02/12/2009
Elizabet Rezende de Faria
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Final | Artes | Arte Visual: Apreciação significativa em artes visuais |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Leitura e escrita de texto |
Trabalhar a apreciação/leitura/recepção de imagens de obras;
Exercitar a prática da escrita criativa em produção de textos;
Produzir plasticamente um corpo, criando uma identidade para ele (nome, características físicas, estilo, persona).
Utilizar recursos descartáveis/recicláveis na apropriação de objetos e a sua ressignificação no contexto artístico.
• Exercícios de leitura/recepção/apreciação de obras e imagens de obras;
• Corpo e movimento;
• Silhueta Corporal.
Aula 1
Selecione obras que enfatizam o corpo humano e apresente-as aos alunos. Dê preferência a imagens que contemplam o corpo e o figurino da época, com adereços e estilos próprios, de modo a facilitar a fruição dos alunos em seu processo criativo e os abasteça de idéias e referências. Sugestão:
Belmiro de Almeida, Retrato do poeta Alberto de Oliveira, c.1930, O/T.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/71/Belmiro_de_Almeida_-_O_Poeta_Alberto_de_Oliveira.jpg/180px-Belmiro_de_Almeida_-_O_Poeta_Alberto_de_Oliveira.jpg
Disponível também em: http://www.jornallivre.com.br/149499/academismo-no-brasil.html
Ferrignac Ferreira Ignácio, Colombina, 1922, desenho colorido.
http://www.psicopedagogia.com.br/semana22/images/ferrignaccolombina.gif
Guignard, Retrato de uma família, c. 1930.
http://www.picturapixel.com/wp-content/uploads/2009/02/guignard-422x522.jpg
Vik Muniz, Sócrates, 1998, f/color, 168 x 127 cm.
Pasta Arte br – Instituto Arte na Escola
http://www.artenaescola.org.br/
Raimundo cela, Retirantes, s/d, água-forte sobre papel, 28,2 x 40,5 cm.
Pasta Arte br – Instituto Arte na Escola
http://www.artenaescola.org.br/
Luis Braga, Miriti Bonecos Dançando, 2001, f/color, 40 x 60 cm.
Pasta Arte br – Instituto Arte na Escola
http://www.artenaescola.org.br/
Permita que seus alunos façam comentários de diversos tipos e abordagens a respeito das imagens de obras apresentadas;
Converse sobre as imagens de obras apresentadas, destacando as características de cada personagem criado pelos artistas-autores, como estes fizeram uso da cor, que técnica foi utilizada em cada obra (fotografia, desenho, pintura em óleo sobre tela, gravura);
Pergunte aos alunos quem gostaria de representar cada obra: Observando com atenção, interpretar a cena e reproduzi-la, congelando a imagem;
Atente para o fato de obras trazerem número diferente de pessoas/personagens: um, dois, seis e dez;
Deixe que os alunos escolham seus pares na construção das cenas de apreciação de imagem de obra;
Fotografe as apresentações para reflexão na próxima aula.
Convide seus alunos a observarem em seus trajetos, as pessoas que caminham pelas ruas, os vizinhos, colegas de sala e os modos como se vestem.
Aula 2
Retome com os alunos, as fotografias feitas na aula anterior quando da leitura e apreciação das imagens das obras estudadas, comentando as expressões, estranhamentos, dificuldades e facilidades da proposta;
Deixe que os alunos façam seus apontamentos e descobertas;< br /> Proponha então a atividade prática, decorrente desta aula teórica;
Prepare papel craft em tamanho grande (medida da altura média dos alunos da turma) e giz de cera;
Convide os alunos para o anfiteatro, pátio, ou qualquer sala grande sem carteiras/cadeiras, onde os alunos possam andar/transitar por ela;
Explique aos alunos que eles participarão de uma dinâmica de expressão corporal;
Ao início da música, todos deverão desfilar pelo espaço, sem deixar “buracos” vazios na sala, ou seja, procurarão não seguir para a mesma direção; Espalhe pela sala em cada rodada musical, cinco pedaços de papel craft e deixe um jogo de giz de cera em cada um deles;
A cada interrupção da música, os alunos procurarão tomar posse de um dos papéis, deitando sobre ele em uma posição escolhida para o seu corpo, como se fosse a brincadeira da cadeira: cinco sentarão e os demais ficarão de fora;
Os alunos que conseguirem ficar com o papel, deverão congelar a imagem e serão desenhados pelos demais colegas (contorno do corpo em forma de silhueta corporal com o giz de cera);
Se for de consenso do grupo, os colegas “desenhantes” poderão interferir na posição corporal expressada pelo colega, alterando-a ou enriquecendo-a;
Repita a dinâmica quantas vezes achar que os alunos estão interessados;
Não será necessário fazer a silhueta corporal de cada aluno, porque o trabalho seguinte será coletivo, ou seja, todos trabalharão plasticamente sobre a produção;
Combine com o grupo para que tragam na próxima aula, objetos descartados em suas residências, como cordões coloridos, lã e linha variadas, brinquedos em desuso, bijuterias velhas, retalhos de tecido, sucatas...
Aula 3
Retome com o grupo as silhuetas corporais trabalhadas em dinâmica de expressão corporal na aula anterior;
Recolha o material coletado por eles e mais o que você organizou durante a semana ou no intervalo daquela aula para esta;
Espalhe os desenhos no papel craft pelas mesas da sala ou no chão e realize com a turma, a divisão dos grupos de forma espontânea, por afinidade com esta ou aquela imagem;
Distribua tesouras e diga para recortarem o desenho, contornando a silhueta e retirando o fundo, de forma a deixar apenas a imagem desvelada em evidência;
Recolha as sobras do papel craft obtido após o recorte e peça aos alunos para que trabalhem plasticamente sobre este suporte;
À medida que os alunos vão agregando cores e acessórios na imagem corporal, deverão também discutir sobre o personagem que estão criando: Se é do sexo feminino ou masculino, as características físicas, que tipo de pessoa será, que roupas usará;
Os alunos deverão também pensar em um nome pessoal e em um contexto para esse personagem, criando uma história para ele/a a partir da produção de um texto;
Nesta aula, contudo, os alunos trabalharão apenas a parte plástica da proposta e pensarão nas demais etapas;
Aula 4
Conclusão do fazer artístico e processo criativo do personagem;
A seguir, imagens de algumas silhuetas que poderão ser criadas pelos alunos:
Construção de personagem, Composição plástica em sucata, Alunos do 5º Ano, ESEBA-UFU/2006.
Fonte das imagens: Acervo e autoria Soraia Lelis e Marileusa Reducino
Aula 5
Produção coletiva de texto;
Exposição do trabalho e socialização na comunidade escolar.
Algumas produções dos alunos:
CAMILA, A GAROTA
Ana Claudia, Sérgio, Lucas, Ana Carolina e Laislle - 5º ANO C
Camila é uma menina de pais separados, avós por parte de pais mortos, mas apesar desses problemas, Camila vive feliz com a sua mãe.
Na escola, Camila é muito solitária porque não gosta de fazer amizades, suas colegas tentam levantar seu ânimo, mas ela não gosta. Camila chega em casa, faz seus deveres escolares, toma banho e lava a louça. Sua mãe chega apenas às 19h.
Em um certo dia na escola, chegou uma aluna novata, que tinha os mesmos problemas que Camila. A novata chegou na sala e foi logo se apresentando (com detalhes pessoais). Camila gostou muito do seu jeito de ser e tentou fazer amizade. Elas começaram devagar,
a falar de si uma para a outra.
No outro dia, podia se dizer que elas eram as melhores amigas do colégio, já tinham trocado telefones, endereços e outras coisas de melhores amigas. Camila ajudou sua amig a e sua amiga lhe ajudou.
Camila aprendeu que, apesar das dificuldades na família, valia a pena viver.
A BONECA DOIDA
Gustavo, Vinícius, Lêda e Isabella Vanucci - 5º ANO B
A boneca se chama Sleaka Silvia. O estilo dela é saias coloridas e blusas transadas. Ela tem cabelos longos, loiros, olhos verdes, gosta de usar pulseira e esmalte vermelho.
Sleaka Silvia foi criada no anfiteatro da Escola de Educação Básica da UFU. Gastamos três aulas para produzi-la no projeto “Corpos que falam” e foi inventada com muito carinho por Gustavo, Vinícius, Lêda e Isabella Vannucci.
Hoje Sleaka está na casa do Vinícius Gonzaga e ela é muito feliz lá.
Percebe-se nos textos produzidos pelos alunos, uma narração do processo de criação em si, bem como a identificação com fatos reais e cotidianos na vida destes pré-adolescentes, desvelando dificuldades de relacionamentos e problemas familiares/escolares.
SUPORTE – Material que serve de base – o papel para o desenho, a tela para a pintura, etc. (SANTOS, Denise. Orientações Didáticas em Arte Educação. Belo Horizonte: C/Arte: FHC/Fumec, 2002. p.92).
SUCATA – Veja artistas que utilizam a sucata como matéria-prima de suas obras: Disponível em:<http://www.sucatas.com/sucarte.shtml> Acesso em 14/11/2009.
SILHUETA (fr., silhouette) – Imagem de contornos de uma figura, matizada em uma cor sólida e plana, dando a impressão de uma sombra projetada pela figura em questão. (CHILVERS , 2001, p. 492)
• Acredita-se que em um processo contínuo, as trocas e reflexões acerca da fruição e da produção artística pelo viés da História da Arte, atribuem mérito à produção do conhecimento em arte e contribuem para a construção do repertório e vocabulário plásticos. Neste sentido, o ensino de arte deve buscar a educação estética, entendendo a avaliação em Arte como processual e qualitativa, não visando apenas a um resultado final.
Recursos educacionais
Nome Tipo
Aula expositiva Teórica
Apreciação de imagem de obras Teórica
Construção artística e produção de texto Prática
Cinco estrelas 1 classificações
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24/03/2010
Cinco estrelas\Achei o trabalho excelente adaptei-o para usá-lo com dois alunos de inclusão:1-com deficiência visual e outro sendo D.M. Espero que dê tudo certo.