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A história do Pisca-Tudo

 

01/12/2009

Autor e Coautor(es)
Amanda Barros Teixeira
imagem do usuário

JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Andréa Vassallo Fagundes

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Alfabetização
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Desenvolver o gosto em ouvir histórias.
Incentivar hábitos de escrita através da produção de um texto criativo.
Desenvolver a imaginação e a criatividade.

Duração das atividades
2 aulas de aproximadamente 45 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Estar alfabetizado e inserido no processo de letramento.

Estratégias e recursos da aula

Momento 1

Através de uma conversa informal comentar que irão ouvir uma história muito legal. A professora deve apresentar o livro às crianças explorando a capa, o autor e despertar o interesse deles através de perguntas:

 Por que será que o livro tem esse título?

O que vocês acham que vai acontecer nessa história?

Vocês sabem o que é um besouro? E um vaga-lume?

Vamos descobrir então lendo o livro?

Nesse momento a professora fará a leitura modelar  do livro: “Pisca-tudo”

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Imagem disponível em:

http://i.s8.com.br/images/books/cover/img6/152366.jpg

Pisca-Tudo
Conceito do Leitor: Seja o primeiro a opinar
Autor: POZENATO, JOSE CLEMENTE
Ilustrador: DANTAS, PAULO RICARDO
Editora: MERCURYO JOVEM
Assunto: INFANTO-JUVENIS - LITERATURA INFANTIL
ISBN: 8572721339
ISBN-13: 9788572721332
Livro em português
Brochura
1ª Edição – 2000

Pisca-Tudo

(José Pozenato)

Pisca-Tudo é o nome da oficina elétrica de Januário.
Já se vê que Januário é um cara cheio de idéias diferentes.
Carro, caminhão, bicicleta, é só não acender mais as luzinhas ou as luzonas, que Januário dá um jeito. Encostou na oficina de Januário, sai piscando tudo. Até a moça sai piscando para o namorado.
Uma hora que Januário estava meio de folga, sem freguês, entrou um besourão, voando pela porta. Aterrissou na mesa das ferramentas e ficou ali, lustroso, a lataria brilhando.
Januário, muito dado à conversa, foi perguntando:
- Pronto, freguês. Precisa de alguma coisa?
E riu. Porque, imagina se o besouro ia responder. E não é que o besouro falou? Deu uma tossida, meio encabulado, e falou:
- Eu queria instalar um pisca-pisca.
Januário levou um susto o olhou para o lado da porta. Podia ter entrado um freguês de verdade, que tivesse ouvido a pergunta que ele fez para o besouro. Mas não tinha ninguém. Olhou de novo para o besouro:
- Fui eu mesmo que falei – disse o besouro. – Eu queria instalar um pisca-pisca
Januário riu nervoso. E perguntou:
- Onde está o seu carro?
- Eu quero instalar um pisca-pisca em mim.
Januário não estava mais achando graça. Se alguém ouvisse aquela conversa ia achar que ele estava pirado. Mas o besouro era do tipo teimoso:
- A oficina não é Pisca-Tudo? Quero sair daqui piscando.
E mexia as antenas, começando a ficar sem paciência.
- Não quer instalar um rádio também, para aproveitar as antenas?
- Nada de gracinhas – retrucou o besouro. – eu estou falando sério.
Januário coçou a cabeça. Como é que ia sair daquela bananosa?
- É que eu nunca fiz esse serviço em besouro. Só em automóvel, caminhão, bicicleta.
- Mentiroso. Outro dia entrou aqui um besourão azul e saiu piscando tudo. Eu vi.
- Aquilo não era besouro – riu Januário. – aquilo era um fusca.
- Dá na mesma. Todo mundo chama o fusca de besouro, não chama?
O sujeito era mesmo teimoso. Tinha que dar um fora nele:
- Você está com a lataria inteira – disse Januário. – é uma pena ter que furar esse cascão lustroso.
- Isso é problema meu. Fura ond e tiver que furar.- Vou ter que inst alar uma bateria.
- Pois instala a bateria. Não estou perguntando preço. Gasta o que tiver que gastar.
Januário suspirou desanimado.
- Ta bom, faço o serviço. Mas por que fa z tanta questão de instalar um pisca-pisca?
Foi a vez do besouro suspirar.
- Não vai rir de mim se eu contar? – perguntou o besouro meio desconfiado.
- Juro. Juro que não vou rir.
- É que eu estou namorando uma vaga-lume.
Januário teve que se segurar para não rir. Mas tinha jurado que ia ficar sério e ficou sério:
- É mesmo?
O besouro tossiu, disfar çado:
- Para dizer a verdade, eu ainda não estou namorando. Estou querendo namorar uma vaga-lume, mas ela não me dá bola.
- É mesmo? E por quê?
- Porque eu não tenho um pisca-pisca.
- É, essas mulheres são exigentes – comentou Januário.
- Não fala assim da minha vaga-lume – engrossou o besouro. – ela tem razão. Sem pisca-pisca eu não posso nem sair de noite com ela. E é a hora que ela mais gosta de sair.
Deu um suspiro comprido e completou:
- Precisa ver o pisca-pisca que ela tem! É lindo, é uma coisa de louco.
- Eu faço um melhor – prometeu Januário.
Se arrependeu de ter dito isso. Era p ura vaidade. Mas já tinha dito e não podia voltar atrás.
- É mesmo?! – disse o besouro, quase dando um pulo de contente.
Taí, pensou, Januário. É nisso que dá ser vaidoso. Agora ia mesmo ter que instalar o pisca-pisca.
- Já que o caso é esse, de impressionar vaga-lume, eu tive uma idéias. Em vez de furar a sua lataria, eu vou puxar os fios por cima, bem alinhados, e colar com um ponto de cola. Você vai ficar um besouro listrado. Sempre é bom mudar um pouco o visual.
O besouro esfregou as antenas, de pura alegria:
- Ela vai adorar!
E lá foi o Januário atrás de fios bem finos e de cola. Conseguiu duas lâmpadas, bem pequenas, uma vermelha e outra verde. Quando acendesse a luzinha vermelha da frente, apagava a verde de trás. Um pisca-pisca de deixar a vaga-lume louca da vida.
O problema era a bateria. Tinha que ser menor que uma unha. E então lembrou: a bateria do relógio digital. Podia colar na cabeça do besouro e pintar na mesma cor lustrosa das asas.
Assim pensou e assim fez. O besouro deixou Januário fazer a instalação, com a maior paciência. Coração apaixonado é capaz de qualquer sacrifício.
Mas foi um sacrifício que valeu a pena. O besouro saiu que nem carro envenenado. Todo com listras brancas e as luzinhas verde e vermelha pisca-piscando. Ia com certeza amolecer o coração da vaga-lume.
Quando ele já tinha ido, Januário se lembrou. Devia ter instalado uma célula fotoelétrica para o pisca-pisca só acender de noite. Mas com certeza o besouro voltaria quando a bateria descarregasse. E então poderia melhorar o equipamento.
Satisfeito da vida, Januário pegou um spray e escreveu na parede da frente da oficina:



Instala-se pisca-pisca em besouros

Pensou mais um pouco e escreveu embaixo:

Conserta-se pisca-pisca de vaga-lumes


Resultado: a freguesia não parou de aumentar. Era uma fila de besouros e de vaga-lumes na porta da oficina Pisca-Tudo.

Texto disponível em:

http://contandoradehistorias.blogspot.com/search?updated-min=2009-01-01T00%3A00%3A00-08%3A00&updated-max=2010-01-01T00%3A00%3A00-08%3A00&max-results=50

Momento 2

Fazer uma interpretação oral do livro com as crianças perguntando:
• E agora, descobriram por que o nome do livro é pisca-tudo?
• Por que o besouro foi até a oficina do Januário?
• Qual foi a ideia do besouro para parecer e conquistar uma vaga-lume?
• Por que o Januário se assustou no início? O que ele estava acostumado a arrumar?
• E a bateria, como eles conseguiram arrumar uma pequena?
• O besouro conseguiu ficar piscando?
• E depois disso tudo, qual a ideia que o Januário teve?

Momento 3

No caderno de aula ou em uma folha de papel ofício A4 pedir que as crianças pensem em outro título para a história e escrevam. A partir daí a professora pedirá que imaginem como foi o encontro do besouro com a vaga-lume. Será que ela gostou das luzes dele? Será que ele conseguiu conquistá-la? Será que a bateria acabou?

Cada um irá escrever a continuação dessa história e, posteriormente, irão ler à frente da sala para os colegas.

Momento 4

A professora distribuirá uma folha de papel ofício A4 para os alunos e também revistas. Pedirá que recortem e colem os diversos tipos de tipos de transportes que podem ir à oficina do Januario, com canetinha podem desenhar também na folha besouros e vaga-lumes.

Avaliação

Observar a participação dos alunos durante a atividade de compreensão oral.
Analisar a compreensão da história diante das perguntas apresentadas.
Analisar se o aluno soube se expressar por escrito com criatividade e imaginação;
Analisar se apresentou coerência nas ideias ao produzir a continuação da história.
Avaliar a desenvoltura e o manuseio com a tesoura através dos recortes propostos.

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