 Conhecer o artista Antoni Gaudí e parte da sua vasta produção poética a partir da apreciação/leitura/recepção de imagens de obra de sua autoria, cuja poética sejam os mosaicos;
 Incursionar virtualmente pelo Park Güell – utopia de Gaudí, localizado em Barcelona, na Espanha;
 Apreciar contextos urbanos/públicos com painéis e/ou monumentos em mosaicos;
 Aprender sobre a arte mosaicista;
 Exercitar a prática do mosaico;
 Produzir plasticamente uma proposta coletiva em grande painel de mosaico com técnica direta, à luz do referencial teórico-plástico estudado – colorindo a escola com influências gaudianas.

• Exercícios de leitura/recepção/apreciação de obras e imagens de obras.

Aula 1

 Escolha um conceito de Mosaico e trabalhe com a turma. Sugestão:
Mosaico – A arte de elaborar padrões e imagens através da organização de fragmentos coloridos de vidro, mármore e outros materiais adequados, fixando-se a uma base de cimento ou argamassa. Seu primeiro desenvolvimento extensivo deu-se em Roma, na decoração de pavimentos. Trata-se de técnica muito apropriada ao adorno de paredes e abóbodas, e foi muito empregada nas igrejas cristãs da Itália e do Império Bizantino durante toda a Idade Média. Como decoração de exteriores, figura por vezes nas fachadas medievais e de alguns edifícios modernos. Mais raramente, o mosaico é usado para compor imagens portáteis ou como incrustação em peças de mobiliário e outros objetos, como na arte asteca do México. (CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. 2ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 364)

 Fale sobre as duas técnicas básicas que podem ser utilizadas na arte de produzir mosaicos:
* A técnica direta, mais fácil e mais conhecida, fixa as peças diretamente sobre o objeto/suporte com o desenho projetado, ou livremente sobre ele, usando-se argamassa para o trabalho de composição da imagem com as pecinhas escolhidas;
* A técnica indireta é usada em painéis, pisos e paredes, sendo o trabalho feito sobre um papel e aplicado posteriormente com a ajuda de uma tela ou papel contact onde são coladas as peças com a frente para baixo. Esse papel somente será retirado quando o mosaico for transferido para a superfície definitiva e aplicado sobre o cimento ou rejunto. Nesta técnica, a aplicação das pedrinhas depois de cortadas, quebradas e lixadas é feita com cola plástica, deixando-se um pequeno espaço entre elas para receber posteriormente o rejunto.
*Em ambas, faz-se necessário o estudo de croquis e a definição do desenho que receberá os pedacinhos coloridos, formando-se o conjunto. É importante seguir as instruções do fabricante no preparo da massa para rejuntar as peças de forma homogênea, retirando-se o excesso com uma esponja ou pano úmidos. Aconselha-se encerar o mosaico com cera incolor pastosa para impermeabilizar o rejunto.

 Apresente aos alunos o instrumental necessário para a construção de mosaicos (materialmente ou através de imagens): lápis, borracha, torquês, riscadeira, martelo, rejunte, esponja, água, cera, estopa, escova, retalho de tecido de algodão;

 Trabalhe com os alunos, informações sobre o artista Antoni Gaudí e parte do seu vasto repertório plástico. Sugestão:

Antoni Placid Gaudí i Cornet
(Reus, Terragona 1852- Barcelona, 1926)
Arquiteto
Foto tirada em Barcelona, em 15 de março de 1878.
Disponível em:

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Antoni_Gaudi_1878.jpg Acesso em 20/10/2009.

Sem dúvida, um dos maiores representantes do modernismo. Gaudí estudou arquitetura em Barcelona, entrando em contato com importantes mestres. Desde suas primeiras obras, mostrou interesse especial por um dos princípios formais mais importantes da nova corrente artística: a unidade do objeto artístico e os laços entre o artista e o artesão. Gaudí parte de uma concepção globalizadora da arquitetura – ela não é unicamente estrutura, integra também a ornamentação. Admirador da arte grega e do estilo mudéjar, sentiu-se cada vez mais atraído pelas possibilidades criativas assumidas pelas formas góticas. Seu interesse pela melhoria do sistema estrutural gótico levou-o a criar um novo tipo de arquitetura, que definiu como naturalista, fundamentada na utilização dos materiais até o limite da resistência. Da década de 80 do século XIX datam suas primeiras grandes realizações, como a casa Vicens (1883-1888) e o palácio Güell (1885-1889), em Ba rcelona; e o palácio episcopal de Astorga (iniciado em 1887) e a Casa de los Boines (1891-1892), em Léon. Em 188 3, assumiu a continuação do templo da Sagrada Família, uma catedral neogótica em que fez profundas transformações. Durante a primeira década do século XX, desenhou o parque Güell (1990-1914), a Casa Batlló (1904-1906), com seus balcões curvilíneos, e a casa Milà (1906-1912), na qual combina a planta livre e as grandes aberturas com uma decoração de terraços e chaminés de cerâmica branca. Sua obra teve grande influência nas vanguardas históricas da arquitetura.
Disponível em: <http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_398.html>Acesso em 20/10/2009.

 Colecione imagens do Park Güell em forma de banco de dados e monte um Power point para apresentação aos alunos:

Disponível em: <http://www.tunliweb.no/Bilder_SM/_album_Barcelona/IMG_4536_1024pixel.jpg>

Acesso em 20/10/2009

Detalhe El Park Güell:
CUITO, Aurora. MONTES, Cristina. Gaudi – obra completa. Anman Artes Gráficas, Sabadell, Barcelona, España: Marzo 2002.

Detalhe El Park Güell:
CUITO, Aurora. MONTES, Cristina. Gaudi – obra completa. Anman Artes Gráficas, Sabadell, Barcelona, España: Marzo 2002.

Detalhe El Park Güell:
CUITO, Aurora. MONTES, Cristina. Gaudi – obra completa. Anman Artes Gráficas, Sabadell, Barcelona, España: Marzo 2002.

Detalhe El Park Güell:
CUITO, Aurora. MONTES, Cristina. Gaudi – obra completa. Anman Artes Gráficas, Sabadell, Barcelona, España: Marzo 2002.

Detalhe El Park Güell:
CUITO, Aurora. MONTES, Cristina. Gaudi – obra completa. Anman Artes Gráficas, Sabadell, Barcelona, España: Marzo 2002.

Detalhe Park Güell – Barcelona, Espanha.
Foto do Acervo e autoria de Bárbara Cardoso Lelis, Julho/2007.

Detalhe Park Güell – Barcelona, Espanha.
Foto do Acervo e autoria de Bárbara Cardoso Lelis, Julho/2007.

Detalhe Park Güell – Barcelona, Espanha.
Foto do Acervo e autoria de Bárbara Cardoso Lelis, Julho/2007.

Detalhe Park Güell – Barcelona, Espanha.
Foto do Acervo e autoria de Bárbara Cardoso Lelis, Julho/2007.

 Apresente também imagens de mosaicos muralistas em locais públicos. Sugestão:
*Mosaico de uma estação de Metrô em Londres, na Inglaterra:

Detalhe Mosaico:
E. Paolozzi, London, 1984. Charing Cross Station.
Foto do Acervo e autoria de Soraia Lelis, Janeiro/2008

Detalhe Mosaico:
E. Paolozzi, London, 1984. Charing Cross Station.
Foto do Acer vo e autoria de Soraia Lelis, Janeiro/2008

Detalhe Mosaico:
E. Paolozzi, London, 1984. Charing Cross Station.
Foto do Acervo e autoria de Soraia Lelis, Janeiro/2008

Detalhe Mosaico:
E. Paolozzi, London, 1984. Charing Cross Station.
Foto do Acervo e autoria de Soraia Lelis, Janeiro/2008

Detalhe Mosaico:
E. Paolozzi, London, 1984. Charing Cross Station.
Foto do Acervo e autoria de Soraia Lelis, Janeiro/2008.

 Sobre o artista:
Eduardo Paolozzi (1924 – 2005): escultor e artista escocês, figura importante no mundo da arte internacional, sem compromisso sobre a sua própria interpretação e visão do mundo que nos rodeia.
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Paolozzi> Acesso em: 22/10/2009.

Eduardo Paolozzi
Disponível em: <http://newsimg.bbc.co.uk/media/images/41064000/jpg/_41064505_paolozzi_203body.jpg>

Acesso em 22/10/2009

 Converse sobre as possibilidades de trabalho em mosaico na escola (recursos materiais), apresentando a idéia de uma produção coletiva em mosaico muralista ou painel e solicite que ao longo da semana os alunos reúnam todo tipo de material que possa ser incrustado na parede, como pedrinhas, contas, tampinhas, bolas de gude, conchinhas, restos de construção ou cacos de cerâmica, retalhos de E.V.A - e tragam para a escola;
 Sugira aos alunos a apreciação/observação da presença de mosaicos nos contextos urbanos públicos – locais abertos como praças, casas, bancos, parques.

Aula 2

 Recolha todo o material coletado pelos alunos - matéria-prima para o trabalho que será produzido coletivamente em mosaico, classificando/separando pelas características (cor, qualidade: plástico, cerâmica, vidro, metal);

 Tendo como referencial teórico plástico as obras de Gaudí no Park Güell, em Barcelona, os mosaicos de Eduardo Paolozzi, na Inglaterra, bem como o material recolhido para a produção do mosaico, os alunos sairão pelo ambiente escolar, objetivando a escolha consensual de um local para assentamento/aplicação destes, através da técnica direta;

 Ensine como se manuseia a riscadeira para obtenção do corte das peças em cerâmica no tamanho desejado; Geralmente as escolas não têm este tipo de instrumental e os professores adquirem ou conseguem emprestado com um servente ou mestre de obras a título de conhecimento dos alunos; porém, as peças podem ser quebradas com martelo, quando então se consegue peças irregulares;

Corte da pastilha cerâmica com a riscadeira
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Marileusa Reducino

 Inicie o preparo da parede para a recepção da proposta plástica em mosaico na técnica direta – lixar para produzir certa aspereza e praticar pequenos sulcos com a ponta do martelo;

Preparação da parede para receber a argamassa
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Marileusa Reducino

Aula 3

 Prepare a argamassa com os alunos, lendo as instruções na embalagem do produto;
 Aplique uma camada fina de argamassa sobre o suporte - parede escolhida e já preparada na aula anterior;

Aplicação da argamassa sobre a parede para receber as peças do mosaico
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Marileusa Reducino

 Permita que os alunos apliquem as peças formando imagens não projetadas, buscando uma composição harmônica em cores e objetos;

Aplicação de peças sobre a argamassa na parede
Pátio da ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Marileusa Reducino

Aplicação de peças sobre a argamassa na parede
Pátio da ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Marileusa Reducino

Detalhe: Composição Plástica em Mosaico Técnica Direta
Pátio da ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Marileusa Reducino

Detalhe: Composição Plástica em Mosaico Técnica Direta
Pátio da ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Marileusa Reducino

Detalhe: Composição Plástica em Mosaico Técnica Direta
Pátio da ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Marileusa Reducino

Painel Muralista em Mosaico Técnica Direta
Pátio da ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis e Marileusa Reducino

Aula 4
 Aguarde uma semana para a secagem completa da argamassa e das peças incrustadas na parede e então aplique uma camada generosa de cera incolor pastosa sobre o mosaico, de modo a impermeabilizar e proteger a composição.

Aula 5
 Convide seus alunos para visitarem a produção poética construída coletivamente em mosaico;
 Fale da falta de brilho provocada pela aplicação da cera pastosa incolor e da necessidade de se escovar para desvelar o brilho natural de cada elemento agregado enquanto parte do todo;

Aula 6

 Realize com o grupo, desenhos de observação da composição construída em mosaico;
 Fotografe a proposta e xeroque uma imagem para cada aluno para que possa anexar ao seu portfólio (pasta individual com a produção poética visual construída);

Recursos Complementares

 Os mosaicos são conhecidos desde os tempos antigos. É um processo de decoração que consiste em agrupar sobre a superfície, pequenas pedras ou peças de várias cores, colocadas uma ao lado da outra, formando diversos desenhos ornamentais em um só plano. As peças usadas para formar os mosaicos podem ser de pedra, mármore, cerâmica, terracota, vidro, grãos, cascalhos, pedaços de papel colorido, borracha (E.V.A) metal ou couro. É comum encontrarmos composições geométricas em calçamento de ruas, formando interessantes mosaicos, nos pisos de tacos, onde se misturam madeiras de tons claros e escuros e nas composições formadas por azulejos, pastilhas ou ladrilhos, assim como vemos temas geométricos, formando belos mosaicos em cestaria. (Autoria: Soraia Lelis)

 Os mosaicos são conhecidos desde os tempos antigos. É um processo de decoração que consiste em agrupar sobre a superfície, pequenas pedras ou peças de várias cores, colocadas uma ao lado da outra, formando diversos desenhos ornamentais em um só plano. As peças usadas para formar os mosaicos podem ser de pedra, mármore, cerâmica, terracota, vidro, grãos, cascalhos, pedaços de papel colorido, borracha (E.V.A) metal ou couro. É comum encontrarmos composições geométricas em calçamento de ruas, formando interessantes mosaicos, nos pisos de tacos, onde se misturam madeiras de tons claros e escuros e nas composições formadas por azulejos, pastilhas ou ladrilhos, assim como vemos temas geométricos, formando belos mosaicos em cestaria. (Autoria: Soraia Lelis)

• Acredita-se que em um processo contínuo, as trocas e reflexões acerca da fruição e da produção artística pelo viés da História da Arte, atribuem mérito à produção do conhecimento em arte e contribuem para a construção do repertório e vocabulário plásticos. Neste sentido, o ensino de arte deve buscar a educação estética, entendendo a avaliação em Arte como processual e qualitativa, não visando apenas a um resultado final.

Recursos educacionais
Nome                                                      Tipo
Aula expositiva                                       Teórica
Apreciação de imagem de obras              Teórica
Construção de Mosaico                            Prática