• Reconhecer sílabas e rimas.
• Avançar na compreensão das relações entre os sons da língua e sua representação da escrita.
• Ler pequenas frases com fluência.
• Participar das interações em sala da aula, expondo suas opiniões nos debates com os colegas e com o professor (desenvolvimento da oralidade);

Para maior agilidade dessa aula é importante que os alunos tenham noção da diferenciação entre as letras e os demais símbolos, como números e desenhos.

I- Primeiros contatos: ouvindo a música

Professor, inicie fazendo tocar a música “Gente tem sobrenome” de Toquinho e Elifas Andreato, CD: Canção dos direitos das crianças. Ela pode ser acessada no site: http://www.letras.com.br/toquinho/gente-tem-sobrenome. Deixe os alunos interagirem com a música de forma livre: alguns se sentirão mais tocados pelos sons, pelos instrumentos do que pela letra e expressarão com movimentos corporais, o que não devem ser reprimido. Em uma segunda audição solicite à turma que fiquem atentos à letra. Ao final incentive-os a repetir palavras ou parte da música que entenderam. Provavelmente conseguirão repetir alguns nomes de coisa e pessoas citadas nela. Em roda, instigue a curiosidade dos alunos levantando questões tais como: a partir dessas palavras que ouviram na música, quem se arrisca a dizer qual é o assunto dessa música? Qual será o título dela?
Incentive para que cada um expresse sua opinião. Deixe em suspenso, mesmo se acertarem. Em seguida distribua para cada aluno uma folha com a reprodução da letra da música, solicitando que ouçam novamente, acompanhando sua letra na folha.     
                   

II- Compreendendo a letra da música e identificando palavras e rimas

Faça uma conversa coletiva sobre a compreensão que tiveram da música. Você pode iniciar chamando a atenção para a primeira estrofe da letra que se repete em quase todos os versos: “todas as coisas têm nome”. Pergunte se concordam com essa frase, solicitando que identifiquem, por exemplo, o que têm em comum os nomes citados na segunda estrofe, assim como na terceira e quarta estrofes.
Questione a turma sobre a diferença que os autores fazem entre essas coisas - flores, comidas, brinquedos - e as pessoas (ou a “gente” nas palavras da música). Leve-os a identificar essa resposta na 3ª e 4ª estrofes dos versos da música: “coisas não tem sobrenome, mas a gente sim”. Solicite, então, que encontrem exemplos de nomes e sobrenomes de pessoas. A partir dessa discussão em que você, professor, deve incentivar a todos seus alunos que expressem sua opinião, conduza a turma para a conclusão de que ter nome e sobrenome é um direito de todas as pessoas. Assim como os apelidos são formas carinhosas de se chamar pessoas que conhecemos.
Chame a atenção para as rimas, ou seja, para como os autores, em cada verso, escolhem palavras ou nomes que tem sons e terminação igual ou parecida, tais como “nome” e “sobrenome”, jardim, jasmim, pudim, patins e sim; ou, ainda: também, bem e Belém. Leve-os a perceber que essas terminações semelhantes nas palavras já dão certa sonoridade à letra da música. Aqui você poderá chamar a atenção das crianças no sentido de que quase sempre é “um pedaço da palavra” (a sílaba) que rima, ou seja, que tem o som igual ou parecido e que é escrita de forma igual ou parecida. Algumas dessas palavras poderão ser escritas no quadro para facilitar essa exploração.
Para finalizar coloque a música para tocar mais uma vez, solicitando que os alunos a acompanhem, cantando junto.

III- Escrevendo nossa própria música:

 Relembrando os nomes da música, relacionando com outros nomes mais familiares à turma.

Inicie a aula, pedindo que os alunos pensem na música estudada na aula anterior “Gente tem sobrenomes”.
Peça que um aluno lembre o nome de uma coisa citada pela música, se ele mencionar o nome de um brinquedo, por exemplo, solicite a outros alunos que falem nomes de brinquedos, mas agora diferentes dos que foram citados na música. Faça outras solicitações nesse sentido com os nomes de flores, de comidas que mais gostam. Peça também que digam apelidos (se tiverem), nomes e sobrenomes dos colegas, professores e/ou familiares.
Converse, então, com os alunos que os autores provavelmente escolheram para co mpor sua música aqueles nomes de brinquedos, flores, comidas e pessoas mais conhecidos ou que mais gostam. A partir dessa constatação convide a turma para adaptar a letra de Toquinho e Elifas Andreato, compondo outra mais relacionada à turma.
Professor, de acordo com o nível de sua turma, você pode deixar os alunos mais livres para fazerem diferentes adaptações, a partir da letra original, que deve estar sobre a mesa para ser consultada. Você pode, também, entregar à turma uma folha em que algumas palavras da letra original foram suprimidas para que os alunos possam trocar por outras mais relacionadas ao seu universo . Oriente-os para escolherem palavras que possam criar outras rimas nos versos.

 Veja um exemplo dessa adaptação:

LEIA O TEXTO DA MÚSICA QUE VOCÊ JÁ TEM NO CADERNO.
SIGA O EXEMPLO DELA PARA ESCREVER SUA PRÓPRIA LETRA, COMPLETANDO OS ESPAÇOS COM NOMES DIFERENTES DOS QUE TEM NA MÚSICA DE TOQUINHO E ELIFAS ANDREATO.

                              _________________________

TODAS AS COISAS TÊM NOME,
________________,__________________ E _______________.
COISAS NÃO TÊM SOBRENOME,
MAS A GENTE SIM.
TODAS AS FLORES TÊM NOME:
____________,________________ E _______________.
FLORES NÃO TÊM SOBRENOME,
MAS A GENTE SIM.

O_______________ É________________, _____________ É ___________,
O _______________ FOI ________________ TAMBÉM.
ENTRE AS QUE SÃO LUÍZA
TEM UMA LUIZA  __________,_____________
E UMA OUTRA QUE É____________.
QUEM TEM APELIDO,
___________, ________________,_______________E A ____________.
TEM SEMPRE UM NOME E DEPOIS DO NOME
TEM SOBRENOME TAMBÉM.
TODO BRINQUEDO TEM NOME:
_____________,_________________________, E __________________.
BRINQUEDOS NÃO TÊM SOBRENOME,
MAS A GENTE SIM.

COISAS GOSTOSAS TÊM NOME:
___________, ________________ E QUINDIM.
DOCES NÃO TÊM SOBRENOME,
MAS A GENTE SIM.

RENATO É ARAGÃO, O QUE FAZ CONFUSÃO,
CARLITOS É O CHARLES CHAPLIN.
E TEM O VINÍCIUS, QUE ERA DE MORAES,
E O TOM BRASILEIRO É JOBIM.
QUEM TEM APELIDO, ZICO, MAGUILA, XUXA,
PELÉ E HE-MAN.

TEM SEMPRE UM NOME E DEPOIS DO NOME
TEM SOBRENOME TAMBÉM.

Para facilitar a escrita nos espaços corretos você pode solicitar aos alunos que numerem as linhas/estrofes dos versos da  música. Isso facilitará a ajuda entre os alunos e a correção coletiva. Para a correção sugerimos que copie a letra da música no quadro negro, e solicite que vários alunos venham até ele preencher as lacunas. Incentive-os a criar outro título, que também seja adequado ao tema da música. Lembre-os que cada um pode ter escolhido diferentes nomes de brinquedos e coisas, gostosas, por exemplo, para compor sua música e, que, apenas, devem copiar do quadro aquelas palavras das lacunas que não conseguiram preencher individualmente.

                         Imagem elaborada pela autora

Para finalizar a aula solicite que alguns alunos leiam como ficou sua letra de música. Para que todos os alunos possam ler você pode solicitar, também, que cada um leia um verso da letra.

Para enriquecer e aprofundar sua aula chame a atenção da turma para o nome do CD que a música “estudada faz parte: “Canção dos direitos das crianças”. Apresente também para turma, o livro “os direitos da criança segundo Ruth Rocha” da editora Companhia das letrinhas, lendo alguns trechos do livro ou organizando para que cada aluno leve-o para casa e conheça-o juntamente com sua família. Para saber mais sobre esse livro acesse o site: http://www.companhiadasletras.com.br

Professor sugerimos que observe o progresso dos alunos em relação aos objetivos propostos. Nesse sentido, analise se a turma, em geral, e cada aluno, individualmente, está se desenvolvendo quanto sua capacidade de reconhecer sílabas e rimas. Você deve ficar atento se as crianças estão desenvolvendo sua habilidade de escrita e leitura de palavras. Observe se estão progredindo também na fluência da leitura.