20/01/2010
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Inicial | Matemática | Grandezas e medidas |
◦O aluno conhecerá o significado de palavras como economia, moeda, inflação, lucro e prejuízo.
◦O aluno será estimulado a refletir sobre a relação do homem com o dinheiro.
◦Conhecimento das moedas e cédulas utilizadas no Brasil.
1ª momento:
Na semana que antecede esta aula, o professor deve realizar a leitura coletiva, em sala, do livro “A árvore que dava dinheiro” de Domingos Pelegrinni- Editora Ática- Coleção Literatura em minha casa- Distribuída nas escolas públicas do país.
“O escritor estava em Muriaé, um pequeno município do Rio de Janeiro, quando teve a inspiração. Lá, uns moços contaram uma história que ficou na cabeça do escritor: Eles diziam estar à espera de emprego nas futuras fábricas de arredondar tijolo, engarrafar fumaça e desentortar banana. E completaram que talvez nem fosse preciso esperar as fábricas se crescessem depressa as árvores de dinheiro plantadas pelo prefeito.”
Durante a leitura, os alunos poderão realizar a discussão de palavras como: inflação, economia, moeda, lucro, prejuízo, que aparecem nos noticiários de uma forma entediante.
A cada palavra nova ligada ao tema desenvolvido, a turma fará seu registro em folhas e sua ilustração, criando assim o seu “vocabulário monetário.”
A cidade, que se chamava Felicidade, foi se modificando com o crescimento de uma árvore que, em vez de dar flores e frutos, dava dinheiro sem parar. Logicamente, as pessoas foram mudando e seus valores também.
Trecho do livro sugerido: (páginas 37, 38 e 39)
"Primeiro saíam de casa com uma ou duas notas na mão, compravam, voltavam correndo e se abraçavam diante das compras, abriam os embrulhos para ver se era mesmo verdade. Voltavam aos quintais e não tinham mais que esperar: as árvores despejavam dinheiro e as crianças cantavam gritando e pulando.
Depois saíam com listas de compras e maços de notas; o marido subia a rua, a mulher descia. Os armazéns tocavam música, os comerciantes atendiam com toda família: a mulher vendendo os panos e aviamentos, ele vendendo bebidas e comidas, as crianças vendendo os doces e, quando encheram as caixas-registradoras pela segunda vez, começaram a enfiar as notas em caixas de papelão. Os felicenses entravam sem perguntar preço e apontavam:
- Quero aquilo.
- Uma dúzia disto. Não, duas dúzias.
- Que é aquilo lá?
- Peixe defumado.
- Dá um quilo. E aquilo?
- Salmão em lata.
- Me dá duas. E aquilo?
- É o tal de caviar, só pra enfeitar prateleira; é muito caro.
- Me dá uma lata; não, três.
- Mas o senhor já comeu caviar?
- Não, mas vou comer até enjoar.
Entrava uma menina com caixa de sapatos:
- Enche de pirulitos.
Um menino com um saco:
- Vende bala por quilo?
Um velho:
- Eu quero um canivete, um rolo de fumo, duas calças, duas camisas, duas cuecas, quatro meias, um par de sapatos e paletó.
- Só?
- É a maior compra da minha vida, filho!
Uma mulher:
- Aquele vestidinho amarelo, fazendo favor.
- Embrulho pra presente?
- É pra mim mesma.
- A senhora desculpe, mas esse vestido não cabe na senhora.
- Não faz mal, é só pra ficar olhando... e lembrando.< /p>
&n bsp; E, quando só r estava uma dúzia de garrafas num armazém, um homem arrematou as doze e foi para rua vender pelo dobro:
- É só aqui, gente, são as últimas!
Os comerciantes pararam de vender por quilo e dúzia e dobraram os preços de tudo. Ninguém reclamou.
A preços velhos, o açougueiro já tinha vendido tudo mais depressa que nunca. Chaveou a porta, encheu o cantil com vinho, pegou a vara, meteu o enxadão na terra, encheu uma lata de minhocas e tomou o rumo do rio. A cidade trepidava. Em alguns armazéns os donos levantavam as mãos para o céu; e todo mundo queria comprar de tudo.
-Me dá aquele chapéu. É o último?
- Tem mais no estoque.
- Então me dá dois?
- Mas o senhor nunca usou chapéu!
- Quem sabe começo a usar e gosto: então me dá logo três."
◦Após a leitura e já com o vocabulário monetário realizado, o professor realizará a seguinte atividade:
Numa “árvore de dinheiro”, que poderá estar presa num mural, num vaso de planta, ou poderá estar representada por um galho, estarão penduradas xerox de cédulas e moedas com situações registradas que levarão a turma a uma reflexão sobre a relação do homem com o dinheiro.
Sugestões:
◦Se você acordasse um dia e descobrisse que a árvore do seu quintal (ou de seu prédio ou a de sua calçada) está repleta de dinheiro, o que você faria?
◦Se você só pudesse arrancar algumas cédulas, quais seriam? Por quê?
◦Você utilizaria o dinheiro somente com sua família ou com pessoas de outros lugares, que você não conhecesse?
◦Você gostaria que outras pessoas achassem uma árvore como a sua? Quem seria?
◦Como seria o mundo se todos tivessem uma árvore de dinheiro em casa?
◦Faça uma lista de três coisas que você compraria com o dinheiro de sua árvore.
◦Doaria um pouco desse dinheiro para pessoas que estivessem precisando dele mais que você?
◦ Você acha que o mundo ficaria melhor ou pior com essa árvore? Por quê?
A cada cédula recolhida e discutida, a turma estará realizando uma reflexão moral e ética sobre a relação Dinheiro x Sociedade.
A discussão e reflexão serão conduzidas no sentido de avaliar os valores da turma em relação ao dinheiro. A partir disso, outras atividades poderão ser desenvolvidas na turma e novas estratégias pensadas.
Num mundo onde as leis de mercado regem as relações humanas é necessário muito trabalho para que sejam fortalecidas as relações interpessoais e os valores pessoais a fim de que não surjam, num futuro próximo, gerações preocupadas apenas com sua individualidade.
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