Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de :
• Compreender o processo artesanal da fotografia;
• Confeccionar uma câmara escura para capturar imagens;
• Montar um laboratório fotográfico;
• Revelar em papel fotográfico as imagens capturadas pela câmara escura.

Aula 1 (Aula teórica)

• Providenciar, para esta aula, uma apresentação em PowerPoint sobre o globo ocular, a visão e a câmara escura da máquina fotográfica
• Explicar para as alunos que a visão é um dos sentidos pelo qual percebemos os objetos, os lugares, as cores, as pessoas, etc, que nos rodeiam; que ela nos facilita no relacionamento com as pessoas, na troca de impressões sobre o que vemos ou nos orientando espacialmente por onde circulamos, seja nas ruas, nas casas, na escola, no clube e, nos demais lugares por onde andamos.

• O olho

Olhos – Acervo particular

• Dizer aos alunos que o olho é um órgão que detecta a luz e transforma essa percepção em impulsos elétricos; que, o complexo do olho humano que permite que o homem obtenha o sentido da visão, sendo tal complexo constituido de dois tipos de células fotoreceptoras, conhecidadas como bastonetes (claro e escuro) e, cones (cores).
• Expor aos alunos que o olho humano pode ser considerado um instrumento óptico constituído por uma lente biconvexa, chamada cristalino, que fica situada na região que antecede o globo ocular; que no fundo do globo ocular está a retina, que é sensível à luz e serve de anteparo para as imagens; que as sensações luminosas após serem captadas e projetadas sobre a retina são enviadas ao cérebro pelo nervo ótico.
• Explicar para os alunos que o sistema ocular funciona do seguinte modo: (cristalino) lente biconvexa responsável por capturar imagens de forma real e invertida do objeto, imagem esta que fica armazenada exatamente sobre a retina; que após o armazenamento da imagem esta é enviada ao cérebro através do nervo ótico, sofrendo inúmeros processos complicados, que são capazes de colocar a imagem na posição correta;
• . Frisar para os alunos que somente conseguimos enxergar nitidamente os objetos, porque a imagem deles se forma sobre a retina; que quando isto ocorre, tem-se a existência dos chamados defeitos de visão os quais podem ser corrigidos com a utilização de óculos, lentes de contato e cirurgia.

• Site para pesquisa:

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.mundoeducacao.com.br/upload/conteudo_legenda/7cb35a1bf24238eac7cef4c164cc5642.jpg&imgrefurl=http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/olho-humano-um-instrumento-optico.htm&usg=__4Wh1GzhiqUa-cz2uUXBlJL1QdG8=&h=314&w=316&sz=20&hl=pt-BR&start=23&tbnid=3WZJXS5CslwJJM:&tbnh=116&tbnw=117&prev=/images%3Fq%3Do%2Bolho%26gbv%3D2%26ndsp%3D18%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26start%3D18

• Anatomia do globo ocular
• Explanar para os alunos que:
• O globo ocular encontra-se encaixado em uma cavidade denominada de órbita e encapsulado por uma membrana chamada de esclerótica, que esta em sua parte anterior possui uma abertura transparente denominada de córnea. A esclerótica reveste o olho e protege sua parte externa;
• Logo após à córnea encontra-se a câmara anterior;
• Posterior a esta e fechando-lhe a abertura temos o cristalino;
• Depois do cristalino temos a câmara posterior que é preenchida por um l íquido gelatinoso;
• A parede oposta ao cristalino denominada de retina contém células nervosas fotosensíveis;
• Percebe-se a luz - espectro de radiação eletromagnética – pelo sentido da visão;
• No olho, com visão normal, a imagem forma-se na retina, que é a terceira camada do globo ocular junto com a esclerótica e a coróide;
• A coróide fica entre a esclerótica e a retina e na sua porção anterior forma um disco colorido (azul, verde, castanho, preto...). Este disco é denominado de íris que possui um orifício central chamado de a pupila por onde penetram os raios luminosos;
• Por fim, tem-se a retina (parte extremamente sensível aos raios luminosos por conter terminações nervosas), onde se forma as imagens.

Disponível em:  http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/biofisica_visao/image008.jpg&imgrefurl=http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/biofisica_visao/biofisica_visao.htm&usg=__pHMFmoF-ow0xqmxl0hWUnFItEYE=&h=176&w=612&sz=15&hl=pt-BR&start=33&tbnid=lYBckXyj8UBF8M:&tbnh=39&tbnw=136&prev=/images%3Fq%3Dglobo%2Bocular%2Bimagem%2Binvertida%26gbv%3D2%26ndsp%3D18%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26start%3D18

• Fazer um paralelo entre o mecanismo da visão e a câmara escura de uma máquina fotográfica, mostrando, para tanto, a imagem abaixo:

• Falar para os alunos que:
• Para fotografarmos utilizamos filmes, lentes e luz;
• De forma comparativa temos como filme a nossa retina; como lente o nosso cristalino;
• Sem luz não há visão, portanto sem luz não há registro de imagem (fotografia);
• Da mesma forma como na retina, a imagem na câmara escura também se apresenta de forma invertida;
• Ao olharmos um objeto a luz atravessa nossa córnea, conduzindo a imagem até a retina, onde é registrada em sentido invertido, conforme imagem abaixo;

• A imagem, ao ser registrada na retina, é transmitida ao cérebro que a reinverte e a interpreta, sendo, portanto, o cérebro órgão responsável por codificar o estímulo recebido pela retina.

Aula 2

• Providenciar para esta aula, um espelho e diferentes máquinas fotográficas;
• Fazer com os alunos a experiência das reações da íris quando submetida à luz intensa e à escuridão, realizando o seguinte processo:
• Entregar um espelho para cada dupla de alunos, solicitando que um dos colegas olhe fixamente para a lâmpada da sala de aula acesa. Logo em seguida o aluno deverá olhar para o espelho e relatar o efeito causado em sua íris.
• Apagar, posteriormente a luz da sala e esperar um pouco, solicitando, novamente, aos alunos que observem suas íris na imagem refletida no espelho. Este processo deverá ser acompanhado e explicado pelo colega participante da dupla;
• Apresentar aos alunos as diferentes máquinas fotográficas providenciadas para apreciação em sala e explicar seus dispositivos: Obturador, diafragma, alavanca de rebobinar f ilme, sapata do flash, ocular e objetiva;
• Deixar que os alunos manipulem as máquinas;
• Solicitar aos alunos que façam uma comparação entre apresentação em PowerPoint exibida na aula anterior, e as máquinas digitais contemporâneas;

Máquina fotográfica 35 mm básica
Fonte: Acervo particular

Máquina fotográfica modelo 110 simples
Fonte: Acervo particular

Objetiva
Fonte: Acervo particular

Camara escura da máquina 35 mm
Fonte: Acervo particular

• Pedir para os trazerem para a próxima aula uma lata de leite em pó vazia.

Aula 3

• Construção da câmara escura em sala de aula:• Providenciar para esta aula: uma agulha, um prego, um martelo, fita isolante, papel camurça preto, papel alumínio, tesoura e cola;
• Auxiliar os alunos a furar, utilizando prego e martelo, uma abertura no meio da lata, vedando-a por dentro com fita isolante;
• Pedir para os alunos forrarem o interior da lata com papel camurça preto, de forma que não fique nenhuma parte do metal sem cobrir;
• Falar para os alunos tamparem o furo do lado externo da lata com papel alumínio, furando com uma agulha um orifício bem fino;
• Solicitar que os alunos tampem o orifício com papel camurça preto, prendendo este com fita crepe;

Aula 4

• Visita a um laboratório fotográfico:
• Providenciar com antecedência, uma visita orientada a um laboratório de revelação de fotografias;
• Solicitar a autorização da direção da escola e dos pais para a visita orientada;
• Organizar o transporte para os alunos.

Aula 5

• Preparar um laboratório na escola:
• Providenciar para esta aula: plástico preto, fita crepe, papelão, uma lâmpada vermelha, ou uma lanterna, papel celofa ne vermelho, uma mesa 3 bacias e 3 pinças;
• Solicitar junto à escola a disponibilização de uma sala pequena, para a montagem do laboratório de fotografia;
• Ajudar os alunos a vedarem as arestas por onde possa penetrar luz no laboratório de fotografias;
• Explicar que o papelão servirá para tapar as frestas e que os plásticos pretos deverão cobrir todas as paredes, portas e janelas;
• Pedir para os alunos cobrirem as lâmpadas do laboratório sala com papel celofane vermelho;
• Providenciar uma cortina com o plástico preto, de modo que esta vede totalmente a luz que possa passar pela porta de acesso ao laboratório, sem impossibilitar a abertura da porta.

Aula 6

• Hora de fotografar:
• Providenciar papel fotográfico;
• Entregar para cada aluno a sua câmara escura confeccionada em latinhas;
• Entregar a cada aluno, no laboratório de fotografia, (com a sala totalmente escura), um recorte de papel fotográfico que deverá ser colocado no interior da câmara escura em sentido contrário à abertura feita com a agulha (obturador);
• Pedir para os alunos tamparem a câmara;
• Solicitar aos alunos que ao ar livre escolham a imagem que gostariam de fotografar;
• Explicar aos alunos que eles devem posicionar a câmara em um local firme, com a abertura em sentido contrário à luz do sol, abririndo o papel camurça que cobre a abertura feita com a agulha, esperando dez segundos e vedando, novamente o or ifício.

Aula 7

• Revelando:• Providenciar para esta aula 02 litros de revelador; 02 litros de fixador; pinças; um varal para secagem das fotos e prendedores de roupas;
• Organizar na mesa central do laboratório as três bacias, cada uma com uma pinça;
• Relembrar com os alunos o processo de revelação das fotografias (aprendido quando da visita ao laboratório fotográfico);
• Dispor as bacias na seguinte sequência: 1- revelador; 2 – fixador; 3 – água ;
• Pedir que cada aluno, no processo de revelação, revele sua foto, individualmente, evitando os líquidos se contaminarem;
• Solicitar que os alunos acenda a lâmpada vermelha;
• Falar para os alunos retirarem o papel fotográfico da câmara e introduzindo-o no revelador e segurando-o com uma pinça, devendo agitá-lo neste líquido por cerca de um minuto. Sugestão: para este controle, contar em voz alta com os alunos 60 elefantes, obedecendo a um ritmo contínuo;
• Dizer para o aluno retirar o papel do revelador, e introduzindo-o no fixador, procedendo da mesma forma que o anterior (agitando-o com sua pinça própria e contando novamente 1 minuto);
• Por último, pedir para o aluno colocar o papel fotográfico na bacia com água, seguindo o processo anterior;
• Prender as fotos reveladas, no varal, com o prendedor de roupas.

Aula 8

• Apreciação das fotografias:
• Solicitar aos alunos que de posse das fotografias reveladas na aula anterior, apreciem o resultado obtido e comentem sobre o que pretendiam fotografar e a que imagem obtida após a revelação;
• Avaliar o processo e expor nos corredores da escola as fotografias dos alunos;
• Seguem alguns exemplos:

Fotografias reveladas por alunos do 5º ano do Ensino fundamental – 1999
Acervo particular

Sobre laboratório fotográfico:

http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://goncaloguimaraes.com.sapo.pt/r7.jpg&imgrefurl=http://goncaloguimaraes.com.sapo.pt/laboratorio.htm&usg=__mFFsLIPmZGjFfkgwiGmF1bHKZjg=&h=195&w=286&sz=15&hl=pt-BR&start=1&um=1&tbnid=Je88_mvhNQNG8M:&tbnh=78&tbnw=115&prev=/images%3Fq%3Drevelador%2Bfotogr%25C3%25A1fico%2Be%2B%25C3%25A1gua%26hl%3Dpt-BR%26um%3D1

• A avaliação destas aulas será realizada durante o processo de aprendizagem, elaboração, participação e execução das etapas programadas para a realização desta proposta, devendo ser considerados os seguintes itens: a compreensão do processo artesanal da fotografia, a confecção da câmara escura, a participação no laboratório fotográfico e a revelação da fotografia.