Portal do Governo Brasileiro
Início do Conteúdo
VISUALIZAR AULA
 


NANQUIM RASPADO

 

27/11/2009

Autor e Coautor(es)
Soraia Cristina Cardoso Lelis
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Elizabet Rezende de Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Artes Arte Visual: Apreciação significativa em artes visuais
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Cultura e diversidade cultural
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 Trabalhar a apreciação/leitura/recepção de imagens de obras;
 Exercitar a prática do desenho;
 Produzir plasticamente uma composição artística em desenho e pintura.

Duração das atividades
•Três aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

• Exercícios de leitura/recepção/apreciação de obras e imagens de obras;
• Noções básicas de desenho.

Estratégias e recursos da aula

Aula 1
 Para esta aula você necessitará de papel sulfite, lápis, canetão hidrográfico, papel canson ou cartolina, giz de cera, tinta nanquim preta, pincéis e um objeto com ponta seca – prego, caneta sem tinta ou clipes aberto;

 Entregue para cada aluno uma prancha de papel canson ou cartolina branca, em tamanho A4 ao meio – a redução nas medidas do suporte são mesmo visando a economia dos recursos materiais a serem utilizados para além do papel;

 Solicite aos alunos para que observem o colega que está à sua esquerda – características mais marcantes como estatura, tipo de cabelo, figurino usado (tênis, meia, bermuda, saia, sandália, chinelo, agasalho, boné, tiara...);

 Após cinco minutos de observação, peça para que registrem em forma de croqui as observações feitas;

 Repita a situação, focando agora a atenção no colega que está à direita;

 Mostre aos alunos uma imagem de obra de arte que dialogue com o tema “Corpo” e a técnica a ser trabalhada “Nanquim Raspado”, de forma a potencializar neles, o desejo pela leitura e observação estéticas;

Sugestão:

Keith Haring, Sem título, Setembro de 1983. Carvão sobre papel negro, 220,9 x 116,8. ©Espólio de Keith Haring. Usado com permissão.
Fonte: ARCHER, Michel. Arte Contemporânea – uma história concisa.
Martins Fontes: São Paulo, 2008, p. 253.


 Não identifique a obra aos alunos por enquanto, apenas trabalhe com a imagem;
 Diga aos alunos para que olhem com atenção a imagem e digam palavras que lhe vêm à mente, como se fosse uma tempestade cerebral – um brainstorming, e você irá registrando no quadro, paralelamente;
 Algumas palavras que poderão surgir:
Linha, traço, corpo, brincadeira, oito, três, oitenta e três, cachorro, quadrado, dois quadrados, um retângulo, dois quadrados dentro de um retângulo, festa, folia, assustado, alegre, dança, ponto, roda, preto, movimento, música, expressão, luminosidade, sem cor (ausência de cor), preto e branco...
 Leia em voz alta todas as palavras apresentadas;
 Distribua fichas em branco e canetão hidrográfico, solicitando a alguns alunos para escreverem/registrarem essas palavras;
 Exponha as fichas em local visível na sala de aula.

Aula 2

 Retome com seus alunos os croquis elaborados na aula anterior, as fichas expostas na parede e a imagem trabalhada;
 Pergunte ao grupo se há alguma relação entre eles (desenho, palavras e imagem de obra;
 Apresente as informações que identificam a obra:
*Autor: Keith Haring
Artista americano (Pensilvânia, 1958 – Nova York, 1990)
Para saber mais sobre o artista:
< http://pt.wikipedia.org/wiki/Keith_Haring> Acesso em 10/10/2009.


*Nome da obra: Sem título
O artista não identificou a sua obra com um nome específico;

*Ano de construção/produção da obra: 1983

 Comente a técnica usada pela artista nesta obra – carvão sobre papel negro e apresente mais informações sobre autor/obra:
“Os seres humanos e animais com contornos marcados de autoria de Keith Haring saltitavam ao esplendor da luz do dia. Eles começaram a surgir no início dos anos 80 como desenhos a giz em papel negro colado sobre pôsteres afixados em estações do metrô, e sua obra sempre conservou essa conexão. Ele exibiu pinturas e esculturas nas galerias nova-iorquinas de Leo Castelli ou Tony Shafrazi, mas o apelo demótico instantâneo de seus desenhos com figuras de contornos marcados significava que ele estava igualmente à vontade pintando em camisetas, etiquetas e pôsteres. A “Pop Shop”, que ele abriu em Nova York em 1986, vendia mercadorias com seus desenhos, mas ele também desenhava para campanhas publicitárias e beneficentes, em especial as re lacionadas com a Aids, de que morreu em 1990”.
(ARCHER, Michel. Arte Contemporânea – uma história concisa. Martins Fonte: São Paulo, 2008, p. 174-5).

 Converse sobre as dúvidas dos alunos antes de propor o fazer artístico;
 Entregue uma prancha de papel canson ou cartolina em tamanho A4 ao meio e giz de cera;
 Explique que a técnica a ser utilizada para a expressão artística será o Nanquim Raspado, sendo necessário, para tanto, impermeabilizar o suporte, cobrindo toda a superfície do papel com o trabalho de coloração/cobertura com giz de cera;
 Diga ao grupo da necessidade de não deixar nenhuma parte sem colorir - o colorido deve ser com pulso forte e com o giz de cera na posição vertical, para não permitir a penetração do nanquin sobre o papel (o giz de cera tem uma oleosidade que não é transmitida para o papel se o colorido for fraco e o giz usado na posição horizontal);
 Insista para que os alunos façam linhas, traços, formas geométricas variadas, sem a preocupação de realizar desenhos figurativos, pois estes serão cobertos totalmente com o nanquim preto;
 O trabalho no suporte com giz de cera deve simular um tapete ou colcha de retalhos, na maior quantidade de cores possível para a obtenção de um resultado legal ao final da proposta artística;
 Concluída a preparação do suporte com o giz de cera, entregue pincel e nanquim preto para a aplicação da tinta, de forma a cobrir toda a superfície do papel trabalhada com giz de cera;
 Coloque as produções para secar em local seguro.

Aula 3

 Organize as mesas, forrando-as com jornal e disponibilizando clipes abertos, pregos ou canetas sem tinta para que os alunos façam o desenho sobre o suporte totalmente velado pela cobertura do nanquim preto;
 Solicite aos alunos para que retomem seus croquis com a imagem dos colegas e desenhem no suporte preparado com giz de cera e entintado com o nanquim preto;
 Diga da surpresa a cada traço, pois esta ação desvelará várias cores;
 O trabalho de desenho para retirada/raspagem do nanquim poderá ser feito tanto na figura quanto no fundo da proposta ou em ambos;
 Algumas produções possíveis:

Composição Plástica em Nanquim Raspado sobre papel canson
Alunos do 5º Ano ESEBA-UFU, 2009
Acervo e autoria Soraia Lelis

Recursos Complementares

 Carvão (pint., des.) - obra executada com lápis de carvão, sobre tela ou papel. (ARTE no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 6º Fascículo, 1979. Coleção)

 Composição – arranjo ou disposição de todos os elementos de um quadro, a fim de criar um todo agradável ou satisfatório. (LAMBERT, Rosemary. A Arte do Século XX. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1984, p.86)

 Croqui – 1 Esboço de desenho ou pintura. 2 Representação gráfica; esboço. (ROCHA, Ruth. Minidicionário. São Paulo: Scipione, 1996, p. 178)

 Nanquim – tinta para desenhistas. Líquido colorido empregado na escrita e no desenho. Tais tintas têm em geral boa potência cromática sem serem opacas. O uso da tinta para desenhistas remonta, na China e no Egito, a pelo menos 2500 a. C. Era geralmente, feita de negro de fumo ou de uma base avermelhada dissolvida em cola ou goma. O material era moldado em forma de pequenos blocos ou bastões, que eram misturados com água para uso. A tinta para desenhistas era trazida da China e do Japão nessa forma seca passou a ser conhecida no Ocidente como nanquim-chinês ou nanquim-indiano. Os mesmos nomes são dados a um preparo semelhante, feito na Europa, que consiste na diluição do negro e do carvão em água, geralmente estabelecida por alguma solução alcalina. No desenho, essas tintas podem ser aplicadas em fina linhas, com uma pena, ou em largas aguadas, com o pincel. (CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. 2ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 527)

Avaliação

• Acredita-se que em um processo contínuo, as trocas e reflexões acerca da fruição e da produção artística pelo viés da História da Arte, atribuem mérito à produção do conhecimento em arte e contribuem para a construção do repertório e vocabulário plásticos. Neste sentido, o ensino de arte deve buscar a educação estética, entendendo a avaliação em Arte como processual e qualitativa, não visando apenas a um resultado final.


Recursos educacionais
Nome                                              Tipo
Aula expositiva                               Teórica
Apreciação de imagem de obras      Teórica
Desenho e pintura                          Prática

Opinião de quem acessou

Cinco estrelas 1 classificações

  • Cinco estrelas 1/1 - 100%
  • Quatro estrelas 0/1 - 0%
  • Três estrelas 0/1 - 0%
  • Duas estrelas 0/1 - 0%
  • Uma estrela 0/1 - 0%

Denuncie opiniões ou materiais indevidos!

Opiniões

  • andrea diniz, NEI- UFRN , Rio Grande do Norte - disse:
    andreadiniz01@yahoo.com.br

    03/09/2013

    Cinco estrelas

    Gostei muito do trabalho. Bem explicativo e criativo, vou realizar com meus alunos do ensino fundamental.


Sem classificação.
REPORTAR ERROS
Encontrou algum erro? Descreva-o aqui e contribua para que as informações do Portal estejam sempre corretas.
CONTATO
Deixe sua mensagem para o Portal. Dúvidas, críticas e sugestões são sempre bem-vindas.