a diferença entre o elefante e a formiga? Ora, que pergunta! São tantas que dá até preguiça de responder. OK! Então, qual a semelhança entre os dois? Alguém poderia dizer que ambos pertencem ao reino animal. A resposta está certa, mas o objetivo aqui é descobrir uma semelhança maior, comum a todos os seres vivos. E aí, alguém se arrisca? Pois bem, a grande semelhança existente, não só entre o elefante e a formiga, mas entre todos os animais e vegetais é o DNA! Este código secreto existente em cada célula -- seja de uma bactéria ou do homem -- é formado sempre pelos mesmos elementos.

Opa! Como pode um código que determina as características físicas de um elefante (uma tromba, quatro patas, duas orelhas enormes etc.) ter os mesmos elementos do código que dá origem a uma pequena formiga ou a uma bactéria ou ainda a um ser humano?! Por mais espantoso que seja, esta é a verdade. O que faz os seres vivos serem diferentes entre si é a forma como os elementos se arrumam para formar o código, ou melhor, o DNA.

Para ficar mais fácil a compreensão, vejamos um exemplo com as letras A, C, O e R. Elas podem se organizar, formando a palavra ARCO ou a palavra CARO ou, se uma das letras se repetir, as palavras CARRO e COROA, por exemplo. Observe que todas estas palavras usam as mesmas letras, mas têm significados diferentes. A mesma idéia pode ser aplicada ao DNA. Em todos os seres vivos, este código contém os mesmos elementos, porém arrumados em seqüências diferentes. Quem diria que seríamos tão chegados dos elefantes, das formigas, das bactérias...

Fonte: Modificado de Ciencia Hoje das Criancas 122, março 2002 – disponível em http://cienciahoje.uol.com.br/2140 (acesso em 12/10/2009)


Discuta o texto com os alunos e peça para que eles tentem explicar o que entenderam do DNA. Se preciso, faça a mesma analogia que o texto, usando as letras do alfabeto, que não só escrevem milhares de palavras em nossa língua como também em outras línguas. Como o DNA é muito grande, é possível existir milhares de seres vivos diferentes.

Converse com os alunos sobre como eles acham que receberam seu DNA. Metade dele veio do pai e metade da mãe, e essa junção foi a fecundação do espermatozóide no óvulo. Assim, se você recebe metade do DNA de cada um, você t erá semelhanças com os dois .

Mas e as características que não aparecem n os pais, mas aparecem nos filhos?

Faça o seguinte raciocínio com os alunos: se eles tivessem 20 irmãos, haveria a chance de algum ser igual a ele? A resposta é não, pois o DNA passado para os irmãos não é igual. O DNA que você recebeu de seu pai não é igual ao DNA que seu pai deu a seu irmão, e o mesmo acontece com o DNA que veio da sua mãe. Isto os torna diferentes, mas com características semelhantes.

Além disso, nem todas as características do nosso DNA são expressas, algumas podem ficar “escondidas” em nós e aparecerem depois em nossos filhos.

Atividade 2:

Peça para os alunos trazerem de casa fotos de seus familiares para montar uma árvore genealógica. É importante ressaltar para a família que as fotos serão recortadas. Além disso, peça para que eles pesquisem o nome completo dos familiares, data de nascimento e cidade onde nasceu.

Peça para que eles recortem as figuras dos familiares (irmãos, pais, avós. Se você achar que a turma consegue, extrapole para tios e bisavos).

Em uma folha A3 (o dobro de uma folha A4) eles deverão desenhar/pintar uma árvore com a copa bem grande. No topo da copa deverão ser colados os membros mais velhos (avós ou bisavós). O topo da árvore deve ser dividido em dois (mesmo que seja uma linha imaginária) – de um lado ficam os familiares da família da mãe e do outro lado os do pai. Os dois lados só se juntam para o nascimento do aluno e de seus irmãos. Para cada membro é colocado um quadro ou uma folhinha dizendo o nome, a data de nascimento e a cidade onde nasceu.

Abaixo dos avós, devem vir os filhos do casal – o pai ou a mãe e os respectivos irmãos.

Pai e mãe devem estar lado a lado na árvore, para que os filhos dessa união (o aluno e seus irmãos) façam a próxima fileira.

Para unir as pessoas use giz de cera/lápis de cor ou faça colagens com pequenos galhos secos.

Exemplo de árvore:

Imagem retirada de http://4.bp.blogspot.com/_Xs0j-5jRkJ0/SCwQ2pjf_FI/AAAAAAAAFK8/K_L-Kjpf38M/s400/Arvore_genealogica%5B1%5D.JPG (acesso em 12/10/2009)

Durante a atividade, avalie se os alunos conseguiram organizar de forma hierárquica os membros da família.

Com essa atividade, os alunos perceberão com mais nitidez os próprios laços familiares, além de perceber movimentos de migração e origem da família (pais/avós que nasceram em cidades/estados/países diferentes) e traços característicos de diferentes etnias. Elas poderão escolher também uma característica e ver até que parte da árvore a característica foi passada (exemplos: lóbulo da orelha solto ou preso, espessura dos lábios, cor dos olhos, cor da pele, formato do nariz, tipo de cabelo, entre outras).

Além disso, é provável que elas se entretenham com as histórias do tempo dos mais velhos e se aproximem mais do núcleo familiar.

Avaliação

Avalie se os alunos compreenderam que o DNA é como um código e é responsável por nossas características e que todos os seres vivos utilizam esse mesmo código. Isso poderá ser feito com brincadeiras de palavras.

Simule um DNA de palavras – sorteie letras e cada criança deverá montar o maior número de palavras possível com suas letras. Ao final, atribua a cada palavra um ser vivo. Palavras próximas/parecidas (como conjugação de verbos, por exemplo) receberão animais aparentados (ex: macacos de espécies diferentes, cães de raças diferentes, entre outros) e palavras singulares receberão seres vivos completamente diferentes.

EXEMPLO: letras sorteadas - A, M, R, O, L, U (vocês podem decidir se vale repetir as letras sorteadas ou não. Caso não possa repetir letras, é importante ter mais vogais para serem sorteadas)
Palavras que posso formar com essas letras: amor, amora, amolar, amolou, amola, lua, rolar, rola, mola, rua, rala, entre outras.

Palavras próximas: amor e amora; amola, amolar e amolou; rolar e rola; - Essas palavras simbolizarão o DNA de animais de grupos aparentados -
amor - cachorro; amora - cachorro do mato ou lobo
amola - macaco-prego; amolou - mico-leão; amolar - sagui
rolar - papagaio; rola - maritaca

Já as outras palavras simbolizarão animais que estão mais distantes geneticamente de outros
lua - minhoca; mola - elefante; rua - peixe-boi; rala - mosquito

As palavras formadas na brincadeira não tem mais o significado que conhecemos, passam a ser vistas como diferentes combinações de letras e simbolizam diferentes DNAs de seres vivos.

Avalie também se os alunos compreenderam que o DNA é passado de pai/mãe para filho através da reprodução. Prepare algumas perguntas como: “Como as pessoas recebem seu DNA? E os animais? De onde veio o DNA do seu filhote de cachorro?”

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