O aluno será capaz de exercitar a habilidade de se expressar oralmente, interpretar e colocar em prática as regras proposta na atividade, além de colocar “a prova”/em exercício, seus conhecimentos sobre a língua portuguesa. Deverá ser capaz de produzir, um texto instrucional compreendendo sua função e estrutura.

Conhecimentos sobre a organização da escrita alfabética, sobretudo algumas regras quanto à regularidade e irregularidade da nossa língua, que já tenha trabalhado com a turma (exemplo_ RR, Ç, Lh, CH, etc.).

Professor(a) juntamente com sua turma você irá construir um jogo, que tem como objetivo desafiar o grupo à habilidade de responder questões, relativas a regularidades e irregularidades da nossa língua materna (por exemplo_ uso do H, Ç, SS, entre outros). As questões poderão ser elaboradas, por você ou coletivamente, com a turma.

Ao optar por construir coletivamente as questões, valorize e apresente às crianças os aspectos a serem considerados quando elaboramos uma PERGUNTA/UM DESAFIO. Retome estas observações oralmente e solicite que elas apresentem alguns exemplos.

O trabalho ora apresentado tem como prioridade a construção do texto instrucional que visa apresentar as regras do jogo e ainda, orientar as possíveis questões a serem elaboradas.

As crianças deverão compreender que o texto instrucional tem a função de orientar, ensinar e esclarecer ao leitor como proceder em situações como: conhecer as regras de um jogo ou brincadeira, montar ou utilizar um aparelho, como fazer algum trabalho, entre outros.

1 – O jogo chama-se “Se vira nos 30”, mas certamente você e sua turma poderão alterar conforme desejarem. É preciso fichas que conste o nome de todos os participantes. O jogo pode ser desenvolvido com toda turma ou organizado em grupos de cinco integrantes, por exemplo. Além das fichas, precisaremos de três cubos (“dados”) grandes, que poderão ser cosntruídos por vocês. Vocês terão duas alternativas para desenvolver o jogo. Poderão colocar os desafios em cada face do cubo ou colocar números.

Se optarem por colocar os desafios em cada face do cubo, a brincadeira acontecerá assim:

A1) As fichas como os nomes dos participantes devem ser embaralhadas, de modo que ninguém veja os nomes. Na seqüência, alguém tira uma carta e diz o nome da criança, que deverá então jogar o cubo/o dado, e responder em trinta segundo, o desafio proposto. Professor(a), este tempo poderá ser mediado e alterado conforme especificidades do seu grupo de trabalho. Bom, este último participante retira uma nova ficha, que indicará o nome da próxima criança a lançar o cubo/dado. Assim, deve acontecer sucessivamente até que todos participem ou por quanto tempo desejar. Poderão também, a cada rodada ampliar o desafio. Por exemplo, na primeira rodada o participante lança apenas um cubo, na rodada seguinte lança dois e, portanto deve responder aos dois desafios e para finalizar a terceira e última rodada, o participante responderá a três desafios.

É possível, que o jogo seja organizado também da seguinte forma, se assim desejar:

A2) Precisarão ainda das fichas com o nome, das questões e do cubo/dado. Porém, neste caso o cubo deve ser um dado (numerado como os comuns). A criança sorteada para participar lança o dado (ou os dados, conforme o número de cartas que houver). O número que sair no dado, ou a soma deles (no caso de usarem mais de um dado) corresponde à carta que a criança deverá retirar para responder. Por exemplo: a criança lança os três dados e cair os seguintes números_ 4, 2, 6, que totaliza 12. Ela deverá retirar a carta doze e responder o que se pede. Também nesta, o número de dados, de questões e o tempo, poderá variar conforme interesse da turma e objetivo requisitado pelo professor(a). Considere ainda, que nesta opção será preciso dois montes de carta, onde um primeiro deve constar o nome dos participantes e um segundo as cartas a serem respondidas.

Observo que preparar o jogo com cartas, como apresentado na opção A2, é mais interessante, pois o jogo poderá ser renovado constantemente. Pois, bastará renovar (mudar) os desafios propostos nas cartas.

Para ambas as modalidades de apresentação deste jogo, você poderá, se assim achar que deve colocar também prendas/micos a serem “pagos” pelas crianças que não corresponderem ao desafio proposto. Além disso, poderá elaborar cartas em que o desafio é imitar um animal, fazer alguma mímica ou coisa deste gênero. Sendo assim, um momento de aprendiz agem rico em descontração.

2- Uma vez estabelecida à característica de jogo, defina os desafios a constar na face do cubo ou nas cartas.

Veja algumas sugestões:

a) Cite três poetas conhecidos
b) Fale algum trava língua
c) Fale duas parlendas
d) Escreva no quadro/lousa duas palavras que começam com H
e) Recite uma poesia
f) Fale o nome de uma fábula e explique sua moral
g) Diga o nome de três animas que terminam com a letra A
h) Escreva no quadro/lousa 4 palavras que terminam com a letra L
i) Diga 6 palavras com LH
j) Ensine uma receita (poderá inventar)
k) Cante e dance sua música preferida
l) Fale o nome de 5 personagens da Turma da Mônica
m) Desafie alguém do grupo a responder uma charada
n) Fale para o grupo 3 ações que podemos fazer no cotidiano para preservar a saúde da nossa coluna
o) Quais informações não podem faltar na capa de um livro

Como pode observar, professor(a), várias são as possibilidades de desafios a propor. É fundamental, ao elaborar que reflita sobre os conhecimentos da sua turma, bem como o conteúdo já trabalhado, para que todas as crianças sejam capazes de responde e refletir.

3 – Uma vez compreendido e construído o material, que como já foi dito poderá ser feito por você ou coletivamente, converse com a turma, sobre o texto instrucional. Diga, que todo jogo possui um texto que informa como brincar, como organizar a ordens dos participantes, as regras de desenvolvimento do jogo e até mesmo algumas dicas para facilitar as jogadas.

Assim, uma vez que todos já compreendem por meio da oralidade a organização e o objetivo do jogo, é o momento de produzir o texto instrucional. Apresento três possibilidades, de trabalho a ser definida por você que deve levar em consideração o desenvolvimento e a habilidade do grupo quanto à escrita ortográfica, pontuação, clareza de idéias entre outros que qualificam um bom texto, sobretudo um instrucional que tem a função de levar um outro a compreender/entender.

a) Já que grande parte da discussão se pautou na oralidade, o registro poderá ser feito coletivamente. Assim, você orienta a conversa com as crianças, que irão definindo seqüência, linguagem e organização das idéias. Caberá a você professor(a) fazer o registro no quadro e mediar quaisquer equívocos, quanto a compreensão das regras e sobretudo quanto a clareza e a estrutura característica de um texto instrucional . Após a produção e a revisão, recomendo que todos copiem.
b) Uma outra opção de desenvolvimento e elaboração do texto instrucional seria organizar grupos de trabalho, o mesmo que jogará quando tudo estiver pronto. Cada grupo deve receber então, uma folha de Kraft ou cartolina e canetão/canetinha para fazer o registro das regras e orientações para jogar. É possível ainda, propor que quando todos os grupos terminarem o registro que troquem entre si para que colaborem na revisão ortográfica, mas também na objetividade e clareza do texto.
c) Por fim, a elaboração do texto instrucional pode ser feita também em duplas de trabalho. Neste caso, considero ainda mais pertinente a troca de texto entre duplas, para revisão geral do trabalho proposto. Este exercício leva o grupo a compreender que a escrita precisar ser clara não somente para o autor, mas, sobretudo para os mais diversos leitores.

Considero pertinente, que antes de iniciar esta atividade que solicite ao grupo de alunos (por meio de um para casa/pesquisa), que leve para a escolar algum texto instrucional. Desse modo, o grupo fará uma observação que possibilitará maior compreensão da função, estrutura e linguagem deste gênero.

Através deste trabalho, o grupo poderá apresentar diante das questões propostas e, portanto das respostas dadas, se estão de fato apreendendo e fazendo uso das diversas capacidades trabalhadas (como por exemplo, L, LH, RR, etc.), nas vivências elementares do campo da alfabetização. Será passível de avaliação ainda, a observação de cada criança em atividades de grupo, que envolve apreender regra, expressão oral e corporal e cooperação do grupo. Por fim, de acordo com a opção escolhida pelo professor(a) para registro do texto instrucional, poderá verificar capacidade de análise dos aspectos e informações fundamentais a constar no texto, coerência, ortografia, pontuação. Além disso, vale ressaltar a oportunidade do exercício de produzir em grupo. Tais itens, ora citados, deverão ter “peso” conforme andamento da turma no processo de alfabetização. Isto porque, o jogo pode ser desenvolvido com diversas faixas etárias, sendo importante, contudo estar atento às questões/desafios a serem propostas.