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DSTs: problematizar para conscientizar

 

25/11/2009

Autor e Coautor(es)
PAULO RENNES MARÇAL RIBEIRO
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SAO PAULO - SP Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Andreza Marques de Castro Leão; Andréa Marques Leão Doescher; Erwin Doescher

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação Escolar Indígena Ciências Corpo humano e a saúde
Ensino Fundamental Final Orientação Sexual Prevenção às doenças sexualmente transmissíveis/AIDS
Ensino Médio Biologia Qualidade de vida das populações humanas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

O aluno poderá aprender sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), os sintomas e tratamentos existentes das DSTs mais conhecidas. Dentro disso, estas aulas visam que os alunos se conscientizem da importância da prevenção. Ademais, estas aulas podem ser profícuas, ainda, para se trabalhar a escrita, a oralidade, a crítica e a sociabilidade dos alunos.

Duração das atividades
Aproximadamente 100 minutos; 2 (Duas) aulas.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não há necessidade de conhecimentos prévios.

Estratégias e recursos da aula

 As estratégias utilizadas serão:
- Aula interativa;
- Uso do Laboratório de Informática e/ou Sala de Vídeo, pois o Recurso poderá ser salvo em DVD e transmitido em aparelho apropriado.

Motivação
Para iniciar a aula o professor poderá passar um vídeo (Fig. 1), de 3 minutos e 33 segundos, aos alunos intitulado “História de todos nós” Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ZgoyILR2FIM. Acesso em 27 Out. 2009.


Figura 1- Imagem do vídeo “História de todos nós”

Após a apresentação do vídeo o professor discutirá com os alunos a opinião destes quanto aos aspectos tratados no mesmo, tais como:
· O que significa DSTs?
· Quais as manifestações das DSTs?
· Elas atingem homens e mulheres?
· Como identificar as DSTs?
· O que fazer se perceber algum sintoma indicativo de DSTs?
· Há tratamento para as DSTs?
· Como prevenir o contágio das DSTs?

ATIVIDADE 1
Objetivando um aprofundamento acerca deste assunto, o professor entregará aos alunos, divididos em dupla, dois textos informativos acerca das DSTs intitulado "Doenças Sexualmente Transmissíveis" e "Considerações de algumas doenças" de autoria de Eliana Fonseca Costa e Iraci Borges.
O primeiro texto está disponível em:
http//www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/olho_vivo/dsts/introducao.htm Acesso em 28 Out. 2009.

TEXTO 1: Doenças Sexualmente Transmissíveis


Introdução
DST são doenças de causas múltiplas, que têm em comum a transmissão sexual.
Incluem as doenças venéreas clássicas (sifílis, gonorréia, linfogranuloma venéreo, cancro mole) e um número crescente de síndromes e quadros clínicos.
Têm alto risco de disseminação e podem causar danos graves à saúde, tais como distúrbios emocionais, doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade a quadros infecciosos dramáticos, lesões fetais, câncer.
A incidência das DST tem aumentado, e isto torna mais importante ainda lembrar que a presença de uma DST, ulcerativa (que produz ferida) ou não, favorece a transmissão da AIDS.

Classificação
Após a 2ª guerra houve grande aumento na incidência das DST clássicas e surgiram outras doenças com uma característica em comum: a transmissão sexual. Entretanto, como nem todas eram transmitidas apenas por contato sexual, em 1982, estabeleceu-se a seguinte classificação:

Doenças essencialmente transmitidas por contágio sexual:
Sífilis ou Lues
Gonorréia ou uretrite gonocócica (blenorragia)
Cancro mole
Linfogranuloma venéreo
Doenças freqüentemente transmitidas por contágio sexual:
Donovanose
Clamidíase
Herpes Genital
Condiloma acuminado
Hepatite B
Hepatite A
Fitiríase (pediculose pubiana ou, “chato”)
Candidíase

Doenças eventualmente transmitidas por contágio sexual:
Molusco contagioso
Pediculose e Escabiose
Shigelose e Amebíase

Causas
As DST podem ser causadas por vírus, bactérias, protozoários ou mesmo, parasitas.
Os vírus são responsáveis por DST como: condiloma, herpes genital, hepatite A e B, infecção pelo HTLV1 e HIV. As bactérias causam a gonorréia, clamidíase, cancro mole e sífilis. Outras doenças, como escabiose, tricomoníase e infestação por piolho púbico são causadas por protozoário parasitas.

Formas de Transmissão
As DST são transmitidas por relações sexuais anais, vaginais e orais sem uso de preservativo, ou seja, as chamadas relações de sprotegidas. Sua tran smissão é possível desde o momento da infe cção e, conforme o caso, até depois que nenhum sintoma/sinal seja percebido. Isso é mais uma razão para que o preservativo esteja sempre presente em nossas atividades sexuais.


Sinais e Sintomas
Sinais de alerta à presença de DST são:
· secreções purulentas no pênis, ânus ou vagina;
· sensação de ardência ou dor ao urinar;
· bolhas, verrugas ou ulcerações nos genitais;
· dor na região pélvica ou abdominal;
· dor durante a relação sexual;
· presença de lesões bolhosas ou ulceradas na mucosa oral;
· presença de adenopatia regional (gânglio linfático enfartado ou linfonodo aumentado, normalmente na região da virilha).
Ao notar qualquer destes sinais/sintomas, o melhor é suspender as atividades sexuais e procurar um serviço médico.
A cadeia de transmissão só se interrompe quando o portador da doença é tratado e passa a usar preservativos em todas as relações sexuais.
Nas mulheres, cerca de 80% dos casos de DST têm curso assintomático, daí elas só perceberem a doença em estágios avançados. Isso é importante razão para as avaliações ginecológicas de rotina e o uso do preservativo em todas as relações sexuais.

O texto de continuidade, Texto 2, para a atividade está disponível em:
http://www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/olho_vivo/dsts/cons_sob_alg_doe.htm. Acesso em 28 Out. 2009.
A fim da leitura não ficar cansativa, optou-se pela escolha de uma parte do referido texto, a qual trata das DSTs mais conhecidas.

TEXTO 2: Considerações Sobre Algumas Doenças
Sífilis (ou Lues)
Causada pelo Treponema pallidum, uma bactéria, capaz de infectar qualquer órgão ou tecido.
Em média 2 meses após involução (sumiço) da ferida da 1ª fase (cancro duro), surgem manchas avermelhadas, especialmente, nas mãos (palmas) e pés (plantas). Sem tratamento, anos mais tarde, afeta cérebro, coração e outros órgãos.
A mãe, com sífilis não tratada, passa a doença para o bebê (sífilis congênita) que pode trazer sérias complicações de saúde à criança.

Gonorréia
Corrimento amarelado (pus) que sai do pênis. Causa ardor à micção e mau cheiro. Nas mulheres, 70% não tem sintomas. Nas sintomáticas, se assemelham aos dos casos masculinos.

Cancro Mole
Surgimento de uma ou mais feridas dolorosas, com pus e mau cheiro, no pênis, ânus ou vulva. Podem apresentar sangramento e surgir gânglios na virilha, que eventualmente liberam pus. Normalmente os sintomas aparecem de 3 a 5 dias após o contagio.

Condiloma Acuminado/HPV
Causado pelo Papiloma Vírus Humano (HPV). Apresenta-se com verrugas, na região genital e ânus. Normalmente indolores, às vezes coçam ou sangram. Se não tratada, pode evoluir para cânceres, como os de útero, a partir das lesões que causam no colo do útero.

Herpes Genital
Inicia-se com coceira na genitália, acompanhada de ardor. Em seguida surgem bolhas, que ao se romperem originam lesões pequenas e dolorosas. Em média, 10 dias após, desaparecem espontaneamente. Como não há cura, o vírus do herpes permanece no organismo (latente) e as lesões retornam, ciclicamente, especialmente se a resposta imunológica do portador abaixar, por exposição excessiva ao sol, stress, desgaste emocional/físico, alimentação inadequada.

Tricomoníase
Causada por um protozoário e transmitida sexualmente, a Tricomoníase se localiza, na mulher, na vagina ou em partes internas do corpo e, no homem, só nas partes internas. Os principais sintomas são o corrimento amarelo-esverdeado, volumoso, com mau-cheiro, dor durante o ato sexual, ardência e dificuldade para urinar e coceira nos órgãos sexuais. O tratamento deve ser para o casal.

Cada dupla terá como uma primeira atividade ler est e texto, grifar as pal avras desconhecidas, e escrever um comentário geral sobre estas doenças. Quando todas as duplas finalizarem, o professor solicitará que leiam para a sala suas considerações.
Cabe ao professor atuar como facilitador da atividade, auxiliando os alunos na elaboração dos comentários. Além disso, ele deve fazer as devidas articulações das idéias apresentadas.

ATIVIDADE 2
Tendo em vista trabalhar de forma mais descontraída esta temática, e, buscando, sobretudo instigar o senso crítico e a reflexão dos alunos, o professor entregará a cada aluno uma folha de papel sulfite. Contudo, atrás de três destas folhas estará impresso a letra C (Fig. 2), e de outra folha estará impresso a letra A (Fi. 3). O professor não explicará neste momento, porém a letra A significa que o aluno está com AIDs e a letra C que ele fez uso de camisinha.

Figura 2- Letra C

http://www.artedvero.pt/images/uploads/DSCN5933.jpg. Acesso em 2 Nov. 2009

Figura 3- Letra A
http://www.artedvero.pt/images/uploads/DSCN5931.jpg. Acesso em 3 Nov. 2009.

Os alunos terão 1 minuto para colherem autógrafos dos demais colegas em suas folhas. O professor deverá marcar este tempo, e assim que ele acabar deverá dizer pare!
Após, o professor solicitará que o aluno que estiver com a letra A se apresente, informando que na brincadeira o mesmo representa uma pessoa que está com Aids. Em seguida, solicitará que aqueles que possuem o autógrafo dele se apresentem, pois estão contaminados, porquanto, significa que tiveram relação sexual com este.
Dando continuidade, pedirá que os que tiverem autógrafos dos colegas contaminados também se juntem ao grupo, pois estão também contaminados.
Na sequência, os que estiverem com a letra C, a qual significa camisinha, isto é, estavam protegidos, saiam do grupo contaminado.
Após o término da atividade o professor solicitará que os alunos contaminados expressem se perceberam, em algum momento, o risco que estavam correndo, e o sentimento de se perceberam contaminados.

ATIVIDADE 3
Dentro do contexto de descontração para problematizar este tema, com o intuito de que os alunos possam conhecer as DSTs para se proteger (Fig. 4), o professor entregará a eles bexigas. Dentro delas há papéis contendo algumas palavras, tais como: Gonorréia, Sífilis, AIDS, camisinha masculina, Herpes, Cancro Mole, HPV, anticoncepcional, Tricomoníase e camisinha feminina, DSTs e métodos contraceptivos. Os alunos não poderão ler estes papéis antes de encher estas bexigas, e as amarrar com um barbante no tornozelo direito.

Figura 4- DSTs: conhecer para se proteger
http://www.guiadicas.com/guiadicasgratisfotos/2009/05/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-dsts.jpg. Acesso em 27 Out. 2009.

O professor deverá informar aos alunos que colocará uma música (a escolha desta música fica a critério do professor, porém sugere-se uma música com ritmo rápido). No ritmo e no som desta, cada dupla, a mesma formada no início da aula, terá de dançar com outro colega. O professor combinará com eles um sinal, pois assim que a música pausar cada dupla poderá estourar os balões do colega. Contudo, cada um deverá pegar o papel do balão que estourou.
Feito isso, cada dupla lerá o papel estourado. Exemplo de duplas: Gonorréia e camisinha, ou seja, um dos participantes da brincadeira estava protegido. Outro exemplo, AIDs e métodos contraceptivos, um dos participantes contraiu o vírus do HIV, assim por diante. Esta atividade visa ilustrar a facilidade de se contrair uma DSTs, por isso a relevância da prevenção.
Ao final dela, o professor solicitará que os alunos, em círculos, comentem acerca da dinâmica e que aspectos, tratados na aula, consideraram mais relevantes. Ademais, perguntará se eles apresentam alguma dúvida, a fim de tentar saná-la.

Avaliação

A avaliação poderá ser feita em todos os momentos das atividades propostas, sendo considerado a participação e o envolvimento dos alunos nos debates e na realização das atividades solicitadas. Além disso, o professor nesta avaliação poderá se pautar pela produção dos alunos, ou seja, a participação nos debates e a produção escrita.

Opinião de quem acessou

Cinco estrelas 5 classificações

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Opiniões

  • Maria de Nazaré de Andrade Viana, Escola Estadual "Prof. Sebastiana Braga , Amazonas - disse:
    nazaviandrade@gmail.com

    24/03/2010

    Cinco estrelas

    Esta aula é de suma importância para todas as etapas da vida e em especial para jovens e adolescente.Entretando, faz-se necessário que o professor esteja inteirado do assunto para saber socializar e interagir a todo momento com os seua ouvintes. Sempre vou buscar novas informações a respeito pois trabalho com o projeto SPE- Saúde e Prevenção nas escola e esta atividade me faz crescer como profissional na área da educação em meu estado.


  • Maria Andréa Retto Neto, ESCOLA ESTADUAL PROF. EUNICE SERRANO TELLES DE SOUZA , Amazonas - disse:
    andrearetto@hotmail.com

    24/03/2010

    Cinco estrelas

    Muito criativa sua idéia parabéns, vou utilizá-la com meus alunos.


  • catharina francisco, cepncp , Rio de Janeiro - disse:
    anina@oi.com.br

    24/03/2010

    Cinco estrelas

    aula exelente


  • Márcia Fátima Cambruzzi Gagiola, Escola E. de E. F. e M Dr. Horácio Carelli Mendes , Rondônia - disse:
    maemagi@hotmail.com

    24/03/2010

    Cinco estrelas

    O trabalho de Orientação sexual é essencial em todas as faixas etárias. Porém sabemos que na adolescência é de suma importância já que os jovens estão em constante situações de risco. Uma vez orientados, isto é, conhecedores dos perigos, podem evitar transtornos, tomando decisões acertadas. E nós, profissionais da educação precisamos dedicar trabalho especial com os temas que contribuem para aprendizados que tragam bem estar - saúde, felicidade.


  • Anilda Pereira de Andrade, Colégio Cônego joâo Rodrigues , Pernambuco - disse:
    anildandrade@hotmail.com

    24/03/2010

    Cinco estrelas

    Este foi meu primeiro acesso e imediatamente abordei o tema com o qual muito me identifico. A aula é excelente, muito dinâmica e descontrída, entendo que o tema deva mesmo ser abordado desta forma para que os estudantes fiquem a vontade para o debate que é muito importante e urgrnte.


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