Identificar as características próprias de um poema e de um texto escrito em prosa; aprender que um texto pode ser escrito de forma diferente e, por isso, é classificado de acordo com essas características; comparar entre duas fontes definições sobre a mesma informação; fazer inferência a partir de palavras e expressões usadas no sentido figurado.

Consideramos os conhecimentos adquiridos nos primeiros anos escolares quando as crianças leem textos em forma de prosa e poesia.

Recursos
Cópias de poemas e narrativas curtas em prosa
Pesquisa
Datashow
Atividade em pequenos grupos

Aulas 1 e 2

Atividade 1: grupo de 4 alunos

A) O professor faz cópias de um poema e de uma narrativa curta em prosa e distribui para cada aluno. Os textos devem ser diferentes para cada grupo.

B) Pede a eles que primeiro leiam silenciosamente os textos e, em seguida, oralmente para o próprio grupo.

C) Cada grupo deve analisar os textos quanto à forma e ao conteúdo e anotar no caderno as diferenças percebidas por eles.

D) Eles devem preparar a leitura dos textos e escolher os colegas que vão ler para a turma.

E) Escolhem também o colega que irá apresentar as anotações das análises.

Atividade 2

Apresentação pelos grupos das análises realizadas. O professor faz as correções necessárias.

Aulas 3 e 4

Laboratório de Informática; pesquisa na internet

Atividade 1 – atividade em dupla

O professor pede aos alunos que pesquisem o sentido das palavras prosa e poesia e, separando em colunas as duas palavras, registre no caderno, as diferenças mais marcantes entre os dois conceitos. Para isso devem acessar:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Prosa

http://pt.wikipedia.org/wiki/Poesia

Atividade 2

As duplas apresentam a pesquisa, explicando a diferença entre os dois textos.

Atividade 3

Em datashow, o professor exibe do poema “Poesia e Prosa”, de José Paulo Paes. Primeiramente, ele lê o poema em voz alta, com boa entonação e dicção, para os alunos perceberem a cadência do ritmo das rimas. Em seguida, sugere que dois alunos leiam, cada um até o ponto final do verso.

Segue o poema:

POESIA E PROSA
Pode-se escrever em prosa ou em verso.
Quando se escreve em prosa, a gente enche a
linha do caderno até o fim, antes de passar
para a outra linha.
E assim por diante até o fim da página.
Em poesia não: a gente muda de linha antes do
fim, deixando um espaço em branco antes de ir
para a linha seguinte.
Essas linhas incompletas se chamam de versos.
Acho que o espaço em branco é para o leitor
poder ficar pensando.
Pensando bem no que o poeta acabou de dizer.
Algumas vezes, lendo um verso, a gente tem de
voltar aos versos de trás para entender
melhor o que ele quer dizer.
Principalmente quando há uma rima, isto é,
uma palavra com o mesmo som de outra lida há
pouco.
Então a gente vai procurá-la para ver se é
isso mesmo.
A prosa é como trem, vai sempre em frente.
A poesia é como o pêndulo dos relógios de
parede de antigamente, que ficava balançando
de um lado para outro.
Embora balançasse sempre no mesmo lugar, o
pêndulo não marcava sempre a mesma hora.
Avançava de minuto a minuto, registrando a
passagem das horas: 1, 2, 3, até 12.
Também a poesia vai marcando, na passagem da
vida, cada minuto importante dela.
De tanto ir e vir de um verso a outro, de uma
rima a outra, a gente acaba decorando um
poema e guardando-o na memória.
E quando vê acontecer alguma coisa parecida
com um poema que já leu, a gente logo se
recorda dele.
Geralment e, a prosa entra por um ouvido e sai
pelo outro.
A poesia, não: entra pelo ouvido e fica no coração.
                 &nb sp;             José Paulo Paes. Vejam como eu sei escrever. São Paulo: Ática, 2001.

Atividade 4: uso da lousa pelo professor

Na lousa, o professor faz duas colunas, escrevendo de um lado a palavra poesia e do outro prosa. Com a participação dos alunos, pede a eles que identifiquem no poema as características de prosa e de poema. Pede ainda que identifiquem as comparações, feitas pelo autor, da prosa e da poesia.

Atividade 5: em grupo de 3 ou 4 alunos - Interpretação da conclusão do conceito de poesia e prosa dada pelo autor

O professor destaca os dois últimos versos e pede aos alunos que, em grupo, discutam a definição de prosa e poesia dada pelo dicionário e a compare com a definição dada pelo autor; em seguida, eles devem escrever no caderno a compreensão desses versos pelo grupos.

“Geralmente, a prosa entra por um ouvido e sai
pelo outro.

“A poesia, não: entra pelo ouvido e fica no coração.”

Atividade 6

Cada grupo escolhe seu representante que apresenta para a turma a interpretação dada aos últimos versos. O professor comenta as respostas dos alunos, complementando, se necessário.

Aula 5

Atividade 1

Para concluir, o professor exibe o vídeo da música Aquarela, cantada por Toquinho, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=UjRwuGsugdE&feature=related

Distribui cópias da letra da música para os alunos, para que cantem:

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Branco navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)

Composição: Toquinho / Vinicius de Moraes / G.Morra / M.Fabrizio

Atividade 2 – em grupo de 4 (os mesmos grupos formados nas aulas anteriores)
O professor orienta os alunos que identifiquem na letra da música as características do texto de acordo com o que foi estudado nas atividades das 1 e 2 (aulas 3 e 4), tendo ainda como base o que está exposto nas colunas feitas na lousa, atividade 2; e na interpretação dos últimos versos, atividade 3.
Atividade 3
Cada representante do grupo apresenta para a turma suas conclusões e o professor faz as correções necessárias.

O professor verificará se os alunos, a partir das atividades realizadas, perceberam as diferenças básicas entre o texto escrito em forma de poema e de prosa, conforme foi estudado.