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PAINEL EM CERÂMICA

 

23/11/2009

Autor e Coautor(es)
Soraia Cristina Cardoso Lelis
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Elizabet Rezende de Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Cultura e diversidade cultural
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Produção do aluno em arte visual
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

 Trabalhar a apreciação/leitura/recepção de imagens de obras;
 Exercitar a prática da modelagem de placa e desenho sobre argila;
 Produzir plasticamente um painel coletivo em cerâmica.

Duração das atividades
•Cinco aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

• Exercícios de leitura/recepção/apreciação de obras e imagens de obras;
• Aspectos arquitetônicos e paisagísticos das cidades;
• Fachadas e silhuetas urbanas.

Estratégias e recursos da aula

Aula 1
 Convide seus alunos a observarem em seus trajetos, os aspectos arquitetônicos e paisagísticos da cidade. Fale da possibilidade de fotografarem digitalmente a arquitetura, parques, jardins e monumentos/patrimônios urbanos para a montagem de um painel coletivo na próxima aula;
 Fale brevemente sobre o que vem a ser tais aspectos arquitetônicos e paisagísticos da cidade, trabalhando seus conceitos. Sugestão:

*ARQUITETURA/ARQUITETÔNICO - [...] a arquitetura moderna não se exprime no monumento, no templo, no mausoléu; não aspira a dar forma sensível aos “eternos valores” nos quais se funda a sociedade dos homens, às “grandes idéias” que a dirigem. Ao contrário, seu domínio é o da vida de todo dia, dos atos através dos quais a cultura e a civilização se traduzem num modo de vida: a fábrica, o escritório, a casa, o teatro, a escola, e com esses todos os objetos que têm referência direta à prática da existência cotidiana. (ARGAN, Giulio Carlo. Projeto e Ensino. São Paulo: Editora Ática, 2001, p.163)

*PAISAGEM – De forma bastante sintética, é o espaço que pode ser visualizado num lance de vista. Portanto, quando estamos num determinado local, se olharmos ao nosso redor, tudo o que conseguirmos visualizar será a paisagem.
(Disponível em: http://www.ibrappaisagismo.com.br/01-oqueepaisagismo.php> Acesso em: 10/11/2009).

*PAISAGISMO – É uma intervenção na paisagem, englobando desde o planejamento do uso que cada área vai ter, alocação de pisos e caminhos, vegetação funcional e estética, objetivando criar não só um espaço bonito, mas também surpreendente, agradável e que atenda às necessidades funcionais dos usuários.
(Disponível em: <http://www.ibrappaisagismo.com.br/01-oqueepaisagismo.php> Acesso em: 10/11/2009).


 Converse sobre a importância do registro mental para realização de desenhos/registros gráficos de memória;

 Apresente uma imagem urbana e realize a apreciação das respectivas características com seus alunos:

Vista da cidade de Uberlândia
Fonte: http://www.uberlandia.mg.gov.br/cidade.php

 Comente:
• Que parte da cidade é esta? (Bairros, Periferia, Zona Rural, Zona urbana, Centro);
• Pelos dados apresentados nesta imagem vocês arriscariam dizer se é uma cidade pequena, grande ou de médio porte? Como vocês justificam estas afirmações?

 Mostrando outra imagem, diga: Agora vejam esta imagem:

Tarsila do Amaral, Paisagem, 1925c., Nanquim sobre papel, 27 x 21 cm,
Coleção particular
Fonte: Projeto Cultural Artista do Mercosul, Tarsila do Amaral,
Fundação FINANBRÁS, p. 59. ISBN 987-95765-8-6

 Apresente as informações que identificam a obra;
 Comente a técnica usada pela artista nesta obra: Nanquim sobre papel;
*Nanquim – tinta para desenhistas. Líquido colorido empregado na escrita e no desenho. Tais tintas têm em geral boa potência cromática sem serem opacas. O uso da tinta para desenhistas remonta, na China e no Egito, a pelo menos 2500 a. C. Era geralmente, feita de negro de fumo ou de uma base avermelhada dissolvida em cola ou goma. O material era moldado em forma de pequenos blocos ou bastões, que eram misturados com água para uso. A tinta para desenhistas era trazida da China e do Japão nessa forma seca passou a ser conhecida no Ocidente como nanquim-chinês ou nanquim-indiano. Os mesmos nomes são dados a um preparo semelhante, feito na Europa, que consiste na diluição do negro e do carvã o em água, geralmente estabelecida por alguma solução alcalina. No desenho, essas tintas podem ser aplicadas em fina linhas, com uma pena, ou em largas aguadas, com o pincel. (CHILVERS, Ian. Dicionário Ox ford de Arte. 2ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 527)


 Solicite um croqui com características urbanas em lápis e papel sulfite;
 Lembre a turma das observações solicitadas no início da aula e da tarefa, em memória ou em fotografia para utilização na próxima aula;
 Procure também organizar um banco de imagens para enriquecer o trabalho dos alunos na próxima aula.


Aula 2

 Converse sobre as informações trazidas enquanto resultado dos exercícios de observação solicitados na aula anterior, no que se refere aos aspectos arquitetônicos e paisagísticos da cidade em seus trajetos casa-escola e demais circuitos rotineiros dos alunos;
 Tome mão das imagens que você selecionou durante a semana e inicie a montagem de um painel coletivo, buscando também as contribuições trazidas pela turma, em fotografia ou desenhos;
 Comente cada imagem, de forma a enriquecer o repertório e o vocabulário plásticos do grupo;
 De posse do painel coletivo e das reflexões feitas a partir dele, convide seus alunos a
explorarem uma pedaço de argila, objetivando apenas o contato com a sua materialidade (para isso, forre cada espaço com jornal);
 Peça que retornem com a argila para o recipiente coletivo;
 Explique que a argila será o meio e o suporte do nosso próximo trabalho.

Aula 3

 Organize as mesas, forrando-as com jornal e disponibilizando vasilha com água, retalhos de tecido, facas sem corte e palitos de picolé;
 Se a argila for de boa qualidade, já marombada, os alunos poderão trabalhar diretamente na construção da placa, caso a argila esteja endurecida e suja, será necessário fazer o trabalho de retirada das pedras e bater bastante, umedecendo-a, até alcançar o ponto ideal/desejado;

 A seguir, uma sequência de imagens do processo de preparação da massa de argila até o seu recorte para construção da placa:

*Distribua um bloco pequeno de argila para cada aluno e solicite a construção de uma placa na medida combinada (Molde: vasilha de margarina +ou- 12 x 10 cm/ espessura de 2cm para não ficar frágil);

*Recortada a placa, o aluno fará o trabalho de alisamento com dedo/mão umedecido(a);

 Embrulhe as placas em um tecido úmido coberto por um plástico, de modo a evitar o ressecamento durante a semana;

 Coloque/guarde os “embrulhos” em local seguro.

Acervo e autoria Soraia Lelis


Aula 4

 Retome as placas de argila, solicitando aos alunos para que desembrulhem-nas e molhem/alisem-nas, se necessário, para receber o desenho;
 Entregue os croquis/projetos urbanos construídos na primeira aula em papel sulfite e lápis de cor;
 Após observação dos detalhes do projeto individual, os alunos transferirão o desenho para a placa de argila, podendo este ser feito com lápis, clipes aberto ou palito de dente;
 É necessário passar uma esponja úmida sobre o desenho para retirar o excesso de argila que se junta/acumula próximo aos sulcos produzidos pela incisão do palito, clipes aberto ou lápis sobre a placa de argila, de forma bastante sutil/leve, para não descaracterizar o traço;

Acervo e autoria Soraia Lelis

 Coloque as placas desenhadas para secar em local seguro;


Aula 5

 Se possível, queime as placas em forno de cerâmica – tente parceria com ceramistas ou Faculdade de Artes, caso contrário, aplique betume da Judéia para destacar as linhas do desenho, antes de realizar a incrustação na parede;

Acervo e autoria Soraia Lelis

 Incruste as placas na parede com argamassa, produzindo um painel coletivo a partir das poéticas visuais em modelagem e desenho sobre argila.

Painel em Cerâmica – Modelagem e Desenho em Argila
Alunos do 4º Ano – ESEBA/UFU, 2008
Acervo e autoria Soraia Lelis

Recursos Complementares

 Argila Formada pela alteração de certas rochas, como as que tem feldspato, a argila pode ser encontrada próxima de rios, muitas vezes formando barrancos nas margens. Apresenta-se nas cores branca e vermelha. No solo a fração de argila, componente comum das lamas ou barro, como são conhecidos popularmente, é constituída de minerais desse grupo das argilas aos quais agregam-se hidróxidos coloidais floculados e diversos outros componentes cristalinos ou amorfos. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Argila> Acesso em: 10/11/2009.

 Croqui – 1 Esboço de desenho ou pintura. 2 Representação gráfica; esboço. (ROCHA, Ruth. Minidicionário. São Paulo: Scipione, 1996, p. 178)

 Suporte – Material que serve de base – o papel para o desenho, a tela para a pintura, etc. (SANTOS, Denise. Orientações Didáticas em Arte Educação. Belo Horizonte: C/Arte: FHC/Fumec, 2002. p.92)

Avaliação

• Acredita-se que em um processo contínuo, as trocas e reflexões acerca da fruição e da produção artística pelo viés da História da Arte, atribuem mérito à produção do conhecimento em arte e contribuem para a construção do repertório e vocabulário plásticos. Neste sentido, o ensino de arte deve buscar a educação estética, entendendo a avaliação em Arte como processual e qualitativa, não visando apenas a um resultado final.


Recursos educacionais
Nome                                             Tipo
Aula expositiva                             Teórica
Apreciação de imagem de obras     Teórica
Desenho de Memória                     Prática
Modelagem em argila                    Prática

Opinião de quem acessou

Cinco estrelas 1 classificações

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Opiniões

  • Aldinete Carolino, EEEFM"CarolinaPassos Gaigher" , Espírito Santo - disse:
    carolino.aldinete@hotmail.com

    24/07/2011

    Cinco estrelas

    Achei essa aulamuito criativa, vou aplicá-lacom meus alun0os efazsr uma exposição na escola dentro do Projeto A"A história da minha Escola. Parabéns a professora.


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