Portal do Governo Brasileiro
Início do Conteúdo
VISUALIZAR AULA
 


ONDAS CARIOCAS

 

20/11/2009

Autor e Coautor(es)
CLAUDIA MATOS PEREIRA
imagem do usuário

JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

Nelson Vieira da Fonseca Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Artes Arte Visual: Arte visual como produção cultural e histórica
Ensino Fundamental Final Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

O aluno poderá conhecer um pouco sobre o design das pedras portuguesas do Calçadão de Copacabana, cujas formas são um símbolo de brasilidade com grande significação e projeção no exterior, e que sofreu modificações sob a orientação de Burle Max. Conhecerão também um pouco do ofício dos "calceteiros".

Pesquisarão os hábitos dos cariocas que frequentam o Calçadão, em busca de uma vida saudável, praticando caminhadas, corridas, etc.

Terão a oportunidade de trabalhar em equipes criando suas versões do Calçadão de Copacabana, revelando o espírito que envolve todo o contexto destas ondas contrastantes em preto e branco.

Duração das atividades
6 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Esta aula não possui pré-requisitos para sua realização e foi aplicada às duas turmas de 8º ano do Ensino Fundamental. O professor poderá também utilizá-la para outras séries, conforme seus objetivos e expectativas diante da temática.

Estratégias e recursos da aula

Aula 01 - Admirando o Calçadão de Copacabana

Introdução ao tema

O professor poderá iniciar lendo este pequeno trecho aos alunos:

“Copacabana é um dos bairros mais famosos da cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Localizado na zona sul da cidade, Copacabana tem em torno de 150.000 habitantes de todas as classes sociais e com uma praia em formato de meia-lua e é apelidado de Princesinha do Mar devido a sua aura poética, famosa desde as décadas de 1930, 1940 e 1950. Bairro de boêmia, glamour e riqueza, Copacabana deu origem a muitas músicas, livros, pinturas e fotografias, virando referência turística do Brasil”. Fonte: Wikipédia

O professor deverá conversar com a turma e perguntar quais os alunos que conhecem o Rio de Janeiro, se já estiveram no Calçadão de Copacabana e colher as impressões, se conhecem os desenhos do Calçadão, quais são as idéias que surgem por parte deles quando observam o contraste do preto e do branco.

Apresentar as imagens a seguir:

Calçadão antigo (imagem extraída do site rio-curioso relacionado em recursos complementares)

Alargamento do Calçadão de Copacabana (imagem extraída do site rio-curioso relacionado em recursos complementares)

Detalhe do Calçadão

Passar aos alunos o seguinte texto e realizar a leitura com eles:

O caminho das pedras

“Para calçar a nova avenida, Pereira Passos (...) fez vir de Portugal as pedras (calcita branca e basalto negro) e um grupo de calceteiros. A quantidade enorme e praticamente incalculável dos seixos, além de calçar toda a Avenida Central, que hoje é a Avenida Rio Branco, com desenhos variados, ainda calçou em 1906 a Avenida Atlântica, viabilizando os bairros de Copacabana e do Leme através da abertura do túnel do Leme no início daquele ano. Neste momento, foi criado o enigmático calçadão. As importações de pedras portuguesas feitas por Pereira Passos nunca mais se repetiram. Logo foram identificadas enormes jazidas próximas ao Rio de Janeiro e por todo o Brasil, com destaque para o Paraná. A denominação das pedras permaneceu. O desenho trazido pelos calceteiros portugueses, no entanto, não tinha a volúpia curvilínea dos dias atuais. As curvas das pedras de Copacabana só ganhariam os contornos mais delineados a partir de 1970, com o aumento da faixa de areia, o alargamento das pistas da orla e o trabalho do paisagista, artista plástico e mosaicista Roberto Burle Marx. Este, chamado a refazer o calçamento de toda a extensão da Avenida Atlântica, manteve o desenho original apenas acentuando as curvas do projeto de 1906. No calçadão de Copacabana, o desenho ondulatório, como o mar, fica até hoje demarcado no inconsciente dos visitantes como símbolo internacional. Entrevistas com freqüentadores dos “lados” branco e preto do calçadão nos explicam melhor este simbolismo que atravessa fronteiras. O dia a dia no calçadão Ponto das artes, da esperança, do encontro e da alegria; assim é visto o calçadão de Copacabana por aqueles que o freqüentam.

‘O calçadão é um lugar muito divertido, quem vem diariamente para cá nunca fica triste e quando chega de casa triste, a alegria aparece porque semp re vem um pagodeiro, um palhaço, alguém para chamar a nossa atenção’, diz Isaac Couto, que, atraído pelo grande movimento do local, há 16 anos começou a trabalhar no calçadão como escultor de ar eia e como o S o m b r a, imitando as pessoas que andavam pela orla. Couto não é o único a elogiar o lugar. Segundo o estudante escocês Andrew Mclean, as pessoas simpáticas, receptivas, e os diversos quiosques espalhados pelo calçadão tornam a praia de Copacabana a mais bonita e interessante que já freqüentou”.

O texto acima foi retirado do artigo
CABRAL, Felipe; CIRNE, Rodrigo; MARTINEZ, Amanda; MONTEIRO Danielle. O calçadão de Copacabana - Branco no preto ou preto no branco?Disponível em: http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/media/13%20-%20o%20cal%C3%A7ad%C3%A3o%20de%20copacabana.pdf  Acesso em: 07/11/2009.

 

Logo após, passar dois filmes muito enriquecedores para o desenvolvimento da proposta:

Calceteiros - como se trabalha com as pedras portuguesas:

http://www.youtube.com/watch?v=h6AmnUmPiwo&feature=related


Design do Calçadão:

http://www.youtube.com/watch?v=iZJDYkq75bk&feature=related

Ao final da aula, solicitar aos alunos que tragam imagens de jornais e revistas com figuras humanas que retratem alguma atividade que se possa realizar no Calçadão de Copacabana.

O professor deverá providenciar um grande painel em papelão grosso,  chapa de eucatex, ou de MDF, pintando-a previamente de branco, com tinta latex ou acrílica como base para o fundo. Neste trabalho, reutilizamos uma chapa de isopor muito grossa e antiga, que havia na escola.

Aula 02 e aula 03:

Dividir a turma em três grupos:

O grupo 01 irá desenhar as curvas do calçadão sobre o suporte obtido. Pode-se recortar um molde das curvas em papelão para repeti-lo, com o desenho, diversas vezes por toda a superfície. Quando as curvas estiverem prontas, pintar algumas da cor cinza, intercalando com o branco, conforme a foto abaixo. O professor deverá providenciar tinta acrílica na cor cinza para esta pintura.

grupo 02 irá cortar pedaços de papel cartão preto e branco, simulando a forma das pedras irregulares do Calçadão para, posteriormente, colar em forma de mosaico, sobre a superfície do painel. Para isso, será preciso utilizar a cola branca líquida para a colagem.

O grupo 03 irá recortar as imagens de movimento das figuras humanas pesquisadas e utilizá-las como molde, contornado-as com lápis sobre papel colorido. Desta forma, aparecerão apenas as silhuetas das figuras humanas com cores variadas. Para esta parte do trabalho, o papel colorset poderá ser utilizado com várias cores.

Aula 04 e aula 05:

Os grupos 01 e 02 irão colar os pedaços de papel cartão preto, sobre as curvas brancas e os pedaços de papel cartão branco, sobre as curvas cinza.

O grupo 03 irá fazer uma montagem com as silhuetas já prontas das figuras humanas, contornando-as com cola relevo de cores variadas.

Aula 06:

A turma poderá agora se unir e decidir de maneira conjunta na colagem e montagem das figuras humanas sobre o Calçadão para a finalização do trabalho.

Sugestão: O professor poderá desenvolver vários painéis menores em grupos, de acordo com o número de alunos da turma. Deverá promover uma exposição dos painéis na escola, como forma de valorizar e incentivar os alunos.

Observe o desenvolvimento da proposta nas im agens a seguir:

Veja um painel abaixo, finalizado:

Recursos Complementares

Alguns sites para aprofundamento no tema:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Copacabana

http://rio-curioso.blogspot.com/2009/04/calcadao-de-copacabana.html

Sugestões bibliográficas:

BARBOSA, Ana Mae (org.) Ensino da Arte: memória e história. São Paulo: Perspectiva, 2008. p.335.

MARTINS, Miriam Celeste; GUERRA, M. Terezinha T.; PICOSQUE, Gisa. Didática do Ensino de Arte: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

Avaliação

• O professor deve estabelecer os critérios de avaliação de forma clara e evidente ao apresentar a proposta de trabalho aos alunos, para que tenham conhecimento do que necessitam desenvolver durante as aulas e consigam atingir os objetivos almejados.


• O educador deve ser um incentivador em todas as fases do processo e avaliar o interesse, participação e questionamentos apresentados pelos alunos nas reflexões abordadas em aula. Deverá acompanhá-los para analisar até que ponto os alunos se envolveram com a proposta.

• O professor poderá analisar o envolvimento dos alunos, interesse e participação nas pesquisas de imagens que trouxeram para a escola, bem como a capacidade em reproduzir as imagens de figuras do calçadão, a criatividade e a participação no corte de papéis pretos e brancos para a elaboração do mosaico.


• Deverá observar a capacidade de percepção, de trabalhar em arte de forma coletiva, como também a habilidade em exercitar a colaboração, aceitação e sugestões para determinar o consenso do grupo na fase de colagem e finalização.

Opinião de quem acessou

Quatro estrelas 1 classificações

  • Cinco estrelas 0/1 - 0%
  • Quatro estrelas 1/1 - 100%
  • Três estrelas 0/1 - 0%
  • Duas estrelas 0/1 - 0%
  • Uma estrela 0/1 - 0%

Denuncie opiniões ou materiais indevidos!

Opiniões

Sem classificação.
REPORTAR ERROS
Encontrou algum erro? Descreva-o aqui e contribua para que as informações do Portal estejam sempre corretas.
CONTATO
Deixe sua mensagem para o Portal. Dúvidas, críticas e sugestões são sempre bem-vindas.