Trabalhar a capacidade de observação e identificação de paisagens, partindo do pressuposto de estar estabelecendo as relações de identificação de conceitos através de imagens, de realidades, ou seja, através do concreto.

3 aulas de 50 minutos.

Saberes e conhecimentos de paisagens, imagens e vegetações.

1ª aula:
Caro professor, na primeira aula será trabalhado com os alunos suas concepções prévias a cerca do tema cerrado, o que é, onde há esse tipo de vegetação, se eles a reconhecem em algum lugar, se ela está presente em seu meio...

Mas antes de direcionar sua prática a uma aula expositiva, e antes de começar a oferecer ou “cobrar” conceitos, seria interessante partir de um trabalho com o visual, onde o professor seleciona previamente imagens diversas, relacionadas a vegetação, ao cerrado, especificamente, para serem expostas aos alunos, onde através da visualização do concreto ele – o professor, irá partir para a aplicação dos conceitos. E dessa forma a aula é iniciada com uma outra dinâmica, onde os alunos poderão em cima das imagens falarem sobre os tipos de árvores que já viram, os estereótipos que conhecem, os Estados onde acham que o cerrado é uma ou a vegetação predominante... E em cima disso o professor parte para a aula expositiva, onde no decorrer de sua explanação ele irá esclarecendo dúvidas, instigando perguntas... Proporcionando a todo momento a participação grupal, o diálogo entre os seus alunos, entre si e com ele.
Depois de feita essa aula expositiva, pode –se propor que os alunos se separem em pequenos grupos, para que possam confeccionar cartazes com as gravuras que viram, e outras que eles mesmos podem escolher em revistas, jornais, ou materiais que tenham a sua disposição, para que possam ilustrar e depois apresentar para os colegas, como uma forma de universalização dos conceitos e aprendizagens que foram por eles adquiridas.

 

(Flor do cerrado)

2ª aula:

Caro professor, mais uma vez focando a participação e a integração coletiva entre os diversos saberes e pensares, e também a dinamização das aulas, leve a proposta de uma batata – quente,  tendo como base a aula anterior onde foram esclarecidos conceitos, dados exemplos, e contando também com o apoio de recursos didáticos, por exemplo mapas, onde os alunos podem identificar estados onde há cerrado, gravuras... E para sair um pouco da proposta mais convencional de batata - quente, ao invés de  colocar dentro da batata, perguntas, coloque curiosidades a cerca do cerrado, onde os alunos  poderão estar mais uma vez fixando o que viram na primeira aula, e principalmente, descobrindo coisas novas...

  Como proposta das curiosidades para serem postas dentro da “batata” que será passada entre eles sugiro:

- O cerrado é a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km⊃2;, abrangendo dez estados do Brasil Central. Hoje, restam apenas 20% desse total.
-Árvores características: Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas.
-As estações mais características do cerrado são: Inverno seco e verão chuvoso.
-Tipo de solo: solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal.
-Relevo: Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos planaltos.
-Espécies vegetais que caracterizam o cerrado: barbatimão, pau-santo, gabiroba, pequizeiro, araçá, sucupira, pau-terra, catuaba e o indaiá.

Questões que possam estimular os alunos a falarem, exporem seus exemplos... Curiosidades que despertem neles interesse em dizer que já viram ou ouviram falar sobre uma dessas espécies de vegetais, de relevos...

3ª aula:
Caro professor, para essa última aula proponho uma saída de campo.
Depois de já ter uma base teórica, ter visualizado, identificado, fixado informações, conhecido coisas novas, nada melhor do que poder concretizar mais ainda o que foi visto em sala de aula, do que um passeio, passeio esse que pode ser feito, aqui no DF, no Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral.

Parque esse que expressa perfeitamente tudo aquilo que foi discutido em sala. Lá tem a trilha da capivara, que é uma trilha bem fácil de ser feita, com uma duração de cerca de 20 minutos, e onde as crianças poderão mais do que nunca visualizar a vegetação do cerrado.

(Trilha da Capivara)

Deve ser feita uma autorização pelos pais para que as crianças possam ir. Elas devem ir todas com roupas leves, porém confortáveis, e devem levar um bloquinho, para que possam fazer anotações, caso queiram, isso é algo que fica a critério de cada um, pois a proposta é que seja um passeio divertido, lógico, com um cunho pedagógico, no entanto, a escrita determinada as vezes pode “tirar” o foco de “passeio", que por ser um passeio escolar sempre foca na aprendizagem, mas creio que a aprendizagem nesse momento pode ser mais livre, entre eles, onde o professor vai estar atuando como mediador, onde pode está mostrando na própria vegetação coisas que ele falou em sala de aula, ou seja, a concretização do conceito que foi passado em sala de aula. As árvores nessa trilha possuem identificação, nomes, placas coladas em todas elas, para que facilite a identificação das espécies.
Ao término do passeio, pode ser proposto que os alunos façam um desenho, um pequeno texto, uma expressão livre, uma significação de tudo o que aprenderam nas aulas, partindo especialmente daquilo que foi atribuído significado pra eles em termos de aprendizado.

Essa aula pode ser adaptada para qualquer Estado, onde ao invés de cerrado, pode ser usada a vegetação típica do lugar, para que possa ser possível de realização a proposta da saída de campo.
 

O aluno poderá ser avaliado por meio da sua participação nas atividades propostas no decorrer das três aulas. Na primeira aula a participação na confecção dos cartazes e na apresentação destes para a turma; Na segunda aula a problematização feita em cima das curiosidades da batata – quente; E na terceira aula a sua significação feita sobre todo o processo, o desenho, o texto, a forma como escolheu se expressar. Dando foco principalmente no processo de significação feito pela criança com a experiência das aulas.