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Estudando as relações lógicas de causalidade: prática de leitura e de escrita

 

25/11/2009

Autor y Coautor(es)
Igor Caixeta Trindade Guimarães
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Prof. Dr. Luiz Prazeres

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Ensino Médio Língua Portuguesa Relações sociopragmáticas e discursivas
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Análise linguística
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: organização estrutural dos enunciados
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Com esta aula, o aluno poderá ser capaz de identificar as relações de causalidade presentes em textos. Tais relações podem ser implícitas – sendo reconhecidas na atividade de interpretação de texto – e podem também ser explícitas, a partir do uso de conectivos apropriados. Ressaltamos, ainda, que esta aula poderá contribuir para o aprimoramento da prática de escrita dos alunos, no que se refere aos processos coesivos de articulação das orações.

Duração das atividades
Aproximadamente, duas aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Como conhecimentos prévios para o desenvolvimento desta aula, destacamos conceitos de sintaxe, tais como: frase, oração, período. É importante, também, que o aluno saiba reconhecer, basicamente, os articuladores textuais (conjunções, conectivos).

Estratégias e recursos da aula

Professor, antes de darmos início à aula propriamente dita, apresentamos, para reflexão, trecho de um artigo científico que trata das relações de causalidade em textos diversos. Esse artigo faz parte do livro “Estudos da Língua em Uso”, de autoria de Fonseca e Saraiva, publicado pela Faculdade de Letras da UFMG, em 2005:

“Dentro do universo das relações semântico-discursivas que podem manifestar-se quando se combinam cláusulas no texto, faz-se a opção de investigar um conjunto de relações que constituem instâncias do esquema geral de causalidade (Se P então Q). O objeto de análise é constituído, precisamente, por aquelas relações que envolvem a noção de causa entendida como condição suficiente para (i) explicar um estado-de-coisas que expressa fatos concebidos como reais ou (ii) para justificar um estado-de-coisas entendido como formulações de juízos ou (iii) para justificar o propósito ilocucionário de atos de fala. São exemplos dessas relações, respectivamente, os enunciados seguintes (constantes do corpus da pesquisa):

(1) “Eles [um grupo musical] foram definhando. Parece que não levaram pra frente justamente porque eles não pegaram o apoio a nível nacional, como foi o caso do grupo dos baianos” (gênero conversação)

(2) “Pura e simplesmente, em nosso país, não pode haver pena capital. E isto porque é a Lei Maior, a Constituição do Brasil, que, no artigo 5º, inciso XLVII, alínea ‘a’, dispõe que não haverá pena de morte. (gênero artigo de opinião)

(3) “É bom que não nos enganemos, achando que o analfabetismo afeta tão-somente os excluídos. Digo isso porque todos somos tendentes a achar que o problema dos outros não tem nada a ver conosco.

As relações causais, como todas as outras codificadas pela língua, derivam de um domínio mais concreto da experiência humana, no qual o ser humano aprende a reconhecer que todo fenômeno tem uma causa. De fato, o princípio da causalidade regula o comportamento humano, orientando não somente as ações individuais, mas também as ações sociais”. A autora inclui uma nota dizendo que “na descrição gramatical tradicional, essas relações [de causalidade] são identificadas como causais (no âmbito das construções subordinadas adverbais) e explicativas (no âmbito das construções ditas coordenadas)”.

Fonte: SARAIVA, M. E. F. & MARINHO, J. H. C. (Orgs.). Instanciação e interpretação das relações causais em função do gênero de texto. In: Estudos da língua em uso: relações inter e intra-sentenciais. Belo Horizonte: NELU/GREF, FALE/UFMG, 2005.

Seguindo a autora, avaliamos como dispensável essa distinção entre orações subordinadas causais e coordenadas explicativas, ao menos para o momento, e julgamos desnecessário apresentar essa nomenclatura ao aluno.

Atividade I

Professor, inicialmente apresentamos um texto e algumas questões de interpretação sobre ele. Após cada questão, fornecemos uma chave de resposta como parâmetro para que você possa discutir com os alunos.

Após essa atividade, há um quadro com os principais conectivos que expressam a relação de causalidade entre orações. Sugerimos que você trabalhe esses conectivos com os alunos, em exercícios que tenham como foco a articulação no texto. Há uma segunda atividade, a partir do texto II, que fornecerá algumas diretrizes sobre o modo como idealizamos essa prática.

                                             TEXTO I

                                       Flores de casamento causam acidente aéreo na Itália

Flores de casamento causam acidente aéreo na Itália. A tradição de jogar buquês de flores durante casamentos causou a queda de um avião na Itália, segundo o jornal "Corriere della Sera". O acidente aconteceu no parque Montioni, na cidade de Suvereto, na Toscana. De acordo com a publicação, o casal de noivos contratou um pequeno avião para jogar o ramalhete de flores para as mulheres convidadas. As flores, no entanto, teriam sido sugadas pelo motor do avião no momento em que foram jogadas, causando um incêndio e uma explosão na aeronave. O avião acabou caindo nas proximidades do lugar. O piloto, Luciano Nannelli, 61, escapou sem ferimentos. No entanto, o passageiro Isidoro Pensieri, 44, que era o responsável por jogar o buquê para os convidados, sofreu traumatismos no crânio e na face e fraturas em ambas as pernas. (Folha Online – 14/07/2009 www.folha.uol.com.br)

Questão01

Segundo a notícia, qual foi a verdadeira causa do acidente aéreo?

Chave de resposta: A verdadeira causa do acidente (incêndio) foi o fato de as flores terem sido sugadas pelo motor do avião.

Questão02

O que explica o fato de as flores terem sugadas pelo motor do avião?

Chave de resposta: O que explica foi o fato de elas terem sido jogadas durante o voo.

Questão 03

O título da notícia procura sintetizar o fato ocorrido, chamando a atenção do leitor. Esse fato, na verdade, apresenta uma complexidade maior. Baseando-se nas respostas dadas às questões anteriores e nas demais informações presentes no texto, explicite as principais relações de causa e de consequência do acontecimento como um todo.

Chave de resposta: O ato de jogar as flores trouxe como consequência o fato de elas terem sido sugadas pelo motor do avião. O fato de as flores terem sido sugadas pelo motor do avião trouxe como consequência um incêndio. O incêndio trouxe como consequência a queda do avião. E a queda do avião, por sua vez, ocasionou ferimentos em um dos passageiros.

Observe, agora, a lista a seguir. Ele contém algumas das estratégias que a língua portuguesa possui para expressar as relações lógicas de causalidade a partir de conectivos. Apresentamos um período, como exemplo, e várias possibilidades de articulação dele, conforme mostra o quadro.

O motor do avião sugou as flores jogadas. Houve um incêndio.

                           (CAUSA)                                (CONSEQUÊNCIA)

                                Possiblidades de articulação dos enunciados

* UMA VEZ QUE

Houve um acidente uma vez que o motor do avião sugou as flores jogadas.

*VISTO QUE

Houve um acidente visto que o motor do avião sugou as flores jogadas.

* DADO QUE

Houve um acidente dado que o motor do avião sugou as flores jogadas.

* TENDO EM VISTA

Tendo em vista que o motor do avião sugou as flores jogadas, houve um acidente. / Tendo em vista o fato de o motor do avião ter sugado as flores jogadas, houve um acidente.

* JÁ QUE

Já que o motor do avião sugou as flores jogadas, houve um acidente.

* HAJ A VISTA

Haja vista que o motor do avião sugou as flores jogadas, houve um acidente. / Haja vista o fato de o motor do avião ter sugado as flores jogadas, houve um acidente.

*PORQUE

Houve um acidente porque o motor do avião sugou as flores jogadas.

*POIS

Houve um acidente, pois o motor do avião sugou as flores jogadas.

* PORQUANTO

Porquanto o motor do avião sugou as flores jogadas, houve um acidente.

* EM RAZÃO DE

Em razão de o motor do avião ter sugado as flores jogadas, houve um acidente.

* PELO FATO DE

Pelo fato de o motor do avião ter sugado as flores jogadas, houve um acidente.

* POR CAUSA DE

Houve um acidente por causa de o motor do avião ter sugado as flores.

* EM VIRTUDE DE

Em virtude de o motor do avião ter sugado as flores jogadas, houve um acidente.

*POIS QUE

Pois que o motor do avião sugou as flores jogadas, houve um acidente.

*COMO (INÍCIO DE FRASE)

Como o motor do avião sugou as flores jogadas, houve um acidente.

* NA MEDIDA EM QUE

Na medida em que o motor do avião sugou as flores jogadas, houve um acidente.

Atividade II

Leia o texto II e responda às questões propostas.

                                                              TEXTO II

                                                                         Beleza não põe mesa

                                                                                                                                                      Ferreira Gullar

(...) Passada a justa euforia que nos tomou ao ser anunciada a escolha do Rio para sediar a Olimpíada de 2016, é justo tentar entender o que realmente aconteceu. Se isso servirá para alguma coisa, não sei, mas sei que ver claro os fatos não faz mal a ninguém, a não ser aos que se beneficiam do engano.

A pergunta que me faço é, e procuro responder, a seguinte: o que determinou a escolha do Rio de Janeiro pelo Comitê Olímpico Internacional, em vez de Chicago, Tóquio ou Madri? Há quem diga que foi o excelente trabalho de marketing feito pelo Comitê Olímpico Brasileiro, enquanto para outros o fato decisivo foi a presença em Copenhague do presidente Lula. Chegou-se mesmo a afirmar que Obama, derrotado por ele, teria voltado para casa de cabeça baixa. Para esses, a escolha do Rio veio con firmar, seg un do as palavras de nosso presidente, que enfim o Brasil tem coragem de encarar de igual para igual as nações tidas como avançadas. Com esta vitória no Comitê Olímpico Internacional, chegamos enfim ao Primeiro Mundo!

Confesso que tais afirmações me deixam constrangido, pois, na verdade, indicam que continuamos amargando o complexo de vira-latas, preocupados, a todo instante, em mostrar que não somos cachorros, não. E é claro que não o somos, mesmo sem Olimpíada.

Não há nenhuma lógica em afirmar que a escolha do Rio para sediar os Jogos Olímpicos nos põe de repente no Primeiro Mundo. O México os sediou, em 1968, e nem por isso entrou para essa categoria. Tampouco a Grécia (três vezes) e a Coreia do Sul, em 1988. Na verdade, não vale a pena perder tempo com semelhante discussão.

Destituído igualmente de propósito é dizer que a escolha do Rio pelo COI deveu-se a Lula que, pelo visto, faz chover quando quer. Basta lembrar que ele já era presidente quando o Rio foi descartado, em primeiro escrutínio, na disputa pela Olimpíada de 2012. É uma tolice superestimar a influência de chefes de Estado, tanto que Chicago, apoiado por Obama e Madri, pelo rei Juan Carlos da Espanha, perderam. Ganhou o Rio porque Lula é mais influente que os dois? Acho que nem ele, em sua inquestionável megalomania, acredita nisso.

Os fatos indicam o contrário: se Obama e o rei Juan Carlos não conseguiram a escolha de Chicago e Madri, é que os fatores decisivos eram outros e não o maior ou menor prestígio de qualquer deles. O que decidiu, como está evidente, foram os interesses do próprio COI e de seus dirigentes. É, portanto, fora de propósito achar que o Comitê Olímpico Internacional iria pôr em risco o êxito dos Jogos e arrostar com as consequências disso, apenas para agradar a governantes, seja ele Obama, Lula ou o rei da Espanha. Numa decisão como essa, estão em jogo desde o relacionamento do COI com a opinião pública das diferentes nações e continentes até - e sobretudo - interesses econômicos, envolvendo o prestígio de grandes empresas patrocinadoras do certame.

É, desse modo, mais fácil de entender a exclusão da cidade de Chicago, já que boa parte de sua população não a queria como sede e, por outro lado, o seu fuso horário que obrigaria os Jogos a serem vistos na Europa tarde da noite e pela madrugada a dentro. A questão do fuso também pesou, ainda que menos, na exclusão de Tóquio, somando-se ao fato de que já três Olimpíadas se realizaram na Ásia, a última delas em Pequim, recentemente.

E Madri? Por que não Madri, que se apresentou com a infraestrutura pronta, enquanto o Rio estava longe disso? A exclusão de Madri teve duas razões: a Espanha já ter sediado a Olimpíada em Barcelona e, sobretudo, o interesse da França, Alemanha e Itália em sediá-la em 2020. A escolha da Espanha em 2016 tornaria essa pretensão inviável.

Restava o Rio de Janeiro, que, não tendo o problema do fuso horário e, por essa razão, atende melhor ao interesse das grandes empresas, patrocinadoras dos Jogos. Não foi porque o Rio de Janeiro continua lindo e a economia estável. Isso conta, claro, mas não decide, como não decidiu nas duas vezes anteriores em que ele se candidatou e perdeu. E, aliás, tinha ainda contra si, o grave problema da segurança, que é grave, sem dúvida. O Rio foi escolhido porque, das 26 Olimpíadas realizadas, 15 foram na Europa, seis na América do Norte, três na Ásia, duas na Austrália e nenhuma na América do Sul. Por exclusão, vencemos. Importante agora é mostrar ao mundo que podemos dar conta do recado.

(Ilustrada, E10 – Jornal Folha de S. Paulo, 25/10/2009)

Questão 01

O título do texto – Beleza não põe mesa – é um conhecido provérbio, que, dentre coisas, significa que beleza não é tudo na vida. Há um trecho do texto que explica o sentido desse título, no contexto dos jogos olímpicos. Assinale-o:

a) “Ganhou o Rio porque Lula é m ais influen te que os doi s? Acho que nem ele, em sua inquestionável megalomania, acredita nisso”. (6º parágrafo)
b) “Os fatos indicam o contrário: se Obama e o rei Juan Carlos não conseguiram a escolha de Chicago e Madri, é que os fatores decisivos eram outros...” (7º parágrafo)
c) “Não foi porque o Rio de Janeiro continua lindo e a economia estável. Isso conta, claro, mas não decide...” (10º parágrafo)
d) “O Rio foi escolhido porque, das 26 olimpíadas realizadas, 15 foram na Europa, seis na América do Norte...” (10º parágrafo)

Resposta correta: letra C

Questão 02

O que significa, no contexto, a expressão ¨continuamos amargando o complexo de vira-latas”?

Chave de resposta: A expressão significa que continuamos a nos dar pouco valor, o que gera um complexo de individualidade na população brasileira.

Questão 03

3.1) Leia o seguinte trecho:

"Confesso que tais afirmações me deixam constrangido, pois, na verdade, indicam que continuamos amargando o complexo de vira-latas, preocupados, a todo instante, em mostrar que não somos cachorros, não. E é claro que não o somos, mesmo sem Olimpíada".

Segundo esse trecho, é INCORRETO afirmar que:

a) o constrangimento do autor tem como causa o que ele denomina “complexo de vira-latas”.
b) o complexo de vira-latas refere-se a um típico comportamento que o autor descreve nesse trecho.
c) o autor aponta algumas consequências negativas, para os brasileiros, advindas do complexo de “vira-latas”.
d) As possíveis causas ou explicações para o complexo de “vira-latas” não são explicitadas.

Resposta correta: letra C

3.2) Agora, pensando na relação de causalidade, escreva um período fazendo a relação entre a afirmação de que sediar os Jogos Olímpicos nos põe no Primeiro Mundo e o citado complexo de “vira-latas”.

Chave de resposta: O complexo de vira-latas é uma das causas da afirmação, de alguns, de que sediar os Jogos Olímpicos nos põe no Primeiro Mundo.

Questão 04

Cada um dos itens a seguir contém um trecho retirado do texto. Você deverá lê-los e proceder ao que se pede .

a) “O que determinou a escolha do Rio de Janeiro pelo Comitê Olímpico Internacional, em vez de Chicago, Tóquio ou Madri?” (2º parágrafo)

Ao longo do texto, Ferreira Gullar procura responder a essa pergunta. Identifique as explicações que ele fornece, implícitas ou explícitas, e, em seguida, reescreva-as, com suas palavras, empregando os conectivos causais apresentados na lisa da seção anterior. Escreva um período para cada conectivo, a partir da seguinte construção:

Rio de Janeiro foi a cidade escolhida...

Algumas possibilidades de respostas:

• Rio de Janeiro foi a cidade escolhida em razão do fato de que, das 26 Olimpíadas realizadas, 15 foram da Europa, seis na América do Norte, três na Ásia, duas na Austrália e nenhuma na América do Sul.
• Rio de Janeiro foi a cidade escolhida uma vez que, das 26 Olimpíadas realizadas, 15 foram da Europa, seis na América do Norte, três na Ásia, duas na Austrália e nenhuma na América do Sul.
• Rio de Janeiro foi a cidade escolhida em virtude dos interesses das grandes empresas patrocinadoras dos jogos.
• Rio de Janeiro foi a cidade escolhida, haja vista não ter o problema de fuso horário que outros países têm.
• Tendo-se em vista o problema de fuso horário e também o interesse das grandes empresas patrocinadoras dos jogos, Rio de Janeiro foi a cidade escolhida. Além disso, das 26 Olimpíadas realizadas, 15 foram da Europa, seis na América do Norte, três na Ásia, duas na Austrália e nenhuma na América do Sul.

b) “Não há nenhuma lógica em afirmar por que a escolha do Rio para sediar os Jogos Olímpicos nos põe de repente no Primeiro Mundo”. (4º parágrafo)

Ferreira Gullar também responde a essa indagaçã o em seu texto . Identifique as explic ações que ele f ornece, implí citas ou explícitas, e, conforme o modelo do item anterior, escreva períodos explicativos, empregando todos os conectivos do quadro apresentado. Faça as alterações necessárias. Inicie seus períodos a partir do trecho dado anteriormente, completando-o:

Não há nenhuma lógica em afirmar que a escolha do Rio para sediar os Jogos Olímpicos nos põe de repente no Primeiro Mundo...


Algumas possibilidades de respostas:

• Dado que o México sediou os Jogos Olímpicos, em 1968, e nem por isso entrou para a categoria dos países desenvolvidos, a exemplo também da Grécia e da Coreia do Sul, não há nenhuma lógica em afirmar que a escolha do Rio para sediar os Jogos Olímpicos nos põe de repente no Primeiro Mundo.

• Não há nenhuma lógica em afirmar que a escolha do Rio para sediar os Jogos Olímpicos nos põe de repente no Primeiro Mundo, tanto que o México os sediou, em 1968, e nem por isso entrou nessa categoria.

• Não há nenhuma lógica em afirmar que a escolha do Rio para sediar os Jogos Olímpicos nos põe de repente no Primeiro Mundo ...

 Professor, sugerimos que você explore esse tipo de atividade com os alunos, instigando-os a empregar o maior número possível de conectivos, conforme o quadro que apresentamos, bem como modificando a ordem dos termos constituintes do período.

Questão 05

Para finalizar este estudo, responda: as relações de causalidade aparecem sempre articuladas por meio de conectivos ou podem ser inferidas? Justifique sua resposta.

Chave de resposta: As relações de causalidade nem sempre são articuladas por meio de conectivos, até porque, muitas vezes, um período que esteja no final do texto pode servir como causa-explicação de uma afirmação que se faz no primeiro parágrafo, por exemplo, como no texto de Gullar.

Avaliação

Para a avaliação, sugerimos que o professor repita as atividades que apresentamos na seção anterior, utilizando novos textos. Por estarmos tratando da aquisição de estruturas linguísticas que expressam relações de causalidade, é importante que os alunos façam constantes exercícios que exijam o reconhecimento dos conectivos trabalhados bem como o seu correto uso.

Para isso, o professor poderá selecionar um texto, como uma crônica, um artigo de opinião, uma notícia, ou outro texto qualquer, e elaborar, num primeiro momento, atividades que visem à identificação da relação de causalidade, implícita ou explícita, entre as partes do texto. Num segundo momento, o professor poderá pedir que os alunos sugiram novas formas de articulação entre essas partes, tendo em vista o emprego de conectivos.

REFERÊNCIAS

GUIMARÃES, Eduardo. Texto e Argumentação: um estudo de conjunções do português. Campinas, Pontes, 1987.

KOCH, Ingedore Villaça. A inter-ação pela linguagem. 8. ed. São. Paulo: Contexto, 2003.

SARAIVA, M. E. F. & MARINHO, J. H. C. (Orgs.). Instanciação e interpretação das relações causais em função do gênero de texto. In: Estudos da língua em uso: relações inter e intra-sentenciais. Belo Horizonte: NELU/GREF, FALE/UFMG, 2005.

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Opiniones

  • Maria Helena Logrado Mourão, EMEF. Antônio Gonzaga Barros , Pará - dijo:
    mouraohelena@hotmail.com

    18/09/2014

    Cinco estrelas

    Sabemos que é necessário a inovação nna metodologia de ensino-aprendizagem da gramática normativa, uma vez que ela não é um fim, mas um recurso para escrever bem. Tendo em vista esse conceito, acredito que a gramática aplicada ao texto fará mais sentido. Trabalha-se a teoria e a prática simultaneamente. O aluno criará seu próprio conceito em relação as normas e regras gramaticais. Diante disso, fica o meu agradecimento pela proposta sugerida.


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