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Trabalhadores do café

 

18/11/2009

Autor e Coautor(es)
CLAUDIA MATOS PEREIRA
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JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

Nelson Vieira da Fonseca Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Geografia Urbano e rural: modos de vida
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Apreciação significativa em arte visual
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Os objetivos principais a serem alcançados com alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, com estas aulas são:
• Conhecer um pouco sobre a vida do artista Portinari e entrar em contato com algumas de suas obras;
• Refletir sobre os modos de vida urbano e rural, sob as condições de trabalho do homem do campo;
• Estabelecer algumas relações entre as obras do artista e a realidade do povo brasileiro;

• Motivar os alunos a realizar um trabalho que expresse sua concepção e visão do trabalhador rural.

Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Esta aula poderá foi aplicada a alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, podendo também ser ministrada a outras séries, conforme o critério estabelecido pelo professor. Não há pré-requisito para o seu desenvolvimento com os estudantes, mas sugiro que o professor previamente, verifique outra aula de minha autoria: "Meninos de Juiz de Fora", no Portal do Professor, que possui outro viés de observação sobre Portinari, com links diferentes para um maior aprofundamento e que poderá, conforme a proposta do educador, ser ministrada para os alunos, antes desta.

Uma outra sugestão seria trabalhar este tema em Artes de forma interdisciplinar com o professor de Geografia, que estiver abordando os modos de vida urbano e rural, procurando estabelecer os contrastes entre as realidades.

Estratégias e recursos da aula
   

Aula 01: Conhecendo um pouco Candido Portinari

O professor pode iniciar sua aula apresentando o artista e narrando fatos de sua vida, conforme o livro indicado "Candido Portinari (Mestres das artes no Brasil)". Os alunos poderão seguir o histórico da vida da artista e acompanhar as imagens de suas obras em cada período.

(Este livro foi adotado pela escola e adquirido pelos alunos, que fizeram a doação dos exemplares para a biblioteca do departamento de artes do colégio). Desta forma, diversos alunos de outras séries também podem usufruir das obras coletivamente, o que enriquece muito as possibilidades visuais das aulas.

O professor deve dialogar com os alunos sobre as obras que despertarem maior interesse, explicando as influências do contexto de vida do autor na expressividade do sentimento de brasilidade em seus quadros.

Poderá passar os seguintes vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=378UDVESCxQ&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=rdbjZhl3gGg&feature=related

Refletir com os alunos sobre a realidade do trabalhador brasileiro, as relações de trabalho, como atualmente vive o homem do campo e traçar paralelos entre os trabalhadores rurais apresentados nas obras do artista com as idéias que os alunos têm em mente sobre o trabalhador rural.

"Vim da terra vermelha e do cafezal.
As almas penadas, os brejos e as matas virgens
Acompanham-me como o espantalho,
Que é o meu auto-retrato.
Todas as coisas frágeis e pobres
Se parecem comigo" .


Candido Portinari

Fazer uma reflexão sobre esta fala de Portinari e logo a seguir, distribuir aos alunos o encarte que vem dentro do livro com a imagem desta obra abaixo, para que depois, em grupos, possam analisar a imagem com maior atenção.

Refletir com os alunos a respeito das características pictóricas e plásticas da obra.

Da página 3 a 7 do livro supracitado, temos uma análise de fácil compreensão para as crianças.

Este quadro - "Café", de 1935, foi feito em óleo sobre tela, 130 X 195 cm e encontra-se no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.

Esta obra foi muito importante na carreira do artista, conferindo-lhe uma premiação nos Estados Unidos.

"A obra revela claramente um Portinari preocupado com a vida dos trabalhadores rurais. A rotina do trabalho, as roupas, as dificuldades, tudo ficou registrado. O artista mostra o ambiente rural, uma fazenda de café. Porém, mais do que tudo, ele nos faz perceber o árduo trabalho do campo. Observe a cor marrom predominante na tela. Não há céu, não há horizonte... Há, sim, uma fila interminável  de trabalhadores. Podemos até imaginar seus movimentos".

Veja os comentários sobre alguns detalhes da pintura na página 05 do livro:

Há somente um rosto à mostra, no lado direito da obra. 

É muito importante dialogar com os alunos a respeito destas observações feitas.

"Na Fazenda Santa Rosa, onde morava, observava os colonos trabalhando na roça, principalmente seus pés, largos, com dedos enormes e fortes. E pensava: 'Quando eu for grande, quero ter pés fortes, poderosos como os deles...'"

Atividade - Desenho:

Motivação: o professor deverá perguntar-lhes se eles já tiveram contato com o ambiente rural, trabalhadores que lidam com plantio, colheita, gado ou criação em sítios, etc.  Verificar o universo de conhecimento da turma a este respeito. A partir daí, distribuir folhas de papel camurça na cor marrom (que nos lembra o tom do pó de café) e orientá-los a desenhar um trabalhador, com sua imaginação, ou com a memória ou até mesmo poderão recriar  imagens inspiradas nesta obra do artista.

O desenho inicial deverá ser feito em lápis grafite no verso da folha de papel camurça, no lado branco (lado avesso). Assim, o aluno poderá apagar o desenho sem problemas.

Com o esboço inicial pronto deverá seguir as orientações da próxima aula - aula 02.

Observe as imagens a seguir:

Aula 02 e Aula 03: Utilização de giz de cera e giz de quadro colorido sobre o fundo marrom do papel camurça

Fase 1: Desenho branco sobre marrom

Com o esboço pronto, o aluno deverá reforçar com o lápis os traços de contorno, fazendo maior pressão sobre o papel, tomando cuidado para não rasgá-lo.
Desta forma, seu desenho aparecerá do lado preto suavemente, de forma oposta. O professor deverá orientar os alunos a passarem o lápis de cor branco sobre os traços principais do desenho no lado preto do papel camurça, podendo também ser feito com a ponta fina de um giz de cera branco.

Veja algumas imagens abaixo:

Fase 02: Colorido com giz de cera e giz de quadro.

O professor deverá explicar aos alunos as diferenças do colorido com o giz de cera e com o giz de quadro sobre a superfície do papel camurça. Ela se torna aderente ao giz de quadro, permitindo o esfumaçado, quando o aluno esfregar o dedo sobre um traço ou região. Já o giz de cera fixa a cor sobre o papel com maior aderência e não permite gradações de tom. O aluno deverá combinar as duas possibilidades no mesmo trabalho.
O fundo marrom possibilita maior expressividade das cores.
Logo abaixo estão algumas imagens dos trabalhos realizados pelos alunos.

Montagem de uma exposição: O professor poderá pedir ajuda aos alunos na montagem da exposição dos trabalhos, sugestões de local, disposição dos trabalhos, organização, texto explicativo da proposta, etc. Para tal, terá oportunidade de analisar o envolvimento da turma neste momento.

Recursos Complementares

Alguns sites para pesquisa:

http://www.portinari.org.br/

http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ndido_Portinari

http://www.culturabrasil.pro.br/portinari.htm

http://www.casadeportinari.com.br/cronologia.htm

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=121

http://www.youtube.com/watch?v=BvN31o_nwuQ

Sugestões de livros:

BARBOSA, Ana Mae (org.) Ensino da Arte: memória e história. São Paulo: Perspectiva, 2008. p.335.


SANTA ROSA, Nereide Schilaro. Candido Portinari (Mestres das artes no Brasil). São Paulo: Moderna, 1999.

MARTINS, Miriam Celeste; GUERRA, M. Terezinha T.; PICOSQUE, Gisa. Didática do Ensino de Arte: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

Avaliação
  • O professor deve estabelecer os critérios de avaliação de forma clara e evidente ao apresentar a proposta de trabalho aos alunos, para que tenham conhecimento do que necessitam desenvolver durante as aulas e consigam atingir os objetivos almejados.
  • As reflexões diante das obras apresentadas, principalmente das obras que retratam os trabalhadores, bem como o desenvolvimento de cada idéia particular devem ser incentivadas pelo professor. O intuito é que o aluno expresse através de seu trabalho, uma idéia própria, sem interferências de opiniões dos colegas e que expressem sua linha de pensamento, sua criatividade e imaginação de uma forma lúdica e que contribua com o processo da Abordagem Triangular de Ana Mae e suas seis possibilidades de articulações nas dinâmicas do Apreciar, Contextualizar e Fazer.
  • O professor deve também ser um incentivador em todas as fases do processo e avaliar o interesse, participação e questionamentos apresentados pelos alunos nas reflexões sobre as obras apresentadas.
  • Deverá acompanhá-los para analisar até que ponto se envolveram com a proposta chegando à criação de um trabalho que possua um vínculo com as obras apresentadas e que retratem uma reflexão sobre o trabalho rural, seus desafios e importância para o desenvolvimento econômico do país.
  • Verificar também a coerência e expressividade de cada idéia elaborada, bem como a participação dos mesmos na elaboração do desenho, da realização de cada trabalho.
  • Analisar a participação e o interesse dos alunos na exposição dos trabalhos.
Opinião de quem acessou

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Opiniões

  • DAIVID ROGER CORREA, Acadêmico do 2° ano de Pedagogia do EAD- CESUMAR. , Paraná - disse:
    daividwicca@hotmail.com

    26/11/2011

    Duas estrelas

    Dentro de uma perspectiva Histórico - Cultural, o plano de aula supra- citado parece ter relevância, porque aborda conteúdos de uma identidade nacional para o estudante, bem como, enfoca aspectos interdisciplinares de geografia com artes visuais, porém, a minha crítica , segundo os estudiosos da Psicologia da Educação, é a de que este mesmo plano de aula, não parte da realidade da criança, o que faz com que muitas vezes, isso gere uma es´pecie de lacuna no ensino- aprendizagem dos educandos.


  • Elianete Ester de L. q. Carius, 0515030 ESCOLA MUNICIPAL IRINEU MARINHO , Rio de Janeiro - disse:
    liacarius@ibest.com.br

    26/10/2011

    Duas estrelas

    Gostei do conteúdo programático, mas e as atividades em sala de aula, onde estão?!


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