a) Identificar seus próprios sentimentos e os dos/das colegas do grupo.
b) Respeitar os sentimentos dos outros.
c) Expor suas opiniões.
d) Valorizar suas capacidades e habilidades e as dos colegas
e) Aceitar suas próprias limitações e dificuldades, bem como as dos colegas.

Não há necessidade de se trabalhar conhecimentos prévios.

Comentário ao/a professor/a:

Professor/a, as crianças vivenciam na escola muitas angústias, dentre elas: o medo de errar, de não conseguirem realizar algo, de não serem aceitas. Nesse sentido, torna-se imprescindível abrir espaço às crianças para que expressem suas dúvidas e angústias de forma que, à medida que se tornarem mais conhecidas por elas próprias, possam ser cuidadas e transformadas. Essa aula tem o propósito de auxiliar os/as alunos/as a entrarem em contato com os sentimentos que vivenciam quando não sabem algo, quando não conseguem aprender algo, quando pensam diferente e quando erram. Concordamos com Tognetta (2009) quando diz que vale a pena o risco de adotarmos uma abordagem que nos coloque face a face com as angústias, as tristezas e os medos infantis, pois à medida que as crianças demonstram sua angústia, permite-nos que alcancemos a dimensão de sua dor e, nesse sentido, podemos auxiliá-las na superação da mesma. Professor/a, a aula intitulada “TESOURO DE SENTIMENTOS” poderá ser utilizada como complementar a essa aula.

Estratégias e recursos da aula

Atividade 1: (1º aula de 50 minutos)

1º Momento: O/a professor/a deverá solicitar aos/as alunos/as que se sentem em círculo no chão e fiquem em uma posição confortável. Colocar uma música bem tranqüila e conduzir um relaxamento de forma a promover a introspecção das crianças e o envolvimento na atividade. Propor aos alunos que se recordem da escola e de situações boas e ruins que tenham vivido nesse espaço. Depois disso, conduzir algumas reflexões sobre o sentimento da ansiedade presente em situações do cotidiano e muitas delas vividas na escola, como por exemplo, em momentos em que as crianças: não sabem algo, não conseguem fazer algo, pensam diferente dos colegas ou vivenciam a situação do erro. O/a professor/a deverá dizer aos alunos:
A) Tente se lembrar (ou imaginar) de uma situação na escola em que você estava com seus colegas em sala de aula e, de repente, percebeu que todos faziam a atividade ou respondiam às questões da tarefa que apenas você não soube fazer. Como você se sentiu?!
B) Procure se lembrar (ou imaginar) de uma situação na escola em que seu/sua colega ou professor/a estava tentando lhe ensinar algo e você não conseguia entender, ou aprender. Como você se sentiu?!
C) Lembre-se (ou imagine) de uma situação na escola em que seus amigos queriam fazer alguma coisa e você queria fazer algo diferente, ou quando você propôs uma brincadeira e os/as colegas não concordaram em brincar. Como você se sentiu?!
D) Tente se lembrar (ou imaginar) de uma situação na escola em que você tirou uma nota baixa. Como você se sentiu?!

2º momento: Após essa reflexão, cada aluno/a deverá dirigir à sua carteira e produzir quatro textos curtos a partir das seguintes frases:
Como eu me sinto quando eu não sei.
Como eu me sinto quando eu não consigo.
Como eu me sinto quando eu penso diferente.
Como eu me sinto quando eu erro.

3º Momento: Dividir o grupo em quatro sub-grupos de até 7 crianças e disponibilizar o livro: As dúvidas que eu tenho para que leiam os seguintes textos: “Quando eu não sei”, “Quando eu não consigo”, “Quando eu penso diferente”, Quando eu erro”. Cada grupo ficará responsável por ler um texto.

4º Momento: Após a leitura do texto, os/as alunos/as deverão refletir sobre o conteúdo do mesmo e se posicionar se concordam ou discordam com a maneira como as crianças dos textos agiram ou pensaram para superar cada dificuldade apresentada.

Sugestão de leitura complementar ao/a professor/a:

ROCHA, R. As dúvidas que eu tenho: inteligência emocional para crianças. Ruth Rocha, Dora Lorch; Ilustrações Mariana Newlands. São Paulo: Ática, 2006 .

TOGNETTA, L. R . P. A formação da personalidade ética: estratégias de trabalho com afetividade na escola. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 2009.

Atividade 2 (2ª Aula de 50 minutos)

1º Momento: Assistir ao vídeo: Errar é humano, disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=kF5x3Oz7iF8

2º Momento: Solicitar aos /as alunos/as que reflitam sobre o vídeo e a mensagem difundida no mesmo. Questionar os alunos sobre suas opiniões: se eles concordam ou discordam que “não é vergonha não ser o melhor da escola, o bom de bola, ou de natação”. Professor/a, é fundamental nesse momento deixar que os/as alunos/as expressem livremente seus sentimentos e relatem situações em que se sentiram inferiorizados por não saberem fazer algo, por não serem considerados “os melhores”.

3º momento: Após essa etapa, cada aluno/a deverá fazer uma lista, registrando, de um lado, aquilo que considera/julga fazer bem e aquilo em que precisa melhorar.

4º momento: Expor os trabalhos dos/as alunos/as na lousa e pedir aos/as mesmos/as que tentem identificar nos trabalhos dos/das colegas elementos que os aproximam e elementos que os distanciam e, após esse momento, o grupo todo da sala deverá produzir um cartaz (papel cartão ou cartolina com medida 1,00 m X 1,20) com frases e gravuras que ilustrem a frase: “O CERTO VOCÊ VAI SABER ERRANDO”.

Professor/a, avalie durante os debates, discussões e produções gráficas em torno do tema se os/as alunos/as compreenderam que reconhecer o “não saber” ou o “erro” é o primeiro passo para aprenderem algo. Procure identificar se os/as alunos/as conseguiram: expressar seus medos sem constrangimento e perceber que existem meios de enfrentá-los. Observe ainda se os/as alunos/as souberam ouvir seus/suas colegas com respeito e cuidado.