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Contando os dias

 

15/11/2009

Autor e Coautor(es)
MARIA ANTONIETA GONZAGA SILVA
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ambiente
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

* Como surgiram os calendários.
* Como consultar o calendário.
* A importância do calendário em nosso dia-a-dia.
* Origem dos nomes dos meses do ano e dias da semana.

Duração das atividades
2 horas/aulas
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Os alunos devem ser capazes de compreender o formato da Terra, como ocorre o movimento de translação e rotação terrestre e sua relação com as estações do ano e as fases da Lua (satélite natural da Terra) e conhecer a composição do sistema solar.

Estratégias e recursos da aula

INTRODUÇÃO

Você seria capaz de viver sem marcar o tempo? Nós, humanos, temos uma grande necessidade de marcar o tempo; não apenas por questões práticas, mas também psicológicas. Como marcar o tempo?

- Só tem uma maneira: tomando por base um evento físico que se repita sempre de uma mesma forma, consequentemente, em um mesmo intervalo de tempo. Usamos então esse intervalo de tempo como nosso padrão. De uma maneira geral podemos dizer que um Calendário consiste em um conjunto de unidades de tempo (dias, meses, estações, ano,...), organizadas com o propósito de medir e registrar eventos ao longo de "grandes períodos".

Professor, o calendário atual é mais preciso que o calendário Juliano e considera o ano com 365 dias + 5 horas + 48 minutos + 47 segundos, menor que 365 dias e 6 horas. Como só é possível contar o ano usando dias inteiros, a solução foi ajustar a contagem através da colocação ou retirada de anos bissextos (anos com 366 dias) nos anos que são múltiplos de quatro.
Para entender melhor essa contagem vamos transformar o ano em frações de dias, ou seja, 365 dias + 1/4 dia - 1/100 dia + 1/400 dia - 1/3300 dia. Dessa maneira basta olhar o denominador e o sinal da fração para saber de quantos em quantos anos o ano bissexto existe ou deixa de existir. Exemplificando, (+1/4) representa que todo ano múltiplo de 4 é ano bissexto, mas (-1/100) representa que todo ano múltiplo de 100 não é bissexto mesmo sendo múltiplo de 4 e (+1/400) representa que todo ano múltiplo de 400 é bissexto mesmo sendo múltiplo de 100.
Com base nas informações acima verificamos que o ano 2000 foi bissexto, porque é múltiplo de 400, mas o ano 1900 não foi e o ano 2100 também não será bissexto, pois são múltiplos de 100. Assim as estações nunca ficam defasadas.

Esse é o calendário mais preciso que existe, é chamado de "Calendário Gregoriano" e é o calendário que nós usamos atualmente. Ele foi adotado em 1582 pelo Papa Gregório XIII, com o objetivo de determinar corretamente a data da Páscoa. Veja que mesmo antes de existir o telescópio as observações astronômicas já eram bastante precisas para conseguir saber a duração exata do ano.

Retirado de: http://www.observatorio.ufmg.br/pas39.htm ; http://www.cdcc.usp.br/cda/ensino-fundamental-astronomia/parte3b.html#onc (consultado em 14/10/09, às 11h22min).

ESTRATÉGIA

Nesta aula será usada uma atividade de observação do céu e consulta do nosso calendário, com discussão do assunto e investigação da história da criação dos calendários.

DESENVOLVIMENTO

Atividade Experimental – Observando o céu

Professor, antes de iniciar o assunto sobre os calendários, peça que os alunos, em casa, por duas semanas, observem o céu durante a noite e durante o dia, comparando os dois e verificando as diferenças. Peça que anotem no caderno o que observaram, especialmente a Lua durante a noite e a posição do Sol durante o dia.
Após estas duas semanas de observação, peça aos alunos que tragam de casa um calendário anual usado no Brasil, para ser discutido durante a aula.

Discutindo sobre o assunto

Pessoal, quem aqui sabe o dia de seu aniversário?

É provável que todos os alunos falem os dias de seus aniversários neste momento.

E hoje, que dia é da semana?
Como vocês sabem tudo isso? O dia da semana, o dia do aniversário...
- Porque tem no calendário.
- Porque foi o dia em que nasci.
Imaginem marcar uma festa do seu aniversário sem o calendário. Cada dia poderia ser diferente para cada pessoa, não é mesmo? Foi preciso padronizar um calendário para o mundo todo.
Tudo isso foi definido há muito tempo, com a criação dos primeiros calendários. Foi uma forma de as pessoas marcarem a passagem do tempo.
Agora peguem o calendário que vocês trouxeram e vamos observá-lo. O que ele nos diz?
Sugestões de respostas:
- Tem os dias da semana e os meses do ano.
- Tem feriados, pra gente descansar...
O professor pode dizer:
Observem: é só isso que ele tem? Será que não tem mais nada? Vejam se mostra as fases da lua. Quantos dias tem cada mês?Respostas possíveis:
- O meu calendário tem umas figuras de lua em alguns dias.
- O meu não tem não.
- Tem meses com 30 dias, outros com 31, e um tem 28 dias.
O professor pode dizer:
Como os seres humanos definiram que o ano deveria ser marcado desta forma? Por que há diferentes figuras de lua em alguns calendários?

Professor, neste momento, entregue impresso para cada aluno um texto retirado da Revista Ciência Hoje das Crianças, contando a história dos nossos calendários. Este texto pode ser trabalhado também pela disciplina História (interdisciplinaridade). Peça aos alunos que façam uma primeira leitura silenciosa, marcando as palavras desconhecidas, para consulta posterior ao dicionário. Se necessário leia o texto para a turma, retomando informações que as crianças não conseguiram compreender.

CONTANDO OS DIAS
Entenda como surgiram os calendários e como eles evoluíram até sua forma atual


Se cada um tivesse seu próprio jeito de contar os dias, o mundo seria uma loucura! Por isso, fica impossível imaginar nossas vidas sem os calendários. Mas como será que eles surgiram? Um dos primeiros calendários de que se tem notícia é o romano (embora o homem já tivesse meios de se orientar no tempo antes disso). Diz a lenda que ele foi criado por Rômulo, primeiro rei de Roma, no ano 735 a.C.

O calendário romano se baseava no ciclo lunar e tinha 304 dias divididos em 10 meses -- seis com 30 dias e quatro com 31. Naquela época, a semana tinha oito dias e só passaria a ter sete no ano 321 d.C. Foi Rômulo quem nomeou os primeiros quatro meses do calendário romano de martius, aprilis, maius e junius. Os meses seguintes foram simplesmente contados em latim: quintilis, sextilis, septembre, octobre, novembre e decembre.

Como esse calendário não estava alinhado com as estações do ano, que duram cerca de 91 dias cada uma, por volta do ano 700 a.C., o rei Numa, que sucedeu Rômulo no trono, decidiu criar mais dois meses: janus e februarius. Embora as estações estejam ligadas ao ciclo solar, o novo calendário romano continuou a seguir o ciclo lunar, mas passou a ter 354 dias (seis meses de 30 dias e seis de 29).

Durante o império de Júlio César, por volta do ano 46 a.C., o calendário sofreu mais mudanças. Os senadores romanos mudaram o nome do mês quintilius para Julius, para homenagear o imperador. O calendário passou a se orientar pelo ciclo solar, com 365 dias e 6 horas. O chamado calendário juliano foi uma tentativa de entrar em sintonia com as estações.

Foi criada uma rotina em que por três anos seguidos o calendário deveria ter 365 dias. No quarto ano, ele passaria a ter 366 dias, pois, após quatro anos, as 6 horas que sobravam do ciclo solar somavam 24 horas, isto é, mais um dia. Estava estabelecido o ano bissexto. Além dos meses alternados de 31 e 30 dias (exceto fevereiro, que tinha 29 dias ou 30 em anos bissextos), passou-se a considerar janeiro, e não março, o primeiro mês do ano.

Mais tarde, quando o mês sextilius passou a ser chamado de Augustus, decidiu-se que o mês em homenagem ao imperador Augusto não poderia ter menos dias que o mês dedicado a Júlio César. Um dia de februarius foi então transferido para Augustus -- por isso hoje o mês de fevereiro tem 28 dias (ou 29 em anos bissextos). Para evitar que houvesse três meses seguidos com 31 dias, o total de dias dos meses de septembre a decembre foi trocado: setembro e novembro ficaram com 30 dias, outubro e dezembro com 31.
No fim do século 16 descobriu-se que o ciclo solar não tinha 365 dias e 6 horas redondas e sim 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 16 segundos. Com alguns ajustes, passou a vigorar o calendário gregoriano (introduzido por ordem do papa Gregório XIII), usado hoje em quase todo o mundo. Só que os astrônomos do nosso tempo concluíram que, na verdade, o ano tem 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46,04 segundos! Mais uma pequena mudança (só são bissextos os anos de virada de século que divididos por 9 levem um resto igual a 200 ou 600 -- por isso o ano 2000 foi bissexto) e chegamos ao modelo atual de calendário. E assim vamos contando nosso tempo...

Adaptado do artigo originalmente publicado em Ciência Hoje das Crianças 94 escrito por: Romeu C. Rocha-Filho e Mario Tolentino, Departamento de Química, Universidade Federal de São Carlos.

Retirado de: http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2852 (consultado em 14/10/09, às 11h56min).

Interpretando o texto

Professor, inicie com a discussão das informações apresentadas no texto.

-De acordo com o texto, quem criou o primeiro calendário?
-Antes do calendário o ser humano tinha outras formas de se orientar no tempo? Quais eram essas formas?
-Os calendários são baseados em quê?
-Durante duas semanas vocês observaram o céu e puderam notar que a Lua muda de forma, não é mesmo?

Ouvir as idéias dos alunos e explicar a eles que esses são fenômenos naturais (fases da Lua e ciclo Solar – dia/noite) facilmente observáveis.
A passagem do dia era marcada pela presença (claro) e pela ausência (escuro) do Sol. Já as semanas foram marcadas através das fases lunares. A Lua apresenta quatro fases: minguante, cheia, crescente e nova. Ela demora, como vocês viram no calendário, cerca de sete dias cada fase, mudando de forma a cada dia. Observando o céu durante a noite eles começaram a contar quanto tempo levava para que uma fase se repetisse e chegaram a conclusão de que uma nova fase da Lua se iniciava após 7 dias.

-E os meses do ano, como foram definidos?

Ouvir as idéias dos alunos e se necessário explicar que o ano era marcado pelas estações do ano. As pessoas começaram a observar que o período de chuvas, seca, das flores se repetia e que ocorria após certo número de fases lunares. Assim era considerado o ano completo quando uma nova estação se repetia.
Com o passar do tempo e com as descobertas de como ocorriam os movimentos terrestres, eles começaram a adaptar os calendários até chegar ao que conhecemos hoje.
E como eles já sabiam como contar o tempo, decidiram dar nomes e agrupar esses períodos para facilitar seu uso por todos.
Os meses foram agrupados, inicialmente, de acordo com as quatro fases lunares. E os nomes dos meses em homenagem a reis ou simplesmente a contagem dos números. Assim os dias da semana receberam os nomes dos astros visíveis no céu a olho nu. Na antigüidade podiam ser vistos sete astros no céu e que não eram estrelas; o Sol, a Lua, e cinco planetas: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.

ASTROS ESPANHOL ITALIANO INGLÊS PORTUGUÊS
Sol Domingo Domenica Sunday Domingo
Lua Lunes Lunedi Monday Segunda-feira
Marte Martes Martedi Tuesday Terça-feira
Mercúrio Miércules Mercoledi Wednesday Quarta-feira
Júpiter Jueves Giovedi Thursday Quinta-feira
Vênus Viernes Venerdi Friday Sexta-feira
Saturno Sábado Sabato Saturday Sábado
Recursos Complementares

Professor, como recurso adicional da aula sugerimos a apresentação de um vídeo sobre o ano bissexto e a criação do nosso calendário.
Espaçonave Terra - SEMANA 09 - ANO BISSEXTO; NOÇÕES DE CALENDÁRIO: http://www.youtube.com/watch?v=Jb73Q7jUeQw (consultado em 14/10/09, às 13h28min).

Avaliação

Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos. Por isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante a investigação, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica, no decorrer da aula. Feitas estas considerações, propomos mais um momento para que os alunos sejam avaliados.
Proponha aos alunos algumas questões para serem respondidas em casa ou em sala, podendo esta atividade ser feita em dupla na sala:

1. O que você escolheria fazer se não fosse mais preciso seguir horários? Como usaria o tempo de um dia?

2. Imagine: todos os relógios do mundo desapareceram. O rádio e a televisão não informam mais as horas... Como você faria para combinar a hora de encontrar seus amigos?

3. Hora certa para cada coisa, cada coisa em certa hora... E se não houvesse mais hora marcada para acordar, almoçar, ir para a escola, dormir? O que você acha que aconteceria?

4. Muito antes de existirem relógios e calendários, como será que as pessoas marcavam o tempo?

5. O Sol é importante para marcar os horários de suas atividades ao longo do dia? Por quê?

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