a) Expressar seus pensamentos, questionamentos, fantasias e medos relacionados à origem dos bebês.
b) Entender as informações corretas sobre como os bebês são gerados.
c) Respeitar a manifestação de sua própria sexualidade, bem como a de seus pares e demais pessoas.

Não há necessidade de se trabalhar conhecimentos prévios.

Comentário ao/a professor/a:

Professor/a, temos presenciado, cada vez mais cedo, as crianças trazerem para a sala de aula dúvidas e curiosidades sobre questões que envolvem a sexualidade. Os pais, por se sentirem muitas vezes constrangidos com o assunto, têm delegado aos professores o papel de formadores também no âmbito da sexualidade. Em contrapartida, os/as professores/as nem sempre se sentem preparados para tratar do assunto e optam por explicações sobre o funcionamento do aparelho reprodutor, ao invés de falar sobre os sentimentos e desejos que envolvem o tema. Essa aula tem o propósito de dar voz aos/as alunos/as, admitindo a sexualidade dos mesmos, e abrir espaço para que falem sobre sensações, dúvidas, sexo, gravidez dente outros temas relacionados à sexualidade que estão cada vez mais presentes nas rodas de conversas das crianças. Professor/a, sugere-se que as estratégias presentes nessa aula sejam aplicadas a crianças com faixa etária a partir de 7 ou 8 anos. Você poderá utilizar as aulas intituladas “SEXUALIDADE: DE ONDE VIEMOS ?” “QUANDO AS CRIANÇAS QUEREM FALAR DE SEXO" para iniciar ou complementar sua aula.

Atividade 1: (1º aula de 50 minutos)

1º Momento: Professor/a, convide os/as alunos/as a assistirem ao vídeo: A origem dos bebês segundo Kiki Cavalcanti, disponível em:
http://www.portacurtas.com.br/curtanaescola/pop_160.asp?Cod=949&exib=5513

2º Momento: Após assistir ao vídeo, converse com os/as alunos/as sobre os mitos que envolvem a gravidez e as dificuldades dos/das adultos/as em tratar do assunto com naturalidade, como foi mostrado no vídeo na figura da professora e dos pais da criança. Essa dificuldade dos adultos em esclarecer os fatos e em fornecer as informações corretas acabam produzindo fantasias nas crianças em torno da questão, como pôde ser percebido nesse vídeo. Após essa primeira reflexão, divida a turma em 5 sub-grupos, pergunte aos/as alunos/as o que entenderam do vídeo, e solicite que respondam à pergunta da criança do vídeo: “Tia, como é que o bebê vai parar na barriga da mamãe?”

3º Momento: Propor um fórum de discussão onde cada grupo deverá apresentar sua explicação sobre como o bebê vai parar na barriga da mamãe. Logo após a apresentação de cada grupo, os demais grupos deverão se posicionar dizendo se concordam, ou discordam da explicação e, no caso de discordarem, deverão esclarecer e apresentar argumentos para convencer o grupo que a sua resposta é a mais coerente.

Professor/a, caso os/as alunos mencionem ou façam comentários sobre a briga dos pais de Kiki no vídeo, aproveite a oportunidade para aprofundar nessa discussão junto aos /as alunos/as, uma vez que se trata de uma situação comumente vivenciada pelas crianças na atualidade. É importante refletir com os/as alunos/as que quando (se) os pais se desentendem, brigam, discutem, nem sempre os motivos estão relacionados aos filhos/as. Além disso, o fato de brigarem não necessariamente determina o quanto eles se gostam. No vídeo mesmo, após uma briga intensa, os pais de Kiki se conciliaram fazendo sexo e produzindo bebês.

Professor/a, vocÊ poderá se informar sobre o tema através da leitura dos livros:

BATISTA, Roselidia Braga. A historia do começo: orientação sexual para crianças. São Paulo: Olho d'água, 1990.

CAMARGO, Ana Maria Faccioli. RIBEIRO, Claudia. Sexualidade(s) e infância(s): A sexualidade como um tema transversal. São Paulo: Moderna, 1999.

LLEWELLYN, C. De onde viemos?: aprendendo sobre sexualidade. São Paulo: Scipione, 2002.

Professor/a, observe a maneira como você lidou com as colocações dos/as alunos/as e busque identificar recursos que o prepararem melhor para abordar novamente o assunto em aula posterior. Identifique se as dúvidas dos/as alunos/as estão coerentes com a faixa etária dos mesmos. Avalie o envolvimento e participação dos/das aluno/as na discussão e o respeito às falas dos/das colegas/as. Verifique se os/as alunos/as expressaram suas dúvidas e se demonstraram compreender como se dá a origem dos bebês.