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Uma árvore de dinheiro?

 

20/01/2010

Autor e Coautor(es)
MARIA LUCIA BRANDAO DOS SANTOS
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RIO DE JANEIRO - RJ COL DE APLIC DA UNIV FED DO RIO DE JANEIRO

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Matemática Grandezas e medidas
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

     ◦O aluno conhecerá o significado de palavras como economia, moeda, inflação, lucro e prejuízo.
     ◦O aluno será estimulado a refletir sobre a relação do homem com o dinheiro.

Duração das atividades
50 min.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

     ◦Conhecimento das moedas e cédulas utilizadas no Brasil.

Estratégias e recursos da aula

1ª momento:

     Na semana que antecede esta aula, o professor deve realizar a leitura coletiva, em sala, do livro “A árvore que dava dinheiro” de Domingos Pelegrinni- Editora Ática- Coleção Literatura em minha casa- Distribuída nas escolas públicas do país.
     “O escritor estava em Muriaé, um pequeno município do Rio de Janeiro, quando teve a inspiração. Lá, uns moços contaram uma história que ficou na cabeça do escritor: Eles diziam estar à espera de emprego nas futuras fábricas de arredondar tijolo, engarrafar fumaça e desentortar banana. E completaram que talvez nem fosse preciso esperar as fábricas se crescessem depressa as árvores de dinheiro plantadas pelo prefeito.”
     Durante a leitura, os alunos poderão realizar a discussão de palavras como: inflação, economia, moeda, lucro, prejuízo, que aparecem nos noticiários de uma forma entediante.
     A cada palavra nova ligada ao tema desenvolvido, a turma fará seu registro em folhas e sua ilustração, criando assim o seu “vocabulário monetário.”
     A cidade, que se chamava Felicidade, foi se modificando com o crescimento de uma árvore que, em vez de dar flores e frutos, dava dinheiro sem parar. Logicamente, as pessoas foram mudando e seus valores também.

     Trecho do livro sugerido: (páginas 37, 38 e 39)

    "Primeiro saíam de casa com uma ou duas notas na mão, compravam, voltavam correndo e se abraçavam diante das compras, abriam os embrulhos para ver se era mesmo verdade. Voltavam aos quintais e não tinham mais que esperar: as árvores despejavam dinheiro e as crianças cantavam gritando e pulando.

    Depois saíam com listas de compras e maços de notas; o marido subia a rua, a mulher descia. Os armazéns tocavam música, os comerciantes atendiam com toda família: a mulher vendendo os panos e aviamentos, ele vendendo bebidas e comidas, as crianças vendendo os doces e, quando encheram as caixas-registradoras pela segunda vez, começaram a enfiar as notas em caixas de papelão. Os felicenses entravam sem perguntar preço e apontavam:

    - Quero aquilo.

    - Uma dúzia disto. Não, duas dúzias.

    - Que é aquilo lá?

    - Peixe defumado.

    - Dá um quilo. E aquilo?

    - Salmão em lata.

    - Me dá duas. E aquilo?

    - É o tal de caviar, só pra enfeitar prateleira; é muito caro.

    - Me dá uma lata; não, três.

    - Mas o senhor já comeu caviar?

    - Não, mas vou comer até enjoar.

    Entrava uma menina com caixa de sapatos:

    - Enche de pirulitos.

    Um menino com um saco:

    - Vende bala por quilo?

    Um velho:

    - Eu quero um canivete, um rolo de fumo, duas calças, duas camisas, duas cuecas, quatro meias, um par de sapatos e paletó.

    - Só?

    - É a maior compra da minha vida, filho!

    Uma mulher:

    - Aquele vestidinho amarelo, fazendo favor.

    - Embrulho pra presente?

    - É pra mim mesma.

    - A senhora desculpe, mas esse vestido não cabe na senhora.

    - Não faz mal, é só pra ficar olhando... e lembrando.< /p>

  &n bsp; E, quando só r estava uma dúzia de garrafas num armazém, um homem arrematou as doze e foi para rua vender pelo dobro:

    - É só aqui, gente, são as últimas!

    Os comerciantes pararam de vender por quilo e dúzia e dobraram os preços de tudo. Ninguém reclamou.

    A preços velhos, o açougueiro já tinha vendido tudo mais depressa que nunca. Chaveou a porta, encheu o cantil com vinho, pegou a vara, meteu o enxadão na terra, encheu uma lata de minhocas e tomou o rumo do rio. A cidade trepidava. Em alguns armazéns os donos levantavam as mãos para o céu; e todo mundo queria comprar de tudo.

    -Me dá aquele chapéu. É o último?

    - Tem mais no estoque.

    - Então me dá dois?

    - Mas o senhor nunca usou chapéu!

    - Quem sabe começo a usar e gosto: então me dá logo três."                                                        

     ◦Após a leitura e já com o vocabulário monetário realizado, o professor realizará a seguinte atividade:
     Numa “árvore de dinheiro”, que poderá estar presa num mural, num vaso de planta, ou poderá estar representada por um galho, estarão penduradas xerox de cédulas e moedas com situações registradas que levarão a turma a uma reflexão sobre a relação do homem com o dinheiro.

Sugestões:

     ◦Se você acordasse um dia e descobrisse que a árvore do seu quintal (ou de seu prédio ou a de sua calçada) está repleta de dinheiro, o que você faria?
     ◦Se você só pudesse arrancar algumas cédulas, quais seriam? Por quê?
     ◦Você utilizaria o dinheiro somente com sua família ou com pessoas de outros lugares, que você não conhecesse?
     ◦Você gostaria que outras pessoas achassem uma árvore como a sua? Quem seria?
     ◦Como seria o mundo se todos tivessem uma árvore de dinheiro em casa?
     ◦Faça uma lista de três coisas que você compraria com o dinheiro de sua árvore.
     ◦Doaria um pouco desse dinheiro para pessoas que estivessem precisando dele mais que você?

     ◦ Você acha que o mundo ficaria melhor ou pior com essa árvore? Por quê?

     A cada cédula recolhida e discutida, a turma estará realizando uma reflexão moral e ética sobre a relação Dinheiro x Sociedade.

Avaliação

     A discussão e reflexão serão conduzidas no sentido de avaliar os valores da turma em relação ao dinheiro. A partir disso, outras atividades poderão ser desenvolvidas na turma e novas estratégias pensadas.
     Num mundo onde as leis de mercado regem as relações humanas é necessário muito trabalho para que sejam fortalecidas as relações interpessoais e os valores pessoais a fim de que não surjam, num futuro próximo, gerações preocupadas apenas com sua individualidade.

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