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PAISAGEM URBANA

 

23/11/2009

Autor e Coautor(es)
Soraia Cristina Cardoso Lelis
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Elizabet Rezende de Faria

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Cultura e diversidade cultural
Ensino Fundamental Inicial Artes Arte Visual: Apreciação significativa em arte visual
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

> Trabalhar a apreciação/leitura/recepção de imagens de obras, conhecendo obras de Tarsila do Amaral que contextualizam a estética urbana;
> Produzir desenhos à luz de referencial teórico plástico – obras de arte do repertório poético visual de Tarsila do Amaral;
> Compreender a importância da História da Arte na formação do repertório plástico do fruidor;
> Perceber a influência pictórica de Tarsila na poética visual das paisagens contemporâneas produzidas no contexto escolar, a partir do estudo e conhecimento da poética da artista;
> Buscar a desestereotipização das imagens emprestadas (sol, lua, nuvem, estrela e coração com feições humanas – olhos, boca e nariz), bem como potencializar novas descobertas e formas de expressão gráficas com elementos da natureza (árvores, plantas, frutas);
> Exercitar a pintura, produzindo uma composição plástica em acrílica sobre tela.

Duração das atividades
*Seis aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

*Exercícios de leitura/recepção/apreciação de obras e imagens de obras;
*Composição plástica em desenho e pintura.

Estratégias e recursos da aula

Aula 1
 Selecione obras do repertório plástico da artista Tarsila do Amaral e apresente-as aos seus alunos. Sugestão:

Cartão Postal, 1929, Óleo sobre tela, 1,27 x 142,5 cm, assinado e datado c.i.d. “Tarsila 1929”, Coleção particular, Buenos Aires.
Fonte: Projeto Cultural Artistas do Mercosul . Tarsila do Amaral. Produzido e editado por Fundação Finambrás. Buenos Aires, Argentina: s/d, p. 46. ISBN 987-95765-8-6

O mamoeiro, 1925, Óleo sobre tela, 65 x 70 cm, assinado e datado c.i.d. “Tarsila 925”, Coleção Mário de Andrade, Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo.
Fonte: Projeto Cultural Artistas do Mercosul . Tarsila do Amaral. Produzido e editado por Fundação Finambrás. Buenos Aires, Argentina: s/d, p. 46. ISBN 987-95765-8-6

Morro da favela, 1924, Óleo sobre tela, 64 x 76 cm, assinado e datado c.i.d. “Tarsila 1924”, Coleção Sérgio Fadel, Rio de Janeiro.
Fonte: Projeto Cultural Artistas do Mercosul . Tarsila do Amaral. Produzido e editado por Fundação Finambrás. Buenos Aires, Argentina: s/d, p. 46. ISBN 987-95765-8-6

Palmeiras, 1925, Óleo sobre tela, 86 x 73,5 cm, assinado e datado c.i.d. “Tarsila 1925”, Coleção Particular.
Fonte: Projeto Cultural Artistas do Mercosul . Tarsila do Amaral. Produzido e editado por Fundação Finambrás. Buenos Aires, Argentina: s/d, p. 46. ISBN 987-95765-8-6

A feira II, 1925, Óleo sobre tela, 46 x 55 cm, assinado e datado c.i.d. “Tarsila 1925”, Coleção Particular.
Fonte: Projeto Cultural Artistas do Mercosul . Tarsila do Amaral. Produzido e editado por Fundação Finambrás. Buenos Aires, Argentina: s/d, p. 46. ISBN 987-95765-8-6

São Paulo(Gazo), 1924, Óleo sobre tela, 50 x 60 cm, assinado e datado c.i.d. “Tarsila 1925”, Coleção Particular.

Fonte: Projeto Cultural Artistas do Mercosul . Tarsila do Amaral. Produzido e editado por Fundação Finambrás. Buenos Aires, Argentina: s/d, p. 46. ISBN 987-95765-8-6


 Converse sobre as formas de expressão gráfica usadas por Tarsila quando traz em suas obras, detalhes diversos de desenhos, figuras, imagens – formas, cores, espaço;
 Aproveite para explorar os estereótipos trazidos da infância, buscando a reflexão da importância da autenticidade e da autoria: Em arte, pode-se desenhar um elefante azul, mesmo que não existam elefantes azuis... o mesmo para casinhas com chaminé... hoje quase não se vê este tipo de moradia... e as árvores desenhadas na escola são sempre com tronco marrom e copa verde - como uma nuvem de algodão;
 Trabalhe com os alunos a necessidade da desesteriotipização das imagens emprestadas (sol, lua, nuvem, estrela e coração com feições humanas – olhos, boca e nariz), bem como potencializar novas descobertas e formas de expressão gráficas com elementos da natureza (árvores, plantas, frutas);
 Os estudantes carregam grande carga de “empréstimos”: para o “fundo”, reservam sempre a cor azul... incentive-os a inovar, buscando tons de violeta, vermelho, laranja, saindo do tradicional;

*Para maior reflexão e estudo acerca de estereótipos busque conhecer as pesquisas:

VIANNA, Maria Letícia Rauen. Desenhos estereotipados: um mal necessário ou é preciso acabar com esse mal. Revista ADVIR, nº 5, São Paulo, abril-1995, p. 55-60.


______. Desenhos recebidos e imageria escolar: uma possibilidade de transformação. São Paulo: Escola de Comunicações e Artes - Universidade de São Paulo, 1999. Tese de doutoramento.

Disponível também em:
http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=38

 Fale sobre a artista, autora das obras. Sugestão:
TARSILA DO AMARAL

Foto de Tarsila na inauguração de sua primeira exposição Individual em Paris, Galeria Percier, Junho de 1926, ao lado da obra de sua autoria “Morro da favela”.
Fonte: Projeto Cultural Artistas do Mercosul . Tarsila do Amaral. Produzido e editado por Fundação Finambrás. Buenos Aires, Argentina: s/d, p. 63. ISBN 987-95765-8-6

Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa fortuna que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo. Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e adolescência.
Estuda em São Paulo no Colégio Sion e completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pinta seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus”, aos 16 anos. Casa-se em 1906 com André Teixeira Pinto com quem teve sua única filha, Dulce. Separa-se dele e começa a estudar escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente estuda desenho e pintura com Pedro Alexandrino. Em 1920 embarca para a Europa objetivando ingressar na Académie Julian em Paris. Frequenta também o ateliê de Émile Renard. Em 1922 tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do “grupo dos cinco” juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Nessa época começa seu namoro com o escritor Oswald de Andrade. Embora não tenha sido participante da “Semana de 22” integra-se ao Modernismo que surgia no Brasil, visto que na Europa estava fazendo estudos acadêmicos.
Volta à Europa em 1923 e tem contato com os modernistas que lá se encontravam: intelectuais, pintores, músicos e poetas. Estuda com Albert Gleizes e Fernand Léger, grandes mestres cubistas. Mantém estreita amizade com Blaise Cendrars, poeta franco-suiço que visita o Brasil em 1924. Inicia sua pintura “pau-brasil” dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Casa-se no mesmo com Oswald de Andrade. Em 1928 pinta o “Abaporu” para dar de presente de aniversário a Oswald que se empolga com a tela e cria o Movimento Antropofágico. É deste período a fase antropofágica da sua pintura. Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil. Separa-se de Oswald em 1930.
Em 1933 pinta o quadro “Operários” e dá início à pintura social no Brasil. No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes. Passa a viver com o escritor Luís Martins por quase vinte anos, de meados dos anos 30 a meados dos anos 50. De 1936 à 1952, trabalha como colunista nos Diários Associados.
Nos anos 50 volta ao tema “pau brasil”. Participa em 1951 da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza. Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.
http://www.tarsiladoamaral.com.br/biografia.htm


 Sonde o conhecimento da turma na questão da PAISAGEM (paisagem urbana, paisagem natural, paisagem transformada);
 Comente o conceito de paisagem, referendando-se nas imagens de obr as apresentadas;
*PAISAGEM – De forma bastante sintética, é o espaço que pode ser visualizado num lance de vista. Portanto, quando estamos num determinado local, se olharmos ao nosso redor, tudo o que conseguirmos visualizar será a paisagem.
(Disponível em: <http://www.ibrappaisagismo.com.br/01-oqueepaisagismo.php> Acesso em: 10/11/2009).


*PAISAGEM – espaço de território que se abrange num lance de vista; gênero literário ou de pintura que descreve ou representa o campo ou cenas campestres. (BUENO, 1984, p. 815)


 Guarde as imagens das obra s apresentadas e apreciadas, propositalmente, de modo que os alunos não se aventurem a reproduzi-las;
 Proponha aos alunos, a criação de estudos de croquis sobre a estética arquitetônica e paisagística da cidade, sugerindo que bebam na poética visual da artista Tarsila;
O que é um croqui?
CROQUI – 1 Esboço de desenho ou pintura. 2 Representação gráfica; esboço. (ROCHA, Ruth. Minidicionário. São Paulo: Scipione, 1996, p. 178)
 Disponibilize papel sulfite e grafite para que as propostas gráficas sejam construídas.
 Alguns croquis com referencial teórico-plástico nas obras citadas:

Paisagem Urbana: Processo de construção/elaboração de croquis
Alunos 4º Ano do Ensino Fundamental ESEBA-UFU/2009
Acervo e autoria Soraia Lelis

Aula 2
 Como desdobramento da recepção, leitura e apreciação da produção poética em Artes Visuais referente ao repertório plástico da artista Tarsila do Amaral, bem como a sua fruição desvelada nos estudos de croquis, promova/proponha uma proposta pictórica em Acrílica sobre tela;
 Entregue uma tela 20 x 30 cm a cada aluno, papel carbono e o croqui elaborado na aula anterior; (Se não for possível trabalhar com telas na sua realidade escolar, você poderá substituir com bom resultado plástico também, por pranchas de papelão recortadas de caixas de embalagem na medida 20 x 30 cm - sempre disponibilizadas em supermercados e empresas de móveis e eletrodomésticos);
 Mostre como se faz a transferência da imagem por esse processo de reprodução;

Paisagem Urbana: Processo do desenho para o suporte (tela)
Alunos 4º Ano do Ensino Fundamental ESEBA-UFU/2009
Acervo e autoria Soraia Lelis

 Organize a sala, forrando as mesas com jornal, plástico ou não tecido usado e distribua em duplas de trabalho, cores variadas de tinta acrílica, pincéis chatos nº 2 e nº 10, papel tolha e vasilhas com água;
 Inicie com seus alunos o processo de pintura em acrílica sobre tela. (O efeito da plasticidade e brilho da tinta acrílica pode ser substituído por guache misturado com cola plástica, se a realidade do contexto assim não permitir)


Aula 3
 Continuação do processo pictórico em acrílica sobre tela;

Paisagem Urbana: Processo pictórico - pintura em acrílica sobre tela
Alunos 4º Ano do Ensino Fundamental ESEBA-UFU/2009
Acervo e autoria Soraia Lelis

Aulas 4 e 5
 Conclusão da pintura em acrílica sobre tela;
 Trabalhe com os alunos a importância da identificação do trabalho:
*Assinatura tem peso gráfico e para tanto deve ser cuidadosamente pensada, porque faz parte do contexto da imagem/composição plástica;
 Conclua a proposta e ressalte com o grupo os aspectos importantes do trabalho, retomando as fases/etapas do processo criativo: referencial teórico-plástico, estudo e elaboração dos croquis; desenho definitivo; transferência para o suporte (tela 20 x 30 cm); pintura com tinta acrílica, identificação de autoria.

Aula 6
 Convide seus alunos para exporem suas produções poéticas no ambiente escolar, de modo a socializar com a comunidade que ali transita diariamente.

Paisagem Urbana - pintura em acrílica sobre tela
Alunos 4º Ano do Ensino Fundamental ESEBA-UFU/2009
Acervo e autoria Soraia Lelis

Recursos Complementares

 CONTEMPORÂNEO – que é do mesmo ou do nosso tempo. (BUENO, Francisco de Oliveira. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11ª. Ed. Rio de Janeiro: FAE, 1984, p. 293)

 COMPOSIÇÃO – arranjo ou disposição de todos os elementos de um quadro, a fim de criar um todo agradável ou satisfatório. (LAMBERT, Rosemary. A Arte do Século XX. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1984, p.86)

Avaliação

• Acredita-se que em um processo contínuo, as trocas e reflexões acerca da fruição e da produção artística pelo viés da História da Arte, atribuem mérito à produção do conhecimento em arte e contribuem para a construção do repertório e vocabulário plásticos. Neste sentido, o ensino de arte deve buscar a educação estética, entendendo a avaliação em Arte como processual e qualitativa, não visando apenas a um resultado final.


Recursos educacionais
Nome                                             Tipo
Aula expositiva                             Teórica
Apreciação de imagem de obras     Teórica
Desenho e Pintura                         Prática

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