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O Tupi-Guarani na Língua Portuguesa

 

29/11/2009

Autor e Coautor(es)
CRISTIANE NERI HORTA
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Edna Maria Santana Magalhães

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral: escrita e produção de texto
Educação Escolar Indígena Línguas Desenvolvimento da linguagem oral
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: usos e formas
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Análise linguística
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de produção de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: historicidade da linguagem e da língua
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Análise e reflexão sobre a língua
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua oral: usos e formas
Educação Escolar Indígena Línguas Desenvolvimento da linguagem escrita
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

A partir das aulas que serão propostas, espera-se que os alunos sejam capazes de:

Desenvolver uma interpretação de textos diversos e relacioná-los entre si.

Empreender pesquisa sobre a presença de vocábulos de origem indígena na Língua Portuguesa.

Reconhecer os vocábulos indígenas mais usados na Língua Portuguesa e seus significados.

Produzir um jogo com as palavras indígenas usadas com mais frequência na Língua Portuguesa.

Conhecer e utilizar com autonomia as estratégias de textualização do discurso injuntivo (usos de tempos verbais, escolhas lexicais), na compreensão e na produção de textos.

Retextualizar discursos injuntivos orais em discursos injuntivos escritos, ou vice-versa.

Recriar textos injuntivos lidos ou ouvidos em textos do mesmo gênero ou de gênero diferente.

Usar, na produção de textos ou sequências injuntivas orais ou escritas, recursos de textualização adequados ao discurso, ao gênero, ao suporte, ao destinatário e ao objetivo da interação.

Instigar os alunos a buscarem por si mesmo suas fontes de conhecimento, através da pesquisa e da observação.

Explorar o conhecimento de mundo dos alunos.

Duração das atividades
6 aulas ou encontros de 1 hora e 40 minutos cada
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Domínio razoável das habilidades de leitura e de escrita.

Habilidade de comunicar com concisão as informações de seu interesse.

Domínio do registro linguístico adequado aos propósitos do trabalho proposto.

Reconhecimento da função do uso de um determinado suporte textual.

Identificação, nos suportes, de fontes de informação.

Estratégias e recursos da aula

Aula 1: duas aulas de 50 minutos (1 hora e 40 minutos)

Professor,

Inicie as aulas, dividindo a turma em 8 grupos. A quantidade de grupos equivale ao número dos itens abaixo. Cada grupo responderá e elegerá um redator que registrará as respostas e um relator para a apresentação para os colegas.

O que os alunos sabem sobre a população indígena no Brasil?

1.Número aproximado da população.
2.Localização das tribos indígenas e costumes próprios de cada uma delas.
3.Habitação indígena
4.Hábitos indígenas
5.Crenças e religiosidade
6.Cultura: manifestações artísticas
7.Língua
8.Palavras que foram incluídas no vocabulário da Língua Portuguesa de origem indígena.

Depois, organize um círculo em sala de aula para a apresentação das informações que cada grupo tinha de cada item.

Nesse momento, ouça também as contribuições de outros grupos, caso saibam algum dado relevante.

Não se esqueça de registrar esse momento em cartazes com os títulos das questões e as informações e contribuições de cada grupo nos murais da sala de aula.

Esses registros serão de grande importância para que os alunos comparem ao final das atividades os conhecimentos que tinham e os adquiridos ao longo do processo.

Aula 2: duas aulas de 50 minutos (1 hora e 40 minutos)

Professor,

Convide um professor da área de História e/ou de Geografia para apresentar mais dados sobre os povos indígenas. No caso das escolas indígenas, esse convite pode ser estendido a uma pessoa mais velha da aldeia e que possa contribuir com informações sobre a história de sua tribo e de outras vizinhas. Lembrar que a tradição oral é muito forte e deve ser retomada para que se faça um registro do povo e da sua identidade cultural. Por isso, é importante que o material produzido nessas aulas seja gravado em áudio e imagens. Esse material pode ser usado para a produção de textos que poderão, inclusive, servir como um acêrvo documental sobre a tribo e outros povos com quem mantenham contatos distintos (outras tribos indígenas, a população de brancos em zonas rurais e urbanas se for o caso). A história de um povo deve ser TAMBÉM REGISTRADA por escrito, principalmente, se considerarmos a velocidade com que as informações circulam a nossa volta.

Se houver alguma escola indígena que tenha aulas de português próxima de uma cidade, os professores poderiam combinar de desenvolver um trabalho conjunto. Seria um momento bastante rico para alunos e professores de ambas as escolas. Avalie essa possibillidade de interação entre os alunos e como os recursos pedagógicos e tecnológicos de uma e de outra escola podem ser utilizados de forma a otimizar os encontros. Se for preciso, adapte as estratégias propostas nestas aulas para equacionar as dificuldades de execução do projeto.

Combine com ele(s) uma forma diferente de expor o tema, de forma a instigar a curiosidade dos alunos em relação a esse assunto.

Caso não tenha essa possibilidade, ou se quiser complementar com mais informações, leve a turma ao Laboratório de Informática e apresente aos alunos o conteúdo de um site muito interessante e interativo sobre os povos indígenas. Nele há várias informações e inclusive, muitas das respostas às questões levantadas na aula anterior. Eis o site:


http://maniadehistoria.files.wordpress.com/2009/06/indios.jpg  [Acesso em 15/11/2009]

http://pibmirim.soc ioambien      [Acesso em 15/11/2009]

http://pibmirim.socioambien tal.org/pt-br &nbs p;[Acesso em 15/11/2009]

Peça aos alunos que comparem as informações obtidas através da palestra e/ou pesquisa com os conhecimentos prévios levantados nas primeiras aulas. Além de compararem os dados, acrescente outros coletados durante esses momentos.


Peça aos alunos que comparem as informações obtidas através da palestra e/ou pesquisa com os conhecimentos prévios levantados nas primeiras aulas. Além de compararem os dados, acrescente outros relacionados ao tema.


Aula 3: duas aulas de 50 minutos (1 hora e 40 minutos)

Professor, converse com seus alunos sobre a importância que o povo indígena tem para a história de nosso país. Ressalte a cultura e as palavras que foram incorporadas à nossa língua. Tais informações deveriam ser amplamente divulgadas para que as pessoas, de um modo geral, conhecessem e aprendessem mais com esse povo.

Proponha aos alunos a elaboração de um jogo de perguntas e respostas sobre as palavras em tupi-guarani que foram incorporadas pela Língua Portuguesa, situações de uso dessas e curiosidades que considerem válidas para enriquecer a proposta de criação de jogos. Além de promover o entretenimento, será de grande valia para que as pessoas conheçam a origem e o significado destas palavras. Deixe que os alunos exercitem a criatividade e durante o processo avalie como eles lidam com as informações novas e a relação dessas com outros contextos de utilização.

Divida a turma em duplas ou trios e peça que cada um fique encarregado de selecionar 10 palavras em tupi-guarani mais conhecidas e usadas em nossa língua pátria, elencadas nos sites relacionados na seção "Recursos Complementares".


Obs: Você pode distribuir as letras do alfabeto para o número de duplas ou trios formados.

Peça que, ao escolherem as palavras, anotem seus significados correspondentes. Depois disso, oriente seus alunos a formularem perguntas com as palavras escolhidas inseridas em frases e com três alternativas de múltipla escolha.

Aula 4: duas aulas de 50 minutos (1 hora e 40 minutos)

Professor ,

Agora é hora de escolher o tipo de tabuleiro a ser utilizado para o jogo. Como sugestão, indico o formato de um jogo muito popular, que foi lançado na década de 80 e recebeu várias versões, inclusive esta:

http://www.toymagazine.com.br/images/imagem_grande/jogo_master_junior.jpg [Imagens acessadas em 15/11/2009]

Master Júnior é um jogo com 2000 perguntas que irão desafiar seus conhecimentos sobre diversos temas, como desenhos animados, filmes e esportes. As perguntas estão divididas em três níveis de dificuldade: fácil, médio e difícil. Cada jogador deve responder corretamente a 10 perguntas para ser o vencedor.


Se você tiver um exemplar, mostre aos alunos e deixe na sala de aula para que eles o conheçam jogando no momento do recreio.

Apresente o texto com as regras do jogo que acompanha o tabuleiro aos alunos. Peça que leiam e observem como as regras são construídas, a estrutura frasal , a seleção de tempos verbais utilizados e a própria seleção lexical a ser usada, os elementos que compõem a estrutura desse gênero. Verifique as regras no link abaixo:

 http://www.toymagazine.com.br/pdf/regras_master_junior_grow.pdf [Acesso em 16/11/2009]

Registre as indicações apontadas pelos alunos no quadro de giz e peça que os alunos, em um texto coletivo, elaborem as regras do novo jogo com as palavras em tupi-guarani incorporadas na Língua Portuguesa.

Observação: os jogos aqui podem ser de diferentes naturezas, jogue o desafio para os alunos, inscite-os a projetar um trabalho coletivo dentro dos objetivos propostos por você. Aceite todas as possibilidades de jogos, mas oriente os alunos para algumas prerrogativas a serem seguidas sempre: a função dos jogos, o material a ser utilizado (palavras de origem tupi-guarani em uso na língua portuguesa), o tempo disponível, o público.



Aula 5: duas aulas de 50 minutos (1 hora e 40 minutos)

Professor, convide um colega da área de Belas Artes para auxiliá-lo na criação e confecção das peças, do tabuleiro e da embalagem do jogo. Faça algo com os alunos que remeta ao universo indígena: simples, bonito e artesanal.

Promova a votação do nome do jogo também em sala de aula. Um nome com sua logomarca (desenho gráfico do nome) com referências explícitas ao povo indígena.

Aprveite para trabalhar a questão da logomarca: funções, esquemas de cor, aparência... Promova um concurso para a escolha das marcas - logomarcas para cada proposta de jogo ou o jogo da turma.

Seria interessante que se fizessem mais de um exemplar dos jogos. Agregaria mais participantes nos momentos de lazer.

Aula 6: duas aulas de 50 minutos (1 hora e 40 minutos)

Professor, antes de divulgar o jogo na escola, convide uma turma para testar o(s) jogo(s). Assim, os criadores poderão verificar se as regras do jogo foram bem escritas ao ponto de serem compreendidas pelos participantes. Seria uma estratégia muito boa de avaliação.

 Não se esqueça de pedir aos alunos que falem um pouco sobre os índios brasileiros e as relações estabelecidas entre eles e os "brancos". O compartilhamento de informações ajuda você a organizar e avaliar o que deve ou não ser melhor sistematizado, verificar as relações entre o sabido  antes e os aprenizados nos diversos momentos de socialização e que extrapolações foram eles capazes de fazer.

Se houver alterações a serem feitas nas regras do jogo, peça que os alunos façam-nas ao final da observação realizada no momento do jogo.

Caso não tenham alterações a serem feitas, promova a divulgação do jogo, juntamente com um painel de registros de todas as informações coletadas na pesquisa e/ou palestras. É importante que todos tenham acesso a tudo isso.

Recursos Complementares

Professor,

Para enriquecer su aulas, eis a sugestões de outros endereços eletrônicos para acesso:

http://www.areaindigena.hpg.ig.com.br/dicionario.htm - Dicionário de Tupi-Guarani [Acesso em 15/11/2009]

http://vandehugo.com/2007/09/09/aprenda-tupi-guarani/ - Aprender mais sobre o Tupi-Guarani [Acesso em 15/11/2009]

http://www.suapesquisa.com/indios/nomes_indigenas.htm - Informações sobre o povo indígena Tupi-Guarani [Acesso em 15/11/2009]

http://pibmirim.socioambiental.org/pt-br - Site interativo sobre os povos indígenas no Brasil [Acesso em 15/11/2009]

http://atomo.blogspot.com/2009_06_03_atomo_archive.html - Informações sobre o jogo Master e suas variações [Acesso em 15/11/2009]

Avaliação

Professor,

Compare as relações feitas pelos alunos entre as regras de se escrever um jogo e a produção escrita de cada cartão. Avalie como eles fazem essas relações, que elementos dos textos são abordados e quais as contribuições extras que eles possuem. Verifique a qualidade das informações existentes, como se dá a vinculação gramatical (coesão) e semântica (coerência) no texto. 
Discuta, individualmente, o que poderia ser alterado, caso fosse necessário, para que o texto ficasse mais adequado à proposta sugerida. Peça aos alunos que façam uma análise dos aprendizados que acham ter desenvolvido ao longo desse trabalho e o que deveria ser ainda melhor desenvolvido. Que sugestões teriam para o êxito nos próximos trabalhos? Em relação ao desempenho escrito, quais as dificuldades detectadas por eles?

Diante desses aspectos apontados pelos alunos, estabeleça uma linha de intervenção e de orientação para ajudar na melhoria da escrita dos alunos. Partir da organização lógica das idéias, coesão e coerência do gênero textual produzido por eles. Por fim, verificar os aspectos predominantes da língua formal e as variantes linguísticas, presentes nesse tipo de texto.

Se houve o intercâmbio com escolas indígenas, rurais e urbanas como esse intercâmbio contribuiu para a produção do conhecimento entre os alunos? Que produtos efetivos os alunos e vocês professores conseguem verificar? O que de fato é a realidade da história dos índios e o que não aparece nos dados documentais pesquisados? Incite os alunos a pensarem sobre a confiabilidade dos ditos "fatos históricos" na sua relação com os depoimentos, por exemplo, dos mais velhos das tribos indígenas...

Opinião de quem acessou

Cinco estrelas 3 classificações

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Opiniões

  • Maria das Dores Oliveira Freire, Escola Municipal Antônio Amâncio de Melo Bastos , Alagoas - disse:
    Mennottifreire@gmail.com

    24/05/2010

    Cinco estrelas

    Sem dúvidas a aula é bastante interessante. Trabalha-se a interdisciplinaridade, o raciocínio rápido dos alunos, a memorização dos dados sobre o assunto e estimula a curiosidade. É uma maneira prazerosa e que torna a aula bonita e satisfatória. Parabéns!


  • Valdete Bettini, CE Brant Horta , Rio de Janeiro - disse:
    valgb11@hotmail.com

    06/04/2010

    Cinco estrelas

    Excelente!


  • Orminda Melgueiro da Silva, Escola Estadual Santa Isabel , Amazonas - disse:
    omelsilva@gmail.com

    24/03/2010

    Cinco estrelas

    Achei esta proposta maravilhosa pois já trabalhei numa escola onde há o ensino da língua indígena como os pais valorizam foi um trabalho lindo de resgate à cultura local. quero implantar esta proposta na escola de Santa Isabel.


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